Fanfic: AMOR DEMONÍACO DYC
Na manhã seguinte, os raios de sol acordaram Dulce.Ela abriu os olhos, piscando, e se virou para a janela com surpresa.
A noite anterior acontecera tão de repente, que Christopher nem fechara a janela, e pela primeira vez desde que Dulce morava ali ela acordou com claridade no quarto.
A noite anterior...
Flashes de tudo o que acontecera invadiram a mente ainda sonolenta da ruiva.Ela corou fortemente.
Olhou para baixo e se viu nua.Um pedaço de lençol cobria somente as partes íntimas de Christopher, e uma das mãos grandes dele estava fechada possessivamente sobre um seio de Dulce.
Quente de embaraço, ela tentou tirar a mão do marido de cima, mas Christopher suspirou no sono, virando e agarrando-se mais à Dulce.Ele dormia atrás da ruiva, e ela tinha as costas apoiadas no peito largo dele.
Christopher desceu a mão do seio dela até a cintura, num abraço de concha, e a outra mão foi até o quadril arredondado, apertando-o de leve.Dulce prendeu a respiração ao sentir as mãos do marido no corpo, mas quando arriscou um olhar para trás viu que ele tinha voltado a dormir profundamente.
Esticando-se na cama, Dulce suspirou e sentou-se no colchão.Os cachos ruivos e sedosos lhe escorreram para a face, enquanto ela puxava um lençol e se cobria.
Naquela hora Christopher abriu os olhos, observando os movimentos da ruiva.
Dulce se virou para trás na mesma hora.Era a primeira vez que acordava com Christopher, em todo aquele tempo de casados.Sempre que a ruiva acordava, o marido já tinha levantado e deixado o quarto.
Deus, como ele era bonito quando acordava!E parecia tão...humano.A expressão de sono deixava o homem mais vulnerável, sua expressão era muito diferente das que Christopher tinha quando estava desperto.Pela primeira vez na vida Dulce achou que Uckermann não parecia tão frio e calculista.
-Estou com vergonha.-Dulce respondeu, observando os movimentos do homem.Ele bocejou, virando-se de barriga para cima e deixando o lençol que o cobria escorregar.Deus, ele estava sensualmente magnífico naquele momento!
Vendo-o nu, todo musculoso e belo, Dulce ficou vermelha e virou a cara.Christopher riu de leve.
-Não há porque ter vergonha.-Ele disse.-Muito menos agora, depois que eu já gravei cada canto de seu corpo na minha mente.Depois que eu a toquei...a fiz se contorcer de prazer em meus braços...
-Pare com isso.-Ela franziu o cenho, o rosto escarlate.
-Mas você gostou de ontem tanto quanto eu, não?-Ironizou.
-Não sei o que você sentiu, mas...eu gostei.-Ela admitiu, meio surpresa por ter conseguido dizer aquilo.-Senti coisas que...nunca imaginei que pudesse sentir, ainda mais com você.-Ela murmurou, sem encará-lo.
Christopher suspirou, colocando os dois braços atrás da cabeça.
-Seu ódio por mim, e sua teimosia, nos faz perder muito tempo, Dulce.Eu poderia ter te dado o maior dos prazeres desde o primeiro dia de casados.
Ela fitou o lençol.
-Bem, e o que você sentiu ontem?
Ele ficou observando-a por cerca de um minuto, e Dulce achou que ele não tinha ouvido a pergunta.
-Foi a melhor noite que eu já tive.-Ele respondeu.Em seguida levantou-se da cama e começou a se vestir, sem vergonha de mostrar o corpo para Dulce.
-Vai sair?-Ela arriscou, escorando-se na cama e se encolhendo sob o lençol.Nunca pensou que pudesse sentir aquilo, mas incrivelmente queria que Christopher ficasse com ela naquele momento.Não queria ficar sozinha após a noite anterior, queria-o ao seu lado.
-Tenho coisas mais importantes para fazer.Esperava que eu ficasse aqui?-Ele perguntou com a ironia gelada de sempre, terminando de abotoar a camisa.
Dulce sentiu o estômago dar uma volta.Ali estava o mesmo Uckermann de sempre...
-Não.-Ela respondeu, segurando algumas lágrimas.
-Ótimo.Vou resolver algumas coisas importantes, estarei de volta no almoço.-Ele disse, frívolo, acenando com a cabeça e saindo do quarto.
**
Sentou-se na longa mesa, repleta de iguarias, e um criado começou a servi-la.A ruiva tinha os olhos fixos num ponto qualquer, quando Christopher entrou e sentou-se no outro extremo da mesa, arrogante e sem cumprimentar ninguém como sempre.
Dulce o olhou, e viu o marido erguer o guardanapo para colocar nas pernas.Ele parecia mau-humorado, mas como aquilo era comum Dulce não se preocupou em questionar.
-Hum...Uckermann?-A ruiva murmurou, após comer em silêncio por alguns minutos.
Os criados já tinham se retirado.Christopher ergueu a cabeça.
-Eu estive pensando...-Dulce retorceu as mãos no colo.-Eu sei que você não gosta de flores, árvores, ou nada destas coisas perto da Mansão.Mas lá fora é muito vazio e triste...eu gostaria muito de contratar um jardineiro para me ajudar com um jardim lá fora, já que você despediu o jardineiro que havia aqui na casa.
-Um jardim?-Christopher repetiu, de olhos apertados.
-Sim.-Dulce o olhou esperançosa.-Por favor, Uckermann, esta Mansão é muito sem vida.Um jardim lá fora vai deixar tudo mais alegre.
-Não.
-Ora, por favor!Só o que há lá fora é ramos secos, terra e folhas ressecadas!E a Mansão em si é tão escura e sem vida que parece mal-assombrada!Eu não sei porque você gosta de viver assim, Uckermann.Eu não gosto!Gosto de vida, flores, árvores, animais...por favor, um simples jardim não vai alterar sua vida.Deixe-me fazê-lo...-Pediu.
-Sabe muito bem que eu odeio tudo isso que está me propondo.-Ele murmurou.-Mas...-Ele observou a expressão esperançosa e suplicante de Dulce.-Tudo bem, desde que faça tudo lá fora.Não quero nada disso aqui dentro.
-Está bem, só do lado de fora.-Ela sorriu, animada.-Obrigada.
Ele voltou a comer.
-Peça a Adelaide para ajudá-la com os candidatos à jardineiro.-Resmungou.
-Pode ser para hoje?-A ruiva perguntou.
Christopher deu de ombros.
-Obrigada.Os jardins vão ficar incríveis!-Ela disse com animação.-Vai ver, vou plantar algumas árvores e...
Christopher levantou-se da mesa.
-Faça o que quiser, Dulce, mas se quiser ficar conversando com alguém sobre isso não será comigo.Pouco me importa esse maldito jardim.
Ele saiu, de cara fechada.Dulce suspirou.Depois empurrou o prato, levantou-se e foi correndo atrás de Adelaide para contar seus planos.
**
No meio da tarde, já haviam dez candidatos na porta dos fundos da Mansão, esperando para serem entrevistados por Dulce.
Adelaide teve que sair um certo momento, para falar algo com os candidatos que esperavam lá fora.Nesse momento, o seguinte candidato entrou e sentou-se na frente de Dulce.
Era um homem de quarenta anos, muito mau-cuidado e mau-cheiroso.Usava uma roupa suja e lhe faltavam dentes na boca.
Dulce pigarreou, observando-o com certa repugnância.O homem sorriu, mostrando claramente os dentes podres.
-Boa tarde.-Ela murmurou.-Veio para ser o novo jardineiro?
-Com certeza, doçura.
-Ahn...Tem referências?
-Olha, madame, vou ser direto.Estou aqui pelo emprego, porque tenho um filho pequeno e doente, e preciso do dinheiro.
Esquecendo-se do hálito leve de bebida que vinha da boca do homem, Dulce se debruçou mais na mesa.
-Oh, tem um filhinho doente?-Perguntou, com pena.
-Tenho sim, moça.Ele tem cinco anos, e tem um câncer incurável.Preciso muito de dinheiro para os remédios.
Dulce franziu a testa, pensativa.
-Não senhora, mas posso aprender.
Dulce suspirou.
-Veja...aqui na Mansão estamos precisando de alguém realmente com experiência.Mas eu posso ajudá-lo com seu filho!Eu conheço um bom médico que...
-Não!-O homem interrompeu.-Quer dizer, eu já o levei para muito médicos e todos dizem a mesma coisa.O que eu preciso mesmo agora é de dinheiro, para comprar os remédios que o hospital receitou.
Dulce mordeu os lábios, pensativa.
-Bem...pode me esperar aqui?
-Claro, madame.
A ruiva levantou-se e subiu rapidamente até o quarto.Abriu sua maleta da viagem à Espanha, onde ainda tinha algum dinheiro que Maite tinha lhe emprestado.Pegou o dinheiro e desceu as escadas.
-Senhor, aqui eu tenho pouco dinheiro, mas creio que já poderá ajudar seu filho.-Dulce disse, fazendo o homem se levantar.
-Pouco dinheiro?Mas seu marido é o homem mais rico da cidade!
-Sim, mas se eu pedir com certeza ele não dará.Por isso eu trouxe do meu.-Dulce respondeu de cenho franzido.
-Bem, vai me ajudar com certeza.-O homem forçou um sorriso, pegando o dinheiro de Dulce.-Mas sabe...pensando bem, não gostaria de ir comigo conhecer meu filho?-Ele passou os olhos pela figura bela e curvilínea da ruiva, sem que ela notasse.-Talvez realmente possa nos ajudar e chamar o médico que conheça.
Dulce hesitou, mas em seguida sorriu.
-Posso saber aonde vai, Dulce Maria?-Ele perguntou, com os olhos gelados fixos no homem ao lado da esposa.
-Olá, Christopher...este homem veio se candidatar para ser jardineiro, porque tem um filhinho doente.Eu vou ver a criança, quero ajudá-la.-Dulce respondeu.
Christopher se aproximou com passadas largas, fazendo o ambiente ficar mais sombrio por causa da figura forte e ameaçadora.
-Nem louca você sai daqui com este homem!-Ele disse, duro.O outro homem se encolheu.Christopher viu as notas na mão suja.-E este dinheiro?
-Eu dei para ele!-Dulce disse meio irritada.-Christopher, ele precisa ajudar o filho!
-Preste atenção.-Chris murmurou de repente, pegando o outro homem pela gola da camisa e levantando-o do chão.O homem gemeu de medo, os olhos arregalados.-NUNCA MAIS ouse se aproximar da minha mulher, ou desta casa.Tente usar suas mentiras com outra pessoa, mas não aqui!E devolva o dinheiro da minha esposa agora mesmo!-Mandou.
-Sim, senhor!!Perdão, senhor, perdão...
-Suma da minha frente, não quero ver seu rosto imundo por aqui nunca mais.-Christopher ordenou, abrindo a porta dos fundos e jogando o homem com toda a força do lado de fora, como se fosse um cachorro velho.
O outro gemeu de dor, rastejando na terra, e saiu correndo desesperadamente; morto de medo.
-CHRISTOPHER, o que foi isso?-Dulce berrou, sem acreditar.-Você não tem coração?
-Dulce!-Ele a olhou, se aproximando dela e pegando-as pelas mãos.Ela tentava bater nele.-Dulce, preste atenção!Aquele homem não tem filhos!
A ruiva parou de se debater, e sua raiva baixou, enquanto o olhava.
-O...quê?Mas como você sabe?
-Acredite, eu sei.Todos na cidade conhecem ele!Se chama Erinaldo, vive bêbado nas ruas desde que traiu a esposa e foi posto para fora.A mulher dele é uma criada da Mansão dos Louper, e eles NUNCA tiveram filhos!Ele usa mentiras, diz que tem um filho com câncer e que precisa de ajuda, com cada tolo que encontra na rua, mas só o que ele quer é dinheiro para se embebedar mais.
-Meu Deus...-Dulce ficou corada de vergonha.
-Sim!-Christopher a soltou.-Onde estava com a cabeça, Dulce?Por Deus, além de ter dado dinheiro pretendia sair daqui com ele?
-Deus, você é a pessoa mais inocente que eu já vi na vida!-Ele disse com um pouco de incredulidade.-Sabe Deus para onde este homem iria levá-la?Se tivesse ido com ele poderia ter acontecido algo que iria te traumatizar para toda a vida, Dulce!-Murmurou friamente.
Ela o olhou de olhos arregalados e expressão temerosa.
-Eu nem imaginei que...Aquele safado me enganou!
-Onde está Adelaide, por diabos?-Christopher murmurou irritado.-Ela devia estar aqui com você, não tinha que deixá-la sozinha!
-Ela teve que sair para resolver um problema com os candidatos.-Dulce respondeu piscando os dois olhos confusamente.-Quando eu fiquei sozinha, Erinaldo entrou e disse que precisava do emprego para ajudar o filho doente.Ele foi convincente, eu acreditei e quis ajudar...fui uma tola.
-Foi mesmo.-Ele disse balançando a cabeça e olhando-a.-Diabos, Dulce, você não pode ser tão ingênua assim!Essa sua bondade em excesso poderia ter te dado um sério problema hoje!Agradeça por eu ter chegado a tempo!
Dulce soltou o ar.
-Claro que não vai!Espero que agora tenha mais juízo.
-Bem, acho que vou subir agora.Peço à Adelaide para continuar as entrevistas amanhã.-Dulce se virou e foi saindo.
-Dulce.-Christopher chamou.Ela olhou e o marido caminhou firmemente até ela.
-Você tem que aprender que nem todas as pessoas são bondosas, e muitos podem se aproveitar dessa sua inocência.-Ele disse, parando bem perto da ruiva.-Mas no que depender de mim, a pessoa que ousar fazer algo contra você quando eu não estiver perto vai se arrepender.
Dulce apertou os olhos e ele levou uma mão até o rosto dela.Acariciou a pele suave.
-Se este bêbado tivesse colocado um dedo sequer em cima de você hoje, eu iria atrás dele para matá-lo da pior forma.-Disse com selvageria.Dulce se estremeceu.-Ninguém se aproxima da minha mulher.
Dizendo isso, Christopher desceu a mão até o pescoço fino de Dulce de forma firme.Por um momento a ruiva sobressaltou-se achando que ele iria apertar seu pescoço, mas só o que ele fez foi uma pressão possessiva com a mão.Sentiu a pele fina dela por alguns instantes, desceu para o colo delicado e depois afastou a mão.
-Suba.-Ele ordenou, afastando-se dela.
Dulce saiu apressadamente, e subiu correndo as escadas até o quarto.
**
O novo jardineiro já tinha sido contratado.Era um homem por volta de trinta e poucos anos, casado, e que tinha muita experiência com jardinagens.
Dulce passava tardes inteiras ajudando e auxiliando o jardineiro, quando Christopher não estava presente, pois ela mesma queria fazer o trabalho de recriar um jardim na mansão.O resultado depois iria compensar.
A ruiva tinha encontrado um novo sentido à sua vida, pelo menos naquele mês.O trabalho com o jardim a deixava mais viva e alegre novamente, e até Adelaide e os outros criados tinham se animado a ajudar.
-Clark, já disse que não pode ficar aqui.-Dulce murmurou com um sorriso, pegando o pequeno gatinho branco do chão.-Estou trabalhando, e vai me atrapalhar.Além do mais, vai se sujar todo e terá que tomar outro banho.
Clark piscou, como se quisesse dizer que não queria outro banho.
-Ótimo, então vá para dentro.Adelaide!-A ruiva chamou a senhora, que estava agachada plantando algumas sementes na terra.
-Leve Clark para dentro, por favor.Não o quero aqui, é tão pequeno que pode acabar sendo pisoteado por algum criado.
-Está bem.-Ela limpou as mãos na roupa e foi pegar o gato para levá-lo para dentro da mansão.
Suspirando, com um leve sorriso, Dulce olhou ao redor.Quatro dias de trabalho duro, e o lado de fora da casa já estava bem diferente.Plantas, flores e árvores estavam sendo plantadas, e o jardineiro estava cuidando da grama que estava, aos poucos, crescendo.
-Está fazendo um ótimo trabalho, Senhor Edi.-Disse, caminhando até o jardineiro e lhe sorrindo.
O homem ergueu a cabeça.
-Estamos, senhora.A senhora é quem está recriando tudo isso.
No final de tarde, Christopher retornou.Dulce foi procurá-lo e o achou na Biblioteca da mansão.
-Uckermann?
-Sim, querida?-Ele respondeu com ironia, largando os papéis que lia em cima de uma mesa.
-Se eu lhe pedir uma coisa você seria capaz de fazer por mim?
Christopher franziu o cenho.
-Já lhe permiti contratar um jardineiro para ajudá-la com os jardins, o que quer mais?
Dulce hesitou.
-E eu agradeço..Mas não é sobre isso.
-O que é então?-Ele se aproximou.-Desculpe a grosseria, hoje estou meio impaciente.-Ele disse com mais polidez.-Diga o que quer.
-Erm..-Dulce colocou uma mexa vermelha e fina atrás da orelha, ansiosa.-Eu gostaria muito de ver meus pais hoje.
Christopher ficou quieto, e voltou a andar pela biblioteca.
-Eu sei que você já me negou várias vezes, e também sei que agora que sou casada não devo ir visitar minha casa com tanta freqüência.Mas é que...
O marido virara para observá-la.
-Eu não os vejo desde que casamos.Quero ver se estão bem.-Ela continuou, suplicante.
Por fim, Christopher acenou compreensivamente.
-Mesmo?-Ela arregalou os olhos.-Vai me acompanhar?
-Mas é claro.
-Obrigada.Eu achei que...
-Posso não ser paciente com esse tipo de sentimentalismo, mas sei que você tem de ver seus pais de vez em quando.E já faz muito tempo, não?-Ele passou por ela, enfiou a mão na massa de cabelos ruivos e os afagou brevemente, mas com a expressão séria.-Iremos mais tarde para jantar com seus pais.
Dulce sorriu de leve, agradecida, e ele saiu da biblioteca.
**
Em torno de sete da noite, Dulce e Christopher já desciam na frente da Mansão dos Saviñon.
Chris, elegante e atraente como sempre em roupas escuras.E Dulce usando um longo vestido salmão, de alças finas; o vestido marcava as curvas redondas e delicadas da ruiva, e a cor suavizava a figurinha angelical.
-Parece nervosa.-Ele observou quando estavam caminhando até o portão.
-É que estou ansiosa para vê-los.E meu pai...-Dulce se calou.
-A relação entre você e seu pai não é das melhores, verdade?-Chris perguntou franzindo a testa.
Dulce o olhou, de olhos levemente arregalados.
-O que quer dizer?
Christopher deu de ombros, enquanto batia o pequeno sino do portão para indicar que estavam ali.Logo um mordomo apareceu, e ao vê-los abriu o portão com um cumprimento. Olá Mourris!-Dulce sorriu, encantada por rever o velho mordomo.
-Senhorita.-O velho sorriu também, pelo visto gostava muito de Dulce.-Senhor.-Christopher apenas acenou.-Como está a vida de casada, senhorita?
Christopher olhou ironicamente para a ruiva, mas ela o ignorou e forçou um sorriso para o mordomo.
-Maravilhosa.Como estão todos aqui?-Perguntou com animação, enquanto o velho os guiava até a mansão.
-Muito bem.-Ele riu alegre.-Sentindo falta da energia da senhorita aqui na casa, mas creio que agora está mais feliz com seu marido.
-Sim, claro.-Dulce suspirou.
Quando entraram na mansão, a ruiva olhou o mordomo com um sorriso:
-Pode avisar meus pais que estamos aqui, Mourris?
-Mas é claro, senhora.Fiquem à vontade, alguém trará um chá enquanto esperam.
Mourris saiu apressado, e Dulce e Christopher foram sentar-se na sala.
-Tem tanta intimidade com os criados que me surpreende.-Ele comentou, olhando-a.-Você trata à todos da mesma maneira, independente de ser um criado ou um rei da nobreza.
Dulce o olhou meio fria.
-Todos são iguais, Christopher.Independente dos títulos que tem.
-Sim, é verdade.-Ele apertou os olhos, pensativo, e ainda a olhando astutamente.
-Obrigada.-Dulce sorriu para a outra ao pegar a xícara.-É nova, não é?
-Sim, você é a senhorita Saviñon, não?-A moça murmurou timidamente.-Seus pais me contrataram há alguns dias.
-Oh.-Sorriu.
Quando a moça acenou para Christopher e se retirou, Dulce balançou a cabeça.
-Meus pais continuam com essa mania de contratar cada vez mais empregados.
-Ele são ricos, e vivem no luxo.É natural quererem mais conforto e ser servidos.-Christopher respondeu.
-Desde que eu me entendo por gente eles são assim.Cresci rodeada por criados e coisas materiais.-A ruiva tomou um gole de chá de olhos baixos.
-E não devia ser o contrário, sua família é uma das mais renomadas.-Ele a observou.-Você nasceu para ser servida e mimada, Dulce.É muito feminina e frágil, não deve querer ser algo que não é.
Ela o olhou brevemente.
-Porém acho que outra em seu lugar se tornaria esnobe e fútil demais.Ainda bem que você não é assim...é diferente e única.Não deixa ninguém afetar seu caráter.-Christopher se aproximou, com o olhar estranho que possuía quando se aproximava de Dulce, e ia beijá-la quando os pais da ruiva entraram na sala.
-Minha menina!-Blanca abraçou Dulce com sofisticação, mas dava para se notar a leve emoção.-Dulce virou uma mulher!
A ruiva apertou-se na mãe, como um filhote que procura o calor maternal.Depois de tudo o que andava acontecendo em sua vida, mesmo que sua mãe fosse um pouco ausente era impagável sentir o calor daquele abraço.Era reconfortante, e Dulce segurou o choro.
-O casamento lhe fez muito bem, Dulce.Parece mais madura, mais crescida!-Blanca lhe sorriu com carinho.-Veja, Fernando, ela não está mudada?
O pai se aproximou, olhando por cima de forma dura.Dulce desviou os olhos da mãe e olhou hesitante e indefesa para Fernando.
-Sim, diferente.Já era hora de crescer e se tornar mulher.Eu sabia que com Christopher não demoraria a acontecer uma mudança assim em Dulce.-Ele disse meio endurecido.
Blanca ficou mais séria, e foi cumprimentar Christopher, que observava tudo com um olhar especulativo.
-Senti...saudades daqui, papai.-Dulce murmurou, magoada pelo que Fernando dissera.
-É bom que se desapegue.Seu lugar agora é com o marido.-Fernando respondeu, e se virou para cumprimentar o genro com a expressão mais leve.
Fernando e Christopher tinham coisas parecidas.Fernando parecia venerar a presença do genro, mas não parecia muito recíproco.Christopher lançava pequenos olhares hostis ao pai da esposa, embora respondesse educadamente.
Dulce suspirou.
-Quem virá?-Dulce perguntou.
Exatamente naquele momento, Mourris pediu licença e se aproximou.
-Senhor, as visitas já estão aqui.
Fernando se empertigou.
-Fabuloso, mande-as entrar de uma vez!Não deixe as visitas esperando.
-Sim senhor.-O mordomo saiu apressado.
Dulce olhou interrogativamente do pai para a mãe, e no segundo seguinte fortes perfumes femininos caríssimos invadiram o ambiente.
A ruiva virou-se e se deparou com duas mulheres.Uma era bem mais velha, gorducha e com cara de sapo, aparência arrogante e enojada.Ao lado, uma jovem pouco mais velha que Dulce, toda maquiada, elegante, alta e com expressão superior.Não era bonita, mas também não tão feia.Usava um vestido muito atrativo.
-Tia Muriel?-Dulce murmurou.-Erondine?
Muriel olhou-a com ar sonso, e Erondine olhou rapidamente para Dulce e depois ergueu uma sobrancelha.
-Olá prima.-Disse meio provocante.
Blanca, sem notar nada, sorriu.
-Erondine voltou ao país há quase duas semanas, Dulce, mas não tivemos oportunidade de lhe avisar.
A ruiva não respondeu.Viu Erondine olhando para Christopher com muito interesse, os olhos caídos pareciam brilhar.Dulce apertou os olhos, observando a prima com desafio.
-Posso me juntar ao casal?-Ela perguntou com falso olhar doce, segurando uma taça de martini.-Mamãe e os tios estão falando de coisas aborrecidas demais.
-Sinta-se à vontade.-Christopher disse.
Erondine sorriu para ele e sentou-se na poltrona que havia logo na frente do sofá em que Chris e Dulce estavam acomodados.
-Como foi em Londres, prima?-Dulce perguntou educadamente.-Achei que você fosse querer ficar mais tempo por lá.
-Não, querida, eu já estava com saudades de casa.Mesmo que Londres seja um paraíso, e que as pessoas definitivamente tenham muito mais classe.Creio que voltarei lá ano que vem.
-Londres é magnífica mesmo.-Christopher concordou.
-Já foi lá?-Erondine o olhou com interesse.
-Umas três vezes.-Ele deu de ombros.
-Que maravilha!Quem sabe em umas dessas nós não nos encontramos por lá, não?Eu acharia incrível.-Ela disse, insinuante.
Dulce apertou os olhos.A prima estava flertando com seu marido?
Autor(a): yasmim
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
-E o que fez de bom por lá, Erondine?-A ruiva perguntou.-Ah, vocês sabem.-Ela abanou a mão.-Aproveitei bastante a cidade.Comprei roupas e perfumes fantásticos, aperfeiçoei meu inglês...-Deve ter sido muito bom.-Dulce comentou.-Você não tem idéia de como foi agradável.Você nunca saiu do México, n& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 80
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portisavirroniever Postado em 16/05/2016 - 14:27:01
Mulher estamos em 2016 e vc ainda n continuou??Faz 8 anos que vc n posta,sim 8 ANOS,n é 8 dias ou 8 meses mais sim 8 anos??Vc desapareceu do nd,espero que n tenha morrido
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caroline_a. Postado em 11/06/2012 - 20:51:23
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dulcetalita Postado em 04/12/2009 - 14:24:10
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dulcetalita Postado em 04/12/2009 - 14:24:01
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dulcetalita Postado em 04/12/2009 - 14:23:54
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michelycandy Postado em 16/06/2009 - 11:56:10
Oieeeeeeee^^..sou leitora nova e vondy assumida...rsrs
sua web eh PERFECT...ameiiiiii
posta maissssssssssss...ta muito boa =D
bjOo -
dalilagoiabeira Postado em 26/04/2009 - 20:33:24
olha eu aqui de novo!!!!!!!!!!!
posta logo porfa!!!!!!!!! -
dalilagoiabeira Postado em 20/04/2009 - 19:42:43
ahhhhhhhh, vc ainda ñ postou, mas eu ñ vou desistir!!!!!
bjinhosss Vondy's -
dalilagoiabeira Postado em 17/04/2009 - 10:14:19
hehehehehehehe!!!!!
voltei, eu disse que eu ia voltar, e ficar pertubando a até tu postar, então aqui estou eu!!!!!
bjinhosssssssssss -
dalilagoiabeira Postado em 14/04/2009 - 23:30:11
olha eu aqui denovo, eu disse q viria encher o saco, mas pra falar a verdade é q eu acabei de ler a web, pelo menos até onde vc parou, pela 3ª vez, se ñ for incomodar demais, quero te pedir q poste mais assim q possivel, por favor!!!!!
bjinhossssss Vondy's