Fanfic: Papai Solteiro *(Vondy)* - Adaptação | Tema: Vondy

Sra. Vásquez: Espera aí, deixa eu ver se entendi: Você está insinuando que minha filha será castigada por ter dito a verdade professora?
Dul: Não é nada disso, senhora! Estou querendo dizer que a Mariana fez algo muito feio que é mexer com as feridas de uma pobre criança como a Manu!
Sra. Vásquez: Não sabia que a senhorita tinha alunos privilegiados! – disse com ironia – Até onde eu sei todos devem ser tratados iguais.
Ucker: Me desculpe senhora, mas minha filha não merece ouvir o que ouviu! Entendo que sua filha seja apenas criança, mas cabe a senhora dar mais educação a ela. Manuella não tem mãe, mas tem pai pra defendê-la de pessoas como a senhora e sua filha que humilham tipos indefesas.
Dul: Acalmem-se, por favor.

-Mariana e Manuella viam a cena assustadas. Ucker estava visivelmente irritado e a mãe de Mariana então? Nem se fala!

Dul: Meninas, será que vocês poderiam deixar seus pais conversarem em particular comigo?
Manu: Tá bom Dul.
Mariana: Tᬬ

-Assim que as meninas saíram o clima pesou ainda mais. Ucker começou defender Manuella educadamente, enquanto a outra senhora só sabia atingi-lo defendendo o erro da filha.

Sra Vásquez: Eu acho inadmissível uma professora de seu porte castigar uma criança como a Mariana! Ela é um exemplo! Agora com essa pirralha chorona fica tudo bem?
Ucker: Já chega! – levantou bravo – Quem você pensa que é pra falar da minha filha desse jeito?
Dul: A senhora não pode sair ofendendo os alunos dessa maneira, senhora Vásquez.
Sra. Vásquez: Eu falo de quem eu quiser, quando eu quiser! A diretora vai adorar saber que você anda protegendo certos alunos.
Dul: Eu não estou protegendo ninguém, entenda por Deus! Mas a Manuella é uma aluna maravilhosa que nunca me deu trabalho, enquanto a Mariana sempre se mete em confusão.
Ucker: Eu não queria levar adiante discussão de criança, mas falar da mãe da Manuella é como mexer em uma ferida pra ela, sabia? – falou com a voz embargada. – A senhora por algum acaso já imaginou como seria se criasse uma criança sozinha? Ponha-se no meu lugar e imagine um muleque de vinte e poucos anos tendo que trocar fraudas, levar ao médico, enfim... ser como uma mãe! – a voz estava mais embargada ainda. Falar de Ana Luiza era tocante - Não, acho que nunca se imaginou em tal situação, porque a senhora só pensa em seu próprio umbigo e nem mesmo consegue enxergar o péssimo que exemplo que está dando a essa menina. Pode ter certeza que conversarei com a Manuella caso ela tenha feito alguma coisa com sua filha, e espero sinceramente que a senhora faça o mesmo. Eu criei a Manuella sozinho e não tenho vergonha disso.

-A senhora Vásquez não se pronunciou mais. Não tinha mais o que dizer depois de tudo aquilo. Ucker estava irritado e embargado com aquele assunto.

-Dulce ficou emocionada com o sofrimento de Ucker para criar Manuella, então completou.
Dul (pousando a mão sob o ombro dele): Está fazendo bom trabalho Christopher. A Manuella é uma das alunas mais educadas que eu já tive. – sorriu carinhosamente olhando naquelas profundezas esverdeadas que eram os olhos deles.

-Já Ucker, sentiu-se mais tranqüilo com o olhar de ternura que Dul o lançava. Sorriu como se agradecesse o gesto e abaixou a cabeça mais aliviado por ter ditos certas verdades.

-A senhora saiu da sala bufando. Assinou uma advertência e saiu com Mariana.
Depois de vários discursos e protestos por parte da mãe de Mariana, Manuella também levou uma advertência. Ucker foi até a direção para assinar, enquanto Dul ficou com Manuella na sala de aula.

Dul: Então Manu, como você que essa trança?
Manuella: Embutida pode ser?
Dul (rindo): Pode sim.. – riu.

-Dul ficou lá em meio de brincadeiras com a pequena. Devia admitir que Manuella era sua aluna favorita. Realmente ela era a protegida. Desde o primeiro dia elas conversam e se deram muito bem., talvez fosse apenas uma questão de afinidade, mas Dul sentia um carinho diferenciado por ela.

-Ucker voltava da direção quando viu Dul e Manuella em meio de risos na sala de aula. Algumas bonecas estavam no colo de Manu e Dul ria muito da historinha que inventavam. Ficou encostado no batente da porta olhando por alguns segundos, quando Dul notou a presença dele. Deu um sorrisinho delicado que foi retribuído por ele e do nada Manuella se pronunciou:

Manuella: Tia Dul, eu acho que a Mariana tem razão... Pra quê cantar música dos dias das mães se eu nem tenho mamãe? – abaixou a cabeça triste.

-Dulce fechou o sorriso e olhou pra Ucker. Ele se aproximou da filha e sentou numa cadeira de frente pra Dul.

Dul: Vem cá Manu – estendeu os braços para que ela sentasse em seu colo – Você lembra da última vez que falamos da sua mamãe?
Manuella: Sim...
Dul: E você lembra que o que eu disse, não lembra?