Fanfic: O amor de William Bonner e Fátima Bernardes II, a flor de Andrômeda

Renesmee deu um grito de alegria. Nem tudo estava perdido. Nem tudo estava tão escuro. Havia uma luz no fim do túnel. Ela entrou correndo em casa.

-MÃE!!! MÃÃÃEE!!! CADÊ VOCÊ?! MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃEEE!!!-Gritou ela para toda mansão a ouvir.

-O que foi? O que aconteceu?-Perguntou ela, assustada com os gritos da filha.

-Mãe... o que eu tô pensando.... me diz se é verdade, aquela planta que chegou.... é a flor de Andrômeda?

Alexandra sorriu. Sabia que era uma questão de pouco tempo até ela adivinhar.

-É sim. É a flor de Andrômeda.

Renesmee não se conteu. Abraçou a mãe fortemente.

-Ai, mãe! Você não sabe o quanto isso me deixou feliz! Você não sabe!-Ela soltou Alexandra e foi correndo para a escadaria, onde subiu bem depressa. Alexandra, no entanto, não entendeu nada. Ela correu para o quarto e fechou a porta. Virou-se, feliz.

A flor desabrocharia em quatro dias. Seria tempo suficiente  para colher e fazer o chá dessa flor. Concluiu que não podia contar para os trigêmeos. Pois eles tinham que parecer arrasados na frente de Jéssica. Não só eles como todos os que moravam lá. A flor desabrocharia logo. O veneno tomará conta do corpo de Fátima à 00:00 do sexto dia. Por enquanto, o veneno estava causando danos aos órgãos. Depois causaria danos nos músculos e artérias. Por último, causaria danos no cérebro. Isso seria no quinto dia.

-É... Seja quem for que queira ver ela morta... Quer que ela sofra, mas muito, antes de morrer.-Disse para si mesma, imaginando a dimensão dos danos.

Os dias foram passando. William teve que inventar uma desculpa, dizendo que Fátima havia pegado uma virose muito forte que a deixou de cama. Apenas Alice e Dan sabiam o real problema.

William havia levado vários especialistas em sua casa. Ele tentou conseguir alguma explicação para o fato de Fátima não ter acordado. Só que ninguém conseguiu explicar. William sinceramente não entendeu. A cada dia que passava, Fátima ficava mais pálida e fria. E parecia que ela não percebia isso. Pois ela nunca se esforçou para mexer um músculo da face ou do corpo. Parecia um cadáver que não entrava em estado de decomposição.

Já havia se passado quatro dias depois de Fátima ter entrado em coma. Estavam no quinto e último dia. Renesmee desceu as escadas e foi até o jardim. Foi até o local onde estava a planta e viu o que previra. A flor de Andrômeda havia desabrochado.

-Nossa, como ela é linda.-Renesmee falou aproximando-se da pequena planta.

A flor era grande e com muitas pétalas. Lembrava orquídeas, mas a diferença entre ela e as orquídeas era que a flor de Andrômeda era mais volumosa. As suas bordas eram lilás e o centro era lilás do mesmo tom. Já havia esperado quatro dias, já podia contar para os amigos que a mãe deles iria sobreviver.

Ela pegou o seu celular e ligou para Laura:

-Laura? Sim, sou eu. Venham na minha casa agora, quando vocês chegarem aqui, eu conto com detalhes o assunto que eu tenho a tratar com vocês.-Falou ela desligando telefone em seguida.

Ela precisou esperar dez minutos para que eles chegassem na mansão. Após abrir o portão e fechá-lo, Beatriz falou:

-Por que você chamou a gente aqui?-Perguntou ela, com a expressão triste.

Renesmee analisou mais o semblante dos três. Estavam com olheiras enormes e profundas e não tinham uma expressão muito boa. 

-Eu quero mostrar uma coisa. É... Humm... Do interesse de vocês.

-Olha, não é por mal, mas nos últimos dias a gente não anda se interessando em nada.-Vinícius falou, com a voz cansada.

-Eu sei que, depois que vocês verem isso, a tristeza vai passar em um estalar de dedos.

-Tá. Mostra então pra gente essa tal coisa.-Laura falou.

-Esperem aqui.-Renesmee  entrou em casa e pegou o livro que tinha a informação da flor de Andrômeda. Saiu de casa novamente, se aproximou dos três e abriu o livro no capítulo da flor.

-Olhem.-Falou ela estendendo o livro.

Vinícius pegou o livro e viu o desenho da flor. Ele imediatamente disse:

-É o desenho da flor de Andrômeda?

-Sim.-Respondeu ela simplesmente.

-Nossa. Esse livro é bem antigo e pesado.-Falou ele entregando o livro para as irmãs poderem ver o desenho.-E foi escrito à mão. Desde quando a sua família tem esse livro?

-Há séculos. Veio da minha família por parte de pai.

-Ah... certo. Mas o que isso tem a ver? Você mesma falou que essa flor nem existe mais.-Falou Beatriz, sem esperanças.

-Venham comigo.-Falou Renesmee se dirigindo para o outro lado.

Os três a seguiram. Durante todo o caminho, os três trocaram olhares de puro desentendimento. Não sabiam o porquê daquele teatro todo. Quando chegaram, Renesmee falou, antes de tudo:

-Primeiro, eu devo desculpas a vocês.

-O quê? Por quê?-Perguntou Laura, sem entender.

-Porque eu deixei vocês sofrerem à toa. Quando, na verdade, não existe perigo algum.

-Como assim não existe perigo algum? Rê.... A nossa mãe tá morrendo.-Disse Beatriz.

-E de fato está. Mas existe o remédio para curá-la.

-Um remédio que não existe mais.-Corrigiu Vinícius.

Renesmee balançou a cabeça negativamente. Vinícius não entendeu. Ela, suspirando, apontou para uma pequena planta que estava coberta de flores.

Vinícius, Laura e Beatriz se aproximaram da planta. O livro ainda estava nas mãos de Laura. Ela, quando olhou a flor, imediatamente olhou para o livro, e comparou o desenho com a flor. Ela levantou a cabeça e olhou para os irmãos, que estavam com a cara de que haviam chegado à mesma conclusão que ela.

-Rê, a-aquela flor.... é... é, é a...-Gaguejou Laura.

-Sim, Laura. Aquela flor é a flor de Andrômeda.