Fanfic: KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy} | Tema: Vondy
— E como se propõe a fazer isso? Ah, deixe-me adivinhar, fez fortuna vendendo cristais e lendo a sorte e auras.
— Não ria. Eu me saí muito bem lendo a sorte, como você gentilmente colocou. Mas não é isso que tenho em mente.
— Vamos lá, diga-me, como pode me ajudar?
— O dinheiro que Phillipa colocou no banco para mim, meu suborno, eu o investi sabiamente. E cresceu, transformando-se numa importância considerável. É seu, Ucker.
— Está me comprando, mamãe?
— O dinheiro nunca foi meu. Nunca tive intenção de usá-lo. Eu o guardei porque sabia que faria algum bem um dia. E acho que agora é a hora, Ucker. Aceite-o, meu filho. Não tenho uso para ele, e você tem. Deixe-me fazer isso por você.
Por que ele se mostrava tão relutante? Precisava daquele dinheiro, queria aquele dinheiro. Contudo, não conseguia apaziguar a raiva. Não conseguia abrir os braços e dar-lhe as boas-vindas. Havia sofrimento demais em seu íntimo!
— Por que não procura Dulce e conversa com ela, meu filho? Talvez possa ajudá-lo a decidir.
— Creio que é o que farei. E, mamãe, se quiser saber, acho que Any está nos estábulos.
— Chris, que notícia maravilhosa!
Dulce desviou os olhos para os poucos pertences sobre a cama e deixou escapar um suspiro. Ela arrumava a bagagem e deixara a mente devanear quando Ian batera à porta do quarto.
— Ela está me pedindo muito, Dulce.
— Claro que está. Está pedindo que acredite que o que ela fez foi por você e sua irmã. Que escolha terrível. Eu não haveria de querer isso para mim.
— O que quer dizer?
— Quero dizer que ela teve de escolher entre ser egoísta, ficar e deixar que sua vida fosse arruinada pelas difamações de Phillipa, só para estar com você e Any, ou ir embora e saber que vocês sofreriam com a perda do amor maternal. Ninguém deveria ter de fazer uma escolha assim. Ela fez o que julgou certo, pois pelo menos você não teria de enfrentar o estigma de ser chamado de bastardo... de ilegítimo.
— Não me atingiria.
— Claro que atingiria. Pense em descer a rua e ouvir as pessoas murmurando às suas costas.
— Fazem isso agora.
— Sim, mas não o chamam de bastardo. Eles o chamam de conde de Uckermann, um belo rapaz. — Um sorriso brincou nos lábios de Dulce.
Ucker desviou os olhos.
Dulce pousou a mão em seu peito, na altura do coração.
— Como se sente a respeito dela, Ucker? Você a odeia? Bem no fundo, você detesta sua mãe por tentar protegê-lo?
Ucker colocou a mão sobre a de Dulce, e suspirou.
— Eu estava me lembrando de como ela costumava ser maravilhosa. Contava histórias incríveis. Adorávamos ouvi-la contar sobre a vida nos Estados Unidos e de como conhecera nosso pai. Tudo parecia mágico para nós.
Dulce encolheu-se. Partiria em poucas horas. Ucker e Any seriam apenas lembranças em breve. E a dor da separação crescia exponencialmente conforme as horas passavam.
— Ela parece uma pessoa amorosa, Ucker. E você me disse que sua mãe costumava visitar seu irmão e que tentava fazer seu pai deixar que ela o trouxesse para casa. Uma pessoa sem coração não agiria assim. Quer meu conselho? É por isso que está aqui?
Ao dizer que sim com um gesto de cabeça, Ucker percebeu que era exatamente o que queria. Isso, e que ela ficasse na Inglaterra.
— Pegue o dinheiro que ela ofereceu, use-o sabiamente.
Aceite o presente generoso. Como mulher, posso compreender o que sua mãe está tentando fazer. Creia, não acho que ela queira algo mais além de ajudá-lo. E, pelo que vi, ela ficou fora por tanto tempo que está tão apavorada com você como você está com ela.
— Não tenho medo de minha mãe.
— Não, mas tem medo daquilo que ela pode fazer ao seu coração.
Nisso ela não poderia estar mais correta. E não era apenas sua mãe que poderia magoá-lo. Dulce poderia matá-lo, depressa, se fosse embora. Ele soube disso naquele instante. Dulce poderia magoá-lo muito mais do que sua mãe, se saísse pela porta e o deixasse sozinho.
— Quando descobriu isso, Dul?
— Eu sempre soube, Chris. Eu sempre soube.
Ucker saiu do quarto resignado com o fato de que era provável que permitisse que a mãe voltasse a fazer parte de sua vida. Usaria o presente e construiria o monumento a seu irmão e faria a diferença nas vidas de muitas pessoas infelizes.
E seria bom para Any ter a mãe de volta. Ela precisava de orientação, de carinho, da experiência que a mãe poderia trazer
Dulce cuidara disso. Ao olhar para o relógio, ele se deu conta do pouco tempo que faltava para que ela fosse para o aeroporto e para os Estados Unidos.
E, quando partisse, Dulce levaria o seu coração com ela.
Saiu para o sol de primavera, e ouviu os passos apressados.
— Chris! Chris! Não é maravilhoso?
Sua irmã o alcançou, sem fôlego, passou os braços em torno de seu pescoço e beijou-o com exuberância.
Um olhar bastou para que soubesse que ela reencontrara a mãe. Reluzia por dentro.
Sua irmãzinha transbordava de felicidade.
— Estou tão feliz, Ian! Sei que este dia chegaria, e agora chegou! Todas as minhas preces durante todos esses anos. Deve ter sido isso que a trouxe de volta.
Ele beijou a testa da irmã.
— Onde está mamãe agora?
— Seguiu a trilha de cascalho. Vou entrar para me trocar. Depois, iremos para a cidade fazer compras. Não é o máximo? Ela virou nos calcanhares e correu para a casa. Ucker sorriu.
A tumba parecia diferente no dia claro. Engraçado, a tumba de Arthur parecia velha e enferrujada. Dulce tocou a barra da grade e tomou um choque. A onda de eletricidade percorreu seu braço, desceu pelo corpo e aterrou-se nos pés.
Deve ser mágica, ela pensou. Talvez seja de onde as luzes surgiram na noite passada.
— Então, você sentiu também?
Dulce teve um sobressalto ao som da voz de uma mulher Virou-se, e se deparou com Alexandra poucos passos.
— Sim, um formigamento que me penetrou.
— E este é o único lugar em que sentiu essa sensação?
— Não, senti a primeira vez na abadia em Glastonbury. Como eletricidade passando por dentro de mim... um fogo branco... não sei como descrever.
— E onde mais? Estou curiosa porque poucas pessoas sentem o poder ultimamente. Fingem, ou sentem o vestígio de um zumbido, mas não forte. Mas você...
— Houve a ocasião na abadia e depois a noite em que Ucker me levou a Stonehenge. Foi realmente forte. Ucker disse que era porque a magia estava dentro de mim. Fiquei tão exausta que acho que posso ter desmaiado, porque, depois disso, só me lembro de estar no Jaguar a caminho daqui.
— Stonehenge drena o poder de indivíduos mágicos. Tem uma magia tão antiga que consume o poder de quem o visita. A maioria não sente. Você sentiu. Sabe como isso a toma especial, Dulce?
— Ora, bem que eu gostaria de acreditar que existe magia em mim, mas se há, nunca apareceu antes.
— Em Woodstock não havia magia, mas nós queríamos que houvesse — Alexandra murmurou, com um sorriso.
— Esteve lá?
— Quem não esteve? Foi onde conheci meu marido.
A mãe de Ucker caminhou até a lápide caída e sentou-se. Dulce aproximou-se.
— Não tenho o direito de perguntar, mas... A senhora o amava? O pai de Ucker?
— Com cada fibra de meu ser, Dulce. Achava que não poderia respirar a menos que ele estivesse por perto.
— Entendo. Quando a gente ama, realmente ama alguém, essa pessoa tem poder sobre nós, mas não é algo sufocante, é liberador. A gente acha que pode fazer qualquer coisa no mundo, contanto que nosso amor esteja ao nosso lado.
— E assim que você se sente com relação a meu filho? Dulce suspirou.
— Eu o amo. Ele me tira o fôlego, provoca arrepios em mim e chega até minha alma, eu acho. Eu não queria admitir porque é unilateral, mas, sim, eu o amo. A princípio, eu queria socá-lo. Era tão puritano, tão metido a besta...
— Ela ficou por um instante pensativa. — Mas, sabe, creio que aquela ranhetice era teatro. Um tipo de autodefesa. E Any o surpreendeu ao me trazer aqui. Ele não tinha uma pista do que estava acontecendo e, no que lhe dizia respeito, eu era uma intrusa... nada bem-vinda.
— Acha que ele mudou de idéia quanto a você?
— Ah, pouco a pouco. Eu me ofereci como voluntária para assumir as tarefas de cozinha quando a sra. Duarte quebrou o quadril. Creio que ele gostou da minha comida.
Alexandra levantou-se, aproximou-se de Dulce e pousou a mão em seu braço.
— Pode ser mais do que sua comida o que o atraiu em você, minha cara. Meu filho seria um tolo se não correspondesse a seus sentimentos.
Olhou para Dulce, parada, de ombros derrubados, as mãos enfiadas nos bolsos da jaqueta. A tristeza impregnava suas feições. Alexandra esboçou um sorriso.
— Coragem, garota.
— Acho que viu meu futuro, só que estava errado.
— Quem sabe... Tenha fé.
Rumou para a trilha, mas parou por um instante para olhar para trás, para a futura nora. Dulce, a própria imagem da depressão, deixou-se cair na pedra de granito e suspirou.
Ucker quase chocou-se com a mãe.
— Ouviu o suficiente, meu filho?
— Sim, ouvi tudo que queria ouvir. — Sua face iluminou-se.
— Bem, o que está esperando, então?
Ele sorriu, transformando-se num homem de uma beleza devastadora. Tão parecido com o pai, Alexandra pensou.
— Eu nunca assinei os papéis do divórcio, Ucker. Nunca deixei de amar seu pai, mesmo que ele tenha desistido de mim. E sempre, sempre amarei você e sua irmã.
— Eu acredito. Mas agora, mamãe, preciso impedir que um erro terrível aconteça. Pode me dar licença?
Ela não teve tempo de responder. Ucker já corria até a tumba.
A cabeça de Potter descansava no colo de Dulce, e o cão gania baixinho sempre que ela parava de lhe acariciar o focinho.
Lágrimas corriam de seus olhos. Ela soluçou algumas vezes, enxugando a face. Enfiou a mão no bolso e sentiu uma coisa macia. O lenço de Ucker, aquele que ele lhe emprestara no avião.
Tirou-o do bolso, e viu que o dragão vermelho se parecia mais com um cachorro engraçado na insígnia. Apertou-o na palma da mão e resolveu ser egoísta e guardá-lo. Um suvenir de Uckermann Hall e de seu conde.
Então, o desespero a invadiu. Um lenço amassado em vez do homem a quem amava. Grande coisa.
— Dul!
Lá estava ele, parado à sua frente. Dulce fechou os olhos, achando que, quando os abrisse, Ucker teria desaparecido. Naquele lugar cheio de magia, ele só poderia ser uma ilusão.
— Querida, tenho algo a lhe perguntar.
Ao ouvir a voz de novo, Dulce abriu os olhos.
— Chris? Está na hora de ir? — Seu coração afundou-se na tristeza mais profunda.
Potter levantou-se com um uivo suave e afastou-se.
— Não, temos alguns minutos de sobra — Ucker murmurou, e caiu de joelhos no chão. — Você andou chorando.
— Um pouco triste de deixar a Inglaterra.
— Isso é tudo?
Como Dulce poderia lhe contar?
— Não sou boa em dizer adeus, Ian.
— Temos coisas a cuidar, antes que você vá — ele murmurou.
— Eu sei. Tome, eu quase esqueci. — Tentou tirar o anel do dedo.
— Quero que fique com ele, Dul.
— Oh, não! Ucker, você não me deve tudo isso. E é para sua noiva de verdade, não para uma de mentira. — Girou o anel no dedo. — Oh! Não consigo tirar! Estalou!
— Ótimo.
— Ucker, este anel vale... muito dinheiro! E deve ser da mulher com quem você pretende se casar E não sou eu... não sou eu.
— Sim, é você, Dul. Você é aquela que quero que use o anel Uckermann- Quando o colocou, eu disse que servia como se tivesse sido feito para você. Eu tinha razão. Foi feito para você. Eu te amo Dulce. Quero que seja minha esposa.
Dulce o fitou com ar abobalhado e não respondeu.
— Ouviu? Eu te amo. Quero que seja minha esposa e viva comigo para sempre em Ucker.
— Está dizendo que quer se casar comigo, Chris?
— Sim, disse duas vezes. O que me responde?
— Está brincando... É este lugar. Coisas esquisitas acontecem sempre aqui. É algum tipo de sonho bizarro, não é?
— Não, creio que não.
Dulce não acreditava no que ele dissera. Como convencê-la?
Uma lufada de vento arrepiou a grama ao redor da tumba e depois soprou sobre ele.
Apenas diga o que se passa em seu coração. A coragem vinha de lugares estranhos, Ian pensou. Talvez ela queira mais palavras, palavras mais bonitas, algo que nasça... do meu coração.
Agarrou as mãos de Dulce.
— Dulce, preciso de magia. Preciso da sua magia. Preciso de sua risada e de seu amor em minha vida. E posso lhe dar todo o amor que tenho no coração para sempre, porque... eu te amo. Por favor, seja minha esposa. Case-se comigo, Dulce!
Dulce julgou ouvir um assobio atrás das palavras de Ucker, à distância, suave, mas sem interferir naquilo que ele dizia. Custou a compreender o significado. E a rebuscar sua alma até as profundezas.
Ucker falava sério. E ela acreditou em cada palavra. O dragão lhe oferecera o coração.
— Ucker... Oh, Chris! Como?
— Eu te amo, Dul. E julguei que você poderia sentir o mesmo por mim. Depois da noite passada, não consigo pensar em outra coisa a não ser em você. E em estar com você até que nós dois sejamos tão velhinhos como Arthur aqui.
Um sorriso abriu-se no rosto de Dulce.
— Não pensei que você se sentisse assim.
— Céus, mulher! Você me deixa de joelhos moles! Me incendeia e desafia minha paciência o tempo todo. Ando num estado quase constante de ereção só de respirar o mesmo ar que você. Quando me toca, fico louco. Dulce, estou apaixonado por você.
Numa voz empostada e teatral, Dulce exclamou:
— Ucker, Vossa Senhoria, o honorável nobre conde de Uckermann e de vários outros lugares... eu sou louca por você! —Agarrou-o pelo pescoço e puxou-o para perto. — Me beije, por favor, amor.
Eu me surpreendi... sinceramente, pq para adaptar com o livro no colo demorou tanto e para postar foi tão rapido...
Amanhã a web chega ao fim... Obg para qm está lendo!
Autor(a): girlcandyhive
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Ucker inclinou a cabeça e pousou os lábios nos dela. — Deus meu, Dulce, diga "sim"! Por favor, não posso suportar mais! Ela encheu os olhos com a visão de Ucker. Ali estava ele, tudo que ela sonhara num homem. Belo, de ombros largos, inteligente, nobre, um pouquinho nervoso, mas isso era passível de conserto, e... ele a amava. &m ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 27
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beatris Postado em 11/12/2017 - 23:12:16
amei mto msm foi otm
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stellabarcelos Postado em 19/12/2015 - 13:13:37
Amei muito! Linda! Parabéns
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bida Postado em 27/07/2012 - 18:21:03
parabens..queria ver os filhos deles :(..mas amei a web
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onlydm Postado em 27/07/2012 - 14:30:25
Que lindo o final da web, gosti. Parabéns muito boa
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onlydm Postado em 25/07/2012 - 21:40:43
Posta amor
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breco Postado em 24/07/2012 - 23:23:28
Ansiedade modo ON! Continua!
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breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:47
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breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:33
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onlydm Postado em 23/07/2012 - 16:58:13
Tomara que ela não vá. Divulguei
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thallesdias Postado em 23/07/2012 - 12:03:14
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