Fanfic: O amor de William Bonner e Fátima Bernardes II, a flor de Andrômeda

Vinícius, Beatriz e Laura voltaram inconformados para casa. Não podiam acreditar que aquilo estava acontecendo. A mãe deles não tinha salvação. Ela iria morrer.

Eles se sentaram no sofá, arrasados.

-Não acredito que isso está acontecendo. Eu me recuso a acreditar!-Disse Vinícius, revoltado.

-Eu também penso que é um sonho mas não é.-Falou Beatriz.

De repente, Laura começou a chorar. Não só pelo fato que aquilo era realidade, mas também porque ela é muito ligada à mãe. Os irmãos a consolavam.

-Eu não quero que isso aconteça!!! Quero que tudo volte a ser como era antes!!!-Disse ela como se fosse um bebê tendo uma crise de choro. Ela não conseguia controlar.

-Calma, a gente vai encontrar uma maneira e a mamãe não vai morrer. Ela vai viver, porque ela ainda tem uma vida toda pela frente.-Vinícius falou numa tentativa de reconfortá-la.

-S-será?!-Soluçou Laura.

-Claro que sim. Ela vai sair dessa. Você vai ver.

Laura se confortou nos braços do irmão. Sabia que ele dissera aquilo só para vê-la mais calma, mas aquilo infelizmente não a convenceu.

-Então é isso? A gente vai parar por aqui? Não vamos fazer nada?-Beatriz perguntou, com o rosto de quem estava tentando controlar o choro.

-A Renesmee já falou, só existe uma coisa que combate esse veneno, e essa coisa tá praticamente extinta da terra.-Vinícius falou, com uma tristeza na voz.

Os três não conseguiram mais, grossas lágrimas escorreram pelo rosto de cada um. Ninguém ali precisava esconder o que eles estavam sentindo diante uma situação daquelas.

Renesmee estava sentada no jardim. Realmente estava triste pelos trigêmeos. Não acreditava que aquilo iria acontecer com a mãe deles. Não acreditava que ela iria morrer daquela maneira.

A mãe se aproxima e diz:

-Filha? Tudo bem?

-Tudo bem, mãe. É só... Só um problema que eu sei como resolver.

-Mas isso é uma boa notícia não é?-Falou a mãe se sentando ao lado dela.

-Não é isso. É que o problema é que a coisa que eu posso resolver o outro problema praticamente não existe.

-Bom, aí, isso é um subproblema dentro de um problema maior. Envolve muita gente nesse problema?

-Uma família inteira.-Na verdade, Renesmee não citou apenas a família de Vinícius, Laura e Beatriz. Ela citou também todo o Brasil.

-Eu sinceramente não sei como ajudar.-A mãe falou realmente um pouco confusa.-Mas se isso serve como consolo para você, vai chegar aqui uma nova moradora.

-Comprou outra muda de flor?

-Na verdade.... Essa já é uma planta grande. Foi muito difícil achar ela. E tive que pagar muito dinheiro por ela.

-O papai não vai gostar.-Renesmee falou já imaginando a reação do pai.

-Ele falou que eu posso comprar quantas mudas eu quiser. E também falou que eu posso gastar o dinheiro que for.

-Como assim?

-O que eu gasto mandando buscar flores e plantas do exterior é pouco perto do tamanho da nossa fortuna.

-Nós somos tão ricos assim?!-Renesmee falou, admirada. Até porque ela nunca ligou para saber o quanto eles tinham no banco.

-Somos uma das cinco famílias mais ricas do Rio! Você não sabia?

-Não!

-Bom, agora você já sabe. Ah! Chegou a minha encomenda.-A mãe de Renesmee, Alexandra, se levantou e foi até o portão. Abriu e deixou os homens entrarem com um grande vaso que continha uma pequena árvore. Na verdade, Renesmee não conseguiu dizer se era uma árvore ou uma planta grande. Pois parecia as duas coisas. Ela apenas ficou sentada, vendo a ação dos homens e de Alexandra. Quando os homens foram embora, ela se levantou e foi até onde a mãe estava.

-Er... Mãe... Que planta é essa?

-Prefiro que seja surpresa pra você. Eu aposto que, daqui a uns quatro dias, a flor dela vai desabrochar. E aí você vai reconhecer a flor.

-Eu?

-Sim. Foi você que me contou sobre ela.

-Engraçado... Eu já contei tantas plantas e flores para a senhora... Pode ser qualquer uma.

-Por isso que eu vou manter segredo. Agora eu tenho que entrar.

Alexandra deu um beijo na bochecha da filha e entrou na mansão. Renesmee ficou ali, parada como uma boba, sem realmente entender que tipo de planta era aquela. As folhas eram delicadas e tinham um formato bonito. Agora de perto, dava para ver que era uma planta grande, pois os galhos eram finos. Como ela sabia de um milhão de espécies mas nenhuma se encaixava na semelhança daquela, ela deu de ombros e entrou também na mansão.

Antes de ela entrar, ela se virou e lançou um breve olhar à planta. Depois, se virou e entrou.

-Eu me recuso a acreditar! Não acredito que isso aconteceu! Como isso aconteceu?!-Falou Dan.

-Isso é muito esquisito! Como uma pessoa entra em estado catatônico de uma hora pra outra? Porque, pela descrição que você deu, ela parece uma morta-viva.-Alice falou, totalmente abismada.

William, Dan e Alice estavam na sala da editoria-chefe. Todos estavam sentados. William atrás da mesa, e Alice e Dan nas cadeiras da frente.

-Em primeiro lugar: Vocês tem que acreditar nisso, porque querendo ou não, isso aconteceu. E segundo: Até ontem eu não acreditava, agora, eu acredito em coma precoce.-William falou com toda a segurança do mundo.

-Como isso aconteceu? Até ontem ela estava normal. Eu não consigo entender.-Dan falou abismado.

-Nem eu consigo entender.-Falou William.

-O que o médico falou a respeito disso, William?-Alice perguntou, pensando que haveria uma explicação da medicina.

-Ele não conseguiu detectar nada, ele fez vários exames nela e não descobriu nem a introdução.

Alice ficou arrasada.

-E o que ele falou?-Dan perguntou, temendo a resposta.

-Falou que, se ela não acordar,-William encontrou muita dificuldade para terminar a frase.-Ela vai morrer em  cinco dias.

-O quê?!-Dan falou, incrédulo. Já Alice apenas colocou as mãos no rosto.

-É. Ela pode morrer.-William se controlou para não ter uma crise de choro. Mas aquilo era óbvio.

-Não, não pode ser! Isso... Isso é um pesadelo do qual eu vou acordar!-Falou Dan se levantando.

Dan começou a andar de um lado para o outro da sala. Realmente estava preocupado com a saúde de Fátima. Ele gostava dela, amava ela como se fosse uma irmã. Tá, mexia com ela e fazia brincadeiras que deixava-a fula da vida. Mas amigo realmente faz isso, né?

-William, temos que fazer alguma coisa! Precisamos descobrir o responsável por essa barbárie!-Alice falou, começando a ficar preocupada.

William apenas ficou calado e começou a pensar em quem poderia ter feito aquilo com a sua mulher. Imediatamente um nome veio a sua cabeça.

-Pensem comigo... Uma pessoa que está sedenta de vingança e faria qualquer coisa para tê-la, uma pessoa que odeia mais do que tudo a todos nós. Já pensaram em uma pessoa?

Dan e Alice imediatamente falaram em coro:

-Mário Borges!