Fanfic: Agora E Sempre - Vondy (Finalizada)

Dulce abriu a carta de seu advogado, Sr.Bullen, e arregalou os olhos.

- Não acredito!

- Em quê? - Alfonso tirou os dois cachorros de Dulce que dormiam no sofá.

- Chris! - Dulce andava de um lado para o outro na cozinha. - Meu advogado nem deu entrada na petição do divórcio e os advogados de Chris já entraram em contato com ele.

- Para dizer o quê? - perguntou Poncho.

- Que Chris não tem a intenção de se divorciar. Como pode pensar em fazer isso comigo? Sem o consentimento dele, terei que esperar cinco anos para obter minha liberdade!

- Ele avisou que não queria o divórcio - lembrou Poncho.

Dulce olhava fixamente para o vaso sobre a mesa. Estava abarrotado de flores. Aliás; não havia um lugar na casa que não estivesse cheio de flores. Chris lhe enviou flores todos os dias durante as duas semanas que se seguiram a seu aniversário. Além disso, telefonou várias vezes; mas ela o deixou falando com a secretária eletrônica até que ele ficasse frustrado o suficiente para pegar o helicóptero e vir vê-la outra vez. Assim que ela ouviu o barulho do helicóptero, pegou o seu carro e saiu. Afinal, o que mais teria para falar com ele? Só então ela reconheceu a falha em sua atitude e a estupidez inata em tentar evitar um homem tão confrontador quanto Chris.

Mas Dulce não sabia por que ele se comportava dessa maneira. Por que Chris se negava adivorciar-se? Eles praticamente já viviam separados desde o dia do casamento. Ela já tinha esclarecido as dúvidas dele há duas semanas. Presumiu que ele fosse superar os impulsos, agindo de forma convencional,uma vez que ele realmente não se importava. Ela estava sendo forçada a acreditar que Chris só se importava com os negócios. Tudo bem, ela tinha ido para cama com ele. As calorosas lembranças do ocorrido coraram suas bochechas; Será que sua fraqueza fortificou a atitude dele? Será que ela, de fato, agia como seu pior inimigo?

- Você ainda pretende ir a Londres para assistir àquela palestra mais tarde? - ela perguntou ao Poncho.

Ele assentiu com a cabeça.

- Por quê? .

- Se Chris estiver livre, vou lhe pedir uma força.

De seu quarto, ela ligou diretamente para Chris.

- Chris? É Dulce...

Chris dispensou a equipe que o cercava com um gesto peremptório. Um sorriso discreto surgiu em sua boca, iluminando a face morena. Como já esperava essa ligação, de inclinou-se sobre a mesa de granito em um gesto de relaxamento que a teria deixado enfurecida se ela pudesse ver.

- Como vai?

- Na realidade, não muito bem - Dulce confidenciou. - Estarei em Londres esta tarde poderíamos conversar?

- Em meu apartamento, às 16 horas - Chris sugeriu com grande satisfação. - Estou ansioso para vê-la.

Dulce teve algumas semanas para se acalmar e pensar melhor no assunto, Chris refletiu. Agora, percebeu que não há motivos para pedir o divórcio a curto prazo. Por que ela desejaria jogar fora o incrível acordo que sempre compartilharam? Certamente, ela se convenceu de que ele seria um excelente marido,caso resolvesse agir como tal. E se ela desejou esta demonstração há oito anos, deveria ter agido como uma esposa e permanecido com ele, e não correr o mais rápido possível!

Chris achou um suplício fazer este jogo de espera por duas semanas com Dulce. Quando ele era enfrentado, gostava de agir rápido e retribuir de forma dura. Não queria o divórcio. Ele já tinha dito, mas ela não escutava. Ele estava contendo sua agressividade natural com o intuito de ser gentil e persuadir Dulce a concordar com o seu ponto de vista. Ele não poderia acreditar que ela resistiria à disputa.

Ele até admitia que tivesse problemas de credibilidade na questão matrimonial. Seus próprios advogados mal conseguiram esconder o espanto quando ele os informou que brigaria para não conceder o divórcio à mulher. Quando Theo Saviñón o visitou para se condoer da "estupidez" de Dulce, Chris ficou tão contrariado com modo ofensivo com o qual falou de sua neta, que finalmente disse o que pensava sobre ele. Como resultado desse explosivo discurso franco, Chris esperava se meter em uma amarga briga comercial com a Saviñón International. Theo não era o tipo homem que levava desaforo para casa.

Dulce arqueou as sobrancelhas ao ver dois homens colocando uma placa de "vende-se" na divisa do rancho.

- O que eles estão fazendo? - Poncho indagou. Dulce desceu do carro de Poncho e interrompeu os trabalhadores. Quando ela os avisou que estavam colocando a placa na propriedade errada, eles lhemostraram uma ordem de trabalho que listava a casa dela, Rancho Craighill. Ela usou o celular para ligar para o chefe deles, que sugeriu que ela resolvesse o problema com o agente responsável.

Alfonso dirigia, enquanto Dulce tentava entrar em contato com o agente. Um vendedor a informou que Rancho Craighill seria avaliado no dia seguinte. Depois de sinalizar que morava lá e que não tinha conhecimento sobre tais procedimentos, ela pediu o nome do vendedor e foi informada de que isso era confidencial.

- Eu resolvo isso mais tarde. Por que será que ninguém assume um erro tão tolo?