Fanfic: O amor de William Bonner e Fátima Bernardes II, a flor de Andrômeda

 Fátima se soltou bruscamente dele. Se virou e disse:

-O que você quer?!

-Nada.-Respondeu ele sem se preocupar com a alterção dela.-Só acertar as contas com o meu passado.

-Pelo que eu sei você nem mora mais aqui. Por quê então você veio pra cá?

-Na verdade... eu ainda estou morando lá. Eu só estou de férias. Mas chega de blá-blá-blá. Vem.-Terminou ele pegando no pulso dela com força e a levando para a saída dos fundos do restaurante.

-Mário, me solta! Você está me machucando!-Disse ela tentando se soltar, mas em vão.

-Acredite, é para machucar!

-Mário, me larga! Pra onde você vai me levar?-Perguntou ela temendo a resposta.

-Você vai ver.

-Escuta aqui, seu maluco! Eu não vou com você! 

-Vai sim!

Fátima olhou em volta. O restaurante era amplo e grande. Havia um corredor que tinha os banheiros, aos fundos uma porta, e um pouco mais na frente uma escada que dava ao andar de cima, que era onde ela estava com William, Dan e Alice. Ela deduziu que, podendo gritar, eles ouviriam, já que não estavam longe da escada.

-WILLIAM!! DAN!! ELE ME PEGOU!!

Mário tapou a sua boca com as mãos.

William, Dan e Alice estavam conversando animadamente quando ouviram o grito de Fátima. Alice olhou para a escada, assustada.

-Isso foi a Fátima?

-Parece que foi.-Disse Dan olhando para a escada também assustado.

-Ela disse "ele me pegou."-Falou William.-Sabia... Mário.-Disse ele se levantando da mesa e indo em direção as escadas. Dan e Alice o seguiram. Antes de descer, Dan olhou para as outras mesas. Ninguém prestava atenção neles. O restaurante estava animado e cheio. Todos conversavam. Melhor, pensou ele. Assim, não haverá escândalos. Concluiu descendo as escadas rapidamente.

Mário abriu a porta e Fátima foi junto, praticamente sendo arrastada. Ela estava sentindo uma raiva tão forte contra ele, que poderia mover céus e terras. Ela empurrou Mário com o outro braço, ele se desequilibrou e quase caiu no chão. Esse foi o momento em que se soltou dele. Correu para a entrada dos fundos no exato momento em que William abriu a porta. Ele a pegou nos braços e a olhou:

-Tudo bem?

-Tudo. Apenas me tira de perto dele. Por favor.

Antes de entrar, William disse para Mário:

-Fica longe da minha família!!!!-Gritou ele com uma raiva muito grande.

-Fica tranquilo, William. Ele não vai chegar perto da Fátima, muito menos dos seus filhos.-Disse Alice, firme.

-Isso é o que nós vamos ver.-Falou Mário entrando no carro. Antes de ir embora, ele ainda disse:-Eu acabo com a sua felicidade. E isso está mais perto do que você imagina.-Dizendo isso, ele acelerou e partiu.

-O que será que ele quis dizer com isso?-Perguntou Dan, desconfiado.

-Eu não sei. Acho que isso deve ser apenas blefe.-Falou William.

-Eu não sei William...-Falou Fátima se soltando dele e andando um pouco para frente e olhando a rua.-Ele falou com muita firmeza na voz, como se tivesse cem por cento de certeza que aquilo iria acontecer.

William foi até ela e pegou no seu pulso com delicadeza.

-Se lembra do que disse pra você no cinema? "Nós vamos enfrentar isso juntos", e aquilo ainda está de pé.

Fátima sorriu e o abraçou. Ele, lógico, retribuiu o abraço. Ficaram abraçados ali, por um tempo. Até Dan dizer:

-Hã... caso não tenham reparado, a gente tem que entrar, a essa hora, o pedido já deve estar na mesa.

-Claro, Dan. Vamos? Agora eu fui perceber que eu estou morrendo de fome.-Falou Fátima.

-Também... você quase foi sequestrada.-Falou Alice.

-Eu sei. Mas vamos esquecer isso, tudo bem? Já tivemos acontecimentos suficientes por um dia.

-Concordo. Vamos.-Disse William.

-Você só concorda porque ela é a sua mulher.-Disse Dan.

-Não é isso..-Falou ele enquanto eles voltavam para dentro do restaurante. O que Fátima e Alice não esperaram, é que eles iriam discutir sobre isso durante quase todo o jantar.

As semanas foram passando. Fátima não viu mais Mário e nem teve mais notícias dele. Fato que ela deu graças a Deus, porque ela queria apenas levar uma vida normal de uma mulher que trabalha, cuida dos filhos e que tem um marido maravilhoso. Muita gente pode achar uma vida monótoma e chata, mas o que aconteceu com ela nos últimos tempos levou-a acreditar que ter essa vida é melhor que ter um homem te perseguindo e pondo em risco a segurança e a saúde da sua família. Será que isso é pedir demais? Pensou ela.

Laura, Beatriz, Vinícius e Renesmee também estavam com as cabeças a mil. Estavam reunindo provas concretas contra Jéssica. O pai de Renesmee, que era um empresário de sucesso e fazia todas as vontades da filha, havia trazido uns jornais antigos da Rússia para a filha contendo as matérias do assassinato da filha do casal Paltrow. Eram, em média, cinco jornais. Todos os quatros estavam analisando as matérias.

-Essas fotos são melhores das que tem na internet. Mostra a cara da Jéssica perfeitamente. Só um ididota para dizer que não é ela. Renesmee, você é dez!-Falou Vinícius.

Eles estavam no quarto de Renesmee na casa dela. Não podiam levar aquele um monte de jornais para casa dos trigêmeos, sabendo quem estava lá.

-Agradeça ao meu pai, que conseguiu tudo um dia antes de voltar ao Brasil.

-Como ele conseguiu tudo em tão pouco tempo?-Perguntou Laura.

-Ele é um homem muito influente, Laura. Ele tem os seus contatos.

-Pode ser.-Falou Laura.

-Isso que nós temos já é o suficiente. Temos que mostrar tudo isso para a mamãe amanhã.-Disse Beatriz fechando o jornal que segurava.

-Concordo. Amanhã, a máscara de Jéssica Sanches cai.-Falou Renesmee com uma voz meia maléfica.

Vinícius, Laura e Beatriz se surpreenderam com o tom de voz dela. Ficaram com cara de "Que tipo de bruxaria é essa? A pessoa mais meiga do mundo tinha ficado má!"

-Renesmee... como você consegue mudar de uma hora para outra? Volta, Renesmee meiga, volta.-Falou Vinícius.

-Deixa disso.-Falou ela.

-Bom, apenas foi um susto.-Disse Beatriz.-Nós temos que ir, prometemos que chegríamos antes das dez.

-Falou, vamos então.-Disse Laura.

Os quatro arrumaram e guardaram os jornais. Se despediram de Renesmee e foram embora. Logo depois de fechar a porta, Renesmee sentiu uma sensação ruim.

Não sabia como, mas alguma coisa muito ruim estava para acontecer com eles. E não era supertição.

William acordou no dia seguinte. Olhou o relógio e viu que estava dentro do horário. Se virou e disse:

-Fátima, amor, acorda.

Não obteve resposta.

-Fátima, acorda.

Sem resposta novamente.

Ele tentou um beijo, mas mesmo assim, não acordou. Continuava a dormir como uma pedra. Ele estranhou aquilo, ela sempre acordava com um beijo.

Ele colocou a sua mão no coração dela. Ouviu que os batimentos dela não estavam normais. Estavam fracos, quase parando.