Fanfics Brasil - Capítulo I KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy}

Fanfic: KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy} | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo I

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— Você é chefe de cozinha nos Estados Unidos, não é? Estava imaginando cavalheiros reunidos em tomo da mesa? — Any soltou uma risadinha marota.


Dulce enrubesceu.


— Só sonhando com o cardápio para a refeição, junto com o vinho que acompanharia — confessou.


— Temos duas cozinhas em Uckermann Hall. Uma é imensa, separada da casa principal originalmente e depois anexada conforme a construção foi modernizada no século dezenove. Claro, recebeu novos equipamentos. Quer ver?


Dulce hesitou, lembrando da "lista" e não querendo ser intrometida.


Any, porém, continuou o tour pelo longo corredor, apontando os vários condes e citando nomes. Todos os quadros mostravam feições semelhantes. Algumas de face raspada, outras de barbas e bigodes, de acordo com o estilo da época. Babados nos pescoços, roupas de cores sóbrias ao vibrante vermelho.


Quando chegaram ao fim da galeria, Dulce parou diante de uma pintura de origem mais recente, de um jovem. Tinha longos cabelos escuros, usava a camisa aberta no colarinho e calças jeans. Uma das mãos repousava no focinho de um cavalo baio.


— Quem é? — indagou curiosa.


— Christopher . O conde atual.


— É bem jovem, não? E bonito.


Any pareceu pesar as palavras.


— Ele é um pouco mais velho. Esse retrato foi feito há vários anos.


Provavelmente se tomara um homem de deixar qualquer moça babando, Dulce pensou. Talvez fosse por isso que sua guia parecia estranha.


— Tem uma queda por ele, Any?


A garota deixou escapar uma risada cristalina.


— Acho que gosto dele. Afinal, ele é meu irmão.


A surpresa quase provocou em Dulce uma desagradável paranóia. Ela estava conversando com a irmã do conde de Bowness, ou, mais apropriadamente, com lady Anahi.


Como deveria se comportar diante disso?


— Oh, não me olhe desse jeito, Dulce. Já vi esse olhar antes. Sou apenas uma pessoa comum. Não ligamos muito para títulos por aqui. Não é grande coisa.


— Como assim?


— Fui filha e irmã de um conde durante toda a minha vida. Acredite, não quer dizer muito. Talvez para Christopher faça diferença, mas ninguém por aqui me trata como alguém especial. E não gosto.


— O que quer dizer, não gosta? Deveria se orgulhar disso.


— É bobagem, eu acho. Talvez quando eu ficar mais velha eu escreva um livro sobre como é ser a filha de um conde e depois irmã de um. Mas agora, não significa coisa nenhuma.


Any virou-se, e seguiram por outro corredor interminável.


Subiram e desceram vários lances de escadas e, agora, estavam num local escuro. Quando Any acendeu as luzes, contudo, Dulce sentiu que não estavam mais sozinhas.


— Armaduras! — Ela riu, inquieta, quando a luz se refletiu no metal.


— Foram usadas em uma ocasião ou outra pelos Uckermann — explicou Any. — Esta aqui data do tempo de Henrique VIII.


A armadura exibia um elmo emplumado, cujo visor, uma mera fenda, tinha uma aparência sinistra. Mas não prendeu a atenção de Dulce tanto quanto a de couro e bronze num manequim.


Aquilo era dez vezes melhor que um museu. Dulce não resistiu e tocou o bronze antigo da couraça de peito. Um zunido soou em sua cabeça, e ela sentiu-se compelida a pousar a palma nos pequenos elos quadrados. Ao contato, sua mente encheu-se de imagens de sangue e selvageria. Como se levasse um choque, tirou a mão depressa. Olhou para a guia, encabulada.


— Qual é a idade deste castelo?


— Faz quinze séculos que este é o lar dos Uckermann. Agora venha por aqui chef Dulce Maria. Vamos ver as cozinhas — disse Any já saindo pela porta.


Um som agudo de sirene arrancou Dulce do sono. E ela ergueu-se nos cotovelos e olhou para o relógio do criado-mudo. Oito da manhã.


O que era aquele barulho horrível?


Em passos arrastados, seguiu para o banheiro e, depois de lavar o rosto com água fria, olhou-se no espelho. O que viu foi uma figura pálida, com marcas de lençol pela face, cabelos arrumados como um batedor de ovos.


O ruído estridente parou.


Rapidamente usou o banheiro e foi se vestir. E já que sua opção de roupas era limitada, enfiou-se, com relutância, nas calças jeans. Seguiu pelos corredores e, por fim, congratulou-se ao chegar ao que chamavam de cozinha. A porta estava aberta. Ao ouvir o que parecia a voz de Any, Dulce foi até a soleira da porta.


A chuva tomava o cenário cinzento e pesado. No gramado,as portas abertas de uma ambulância esperavam para receber a maca. Um arquejo escapou-lhe ao reconhecer a sra. Darcy.


Any se apoiava ao braço de Jack, o chofer, as lágrimas escorrendo pelas faces. As mãos de Jack tremiam.


— Jack vai acompanhá-los, Darcy — ela anunciou, enquanto o pessoal da ambulância colocava a maca no veículo. — Não se preocupe com nada. Tudo ficará bem aqui.


Quando as portas se fecharam, a ambulância saiu devagar do pátio.


Any ficou olhando a ambulância afastar-se e então, em passos lentos, como se o peso do mundo estivesse em seus ombros, seguiu para a porta onde sua hóspede se postara.


— Darcy caiu esta manhã. Tenho quase certeza de que quebrou o tornozelo, mas receio que o quadril possa estar deslocado.


— Oh, nossa! Espero que não seja tão ruim assim.


— Receio que seja pior... para nós. Sou uma péssima cozinheira.


Dulce não pensara nisso. Claro, não teriam uma cozinheira para as refeições.


Mas isso não era realmente um problema.


— Se estiver com fome, faço uma boa omelete, e me arranjo bem numa cozinha.


— Não se importa? Só por enquanto?


Com um sorriso, ela enrolou as mangas do suéter e fez uma rápida inspeção pela cozinha, procurando o que precisava, abrindo gavetas e armários.


Assumira o pedaço.


 


Que coisa inusitada, pensou Dulce. Lá estava ela, falida, numa terra estranha, andando de cabriolé com a irmã de um conde. Usava roupas emprestadas que, felizmente, eram quase do tamanho certo, cedidas a ela por uma verdadeira dama inglesa.


As ruas enxameavam de gente. Era Sexta-Feira Santa, feriado. Era evidente que os ingleses não estavam na igreja batendo no peito, ou a cidadezinha de Glastonbury não fervilharia de tanta atividade. Algumas pessoas acenavam para Any.


— Normalmente venho de carro, mas fui multada a semana passada e todos na cidade sabem disso. Preciso tomar cuidado antes que alguém conte a meu irmão. Espero que não se importe de andar de charrete.


Claro que Dulce não se importava. A cidade era antiga e os prédios provavelmente da Idade Média. As datas nos frontispícios eram de quando a América nem mesmo fora descoberta pelos espanhóis.


As lojas, no entanto, ostentavam bandeiras nas cores do arco-íris. Sobre as portas pendiam signos de madeira com anúncios de cristais da Nova Era e espadas arturianas, enquanto figuras exóticas passeavam vestidas com costumes ao estilo do lendário Rei Arthur.


Uma mulher saiu de uma lojinha e acenou. Loira, de olhos claros, enormes. Sem conhecer uma alma na Inglaterra, Dulce virou-se para perguntar a Any quem era, mas a garota estava ocupada estacionando o cabriolé. Quando virou-se outra vez, a mulher sumira.


— Por que não dá uma volta pelas lojas enquanto eu cuido de um assunto desagradável? — Any saltou do cabriolé e amarrou o pônei.


Dulce não hesitou; seguiu direto para uma das lojas. Entrou na loja. Os balcões exibiam pedras e cristais, livros e bijuterias. O cheiro pesado de incenso pairava no ar. Uma mulher saiu de trás de uma área fechada por cortinas.


— Bem-vinda, viajante. Dulce sorriu.


— Olá. Posso dar uma olhada?


— Claro. Se encontrar algo que desperte sua fantasia, me avise. Como se ela pudesse gastar algum dinheiro. Mas olhar não custava, ora. Cartas de tarô, cristais pendentes, braceletes, bolas de mármore com dragões em torno. Parou diante dos pendentes de cristal. A mulher saiu de trás do balcão.


— Cada um tem um significado, você sabe. Tome. Sinta. Ponha em sua mão.


Quando o cristal tocou a palma de sua mão, começou a vibrar. Pelo menos, foi o que ela achou que sentia. Esquisito.




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Autor(a): girlcandyhive

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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— É lindo, mas não tenho dinheiro. — Sua aura é muito forte, mas tenho certeza de que sabe disso. Você faria objeção a uma leitura? Grátis? Dulce não sabia o que era uma "leitura", mas a curiosidade a espicaçou. Por que não? Duas cadeiras e uma mesa desgastada de madeira ocupavam o espa&cc ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • beatris Postado em 11/12/2017 - 23:12:16

    amei mto msm foi otm

  • stellabarcelos Postado em 19/12/2015 - 13:13:37

    Amei muito! Linda! Parabéns

  • bida Postado em 27/07/2012 - 18:21:03

    parabens..queria ver os filhos deles :(..mas amei a web

  • onlydm Postado em 27/07/2012 - 14:30:25

    Que lindo o final da web, gosti. Parabéns muito boa

  • onlydm Postado em 25/07/2012 - 21:40:43

    Posta amor

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:23:28

    Ansiedade modo ON! Continua!

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:47

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  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:33

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  • onlydm Postado em 23/07/2012 - 16:58:13

    Tomara que ela não vá. Divulguei

  • thallesdias Postado em 23/07/2012 - 12:03:14

    site de web novelas precisando de autores Link historiasmarcantesweb.webnode.com email hmarcantes@hotmail.com


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