Fanfic: O amor de William Bonner e Fátima Bernardes II, a flor de Andrômeda

Passaram-se duas semanas desde que Fátima despertou do coma. Tudo estava voltando para os trilhos novamente. Fátima voltou à apresentação do JN junto com William, e teve que dizer para todos na redação que tinha se curado totalmente da “virose”.

Os trigêmeos também estavam voltando as suas atividades normais. Todos estavam de volta à escola e estavam mais felizes em relação à família, que tinha voltado a ser o que era antes.

Mas, um fato deixou dúvida na cabeça de todos. O fato de que Jéssica nunca mais voltou para trabalhar.

Fazia duas semanas que Jéssica Sanches não botava os pés na mansão dos Bonemers. Ela não havia ligado para dar uma explicação de suas faltas. Praticamente havia sumido do mapa. Não deu um sinal de vida, nem suas contas havia voltado para pedir. Era como se ela estivesse morta.

Bom... Não foi exatamente assim...

Duas semanas antes, um dia depois do despertar de Fátima...

Jéssica estava de frente para um edifício da zona sul da cidade do Rio. Era ali que Mário estava passando a sua temporada e, dali a alguns dias, voltaria para Sidney, pois terminaria suas férias. Ela respirou profundamente e entrou no prédio.

Parou no hall de entrada do edifício e apertou num botão, pedindo um elevador. Esperou apenas alguns segundos para a porta do elevador se abrir e ela entrar.

Como Mário estava no último andar, que era o vigésimo segundo, demorou uns cinco minutos para chegar até lá devido ao fato de que outras pessoas entravam no elevador e pediam para que ele parasse em determinados andares, antes do andar de destino de Jéssica.

Quando ela saiu, Mário estava à sua espera na porta do elevador.

-Estava te esperando, Jéssica.-Disse com a voz arrogante.

-Boa noite pra você também.-Falou ela no mesmo tom de arrogância dele.-Será que podemos conversar na sua casa?

Mário apenas assentiu e foi para o seu apartamento enquanto que Jéssica o seguia. Quando eles estavam lá dentro e Mário tinha fechado a porta, ele explodiu de raiva e frustração.

-MAS QUE DIABOS VOCÊ FEZ?! POR QUE ELA NÃO MORREU?!

-Porque simplesmente alguém deu o antídoto para ela.-Disse tranquilamente.

-MAS VOCÊ ME DISSE QUE ESSE ANTÍDOTO NEM EXISTE MAIS! COMO ELA PÔDE ACORDAR?!

-Ora Mário...-Disse Jéssica se sentando sem se preocupar com a alteração dele.-Esse antídoto ainda existe sim. Muito raro, mas ainda existe. Eu desconfio de que alguém sabia dos meus planos e foi nada mais, nada menos que...

-Laura!-Disse Mário cuspindo aquele nome.-Garotinha irritante!

-Ela e os irmãos. Lembre-se de que tem mais dois.-Corrigiu-o de forma adequada.

-Argh! Não importa! O que importa nesse momento é acharmos outra maneira de matá-la!

-Então só você vai tentar achar essa tal maneira. Porque eu tô fora.-Disse ela se levantando.

-O quê? Por quê?-Perguntou ele sem entender.

-Eu vou dizer uma coisa pra você que está entalada na minha garganta há muito tempo. Uma coisa que eu nunca suportei foi ter que destruir famílias felizes. Eu sempre recusava esse tipo de missão. Porque eu não quero acabar e nunca quis acabar com a felicidade dos outros. Quando você me encarregou de matar Fátima Bernardes, eu pensei que ela, o Bonner e os filhos eram pessoas distantes umas das outras por conta da profissão deles. Mas depois, quando eu fui conhecendo aquela família melhor, eu percebi que me enganei. Aquela família é mais unida e mais feliz do que qualquer outra que eu já tenha visto. Mesmo com a profissão deles, mesmo com a correria da vida deles, eles nunca deixaram de ser uma família.

“Nunca deixaram de serem pais presentes na vida dos filhos deles. Eu sempre via o William fazendo brincadeiras com os filhos e tratando a Fátima como se ela fosse a joia mais preciosa que ele tinha. Ela também sempre o tratou da mesma forma. Dá pra ver que o amor reina naquela mansão. Tanto o amor materno e paterno quanto o amor de um homem por uma mulher.”

Jéssica fez uma pausa, para recuperar o fôlego. Mário continuava em silêncio. Não conseguia falar nada.

-Por isso,-Jéssica tornou a falar.-Não me peça para que eu tente destruir aquela família outra vez. E eu aconselho você a não tentar também. Porque você estaria destruindo uma verdadeira relíquia. Uma verdadeira preciosidade.

Jéssica andou em direção à porta. Mas antes de sair, deixou às seguintes palavras:

-Se você realmente amou Fátima Bernardes um dia, deveria deixá-la em paz. Porque você vê estampado no rosto dela que ela está feliz com a vida dela. Se você ainda a ama, deve compreender que ela nunca te amou, e que ela nunca vai te amar, ainda mais à força. Porque quem ama, quer ver essa pessoa feliz, mesmo com outro. A única pessoa que conquistou o coração dela, a única pessoa que ela ama de verdade... Se chama William Bonner.-Completou ela saindo do apartamento de Mário.

Ele andou até o sofá e se sentou. Ficou pensando nas palavras de Jéssica. Mas havia duas frases que não saía da sua cabeça. E essas frases só causou mais ódio dentro dele.

“Deve compreender que ela nunca te amou, e que ela nunca vai te amar.”

“A única pessoa que conquistou o coração dela, a única pessoa que ela ama de verdade... Se chama William Bonner.”

E foi isso que aconteceu. Jéssica havia dito para a irmã que iria para Paris e tentaria refazer a sua vida honestamente. E assim o fez. Comprou as passagens, pediu a transferência do seu dinheiro para lá e embarcou dois dias depois. Ela já havia conseguido o visto de autorização duas semanas atrás.

Realmente, Jéssica Sanches havia aprendido muita coisa com os Bonemers. Principalmente a amar.

Mário embarcou três dias depois para Austrália. O amigo dele, que se chamava Danilo e morava no mesmo condomínio que Fátima e William, disse para Laura que ele havia partido. Ela ficou feliz com a notícia e não perdeu tempo para contar à família a boa nova.

-Vocês não vão acreditar!-Gritou ela entrando em casa.-O Mário voltou para Sidney!

-Graças a Deus!-Disse Fátima enquanto que William levantava as mãos para o céu, agradecendo.

-Mas isso é uma ótima notícia! Não vamos mais viver em perigo!-Disse Vinícius, feliz da vida.

-É. Livramos-nos do Drácula!-Brincou Beatriz.

-Drácula?!-Perguntaram os outros dois irmãos, em coro.

-É porque ele é pálido e usa preto que nem ele.-Explicou ela.

-Concordo. E ele também tem a cara esquelética que nem a dele.-Acrescentou  Laura.

-Sem contar que ele tem os olhos negros iguais aos dele. Não vamos nos esquecer dos olhos, tá? Por favor.-Pediu Vinícius.

Eles foram assemelhando Mário ao Drácula enquanto iam para o jardim. William e Fátima apenas ficaram achando graça na situação. William se virou para ela e disse:

-E você? Concorda com eles?

-Se eu concordo? Olha... Eu nunca havia pensado nisso. Mas agora que as crianças falaram, eu realmente concordo com elas.

-Eu também concordo.

-Que bom que ele foi embora. Assim ele nos deixa em paz.

-Concordo plenamente com você. Assim ele não oferece perigo à ninguém.

-E também...-Disse ela  passando os seus braços em volta do pescoço dele.-Porque não temos mais nenhuma preocupação... Nenhuma outra coisa que seja relacionada a ele de rui que nos preocupe... E sobra tempo para outras coisas, como...

-Como o quê?-Perguntou William, curioso.

Fátima apenas fez um olhar subjetivo. William imediatamente entendeu.

-Você não está pensando em...

Porém, Fátima começou a se afastar dele. Ela dava passos para trás, em direção à escada.

-Fátima... Não começa a me provocar...-Avisou ele.

Mas o objetivo dela era exatamente esse. Provocá-lo. Quando ela estava ao pé da escada, ela apenas indicou com os dedos para ele vir até ela. Com um olhar muito provocante.

-Eu avisei.-Disse ele segundos antes de correr atrás dela. Ela sorriu e começou a subir as escadas correndo com William quase a alcançando.

-Vamos lá na Renesmee?-Sugeriu Vinícius.

-Vamos. Mas deixa a gente avisar à mamãe primeiro.-Pediu Beatriz.

-Não precisa. Hum... Digamos que a gente já tenha dito pra ela.-Falou Laura.

-Bom, se já avisaram, tudo bem. Vamos?

-Vamos.-Concordou Vinícius.

Os três foram em direção aos portões da casa.

Renesmee estava sentada diante da flor de Andrômeda. Estava feliz com a notícia boa que tinha recebido mais cedo. Só que ela não percebeu quando os trigêmeos chegaram e tocaram a campainha. O porteiro da família teve que abrir.

-Muito obrigada, seu Antônio.-Agradeceu Laura.-Renesmee! Por que você não foi lá em casa?-Disse se dirigindo a ela.-Renesmee? Renesmee? RENESMEE!!!-Laura teve que gritar para que ela a escutasse.

-Hã? Ah, oi.-Disse ela se levantando.-Aconteceu alguma coisa?

-Não. Só o fato de que você não foi mais em casa. O que aconteceu?-Perguntou ela.

-Bom... eu pensei que vocês queriam curtir um tempinho com a mãe de vocês. Afinal, ela acabou de sair da beira da morte.

-E agente curtiu sim.-Falou Vinícius.-Mas a gente também quer curtir um tempo com os amigos. A gente já curtiu com os outros. Só falta com você.

-Certo. E aonde a gente curte esse momento?

-Bom... A gente veio convidar você e sua família justamente pra isso.

Vendo que Renesmee não entendeu, ele continuou.

-Papai vai dar uma festa em casa daqui à duas semanas. Vai apenas parentes e amigos. É uma festa privada. Você e seus pais estão convidados.

-Mas os meus pais nem conhecem direito os seus.

-Ah! Conhecem sim.-Dessa vez, Beatriz foi quem falou.-Se conhecem da sociedade. E depois que tudo aquilo aconteceu, eles se aproximaram mais. Por isso, a gente faz questão que vocês vão.

-Tudo bem, eu falo pra eles depois. Mas antes, eu queria dizer uma coisa pra vocês.

-Ok, fala.-Laura disse, já começando a ficar curiosa.

-Eu falei pro meu pai que ele podia começar a plantar a flor de Andrômeda em grande escala. Era só comprar uma fazenda e pronto. Claro que destaquei pra ele que, se tratando de uma flor rara, ele podia faturar bilhões com essa produção. Ele disse que eu tinha uma cabeça incrível para negócios e está nesse momento no escritório vendo na internet preços de grandes fazendas no Mato grosso do sul.

-E a sua mãe, concordou com a ideia?-Perguntou Beatriz.

-Sim. Desde que a dela não seja destruída.

Os quatro riram. Vinícius, se recuperando do ataque, disse:

-Que bom que ele vai começar a produzir a flor em grande escala. Essa flor pode ajudar muito as pessoas.

-Você tem razão. Ela é muito importante para as pessoas. Previne muitos tipos de câncer.-Falou Renesmee.

-Bom... Que tal a gente ficar aqui mais um pouco?-Sugeriu Beatriz.

-OPA!!! Claro que sim.-Falou Laura, adorando a ideia, afinal, só foram ali convidar Renesmee para a festa.

E assim, Vinícius, Laura e Beatriz ficaram horas e horas na casa de Renesmee. Conversando, rindo, se divertindo... Enfim, puderam voltar a ser adolescentes outra vez.