Fanfics Brasil - Capítulo I KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy}

Fanfic: KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy} | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo I

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— É lindo, mas não tenho dinheiro.


— Sua aura é muito forte, mas tenho certeza de que sabe disso. Você faria objeção a uma leitura? Grátis?


Dulce não sabia o que era uma "leitura", mas a curiosidade a espicaçou.


Por que não?


Duas cadeiras e uma mesa desgastada de madeira ocupavam o espaço além da cortina. Para seu desapontamento, não havia uma bola de cristal, só um lenço vermelho em cima da mesa e um punhado de pedras.


— Não leio a palma da mão nem olho em bolas de cristal, minha cara.


Dulce sobressaltou-se. A mulher lia mentes? Em resposta, a estranha riu.


— Se eu lhe disser que às vezes posso ler mentes, você acreditaria?


— Acho que teria de acreditar.


— Por favor, sente-se e relaxe. Fica mais fácil fazer minha... leitura.


Dulce sentou-se, comprimindo os lábios para não rir.


— O que vai "ler"?


Ao sentar-se na outra cadeira, a mulher esticou a mão e deslizou-a no ar, a uma curta distância do rosto e dos ombros de Dulce.


— Sua aura. Ora, não se encolha. Tem muita energia, querida. Dulce meneou a cabeça.


— Não sou forte. As pessoas sempre pisam em mim.


— Ah, mas as coisas mudaram. Você deu um grande passo. Você é talentosa, mas precisa saber disso. Tem uma alma antiga. E habilidades a desvendar


Era ótimo saber disso. Quando chegasse em casa, enfrentaria um novo desafio. Estremeceu.


O tom de voz da mulher abaixou-se.


— Você vai se apaixonar por um príncipe. Você é aquela que pode domar dragões. Que força! Você tem poder em suas mãos, em seu ser, apenas ainda não o reconhece. Mas vai descobri-lo. E o reconhecerá.


— Não tenho poder algum. E gostaria que a parte do príncipe aconteça logo. Continuo beijando sapos.


— Acredite. Seu coração lhe mostrará o caminho.


Claro que seria ótimo ter um príncipe para adicionar à sua lista de fracassos íntimos, mesmo que terminasse como todos os outros. Contudo, nunca poderia domar um dragão, literal ou figurativamente.


— Obrigada. Espero estar á altura de suas previsões.


A leitora de aura levantou-se e abriu a cortina para Dulce.


— Tenha toda a confiança em você, querida. Siga seu coração. — Apertou a mão de Dulce com força.


Só na calçada foi que Dulce se deu conta de que a mulher enfiara o pendente de cristal em sua mão. Fitou o objeto por um instante. Por que a lojista fora tão gentil? Então, enfiou o cristal no bolso da jaqueta.


Any alcançou-a a poucos passos depois da loja e juntas seguiram até a abadia de Glastonbury.


Ao ver-se diante das ruínas do convento que abrigara os monges no século doze, Dulce de repente, sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Um leve zunido ressoou em seus ouvidos, substituído por um mais alto. Vertiginoso. Impressionante. Zonza, cambaleou até a grade.


Saia daqui! Saia daqui!


Ela afastou-se e só quando passou além das ruínas de pedra, o zunido cessou. O que estava acontecendo?


Any alcançou-a e continuaram a andar em silêncio até chegarem a uma placa de ferro.


— Aqui jaz o Rei Arthur e sua Lady Guinevere — Dulce leu, em voz alta. Virou-se para a acompanhante. — Ele não está realmente enterrado aqui, está?


— Assim dizem. Quase novecentos anos atrás, o abade de Glastonbury resolveu ampliar sua capela e, quando os monges faziam as fundações, descobriram uma pedra enorme. Escavaram ao redor e içaram a pedra. Embaixo, encontraram uma cruz de chumbo com o nome "Arthur" inscrito. E, sob ela, os restos mortais de um homem e uma mulher


— Como sabiam que era o verdadeiro Arthur, se é que ele existiu?


— A única coisa concreta era o nome Arthur na cruz, que foi levada a Londres, é claro, e depois desapareceu. Mas funcionou como publicidade. O abade conseguiu sua nova igreja, o objetivo da coisa toda.


— Ah, entendo. Não houve como provar se era o corpo de Arthur, e nem como negar também.


— Exato.


— E você acredita que seja o túmulo de Arthur e Guinevere?


— Se conheço História, nos tempos antigos esta região inteira costumava ficar inundada. A lenda diz que Arthur foi para a ilha de Avalon. O outeiro é o ponto mais alto aqui. Se a área inundava, o local seria como uma ilha, não seria?


— Humm... Não sei. — Mudando de assunto, Dulce indagou. — Alguma vez você se sentiu estranha quando veio aqui, Any?


— O que quer dizer?


— Como se estivesse zunindo. Ressoando por dentro. Elétrica.


— Não, nunca. E você?


— É só uma pergunta idiota de turista. Esqueça.


 


Na manhã seguinte, quando Dulce entrou na cozinha, amarrando o cinto do vestido na cintura, o aroma de especiarias a recebeu. Faminta, abriu a porta da geladeira, examinando o conteúdo.


Ouviu passos se aproximando e, então, dois braços fortes a agarraram por trás e a puxaram.


Uma voz profunda de homem soou a seus ouvidos, e uma cabeça se afundou em seu pescoço.


— Ah, Darcy, meu amor! Que milagres você está prestes a conjurar?


Dulce soltou um berro.


Os braços a largaram no mesmo instante. E ela virou-se, apavorada. E se viu de frente com a face do... sujeito do avião.


— Você! — ele exclamou.


— Você! — Dulce berrou.


Então, ambos exclamaram ao mesmo tempo.


— O que está fazendo aqui?


 


Christopher cruzou os braços e esperou que a estranha começasse a explicar por que usava o vestido que ele mesmo dera a Darcy no último Natal, e o que estava fazendo ali, fuçando na geladeira.


A mulher devolveu a ele o olhar de mal disfarçada hostilidade.


Os segundos se arrastaram, transformando o encontro bizarro numa disputa de olhares furiosos. Finalmente Christopher desviou os olhos. Será que ela não sabia o que acontecia a seus seios quando apertava tanto o cinto? Será que tinha consciência de que as partes de sua anatomia se delineavam por trás da seda macia que deixava muito pouco para a imaginação de um homem?


— Sou Christopher Uckermann. E esta é minha casa. Eu moro aqui. Ajustou na facea melhor expressão de autoridade e ergueu o queixo.


A mulher, atrevida como ela só, teve a ousadia de medi-lo de cima a baixo, como se o avaliasse. E não vacilou. Nem deu um passo atrás!


— Sou Dulce Maria Saviñón Desembolsei um bocado de dinheiro para me hospedar em Uckermann Hall por duas semanas.


O sangue fugiu das veias de Christopher tão depressa que o fez sentir-se atordoado. Desembolsou? Pagou dinheiro? Que diabos estava acontecendo?


— Você pagou para ficar em minha casa? Dulce Maria Saviñón empinou o nariz.


— Paguei.


Ele levou a mão à testa por um instante, tentando apagar as palavras da mente.


A ianque continuava diante dele, braços cruzados fazendo os seios subirem e descerem voluptuosos. Os cabelos caíam em suaves anéis em torno da face. E que pele maravilhosa. Os olhos irradiavam calor como uma chapa quente, e eram da cor de Avelã com um halo dourado em torno da pupila.


Sentiu o corpo reagir de um modo primitivo.


Ela é americana, recordou a si mesmo. Melhor ir embora antes que faça algo de que se arrependa pelo resto da vida.


A gringa pousou as mãos nos quadris e disse num tom controlado:


— Eu ia preparar o café da manhã, caso se dê ao trabalho de se juntar a nós.


Que insolente! Christopher sentiu a pressão subir.


— Duvido! — ele esbravejou.


Ao sair da cozinha à procura da governanta e da irmã, ele ouviu distintamente um bufo seguido pelo bater das louças e das panelas.


 


Any estava no escritório, o queixo mais erguido que de costume, ouvindo o sermão de Christopher .


— Você alugou um quarto em minha casa? Até quando ela teria de repetir a história?


— Sim, eu aluguei um quarto para uma completa estranha. Dois estranhos, na verdade. O outro não apareceu.


— Por que, em nome de tudo que é sagrado, você fez uma coisa tão desmiolada?


Já que tudo saíra tão terrivelmente errado, não parecia prudente contar tudo de uma vez. Ela sabia que Christopher estava fervendo de raiva. Não enxergaria a razão.


— Dez mil dólares. Americanos — ela retrucou, por fim, esperando que fosse suficiente.


Não foi.


— Ela pagou dez mil dólares para morar em minha casa?


— Na verdade, ela pagou para duas pessoas passarem duas semanas na lendária Uckermann Hall.


— Quem arquitetou esse disparate?


— Eu. Escrevi o anúncio. Foi bastante eficiente. Duas semanas na lendária Uckermann Hall. Tour pelos famosos locais históricos da Grã-Bretanha vivendo como a realeza.


— E onde esse maravilhoso anúncio apareceu?


— Bem... — Any reuniu coragem. Como soltaria a bomba? —Alfonso Herrera ficou encantado em me ajudar O anúncio saiu na revista Gourmet Magazine do mês passado.


— Você procurou Alfonso Herrera para publicar um anúncio oferecendo um quarto em Uckermann Hall?


O timbre de enregelar o sangue na voz de Christopher fez os joelhos de Any se transformarem em geléia.


— Eu... não, nós precisávamos do dinheiro, Christopher . O encanamento estourou. A água estava escorrendo das paredes, arruinando tudo. Você estava nos Estados Unidos, e eu aqui, sozinha. Tinha de arranjar uma solução. Darcy, Jack e eu não queríamos aborrecê-lo. E pensamos... — Ela fungou, pois as lágrimas escorriam pelas faces e se penduravam nas narinas. — Pensamos que poderíamos fazer isso numa boa e você nunca ficaria sabendo.


Tentou controlar a angústia. Fazia anos que não chorava na frente do irmão.


Christopher levantou-se da cadeira e, para surpresa de Any, estendeu-lhe um lenço. Sem jeito, ele passou o braço pelos ombros da irmã.


— Oh, Any. Por favor, não...


Diante daquela demonstração de carinho, tão inesperada no calor da discussão, Any dissolveu-se em lágrimas e soluços descontrolados.


— Achei que você tinha muita coisa com que lidar e que essa era uma solução boa, viável.


— Então, Anahi agora sabe que estou atolado em problemas. — Seu peito arfou, e ele deixou escapar um suspiro pesado.




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Autor(a): girlcandyhive

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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— Oh, não — protestou Any. — Eu disse apenas que queria algo para fazer... uma experiência com que me ocupar agora que terminei o colégio. — Any, você sabe que tenho tido problemas em conseguir os fundos para o projeto de Rivendell. Ninguém quer me emprestar o dinheiro para um empreendimento perfeitamente sól ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • beatris Postado em 11/12/2017 - 23:12:16

    amei mto msm foi otm

  • stellabarcelos Postado em 19/12/2015 - 13:13:37

    Amei muito! Linda! Parabéns

  • bida Postado em 27/07/2012 - 18:21:03

    parabens..queria ver os filhos deles :(..mas amei a web

  • onlydm Postado em 27/07/2012 - 14:30:25

    Que lindo o final da web, gosti. Parabéns muito boa

  • onlydm Postado em 25/07/2012 - 21:40:43

    Posta amor

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:23:28

    Ansiedade modo ON! Continua!

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:47

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  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:33

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  • onlydm Postado em 23/07/2012 - 16:58:13

    Tomara que ela não vá. Divulguei

  • thallesdias Postado em 23/07/2012 - 12:03:14

    site de web novelas precisando de autores Link historiasmarcantesweb.webnode.com email hmarcantes@hotmail.com


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