Fanfic: Agora E Sempre - Vondy (Finalizada)
- Theo pretendia ajudar sua mãe? - Ele questionou.
- Do que você está falando?
- Você sempre se comporta como se tivesse cedido mais do que eu, mas eu só concordei em me casar porque minha mãe era uma alcoólatra com sérios problemas. Ela beberia até morrer e a reabilitação era a sua única esperança.
Empurrando o lençol com cuidado, Chris levantou da cama e analisou-a intensamente.
- Comece pelo início da história. Você disse que Theo se recusou a ajudar Blanca.
- Como deve saber, ele não faz nada gratuitamente. Não iria se importar se minha mãe morresse ou não. Infelizmente, nós precisávamos do dinheiro dele para pagar às dívidas dela e a reabilitação. Em troca, ele exigiu que eu me casasse com você.
- Eu não sabia, juro que não. - o belo rosto de Chris se contraiu. - Por que não me contou que estava sob esse tipo de pressão?
Agora foi a vez de Dulce ficar surpresa.
- Realmente não sabia?
- Como poderia saber se ninguém me contou?
- Mas você não perguntou. Presumi que soubesse. Eu sabia sobre os problemas financeiros de sua família. Você não falou sobre isso comigo - ela protestou.
- Eu ouvi falar que sua mãe abusara um pouco do álcool no passado, mas quando a conheci ela já estava quase inválida e não bebia mais. Eu não tinha conhecimento de que os problemas dela eram tão recentes ou que Theo não tinha assumido totalmente a responsabilidade financeira sobre ela antes do nosso
casamento.
- Ele desprezava Blanca. Tudo o que conseguimos foi o direito de viver no rancho. Não me interprete mal. Durante esses anos, eu aprendi a ser muito grata por aquela segurança. - Dulce estava admirada com o fato de Nik não ter sabido sobre a verdadeira história que estava por trás do casamento deles por tantos
anos. Ao mesmo tempo em que ela percebeu aquela realidade, sua atitude defensiva foi substituída por uma repentina onda de medo. - Espere um minuto. Realmente achou que eu estivesse tão apaixonada a ponto de agarrar a primeira oportunidade para me casar com você?
Chris estava abalado com a descoberta de que ela tinha sido tão vítima das circunstâncias quanto ele.
- Sim... - ele admitiu. - O que mais eu poderia pensar?
Dulce ficou pálida de tamanha humilhação.
- Então, resumindo, realmente pensou que meu avô havia me comprado um marido. Que eu estava tão desesperada que aceitaria você em qualquer circunstância!
- Eu preciso de um banho.
Pela primeira vez na vida, Chris viu o recuo como a mais diplomática das reações. Ele acreditava naquilo e, arrogante como era, foi a convicção que o encheu de desprezo e agressividade. Além do mais, seus parentes mais cínicos o cumprimentaram pela capacidade de ter atraído uma herdeira. Seu orgulho foi demolido porque, goste disso ou não, ela teve o poder de salvar a ele e sua família. No fundo, contudo, ele desculpou e perdoou Dulce por ter ficado com ele em tais condições, e sempre acreditou que ela o amasse. Na realidade, sempre supôs isso.
Agora, a situação mudou radicalmente e Chris sentiu-se perdido. Ele devia querer destruir Theo Saviñón por ter tratado Dulce com tamanha crueldade, mas Chris reconhecia furiosamente que tinha usado as mesmas táticas quando Dulce lhe pediu o divórcio. Será que Dulce o amou um dia? Ou teria sido apenas a atração? Depois do que ele acabara de descobrir sobre o casamento deles, um homem decente a deixaria-partir. Bem, tudo pela decência. E se ela estivesse apaixonada por Alfonso Herrera? Teria que superar isso.
Com lágrimas de fúria e frustração nos olhos, Dulce encolheu diante da humilhação. Como Chris ousou acreditar que ela pudesse ter sido tão patética? Tão louca por ele que pudesse consentir as condições daquele casamento? Mais uma vez, ela estava avaliando o quanto a relação deles foi tênue quando se
casaram. Ambos foram muito orgulhosos para baixarem suas defesas.
Na época do casamento, o apartamento de Chris estava em reforma e eles foram forçados a iniciar a vida de casados sob o teto dos pais dele. Eles tiveram que dormir em quartos vizinhos, separados por uma porta trancada. Cercada pela frieza de Chris e longe da família, ela se sentiu mais isolada e desprezada do que nunca. Em poucas semanas, usou a doença da mãe como desculpa para sair de Atenas. Ela e Chris nunca chegaram a dividir nada. Uma lua-de-mel certamente teria feito a diferença.
Será que ela agora deixaria o orgulho se intrometer no que seria a melhor chance de realmente fazer alguma coisa pelo casamento deles? Deveria ficar satisfeita por Chris querer levá-la dali e passar um tempo com ela? De repente, ela viu como sua própria atitude negativa poderia acarretar o que mais temia. Ela pulou da cama apavorada. Ao perceber que Chris desligara o chuveiro, ela pegou a camisa dele e vestiu. Ela tinha o cheiro da pele dele e um vestígio do sofisticado perfume que ele usava. Aquela fragrância era incrivelmente familiar.
- Chris?
Chris jogou os cabelos molhados para trás com um movimento gracioso. Dulce descobriu que tirar os olhos de cima dele era um exercício de autonegação. Com uma toalha enrolada na esbelta cintura e gotas d`água escorrendo dos cabelos, Chris estava de tirar o fôlego.
- Estive pensando e reconsiderei a idéia da lua-de-mel - ela resmungou. - Possivelmente fui um pouco... desagradável. Exagerei com relação ao abrigo. Com um administrador aqui na fazenda, sei que não há necessidade.
Os ardentes olhos cor de mel se fixaram nela.
- Nenhuma - ele confirmou. - Você está tão linda com a minha camisa que tenho vontade de despi-la.
Ele pôs as mãos nela e a puxou para perto. Ela ficou com a boca seca, a garganta apertada e impotente diante do desejo que fazia todo seu corpo tremer. Ela sabia que deveria perguntar a ele quando partiriam, mas conforme ele começou a tirar a camisa que ela vestia, Dulce não encontrou forças para fazer a pergunta.
Dulce sentiu-se estranha ao se vestir. Chris comprou várias roupas de grife para ela antes de embarcarem para a lua-de-mel, mas ela quase não usou as peças do enxoval. Na realidade, nas últimas três semanas, ela viveu com o mínimo. Ao pensar nisso, sorriu, constrangida.
Chris a levou para a Toscana para ficarem em um antigo vilarejo cercado por alamedas de oliveiras.
Era um lugar parado no tempo e, em todos os sentidos, um refúgio onde o resto do mundo parecia distante.
Dulce estava feliz desde o dia da chegada deles. Conforme cada longo e preguiçoso dia se emendava no outro, eles se aproximavam ainda mais. Ela sentiu saudades daquele laço de amizade e afeição quando ficaram brigados.
A paixão simplesmente acrescentou um tom muito estimulante à relação deles. Mesmo assim, Dulce estava tão apegada à Chris que parecia sua sombra. Todos os dias, ela acordava com a mesma sensação prazerosa de descoberta. O sol da manhã, filtrado pela persiana, lançava flechas de luz e sombra sobre o magnífico corpo bronzeado de Chris, ele espreguiçava como um tigre indolente. Observando-a com os sonolentos olhos cor de mel, ele lançava um olhar ardente sobre ela e a puxava para junto de seus braços para fazerem amor.
Há poucas semanas, ela teve medo de confiar nele.
Desde então, contudo, descobriu que ficava impressionada com a inabalável crença de Chris de que o casamento deles tinha um grande futuro. Eles passavam muito tempo juntos e, ainda assim, soltavam faíscas quando se tocavam. Aquela proximidade, o maravilhoso contato físico e a aceitação significavam muito para
ela.
Com freqüência, no meio da noite, ela se enrolava em volta dele como uma trepadeira enquanto ele dormia. Mas Dulce guardava todas essas demonstrações de amor e dependência para momentos roubados.
Afinal, Chris gostava de ser desafiado. Divulgar a fraqueza, deixar que ele soubesse o quanto ela o amava, poderia mudar o equilíbrio de poder para sempre.
Distraidamente, Dulce pegou um vestido turquesa-claro. Era o último dia deles. Seu coração ficou apertado e ela se censurou. Tal privacidade e aquele grude o tempo todo não durariam para sempre, e seria egoísta desejar que fosse assim. Robert Donnington era um velho amigo de Chris e, quando soube que eles estavam na Itália, convidou-os para almoçar em sua casa na Toscana.
Dulce se olhou no espelho. O significante inchaço de seus seios fazia com que eles saltassem do decote do corpete e ela fez uma careta. O vestido estava mais apertado do que na semana anterior. Seriam as pílulas? Seus seios estavam mais sensíveis do que de costume. Estaria retendo líquido? Ou estava apenas se
recusando a aceitar o óbvio? Será que ela simplesmente estava engordando em conseqüência do duplo pecado que cometera: muita comida e preguiça?
Ela tentou outras roupas. Dulce estava apavorada ao constatar que todas estavam apertadas no busto. O monte de roupas sobre a cama crescia e sua frustração aumentava, porque há muito tempo não se preocupava com o que vestia. Ela deu um suspiro e colocou o vestido que já estava usando que parecia melhor do que qualquer outro.
Autor(a): binavondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 560
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anne_mx Postado em 14/09/2022 - 23:56:58
Já havia lido essa história há alguns anos e hoje reli, uma história linda, amo o quanto eles evoluíram como seres humanos <3
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stellabarcelos Postado em 28/11/2015 - 16:45:18
Linda história
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Postado em 28/11/2015 - 16:43:50
Lindaaa
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PatyMenezes Postado em 28/10/2012 - 12:04:15
Linda história minha flor! :D Parabéns!
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PatyMenezes Postado em 28/10/2012 - 12:04:15
Linda história minha flor! :D Parabéns!
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PatyMenezes Postado em 28/10/2012 - 12:04:15
Linda história minha flor! :D Parabéns!
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PatyMenezes Postado em 28/10/2012 - 12:04:15
Linda história minha flor! :D Parabéns!
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PatyMenezes Postado em 28/10/2012 - 12:04:15
Linda história minha flor! :D Parabéns!
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luh_webs Postado em 12/10/2012 - 00:28:21
foi linda a historia,simples,+ linda *--*, Ahhhhhhh,MUITO OBRIGADA *---*,e qndo postar uma nova fic,me avise *--*,e outra coisa: entendo q seja corrido mesmo, + boa sorte como jogadora (:
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luh_webs Postado em 12/10/2012 - 00:27:00
q lindo,eles tiveram gemeos *---*