Fanfics Brasil - Capítulo 2 KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy}

Fanfic: KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy} | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 2

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— Não sei o que dizer, meu rapaz. — Clark soprou as palavras junto com a fumaça do charuto cubano. — Tenho ouvido todo tipo de coisas, rumores sobre você.


— Naturalmente não lhes deu atenção, tio.


— Claro que não, Christopher . Mas devo admitir, é preocupante. Você não chegou ao fundo do poço, chegou?


— Não, estou bem, tio. Com um pouco de dificuldade em impressionar os investidores sobre um empreendimento do porte de Rivendell, mas espero que tudo se esclareça em breve.


Clark virou-se para encará-lo.


— Vou lhe dizer, é melhor fazer alguma coisa logo, antes que tais rumores fiquem impossíveis de controlar, Christopher . Outro dia, ouvi alguém dizer que você não é visto na cidade faz meses.


— Conversa fiada. Passei os últimos três dias lá.


— Conversa fiada que pode acabar com um homem.


— Ora, tio. Eu estava trabalhando. Alguns de nós trabalham...


— Isso é outra conversa. As pessoas sabem que você investe seu tempo na firma. Você deveria ser visto com mais frequência por aí, com belas mulheres, só para manter as aparências, digamos.


Christopher soltou uma risada.


— É a última coisa para que eutenho tempo agora, tio Clark.


— Isso não parece nada bom. Não é nada bom ficar enterrado no escritório quando deveria...


— Deveria o quê, tio? Ir ao teatro? Jantar para me exibir em público? Ter a foto no jornal?


Christopher ouviu a hostilidade na própria voz. Clark o olhou de cima a baixo e depois soprou uma baforada do charuto.


— Ouvi dizer que esteve nos Estados Unidos.


— Sim, voltei há alguns dias. Passei um tempo com alguns conhecidos na Virgínia e em Nova York.


— Você não se deparou com...


— Não, visitei alguns amigos, mas não me deparei com ninguém que o senhor conheça, tio.


Que diabos! Não iria dizer nada que satisfizesse o interesse do tio em seus envolvimentos amorosos. Velho tolo!


 


Sozinha no quarto, Dulce tirou o vestido preto e, depois de uma inspeção, resolveu lavá-lo no lavatório. Uma das razões por que o comprara fora pela simplicidade, tanto no estilo como nos cuidados. Já que era seu único vestido, provavelmente tivesse oportunidade de usá-lo outra vez, embora não para o homem em quem pensara ao comprá-lo.


Rodrigo, aquele poço de imundície!


Uma nova onda de desgosto a invadiu.


Ao fechar os olhos, Dulce o imaginou mais uma vez transando em sua bancada de trabalho. A raiva deu lugar ao desgosto, enquanto ela enchia a pia de água quente e pingava uma gota de xampu. Ao mergulhar o vestido na água, seus pensamentos se desviaram para o último dos homens detestáveis acrescentados à sua lista, lorde Clark.


Mas, sem querer, se viu rindo. Quem ele pensava que era? E aquela esposa... Era daqueles sujeitos que nunca se satisfaziam com a atenção de uma mulher só? Ah, os homens, todos se julgando irresistíveis, todos pensando que têm algo que mulher alguma recusaria, todos imaginando que qualquer mulher que desejassem iria pular na cama com eles.


Claro, nem todos eram assim. Alguns eram felizes com as esposas ou namoradas e verdadeiramente comprometidos com uma relação monogâmica. Porém, para cada um, havia dez do outro tipo.


Com cuidado, ela enxaguou o vestido e o torceu com delicadeza. Notou que o tecido parecia quase seco. Satisfeita, pendurou a roupa na cortina do banheiro.


Clark era uma pessoa desprezível, apesar do título e da jovem e bela esposa. Havia algo nele que a fazia imaginar por que os Uckermann permitiam que o casal os visitasse. Família. Quem poderia virar as costas para a família? Talvez houvesse algum negócio entre os dois.


Mas alguma coisa não se encaixava direito, Ela não saberia apontar. Porém, tio Clark não era problema seu. Que o todo-poderoso conde de Uckermann lidasse com o velho debochado.


Christopher recostou a cabeça na cadeira, de olhos semicerrados. Na mão, um cálice quase vazio de conhaque.


Então, os rumores fervilhavam. Onde seu tio estivera e de quem ouvira as conversas? Ninguém, a não ser os banqueiros, sabia que ele procurava um empréstimo. E certamente seriam discretos. Não eram vinculados á mesma lei de confidencialidade que padres e advogados?


Quem mais saberia que ele precisava de fundos para completar o projeto de Rivendell?


Os construtores?


Todas as contas haviam sido pagas. E eles eram confiáveis. A maioria trabalhava para sua firma fazia seis anos. Nenhum deles teria motivo para espalhar qualquer boato que pudesse chegar aos ouvidos de seu tio.


Tomou mais um gole da bebida. Boatos. Poderiam liquidar com um homem.


Uma bela mulher também.


Mais uma vez ele visualizou Dulce Saviñón com os olhos da mente. Aquela coisinha de nada que ela chamava de vestido, os cachos ruivos a dançar em torno do rosto ao menor movimento... O andar... Será que ela se dava conta de que o próprio ar em torno estremecia quando ela passava? Havia uma aura reluzente ao redor de sua figura... O que é isso!,ele se recriminou.


O cálice vazio parecia frágil em sua mão. Quando ia levantar-se para enchê-lo de novo, refreou-se. Nada de conhaque. Se permitisse que os pensamentos sobre a americana brincassem em seu cérebro, não faria mais nada da vida. A correspondência se empilhava em seu escritório. Talvez fosse melhor dedicar-se ao trabalho do que se imaginar fazendo coisas impensáveis com a hóspede pagante.


Ao sair no corredor, ele lutou contra o impulso de largar tudo e enfiar-se na cama. Levou a mão ao colarinho. Parecia estrangulá-lo. Arrancou a gravata e desabotoou a camisa. Uma aflição impeliu-o para a próxima porta de saída.


O ar frio da noite o recebeu, e uma lua minguante iluminava o jardim, projetando sombras pelas pedras da calçada.


 


Dulce foi até a janela. A lua brilhava lá fora. Ao puxar as cortinas para fechá-las, um movimento lá embaixo atraiu-lhe a atenção.


Alguém andava pelo jardim, na direção do portão. Passadas largas. Deveria ser Christopher . Viu de relance a camisa branca quando ele se virou, olhando para a casa. O preto do smoking mesclou-se às sombras, e ele desapareceu.


O que ele fazia lá fora tão tarde da noite? Indo ao encontro de uma amante?


Dulce soltou uma risadinha. Só de pensar no reprimido lorde Uckermann, saindo para o frio da noite para encontrar alguma garota a divertiu.


Com uma alegria perversa, resolveu segui-lo. Droga, estava entediada.


Enfiou-se nos jeans e no suéter, e saiu atrás do homem de preto.


 


Tentáculos fantasmagóricos saltavam do chão, enroscando-se à sua roupa. Ela ainda não estivera no jardim, mas a luz da lua tomava o caminho fácil de seguir. O mistério pairava no ar noturno, e Dulce, passando a língua pelos lábios, julgou que saboreava algo interessante. Os passos do conde ressoavam numa cadência rápida pelas pedras, enquanto ela se esgueirava atrás, com cautela, feliz com os tênis e a roupa escura. Ele sabia para onde ia. Ela tentava não tropeçar a cada três passos.


O terreno elevou-se. As silhuetas das árvores recortavam-se contra o céu da meia-noite. Quando Dulce saiu da alameda calçada e afundou o pé no cascalho da trilha, percebeu que seria difícil caminhar sem ruído. Com cuidado, continuou, pé ante pé, e teve um sobressalto ao ouvir um ruído atrás de si. Virou-se de supetão, e chocou-se contra o corpo sólido do... conde!


— Que diabos você está fazendo aqui fora?


Ela ia gritar quando a mão enorme de Christopher tapou-lhe a boca.


— Está me seguindo?


A voz perdera a inflexão educada, ficando mais entre um urro e o som da mais absoluta fúria.


A resposta não conseguiu passar pela mão que forçava seus lábios, e Dulce debateu-se, mas não conseguiu livrar-se, pois um braço firme enroscou-se em sua cintura.


Não tendo outra alternativa, fez o que tinha de fazer para escapar. Mordeu a mão do conde. Com toda a força.


Ele largou-a no mesmo instante, e levou a mão à boca.


— Que diab...?


— O que pensa que está fazendo?


Com a palma na boca, Christopher a encarou. Mesmo na penumbra da noite, Dulce poderia jurar que havia morte nos olhos dele.


— Eu perguntei primeiro! — ele exclamou, tirando a mão da boca.


— Vi algo se esgueirando pelo jardim. Desci para investigar. Como eu poderia saber que era você?


Christopher a encarou com fúria.


— Quem mais você pensa que estaria caminhando em meu jardim à meia-noite?


— Qualquer um... um ladrão, alguém que quisesse roubar alguma coisa, procurando uma porta destrancada... qualquer pessoa.


Christopher endireitou-se e esfregou o local da mordida com a outra mão.


— E teve tempo para pensar duas vezes? Com um pouco de bom senso?


— Não. Apenas reagi.


— Sem raciocinar, hein? — As mãos de Christopher se ergueram quase a ponto de tocá-la no ombro, para depois caírem dos lados. — Volte para seu quarto, srta. Saviñón — ele esbravejou, e saiu depressa na direção da casa.


Dulce estremeceu. Fizera papel de boba. Sabia que não mentiria de modo convincente. A vergonha a invadiu. Não por ter mentido, mas por ter sido pega.


 


Christopher estudou a carta em sua mão, sentindo o espírito elevar-se e cair no chão conforme lia. Lá estava. Uma oferta de financiamento, certo, mas, como sempre, havia um "porém".


Fredrick Walsh. Quem diabos era esse?


Esfregou o rosto, deixando a carta sobre a escrivaninha. Walsh... Walsh... Ah, sim, o sujeito da Virgínia, mais rico que Creso, recordou. Bom cavaleiro. Belo caçador. Mas, e como pessoa?


Quem escrevia cartas de negócios à mão, nos dias de hoje? A oferta de financiamento era bastante clara. Condição: ver o projeto pessoalmente. Christopher poderia cuidar disso.


Oh, Deus!


Christopher olhou a data da carta — uma semana atrás. Ficara lá o tempo todo, sem ser aberta. Ele precisava responder imediatamente! Sentou-se e fez o convite para que o cavalheiro e a esposa ficassem em Uckermann Hall na semana vindoura. Até lá, a americana... Oh, não!


Que droga! Papéis e canetas caíram da mesa sem que ele percebesse.


Ele precisava pensar.


 


— Onde está nossa adorável hóspede esta noite, minha cara irmã?


Any encarou-o, desconfiada.


— Está na cozinha, eu acho, tirando nosso jantar do forno. Susan preparou tudo, a não ser o salmão. Dulce disse que não demoraria nada.


— Ótimo. Mal posso esperar para experimentar. A comida da americana é deliciosa.



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Autor(a): girlcandyhive

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Com ar de espanto, Any seguiu para a cozinha. Lá dentro, Dulce parecia conversar com o belo salmão que temperava. — Falando com um peixe morto? — Any perguntou, ao entrar. — Deve haver alguma coisa no ar esta noite. Dulce virou-se. — Ora, por quê? — As pessoas parecem malucas. Christopher acabou de perguntar onde voc&ec ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • beatris Postado em 11/12/2017 - 23:12:16

    amei mto msm foi otm

  • stellabarcelos Postado em 19/12/2015 - 13:13:37

    Amei muito! Linda! Parabéns

  • bida Postado em 27/07/2012 - 18:21:03

    parabens..queria ver os filhos deles :(..mas amei a web

  • onlydm Postado em 27/07/2012 - 14:30:25

    Que lindo o final da web, gosti. Parabéns muito boa

  • onlydm Postado em 25/07/2012 - 21:40:43

    Posta amor

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:23:28

    Ansiedade modo ON! Continua!

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:47

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  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:33

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  • onlydm Postado em 23/07/2012 - 16:58:13

    Tomara que ela não vá. Divulguei

  • thallesdias Postado em 23/07/2012 - 12:03:14

    site de web novelas precisando de autores Link historiasmarcantesweb.webnode.com email hmarcantes@hotmail.com


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