Fanfic: Os Guardiões do Pecado
Era noite e tudo já estava apagado. O vento quente soprava sobre minha pele macia. Saí de casa pela janela notando que continha algum tipo de penas enormes penduradas na costela. Eu, no meio do nada, naquela noite serena. Eu estava com asas negras e por onde passava era notada, eu não entendi nada do que havia acontecido ali. No mesmo lugar onde estava, chegou um homem muito bonito, forte e másculo. Profundamente ele olhou em meus olhos, os seus eram verdes como selva. Fiquei perdida naquele olhar por alguns minutos, ele se aproximou, e o que seria uma perfeita aproximação se transformou em dor. Eu só senti algo me atravessando, saía sangue para todos os cantos, ele ria da minha expressão de horror. E aí... Bem, não morri. Eu acordei. Tinha dormido tão intrigada que acabei tendo esse sonho esquisito. Fiquei alguns minutinhos na cama, tentando reconciliar os fatos. Nada fazia sentido. "Preciso parar de comer barras de chocolates ao anoitecer" pensei comigo mesma. Levantei da cama que nem uma pedra, não estava a fim de ir hoje. Mas eu não mandava em mim. Pelo menos ainda. Tomei um banho rápido, porém quentíssimo. A neblina estava alta e assim eu conseguia até ouvir minha respiração nada calorosa. Saí do banho e fui logo me aprontar. Ninguém quer se atrasar na terceira semana de aula e além do mais que teria Educação Física. Isso, na chuva.
As três, quer dizer, quatro, estavam vindo à minha direção. Oba, que a zombaria comece! Não estava a fim de ter que lidar com isso de novo, eu tinha cansado de servir de lixo pra elas. Não tinha nada a perder se me tornasse assim e aí pisasse nelas. Mas eu, uma delas? Pode ter certeza que essa é uma coisa que está na minha lista de Coisas idiotas para não fazer no Colégio.
— Recolha-se com a sua insignificância, Amber Linn. - Dizia enquanto administrava o circo: E eu estava servindo como a palhaça.
— Não estou de bom-humor para lhe aguentar hoje, Annelise. Portanto, deixe-me em paz.
— Resolveu encorajar?! Posso notar sua raiva ao meu respeito. Mas não fique assim, certo? É melhor não se crescer para cima de mim. Não sabe do que sou capaz.
— Estou lhe avisando, Annelise. Estou em plena paz e não é hoje que perderei-a contigo. Por que não se retira com a sua insignificância, você... Agora? - Acabei elevando o tom vocal. Sinceramente, este foi um dos fatos mais exóticos que ocorreram na escola Overcoming. Até hoje as pessoas lembram-se de mim como "a garota que se revelou".
Eu estava furiosa, meu coração acelerava, minha cara mudava de tons a todo instante. Não sabia o que havia acontecido comigo, esqueci-me de tudo na hora! Joguei-me nela, não foi um tipo de briga normal... Eu a olhava sem mínima piedade; meus olhos reviraram e voltaram em um tom avermelhado, sem nenhum toque eu já podia sentir o medo corroendo seu corpo inútil e fragilizado através de meu olhar. Ela me encarava pedindo ajuda, se eu estivesse sã no momento teria a ajudado. Ela começou a se contorcer no chão ainda permanecendo o olhar. Esfreguei seus cabelos louros e brilhantes pelo batom chamativo, manchando seu caráter - ou como ela gostava de chamar. Senti um leve puxão por trás, na mesma hora não pensei duas vezes: fiz o mesmo com o ser, mas em vez disso joguei-a longe na parede. Saia sangue de toda parte do seu corpo. Todos que estavam em volta me olhavam com medo, meus olhos começaram a embranquecer novamente e eu já estava normal. Quando vi, um garoto de cabelo castanho apontava em minha direção, a qual também apontava para a parede branca manchada de sangue. Eu não entendia. Avistei um sapato vermelho virado para mim. Fim de jogo.
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