Fanfics Brasil - AMOR DEMONÍACO DYC

Fanfic: AMOR DEMONÍACO DYC


Capítulo: 10? Capítulo

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Quando Dulce finalmente desembarcou na Espanha, apertou sua pequena mala na mão e olhou ao redor.
Ali era tão diferente do México...
Cansada, com o pescoço doendo por ter dormido de mau jeito no navio, Dulce começou a andar.
Logo uma charrete passou por ela, e a ruiva ergueu a mão.A charrete parou e ela subiu.
Agora tinha que procurar algum tipo de Hotel para ficar; pelo menos por enquanto.
Dizendo ser sua primeira visita ali, e precisando de um lugar para ficar, Dulce pediu ajuda ao cocheiro.Ele disse que conhecia um ótimo lugar para hospedar turistas, e a viagem até lá foi meio demorada.
Quando desceu do coche, Dulce tirou uma mexa do rosto e olhou pra frente.Viu uma Mansão enorme, com uma placa que dizia “Hotel Esp”.
Gostando do que via, a ruiva sorriu de leve e foi na direção do portão do lugar.
Bateu em um tipo de sino que tinha lá para indicar sua presença, e alguns minutos depois um senhor veio abrir o portão.
-Boa tarde, senhorita.-Ele cumprimentou com um sorriso.
Dulce pensou em corrigi-lo e dizer “Senhora”, mas resolveu não dizer nada sobre ser casada, ou poderia ter muita dor de cabeça.
-Boa tarde.-Sorriu docemente, entrando.
-Eu a acompanho até a recepção.-O velho ofereceu, e Dulce assentiu, seguindo-o.
Na recepção, Dulce pediu um quarto não muito grande.Após acertar tudo, foi levada até a porta de seu dormitório, agradeceu à mulher que a levara ali e entrou no quarto.
Colocou a mala em um canto, acendeu uma luz e se jogou na cama.Era bem mais confortável do que a cama do navio.
Cansada pela viagem de muitas horas, e com a cabeça doendo por tanta coisa que lhe passara naqueles últimos dias, Dulce pôs uma mão no rosto, ajeitou-se na cama e no segundo seguinte estava dormindo profundamente.
Acordou horas depois, totalmente sem noção de tempo e de espaço.
Apertando os olhos na escuridão, por um segundo ela não soube onde estava.
Mas então se lembrou que estava num quarto de Hotel, na Espanha.Olhou no relógio, na parede à sua frente, e viu que já passava da meia noite.
Tinha dormindo muito tempo!
A ruiva ia sentar-se na cama, quando sentiu uma presença no quarto e viu uma sombra se movendo.
Com o coração descompassado, Dulce ia gritar, quando a sombra veio para frente.A luz da lua, que iluminava parte do quarto através da janela, mostrou aos poucos os traços da figura forte e alta.
O grito de Dulce morreu na garganta.Pálida, sem voz, ela observou a luz cinza da lua iluminando parte de um rosto másculo e feroz.A outra parte do rosto estava obscura, quando Christopher moveu de leve a cabeça, olhando para Dulce com um leve sorriso perverso.
-Surpresa.-Ele murmurou, com a voz rouca, eriçando cada pêlo de Dulce.
-Christ...Christopher?-Dulce praticamente gaguejou.
Não podia ser...estava tendo um pesadelo!Só podia ser isso.Aquele homem não podia estar ali!
-Em carne e osso.-Ele respondeu, a voz arrepiante.
Dulce gritou.Christopher foi mais veloz e logo estava apertando Dulce contra ele, tampando-lhe a boca.
-Achou que poderia fugir de mim, docinho?
Dulce fechou os olhos, contorcendo-se nos braços dele, apavorada.
-Me solte!-Ela conseguiu tirar a mão dele da boca e em seguida lhe mordeu os dedos.
Christopher fez uma leve careta, tirando a mão de perto de Dulce.
-Sua pequena tigresa selvagem!Agora até morde?
-Não se aproxime!-Ela gritou, quando ele voltou a segurá-la.-Como entrou aqui?Como me achou?
-Achou mesmo que poderia fugir de mim?-Ele pareceu incrédulo.-Dulce Maria, eu já falei e vou repetir: você é minha.Nunca vou deixá-la ir!
-Mas foi você mesmo que me pôs para fora e mandou-me embora!-Ela gritou, confusa.
-Fiz isso no fogo do momento, porque estava muito nervoso.-Ele disse com impaciência, apertando-a mais forte quando a ruiva tentou se desvencilhar.-Mas depois mandei Adelaide para ir te buscar!
-Sim, eu sei!-Dulce o olhou com raiva.-Mas as coisas não serão sempre como você quer Uckermann!Você mandou-me embora!!Fez sua escolha!Eu não quero voltar para você, irei começar uma vida nova bem longe de ti!
-Só por cima do meu cadáver.-Christopher endureceu a expressão.-Já disse que te coloquei para fora por impulso.Mas jamais pensei que deixá-la ir de verdade, no fundo só quis lhe dar um susto.
-Pois foi uma idéia muito cruel!Se não fosse por Maite eu teria dormido na rua e sabe-se lá o que poderia ter acontecido!
Christopher soltou a respiração.
-Sim, eu pensei nisso logo depois que você saiu.Mas isto foi para você aprender a não me desobedecer.Agora acho que pensará duas vezes antes de me desafiar, não?
-Como chegou até aqui tão rápido?-Dulce perguntou desesperada.Não queria ir com aquele homem!Não de novo!
-Assim que descobri que tinha fugido, peguei o primeiro navio para cá que encontrei.Para ser sincero, cheguei no porto exatamente na hora em que seu navio saía.-Ele respondeu com desgosto, parecendo ter ficado muito irritado com aquilo.-Muito azar meu e sorte sua.Mas saí em um navio logo depois.
Dulce gemeu.
-Quem lhe contou?
-O quê?
-Para onde eu vinha!
-Isso não importa.-Christopher deu de ombros.-O que importa é que eu descobri, pena que não rápido o suficiente para evitar esta sua viagem maluca.Mas mesmo se eu levasse dias, anos para saber...eu viria atrás de você, Dulce.Te encontraria de qualquer maneira, fosse no céu ou fosse no inferno.
A ruiva se estremeceu toda.
-Então quer dizer que nunca vou conseguir escapar de você, não é?Você nunca me deixará ir.
-Nunca.-O brilho perverso e possessivo nos olhos dele aumentou quando ele deu um leve sorriso.  -Iremos pra casa agora por isso levante-se e arrume-se.-Christopher ordenou, levantando da cama quando achou seguro se afastar de Dulce sem que ela lhe golpeasse ou fugisse.
-Agora?-A ruiva balbuciou.-Mas é de madrugada!Não haverá navio nenhum...
-Oh sim, haverá.-Ele a olhou, indicando para que se levantasse logo da cama.-Eu já paguei uma quantia considerável ao dono do navio em que eu vim para que me esperasse para nos levar de volta.
-Está me dizendo que pagou para que o navio volte, à essa hora, para o México somente com nós dois de passageiros?-Ela indagou incrédula.
-Exatamente.-Ele deu de ombros como se não fosse nada.
Minutos depois, o casal deixava o Hotel e ia em direção ao Porto.Assim como Christopher dissera, o navio os esperava para levá-los de volta.
Dulce estava perdida com aquele homem, que além de cruel, era muito poderoso...jamais poderia escapar dele.

**
Quando Dulce entrou de volta na Mansão Uckermann, sentiu um calafrio.Estava de volta à prisão...de volta à vida ao lado do diabólico Christopher.
Olhou ao redor, frágil e pálida, enquanto o marido a seguia logo atrás.
-Ah, senhora.-Adelaide apareceu, dando um abraço repentino em Dulce.
Quando Christopher foi deixar a mala de Dulce em um canto, para que algum criado levasse de volta ao quarto, Dulce perguntou baixinho:
-Foi você, Adelaide?Você contou onde eu estava..?
-Não, senhora.-Ela suspirou, e a ruiva franziu o cenho.-Não sei como...mas, bem...
-Vamos subir, Dulce.-Chris se aproximou novamente, colocando a mão na cintura fina da esposa possessivamente.
-Que bom que está bem, senhora.-Adelaide murmurou com um leve sorriso.
Christopher empurrou Dulce em direção às escadas, segurando-a firmemente, e ambos subiram.
“Será que foi Maite que contou?Não acredito...ela não faria isso.Deve ter sido de outra forma que este homem descobriu onde eu estava.”, a ruiva pensava.
-Entre.-Christopher ordenou, quando chegaram na porta do quarto.
-Christopher, o que quer de mim?-Ela perguntou, cansada, adentrando no quarto.-Ao menos me deixe em paz, agora que conseguiu me fisgar novamente.-Resmungou.
-Não vou deixá-la em paz.-Ele disse com perversidade, agarrando-a pelos ombros e encarando-a de perto.-E eu não a fisguei...e sim recuperei algo que já me pertencia.
-Eu NÃO lhe pertenço!-Dulce gritou, pálida e trêmula.
Estava tão nervosa com aquela situação...só de pensar que chegara tão perto de ter uma nova vida longe dali, mas que agora estava de volta, lhe embrulhava o estômago.
-Você tem que tomar algo.-Ele observou.-Está branca e parece fraca, o que foi?
-É você que me deixa assim, saia!-Ela gritou, prendendo o choro.Os olhos ardiam pelas lágrimas que queriam cair, tamanha a frustração que sentia naquele momento.
-Oh, não vai se debulhar em lágrimas agora, vai?-Ele perguntou, mas estava sério.-Agüentou durante a viagem, e durante esse tempo todo, sem chorar.Continue forte.
-Isso está cada vez mais impossível.Te odeio.-Ela murmurou, virando de lado para que ele não visse seus olhos brilhantes.Mas sentia que seu controle estava esgotado.-Saia, Uckermann.-Ela pediu, virando a cara, quando sentiu que os soluços estavam vindo.
Christopher ficou em silêncio.
-Está desse jeito porque eu a trouxe de volta, não é?-Ele perguntou baixo logo depois.
Dulce o sentia observando-a.
-Tem que aceitar que sua vida agora me pertence.-Ele disse.-Você me pertence, e eu não a deixarei ir.
O corpo pequeno de Dulce começou a tremer, enquanto ela tentava prender o choro.
-Já vi isso, Christopher, agora me deixe em paz.
-Você está tremendo.
-N-Não estou.-Ela foi até a porta e a abriu, como se mandasse o marido sair.Os olhos da ruiva estavam esgotados e cheios de água, mas ela não olhava para Chris e mantinha o rosto erguido.
Ele foi até a porta, parecendo não saber se devia ir ou ficar, e olhou para Dulce.Ela se abraçou com os próprios braços, como se tivesse frio, e olhou para outro lado esperando que Christopher saísse.Mas ele não foi, se aproximou dela e a beijou.
Os olhos de Dulce explodiram de lágrimas e ela começou a chorar e soluçar.
-Pare com isso, Dulce.-Ele mandou, olhando-a com dureza.
-Saia daqui..-Ela murmurou, quase imperceptivelmente por causa dos soluços, encostando as costas na parede e escondendo o rosto com as mãos pequenas.
-Não vou sair.Vamos, Dulce Maria, pare de chorar.
-N-Não posso.
-Tente!-Ele disse nervoso.-Engula os soluços, e seque essas lágrimas.
Dulce puxou ar, secando o rosto com as mãos rapidamente.Mas logo novas lágrimas molharam-lhe o rosto novamente.
Christopher a olhou e a ruiva deu um passo para trás.
-Não consigo!!!N-Não posso controlar o choro, Uckermann.Me deixe!-Ela gemeu, se afastando mais.
-Droga.Vamos ver se com isso você se controla.-Ele se aproximou, agarrou-a pela cintura com força e a beijou esmagadoramente, prensando o corpo de Dulce na parede.
Os soluços dificultaram um pouco a situação, mas Christopher continuou.Dulce gemeu, tentando afastá-lo, mas o marido a segurava com firmeza.
A ruiva sentiu a língua de Christopher entrar eroticamente em sua boca, massageando sua língua e fazendo movimentos circulares.
Colou-se mais à ele, por impulso, e ele começou a passar as mãos pelas curvas femininas do corpo dela.Em poucos segundos, ele apertava-lhe um seio e Dulce arfou com a surpresa.
Christopher não a largou quando ela quis se afastar, e apertava a moça como se quisesse ter certeza de que ela estava mesmo ali.
Quando a ruiva gemeu em protesto, por ele estar apertando-a demais, Chris a soltou.
-Pelo visto funcionou.-Ele disse, olhando-a bem de perto.-Você parou de chorar.Mas ainda há uma lágrima aqui.-Ele olhou para a bochecha dela.Em seguida, aproximou-se e lambeu lentamente a lágrima.
Ao sentir a língua quente dele em seu rosto, Dulce ficou vermelha e confusa.Antes que pudesse se afastar, ou pensar, Christopher já tinha se afastado, dado um sorriso perverso e saído do quarto.
A ruiva encostou-se na parede novamente, arfante por causa do beijo.



**
No dia seguinte, o café-da-manhã aconteceu em um clima pesado.Os criados sabiam da fuga de Dulce, e que Christopher tinha ido buscá-la, mas claro que não comentavam nada a respeito pois se o patrão os ouvisse estariam perdidos.
-Não está comendo nada.-Christopher observou, de repente.
-Estou sem fome.-Dulce respondeu, mexendo em um pedaço de pão.
-Mas tem que comer.-Ele disse com dureza.-Se passar mal eu não vou ficar...
-Com licença.-Adelaide entrou na sala de refeições, interrompendo a pré-discussão.-Senhora, há uma visita para você.
Dulce ergueu os olhos, indagadora.
-Quem?
-A senhorita Maite.
-Ah!-Dulce foi se levantar.
-Diga que Dulce está tomando café, Adelaide.Fique aqui, Dulce.-Christopher ordenou.
-Sinto muito, Christopher, mas desejo ver Maite com urgência e vou vê-la.
Sem se importar, Dulce levantou-se e saiu.
Assim que chegou na sala de visitas, viu Maite.A morena caminhou até ela.
-Dulce!-A abraçou.
-Mai...preciso te perguntar se foi você que contou ao Uckermann onde eu estava.-Dulce disse com urgência.
-Dulce, foi para isso que eu vim!-Maite a olhou, se afastando.-Quando soube que seu marido tinha ido atrás de você e a trazido de volta fiquei paralisada.Não fui eu que contei!Tem que acreditar...
-Tudo bem, eu acredito.Só tinha que confirmar com você.-Dulce sorriu, e Maite retribuiu, aliviada.
-Faz alguma idéia de quem foi?-A morena perguntou.
-Nenhuma.
-Poxa.-Maite suspirou.-Logo quando estava tudo certo para você ir morar longe daqui, vem um abelhudo e conta tudo para o Uckermann.Também não foi aquela criada?
-Adelaide?Não.Confio tanto nela quanto em você.Creio que foi de outro modo que Christopher descobriu, mas ainda não sei como foi.
-Que estranho..Mas o que ele fez quando te encontrou?-Maite a olhou, temerosa.-Ele lhe fez algo?
-Bom, não...Ele reagiu até melhor do que eu esperava, mas também a culpa de tudo foi dele.Ele me mandou embora.Eu só aproveitei a oportunidade para tentar escapar.Mas agora eu vi que não se pode escapar de Christopher Uckermann.-Dulce murmurou sombriamente.
Maite e Dulce ficaram conversando por um tempo, e quando a morena disse que tinha que ir embora, as duas se despediram e a ruiva foi deixá-la na porta.
Quando ia subir as escadas para ir ao quarto, Christopher apareceu e a segurou pelo braço.
-Nunca mais me desobedeça na frente dos criados, ouviu?-Ele repreendeu no ouvido dela, fazendo Dulce se arrepiar.
-Christopher, posso ser sua esposa mas não sou sua propriedade.-Ela retorquiu, olhando-o.-Não pode controlar minha alimentação, minhas amizades, ou minha respiração!
Ele apertou os olhos, estudando-a.
-É bom controlar o temperamento, Dulce.-Ele soltou o braço dela e voltou pelo caminho de onde viera.
A ruiva soltou a respiração e voltou a subir as escadas.Cristo, aquela vida não era para ela...

**
Dias depois...



Dulce estava caminhando lentamente por fora da Mansão.Ainda era começo de tarde.
Caminhou até a Fonte Uckermann, e sentou-se na beirada, colocando uma mão delicada dentro da água e começando a brincar com os dedos.
Estava pensativa...aqueles últimos dias tinham sido uma loucura, e até aquele dia Christopher e ela não estavam se falando normalmente.
Poucos minutos depois, Dulce virou-se com sobressalto ao ouvir um barulho nas folhas secas do chão.
Não viu nada e franziu o cenho.Levantou-se, e ouviu um miado baixo.
-Mas..-Dulce andou um passo, e quando olhou para sua baixa diagonal viu um pequeno gatinho branco miando e tremendo, escondido nas folhagens perto da Fonte.-Um gatinho!
Sorrindo, Dulce foi até ele e se abaixou.O gatinho se retesou todo, com medo.
-Não precisa ter medo...O que faz aqui?-A ruiva pegou o animalzinho com muito cuidado, acariciando-o.-Pobrezinho!Está tremendo.
O pequeno bichinho miou mais alto.
-Coitado do animalzinho...-Dulce o observou, e viu que o gatinho estava todo sujo e parecia maltratado.Além de tudo, parecia estar faminto e frágil.-Não se preocupe, vou cuidar de você.Vamos para dentro.
Dulce, com a pequena bola branca de pêlos em seus braços, voltou para dentro da Mansão.
Estava se dirigindo à cozinha, quando Christopher apareceu, descendo as escadas.
-Aonde estava, Dulce?Nem Adelaide sabia onde você estava!Eu vou precisar sair e...-Ele se interrompeu quando viu o gato, enroscado em Dulce, miando baixo e olhando ao redor.Christopher ergueu as sobrancelhas e olhou para Dulce.
-Uckermann, eu encontrei o bichinho lá fora.Acho que escalou o muro e entrou aqui dentro das propriedades.-Dulce explicou, fazendo carinho no animal.-Ele está ferido e frágil pobrezinho.É um filhote ainda.
-E o que você e eu temos a ver com este bicho?-Chris perguntou, áspero e frio.
Dulce apertou os olhos, incrédula com tamanha frieza. -Bem, você realmente não tem nada a ver.Mas eu tenho, não vou deixar o pobre animal lá fora para morrer de frio e de fome.
-Eu não quero animais aqui dentro, Dulce.-Ele apertou os dentes, lançando um olhar duro ao gato.-Ele está imundo, e deve estar cheio de doenças.Você sequer deveria tê-lo pegado nos braços.Deixe esse bicho lá fora e vá se lavar.
-Não vou deixá-lo lá fora!-Ela franziu o cenho.-Não se importa com nada que não seja você mesmo, não é Uckermann?Sequer um bichinho doente te dá pena!
Christopher suspirou, parecendo entediado.
-Não vai fazer diferença se o gato morrer na porta da sua casa, vai?-Dulce perguntou, já sabendo a resposta.
-A menor diferença.-Ele respondeu com ar gelado, quase divertido.-Pouco me importa se esse gato vai morrer de frio na rua, só não o quero aqui dentro!
Dulce sentiu-se arrepiar como nunca havia sentido.Deus, aquele homem era sem coração!Ele não era humano!
-Christopher, será possível você ter nascido com essa crueldade?Ou será que algo no seu passado o deixou assim, desumano?-Ela murmurou, olhando-o com uma seriedade quase pensativa.
As feições do marido se viraram, ficaram duras, e Dulce passou apressadamente por ele.
A ruiva foi até a cozinha, pegou um piris fundo e pôs leite morno dentro.Colocou no chão e pôs o gatinho na frente.
O animal foi com tanta gana ao piris que quase caiu dentro.Dulce riu, acariciando o pêlo do gato enquanto ele lambia o leite desesperadamente.
-Pobrezinho, está faminto.Não se preocupe, eu não vou deixar ninguém colocá-lo para fora.Ficará aqui até se recuperar e engordar um pouco.
Quando o gato raspou o piris, se espreguiçou.
-Ótimo, agora precisa de um banho.
O pequeno animal a olhou quase que com repreensão.
-Não, não me olhe assim.Você está imundo e se bobear deve ter até pulgas.
O gato ronronou, como se resmungasse.Sorrindo, Dulce o pegou no colo e o deixou seguro num braço, enquanto com a outra mão arrumava uma bacia com água morna, sabonete e um pano.
Deu um banho no gato (no começo ele estranhou, se eriçou todo e tentou fugir, mas no final deixou que Dulce o limpasse), o enxugou e o olhou satisfeita.
-Agora está bem melhor, não?
O gatinho miou, se espreguiçando todo.
-Bom menino.Ou será menina?-Dulce pegou o gato e foi conferir o sexo.-Não, é um menino mesmo.Você precisa de um nome, não acha?
Ele se recostou em Dulce, miando.
-Vejamos...-A ruiva pensou, afagando o pêlo (agora macio) do gato.-Já sei, Clark!É a sua cara...
Clark miou, aparentemente tinha gostado.
-Pobrezinho, é filhote ainda..-Dulce o observou.-Onde está sua mãe?Você ainda é tão pequeno.
-Senhora!-Adelaide apareceu de repente na porta.-O que é isso?Um....gato?
Dulce sorriu.
-Este é o mais novo membro da família, Adelaide.Se chama Clark!
Adelaide arregalou os olhos.
-Quem se chama Clark?
-Como quem?-Dulce girou os olhos.-O gatinho!
-Ah.Mas de quem é, senhora?
-Não sei.-A ruiva suspirou tristemente.-Achei-o lá fora, perto da Fonte.O pobrezinho tremia e mal se agüentava em pé de fome e cansaço.Trouxe-o aqui para dentro, lhe dei de comer e o limpei.Acredito que se perdeu na rua, ou o dono o abandonou, e ele acabou escalando o muro e vindo parar aqui.
-Que judiação.-Adelaide olhou para o pequeno animal.-Mas o patrão deixou a senhora ficar com ele?Que coisa mais gentil, o pobre gato devia...
Dulce pigarreou, desviando os olhos.
-O que foi?-Adelaide arqueou as sobrancelhas grisalhas.-Oh, o senhor não a deixou ficar com o gato, verdade?
-Na verdade não, mas eu ficarei com ele.-Dulce disse com impetuosidade.-Se Clark voltar para as ruas morrerá, está fraco.Eu tenho que cuidar dele, pelo menos até que se recupere.E nem mesmo o seu patrão poderá tirá-lo de mim, Adelaide.
A mulher suspirou, sem saber o que fazer.Ia discutir, mas o olhar de Dulce mostrava que a ruiva estava com plena certeza do que fazia.

**
Mais tarde, perto da hora do jantar, Dulce terminava de se vestir no quarto com a ajuda de duas criadas quando Christopher entrou.
-Podem ir.-Ele ordenou, e as criadas saíram do quarto quase correndo.
-Já chegou?Achei que não viria jantar.-Dulce comentou.
-Você bem que gostaria disso, não?
Ela não respondeu, limitando-se a continuar ajeitando seu vestido.
-Dulce Maria, pode me dizer o que significa aquilo no andar de baixo?
-O quê?-Ela o olhou com ar inocente.
Christopher cerrou os punhos, soltando o ar.
-Vou lhe mostrar o quê!-Ele a pegou pelos braços, arrastando-a até a porta.
-Uckermann, está machucando!
Ele não respondeu; levou Dulce até o andar de baixo, na sala de estar.
-O que é isso, Dulce?-Ele disse com a voz grossa, empurrando a ruiva para frente da lareira acesa, onde Clark se espreguiçava deitado numa pequena almofada, esquentando-se na frente do fogo.
-Acho que você não é tão tolo ao ponto de não saber o que é isso.-Dulce respondeu meio fria.
Christopher apertou os olhos, indo para cima dela e agarrando-a pelos ombros.
-Não brinque.Eu não disse hoje cedo que não queria este animal aqui dentro?


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Autor(a): yasmim

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-Christopher, se ele for para a rua vai morrer.-Ela gritou, soltando-se dele.-Não vou deixar que você faça isso!Vou cuidar de Clark até que ele fique mais forte e se recupere.-Clark?-Chris franziu as sobrancelhas.-É o nome do gato.-Dulce disse, pegando o animal no colo.-Cristo, já deu até nome?-Christopher pareceu incréd ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 80



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  • portisavirroniever Postado em 16/05/2016 - 14:27:01

    Mulher estamos em 2016 e vc ainda n continuou??Faz 8 anos que vc n posta,sim 8 ANOS,n é 8 dias ou 8 meses mais sim 8 anos??Vc desapareceu do nd,espero que n tenha morrido

  • caroline_a. Postado em 11/06/2012 - 20:51:23

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  • dulcetalita Postado em 04/12/2009 - 14:24:10

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  • dulcetalita Postado em 04/12/2009 - 14:24:01

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  • dulcetalita Postado em 04/12/2009 - 14:23:54

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  • michelycandy Postado em 16/06/2009 - 11:56:10

    Oieeeeeeee^^..sou leitora nova e vondy assumida...rsrs

    sua web eh PERFECT...ameiiiiii

    posta maissssssssssss...ta muito boa =D

    bjOo

  • dalilagoiabeira Postado em 26/04/2009 - 20:33:24

    olha eu aqui de novo!!!!!!!!!!!
    posta logo porfa!!!!!!!!!

  • dalilagoiabeira Postado em 20/04/2009 - 19:42:43

    ahhhhhhhh, vc ainda ñ postou, mas eu ñ vou desistir!!!!!
    bjinhosss Vondy's

  • dalilagoiabeira Postado em 17/04/2009 - 10:14:19

    hehehehehehehe!!!!!
    voltei, eu disse que eu ia voltar, e ficar pertubando a até tu postar, então aqui estou eu!!!!!
    bjinhosssssssssss

  • dalilagoiabeira Postado em 14/04/2009 - 23:30:11

    olha eu aqui denovo, eu disse q viria encher o saco, mas pra falar a verdade é q eu acabei de ler a web, pelo menos até onde vc parou, pela 3ª vez, se ñ for incomodar demais, quero te pedir q poste mais assim q possivel, por favor!!!!!
    bjinhossssss Vondy's


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