Fanfics Brasil - parte final do Capitulo 5 KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy}

Fanfic: KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy} | Tema: Vondy


Capítulo: parte final do Capitulo 5

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Rodrigo girou a mão livre numa tentativa de acertar um murro em Ucker, enquanto soltava algumas imprecações, emprestando cor à cena.


— Pelo amor de Deus, homem, aja como alguém civilizado! — Ucker esbravejou.


Rodrigo acertou um chute na canela de Ucker. E berrou:


— Um conde inglês! Não é de admirar que perderam duas guerras!


Ucker perdeu a paciência. Fechou os dedos e acertou a cara do intruso. O baque surdo dizia que alguma coisa se quebrara. Pelo sangue que escorria do nariz do artista, adivinhou o que poderia ser. Segurou-o pela camisa, sustentando-o em pé. Atrás dele, Dulce gritava seu nome. A adrenalina encheu Ucker de energia.


A porta se abriu. De novo, Duarte surgiu, ainda de cabelos em pé e gravata torta. Com a voz apropriada de um mordomo, anunciou:


— A polícia.


E deixou um homem uniformizado entrar.


— Problemas, Vossa Senhoria?


Ucker deixou o corpo de Rodrigo despencar no chão.


— Um intruso que tentou raptar minha noiva, Nigel. Faça-me um favor, leve-o embora.


O policial inclinou-se e agarrou Rodrigo pelos braços, fazendo-o levantar-se.


— O que mais posso fazer pelo senhor?


— Isso será o suficiente.


Conforme arrastava Rodrigo da sala, o policial cumprimentou a todos com um gesto de cabeça e entregou o americano ao outro companheiro que esperava do lado de fora.


— Leve-o para interrogatório.


Ucker endereçou-lhes um sorriso rápido e fechou a porta. Agora, teria de enfrentar a todos arranjar algum tipo de explicação. Evitou olhar para Dulce por um instante.


Para seu espanto, foi o americano esquisito que falou primeiro:


— O que foi que eu lhe disse, Dulce? O idiota não sabe se virar sozinho. Ele me falou que iria arrastá-la pelos cabelos se fosse preciso. Precisa de você trabalhando, pondo comida na mesa e pagando o aluguel.


Dulce afundou numa cadeira, mortalmente pálida. Ucker correu até ela, e tentou fazê-la abaixar a cabeça.


— Bela direita, Ucker — comentou Fred Walsh. Ucker ajeitou as roupas.


— Não sei o que deu em mim, nunca pretendi bater em ninguém em minha vida.


Dee aproximou-se.


— Quem era o sujeito? Parecia julgar que Dulce pertencia a ele.


Rosalinda, que ouvira o comentário, começou a contar a história, bastante modificada, para a platéia atenta. Até Ucker teve de admitir que o grandalhão tinha jeito com as palavras.


Dulce gemeu baixinho.


— Deixe-me levá-la para o quarto, Dul.


Com um débil sorriso, ela o fitou enquanto ele a enlaçava pela cintura e a conduzia para a porta.


 


— Minha esposa e eu queremos agradecê-lo pela hospitalidade, Ucker.


Ucker estava sentado à escrivaninha, enquanto o americano andava de um lado para outro.


— Você e sua esposa foram hóspedes muito bem-vindos. Era verdade, considerando a enxurrada de parentes, abutres e até um travesti importado, com um aperto de mão de ferro, sem falar num pulha que se dizia artista.


Fred continuou a andar pelo aposento, pensativo.


Fale logo! Vamos pôr um fim nesse assunto para que eu possa ou terminar o empreendimento ou procurar outro financiador!


Walsh foi até a janela e olhou para fora e depois para a esposa, que estava sentada numa cadeira de espaldar alto ali perto.


— Vimos seu projeto, Ucker. É uma obra de arte, embora eu não possa dizer que concordo com você quanto à finalidade. Mas minha esposa aqui tinha algo a dizer depois de nossa conversa com sua noiva.


— Minha noiva? — Ucker levantou-se. — O que Dulce tem a ver com o negócio?


— Depois que ela explicou umas coisinhas sobre seu irmão Luis, e de como você se sentia em débito para com ele para construir Rivendell, ora, tudo começou a fazer mais sentido — Dee explicou.


Ucker apoiou as mãos na mesa para se recuperar Dulce! Ela não tinha o direito de contar a eles sobre Luis! Sentiu o rosto queimar de raiva.


— Meu irmão pode ter influenciado meu desejo de construir Rivendell, mas a idéia é legítima e só minha.


— Ah, mulheres! — Fred exclamou, levantando a mão. — Ela na verdade lhe prestou um favor, Wincott. Se não fosse por ela, eu teria descartado a idéia de financiar o projeto completamente.


Ucker não respondeu. As palavras não passariam pela garganta.


— Eu o ajudarei a terminar Rivendell, Ucker. Apesar do que seu tio pensa, emprestarei o dinheiro...


A pausa foi longa demais, e Ucker percebeu que havia mais, outra parte do acordo. E o que tio Clark fazia naquela história? Mais traição pelas costas?


— Diga qual é o "se", Fred.


— Ah-ah! Eu disse a você que ele era extremamente observador, querida.


Dee ronronou, satisfeita.


Walsh atravessou o escritório e parou diante das plantas presas no painel da parede.


— Construa isto para mim — disse, simplesmente. Ucker virou-se para encará-lo.


— Perdão? O que disse? — Passou a mão pelos cabelos, tentando imaginar o que o americano queria dizer


Walsh apontou para uma planta.


— Gostaria que fizesse este projeto para mim numa propriedade que tenho na Virgínia.


— Mas é apenas meu croqui para o restauro de Uckermann Hall. Nada especial.


— Quero esta casa construída nos Estados Unidos. O cenário é perfeito. Embora não tão grande quanto sua propriedade. Não precisamos de noventa quartos, mas a parte central deve ter lugar para nossa família e alguns convidados. Os estábulos também ficam, já que combinam tão bem com a casa. Queremos tudo idêntico, cada canto, cada viga, cada arco e ferragens das portas.


Mas nada de alas ou jardins imensos, embora deva existir algo para colocar a casa na paisagem adequada. Depois, a quadra de tênis. A área de garagem. E a piscina, naturalmente.


Enregelado até os pés, Ucker olhou de um para outro. Engraçado, não pareciam as víboras que realmente eram.


— Não.


— Não? Não para os jardins?


— Não. Não para os jardins, não para a casa, não para a extorsão. Eu poderia projetar uma residência adequada ao terreno, enchê-la com todas as novidades que vocês americanos sempre querem, mas, não, não construirei uma réplica de Uckermann Hall nos Estados Unidos.


Ucker sentou-se na beirada da escrivaninha e cruzou os braços no peito. Walsh pareceu surpreso, também. Então, a máscara de empresário estampou-se em sua face. Foi até a esposa, estendeu a mão e ajudou-a a levantar-se.


— Receio, Vossa Senhoria, que não possamos fazer negócio então.


Saíram.


Quando Ucker teve certeza de que os dois estavam bem longe da porta, pegou o pesado peso de papel que decorava a escrivaninha e atirou-o contra a janela, ouvindo satisfeito o baque surdo e o estalar do vidro. Depois, serviu-se de dois dedos de uísque puro.


Queria queimar nos infernos antes de permitir que sua herança se transformasse em outra Torre de Londres!


 


Um peso, como uma lápide fria, apertava o coração de Dulce. O desfecho daquela peça teatral começara. Ela sabia que os Walsh estavam trancados com Ucker no escritório. Any levara Brian Brightly para cavalgar. Tia Phillipa voltara sorrateiramente para casa antes do café da manhã, e felizmente não estava por perto para testemunhar a chegada desastrosa de Rodrigo e o que acontecera na sala de visitas.


Mas Brian estava. Se quisesse arruinar Ucker por completo, vazar aquele pequeno escândalo para os tablóides, conseguiria o furo.


Dulce sentou-se diante da velha mesa de preparo que começara a olhar com verdadeiro respeito. Serviu-se de um pouco de chá. Mais um dia, e iria para casa. Não tinha dinheiro para suvenires, não tinha câmera para fotos. Não tinha absolutamente nada, a não ser lembranças para levar de volta. Contudo, que lembranças incríveis!


Fechou os olhos e revisitou todos os locais históricos e paisagens naturais que ela e Any tinham visto juntos. Maravilhosos. Fizera tudo o que desejava desde criança.


Então, só para provar que ela não pertencia àquele lugar, que não tinha o direito nem de pensar em se encaixar ali, tudo saíra dos trilhos. Num flash. Pior ainda, Rodrigo poderia ter destruído todas as chances de Ucker.


Ucker... Seu modo de andar, suas mãos, os cabelos compridos... Sentir seus braços a enlaçá-la...


Oh, não! Em poucas horas, assim que os Walsh partissem, Brian iria embora e todos os parentes também, e tudo estaria acabado.


Ela voltaria a ser Dulce Maria Saviñón, a americana de Nutley, New Jersey, dando duro para construir seu nome e sua reputação como chef de cuisine.


— Mas, por um tempo, eu fui uma princesa — ela murmurou para o cachorro a seus pés. Então, percorreu a cozinha com os olhos, e suspirou. — Por um tempo, fui noiva de um conde inglês.


A porta rangeu. Ao erguer os olhos, ela sorriu. Rosalinda entrou. Desabou numa cadeira na frente de Dulce.


— Seu mordomo me contou que Rodrigo foi levado sob custódia. Tentou agredir o policial no caminho. — Rosalinda olhou para as unhas esmaltadas com ar ausente.


— Não me importo.


— Fale-me do conde — Rosalinda disse, olhando feio para Dulce. — Quando se apaixonou por ele, Dul?


— Não quero... falar sobre isso. Mas sim, me apaixonei. Não sei quando. Talvez não o ame de verdade, talvez... quem sabe... Oh, cruzes, Rosalinda, não é exatamente o que parece. Não quero... não posso falar. E, amanhã, tudo estará acabado.


— Você está representando, fingindo estar noiva.


— Não é isso. É... oh, não posso falar. Amanhã talvez eu conte. Hoje, não.


Dulce não queria falar de Ucker e do sentimento que nutria por ele.


— Rosalinda, tenho de fazer o jantar. Não há muita gente, e estão de saída. O que acha de filé malpassado? Umas pontas de aspargo e vinagrete?


Rosalinda levantou-se e saiu. Quando só restava o seu perfume no ar, Dulce enterrou o rosto entre as mãos. A porta escancarou-se.


— Oh, doçura! Esqueci de lhe dar isto aqui! Estendeu a Dulce um envelope amassado. Maison Pays des Fees.


As entranhas de Dulce se enregelaram. Seu emprego. Algo estava errado. Podia sentir a má notícia ao olhar para o papel.



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Autor(a): girlcandyhive

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

bida: Muito Obrigado! Calma chicas eu gosto de deixar vcs curiosas! rsrs Capítulo 6 Ucker parou de beber depois de três doses de uísque. O álcool entorpeceu parte de sua raiva. Queria esmurrar Fred Walsh. Ele não merecia um soco, merecia um pontapé no traseiro. E Rodrigo. Esse merecia outro soco e um chute nas bolas. Tia Philli ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • beatris Postado em 11/12/2017 - 23:12:16

    amei mto msm foi otm

  • stellabarcelos Postado em 19/12/2015 - 13:13:37

    Amei muito! Linda! Parabéns

  • bida Postado em 27/07/2012 - 18:21:03

    parabens..queria ver os filhos deles :(..mas amei a web

  • onlydm Postado em 27/07/2012 - 14:30:25

    Que lindo o final da web, gosti. Parabéns muito boa

  • onlydm Postado em 25/07/2012 - 21:40:43

    Posta amor

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:23:28

    Ansiedade modo ON! Continua!

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  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:33

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  • onlydm Postado em 23/07/2012 - 16:58:13

    Tomara que ela não vá. Divulguei

  • thallesdias Postado em 23/07/2012 - 12:03:14

    site de web novelas precisando de autores Link historiasmarcantesweb.webnode.com email hmarcantes@hotmail.com


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