Fanfics Brasil - Capítulo 2 KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy}

Fanfic: KISSES TO GO - Noiva De Aluguel (adaptada) - {Vondy} | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 2

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Com ar de espanto, Any seguiu para a cozinha. Lá dentro, Dulce parecia conversar com o belo salmão que temperava.


— Falando com um peixe morto? — Any perguntou, ao entrar. — Deve haver alguma coisa no ar esta noite.


Dulce virou-se.


— Ora, por quê?


— As pessoas parecem malucas. Christopher acabou de perguntar onde você estava. E disse que não via a hora de experimentar seu jantar.


Dulce enxugou as mãos e inclinou a cabeça. Era óbvio que o conde não mencionara o encontro da meia-noite para a irmã. E aquele interesse da parte dele deixou-a curiosa.


— O que seu irmão faz, Any? — indagou.


— Faz?


— Ser o conde de Uckermann é o seu ofício? Não sei como essas coisas funcionam.


Any explicou que o irmão era arquiteto.


— Ele projeta complexos enormes e o que vocês chamam de condomínios fechados. Tem interesse em restauração também, mas agora está trabalhando num empreendimento muito importante... — Seus olhos se entristeceram de repente, Dulce notou.


— Gostaria de ver algum de seus prédios. Seria possível num de nossos passeios?


— Oh, acho que podemos dar um jeito. Mas ele tem um monte de plantas no escritório. Talvez depois eu possa entrar com você e mostrar alguns dos croquis. São maravilhosos.


Dulce viu a admiração nos olhos de Any. Talvez o conde não fosse realmente um ogro, pensou, mas ainda teria de provar. Lembrou-se do modo como ele a fitara, primeiro no avião, depois a noite passada no jardim. E aquele esnobismo? Christopher Uckermann era um homem...


Chega! Tire esse homem da cabeça!


Ao olhar para Any, viu a sombra de um sorriso.


E, por favor, não deixe que ela leia seus pensamentos.


 


Lá estava ele, puxando a cadeira para ela. Mesmo em trajes casuais, Christopher Uckermann parecia um conde em cada palmo do corpo. Não fizera a barba, e a face azulada lhe emprestava um ar perigoso, mais condizente com um covil ou uma alcova do que uma sala de jantar. Os ombros largos retesavam o tecido da camisa preta.


— Boa noite, srta. Saviñón.


— Boa noite.


Ele empurrou a cadeira quando Dulce se sentou, e fez um sinal a Susan e a um rapaz que Dulce não notara antes, para que servissem o jantar.


— Darcy deixou o hospital faz uma hora, Anahi — Christopher informou à irmã, a voz tranquila, bem mais tranquila que na noite anterior.


Any ficou radiante.


— Então, ela vai ficar boa?


— Vai, mas não poderá ficar de pé por algum tempo. A prima, Berta, veio para cá, para cuidar dela e este — apontou para o jovem que segurava a travessa com o peixe — é o filho de Berta, que se ofereceu para ajudar também.


Lançou um sorriso para o garoto que fez Dulce sentir inveja. Deslumbrante. Então, ele a surpreendeu com uma exclamação.


— Nossa! Isto está delicioso! —Falso, Dulce disse a si mesma.


— Obrigada — disse, disposta a jogar o mesmo jogo.


— Devo dizer, srta. Saviñón, que aprecio os seus menus. Foi muito gentil de sua parte tomar para si esse trabalho depois que Darcy se machucou. Tem feito um serviço esplêndido. Espero que isso não estrague suas férias ou a afaste da Inglaterra.


— Cozinhar é fácil quando se tem os melhores ingredientes. Alguns dos restaurantes em que trabalhei só poderiam sonhar em ter um salmão assim tão fresco, e verduras e ervas do lado de fora da porta. Fico contente que aprecie a comida.


— Aprecio tanto que resolvi mostrar minha satisfação, levando-a para Londres para lhe mostrar eu mesmo os locais interessantes.


O garfo de Any caiu no prato. Dulce sobressaltou-se.


Como é que é? Sua desconfiança aumentou.


— Muito gentil, mas não é necessário.


— Ora, você tem feito mais do que deveria. Proponho partirmos para Londres amanhã de manhã. Podemos visitar o Palácio de Buckingham, os museus, se você quiser... Não vou ao museu britânico faz anos. Depois... já sei! Um passeio pelo Tâmisa. É mágico à noite, você sabe. Toda a glória da cidade de cada lado das margens...


Christopher tinha uma expressão que Dulce julgou perturbadoramente atraente. O que dera nele? Ia protestar, mas ele prosseguiu:


— Eu me dei conta de que você veio à Inglaterra para se divertir. Mais de uma semana se passou, e você ainda não viu uma das maiores cidades do mundo! Seria uma pena. Não, uma absoluta vergonha deixar de conhecer Londres. Por favor... permita-me mostrá-la a você.


Ele parecia tão simpático, tão atraente... e belo e cativante... que Dulce cedeu.


— Está bem. Mas pode encaixar a cidade toda num dia?


— Não, levará pelo menos dois para fazer um serviço decente. Passaremos a noite na casa da cidade. Você vai gostar, tenho certeza. Não vai, Any?


Agora, ele alistara a irmã naquela cruzada. Dulce viu quando a garota relutou um pouco para depois concordar.


— Por mais que eu me surpreenda em ter de admitir, ninguém pode mostrar a cidade a você melhor do que ele. Eu detesto Londres e não posso dirigir na cidade. Christopherpoderá levá-la a qualquer lugar que você quiser. Ele tem acesso a locais que a maioria dos turistas jamais chegaria. — A expressão pensativa mudou. — Pensando bem, acho que é uma ideia brilhante!


— É melhor fazer as malas — Christopher sugeriu. — E ter uma boa noite de sono, srta. Saviñón amanhã partiremos bem cedo.


 


O conde não conversou muito a princípio, enquanto o carro percorria as estradas estreitas e sinuosas do interior. Ele parecia à vontade atrás do volante. Ocasionalmente, apontava algo de interessante, olhando-a de soslaio.


— Estamos na planície de Salisbury, mas você não poderá ver o Henge daqui. Soube por Anahi que você gostaria de conhecer as pedras.


— Sinto que preciso conhecer. Não imagino que uma visita à Inglaterra seja completa sem isso.


— Então, tentaremos encaixar um passeio até lá.


Christopher teve de admitir que havia alguns locais em Londres a que ele não ia desde a infância. E a americana o surpreendeu com o bom gosto em escolher os pontos de visitação.


O fog da manhã sumira e o sol, bem-vindo depois de toda a chuva de primavera, tornou as coisas agradáveis. Durante os passeios, até chegou a divertir-se com as explicações dos guias. E enxergar Londres através dos olhos inexperientes da americana realmente não o chateou tanto. Na verdade, redescobriu coisas que já se esquecera.


Passaram rapidamente pelo Museu Victoria e Albert, deram uma espiada nos mármores roubados por Lorde Elgin no Museu Britânico, e depois seguiram para a Torre, onde Christopher conseguiu que Dulce visse a cripta, algo que julgou que ela adoraria. Ao pararem na frente dos portões de ferro da Torre, ele pensou no que sua convidada gostaria de fazer a seguir.


— O que resta para ver? A pergunta o surpreendeu.


— Acho que eu gostaria de me sentar por algum tempo.


O alívio o invadiu. Não julgava que tivesse energia para ver mais relíquias.


— Vamos então para minha casa aqui na cidade. Você poderá se refrescar e depois estará na hora daquela surpresa que lhe prometi para o jantar.


Dulce inclinou a cabeça e o encarou. Por uma fração de segundo, Christopher sentiu vontade de passar os braços em torno dela e beijá-la. Um arrepio o percorreu, e ele censurou-se intimamente. Estava maluco?


— Tudo bem, então — disse. — Vamos tomar um táxi.


Havia luzes na casa quando Christopher entrou na alameda. Então, ele avistou o antigo Rolls-Royce na garagem, e seu estômago comprimiu-se, e o ar fugiu de seus pulmões.


Tia Phillipa! Deus do céu, não ali, não naquela hora!


— Parece que minha tia-avó está em casa, Dulce. Ela o encarou. E Christopher emendou, constrangido.


— É melhor eu avisá-la. Ela é muito velha e... bem... não muito agradável. Da escola antiga. Acha que o mundo parou em algum lugar entre as guerras.


Observou a reação de Dulce. Nenhuma.


— Não é nenhum dragão, embora você possa pensar assim. Aconteceu alguma coisa com ela na juventude que a frustrou. Amor perdido, coração partido... Não sei a história toda, mas é melhor que esteja preparada. Creia, eu não sabia que ela estaria aqui, ou teria evitado vir para cá.


— Ela é assim tão terrível? Pior que seu tio?


— Duvido que ela ponha as mãos em você, se é o que quer dizer, mas tem uma língua ferina. E... detesta os americanos.


— Ah, outra. O que acontece com sua família? Christopher pareceu constrangido.


— Minha mãe era americana.


— Oh... Você e Any não falaram nada sobre ela.


— Eu não falo sobre ela de maneira alguma — ele resmungou, ao fechar a porta e dar a volta no carro.


Dulce, pela primeira vez, não o provocou, para surpresa de Christopher . Ficou pensativa, pois uma linha formou-se entre suas sobrancelhas, o que o avisou de que poderia esperar mais perguntas sobre o assunto. Mais tarde, muito mais tarde.


 


Dulce olhou para a casa. Reconstrução de pós-guerra, percebeu.


Nas conversas com Any, ela sentira uma reserva não declarada quando a guerra era mencionada. E a descrição horrível de Christopher a respeito da tia a deixou cautelosa em levantar qualquer assunto a esse respeito.


Com razão.


A mulher que os recebeu na sala parecia saída de um filme antigo. Mais alta que Dulce uns dez centímetros, era empertigada, e exibia uma expressão tão inflexível quanto sua espinha dura.


— Christopher, deveria ter telefonado para me dizer de seus... planos.


Dulce viu o conde ficar tenso, fosse pelo tom da tia ou pela insinuação, ela não tinha ideia. Mas sentiu que se zangava.


— Tia Phillipa, eu normalmente passo dois ou três dias por semana na cidade — ele retrucou, num tom muito mais suave que a postura.


A velha senhora arqueou uma sobrancelha. E Dulce sentiu o olhar avaliador sobre si.


— Quem é essa... mulher?


Foi a vez de Dulce sentir o corpo enrijecer, mas pregou um sorriso nos lábios.


Christopher fez as apresentações, mas a tia não se dignou a dizer algo. Dulce resolveu que era melhor abrir a boca e revelar sua origem logo.


— Como vai a senhora?


A reação da mulher teria feito o orgulho de um mímico. Sua expressão metamorfoseou-se de desgosto para ódio absoluto.


— Americana?


A cabeça de Dulce meneou em concordância. Já avisada, não retrucou. O ar de desafio revelava-se em sua postura. Phillipa empinou o nariz e virou-se para o sobrinho.


— Como se atreve a trazer essa gente para dentro de minha casa?


— Da última vez que olhei, era meu nome que constava na escritura, tia Phillipa.


Dulce esperou uma explosão da velha dama. Viu o rosto da mulher ficar cor de púrpura e as mãos tremerem ligeiramente enquanto ela lutava para manter a compostura. Então, a cor fugiu, mas Dulce detectou um tique nervoso. Phillipa lutava para controlar o temperamento.


— A srta. Saviñón está visitando a Inglaterra pela primeira vez e está hospedada em Uckermann Hall. Ofereci-me para lhe mostrar os locais interessantes da cidade, já que Any não pode dirigir aqui. Ela é minha convidada, tia Phillipa.


— Vou deixá-lo com sua convidada.


A mulher saiu da sala com modos régios, deixando um rastro de frieza pelo caminho. Ela causava impacto, Dulce pensou. E um frisson de raiva subiu-lhe ao pescoço. Virou-se para Christopher e o estudou. Parecia calmo. Até aí, nada. Ele sempre parecia absolutamente sob controle.


— Eu avisei que minha tia-avó era uma bruxa rabugenta. E é provável que vá embora daqui a uma hora.


— Não pode ficar na mesma casa que uma americana? O que pensa que somos? Insetos? Vermes?


Christopher ficou pensativo por um instante.


— Acho que algo assim.


Desta vez, Dulce sentiu a ferroada. Lorde Clark mostrara desdém, mas aquela tia-avó definitivamente considerava Dulce sem pedigree. O que despertou nela um desejo veemente de se defender e defender o seu país. Bandeiras se agitavam em seu cérebro.


— Ela sempre foi desse jeito. Nem Any nem eu a suportamos.


— Pensei que você havia dito que esta era a sua casa.


— E é. Minha tia tem minha permissão para ficar aqui a qualquer hora que venha à cidade. Sabe como é. Ela tem a casa dela, em Wessex. Embora não admita, sente-se sozinha lá e vem à cidade para visitar as poucas amigas.


— Nenhuma americana, aposto.


Dulce notou que as orelhas do conde se avermelhavam.


— Não, nenhuma, tenho certeza. A velha turma está morrendo, é o que eu sei.


— Bem, podemos voltar, ou talvez eu possa ficar num hotel...


— Nada disso. Prometi lhe mostrar Londres à noite...


— Não quero expulsar sua tia.


— Esta é a minha casa. Posso ter quem eu quiser aqui dentro. Vamos nos refrescar e depois sair, está bem?


Fim de papo. Dulce achou engraçado, mas resolveu que o ódio e o preconceito da velha dama eram algo que não mudariam da noite para o dia ou pelo que lhe restava de vida.


Com um suspiro, foi atrás de Christopher até um pequeno quarto de hóspedes, deixou a bolsa sobre a cama e foi cuidar da aparência.



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Autor(a): girlcandyhive

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Christopher não perdeu tempo em procurar a tia. Normalmente deixaria o assunto morrer, mas aquela noite era muito importante para que ele deixasse a questão no ar. Encontrou-a na biblioteca, com um copo de seu uísque escocês na mão. A postura não era mais dura como um espeto, e ela parecia curvada, velha, frágil... fr&aacut ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • beatris Postado em 11/12/2017 - 23:12:16

    amei mto msm foi otm

  • stellabarcelos Postado em 19/12/2015 - 13:13:37

    Amei muito! Linda! Parabéns

  • bida Postado em 27/07/2012 - 18:21:03

    parabens..queria ver os filhos deles :(..mas amei a web

  • onlydm Postado em 27/07/2012 - 14:30:25

    Que lindo o final da web, gosti. Parabéns muito boa

  • onlydm Postado em 25/07/2012 - 21:40:43

    Posta amor

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:23:28

    Ansiedade modo ON! Continua!

  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:47

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  • breco Postado em 24/07/2012 - 23:22:33

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  • onlydm Postado em 23/07/2012 - 16:58:13

    Tomara que ela não vá. Divulguei

  • thallesdias Postado em 23/07/2012 - 12:03:14

    site de web novelas precisando de autores Link historiasmarcantesweb.webnode.com email hmarcantes@hotmail.com


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