Fanfic: Papai Solteiro *(Vondy)* - Adaptação | Tema: Vondy

-Ele então, saí com Dul em direção ao elevador. Aperta o botão chamando-o e após o sinal de que havia chegado, eles entram e Dul diz:

Dul: Parabéns pela festa. Tá linda!
Ucker: Ah, agradeça minha mãe. Ela que organizou tudo.

-Um silêncio tomou o elevador. Dul começou a arrumar os cabelos no espelho que havia atrás de si e Ucker a olhava, discretamente, dos pés a cabeça.

Ucker: Éér... Você tá linda hoje. – falou acanhado, mas sincero.
Dul (com ar de riso): Só hoje? – virou-se pra ele, com as mãos na cintura e uma sobrancelha arqueada.

Ucker: Bem... Se eu disser que eu sempre te achei bonita você não vai pensar que eu sou um safado né?
Dul: Não. Até porque eu te acho um homem muito atraente também e nem por isso eu sou safada... – ambos riem - E já que você falou em aparência, devo admitir que seu novo visual ficou muito bem. Sua namorada deve ser bem ciumenta.
Ucker: Na verdade não...
Dul(interrompendo-o): Que bom. Mulheres ciumentas costumam dar dor de cabeça.
Ucker (rindo): Não Dulce, você não me deixou terminar. Eu não tenho namorada.
Dul: Ah não? Jurava que você tinha alguém.

-O elevador finalmente chega ao 08º andar e eles saem em clima de brincadeira e flerte.

Ucker (abrindo a porta do apartamento com a chave): Não, as mulheres de hoje em dia são muito diferentes. É difícil encontrar alguma que queira um pai solteiro. – abriu a porta e jogou a chave na mesinha central da sala. – Pode ficar a vontade.
Dul: Obrigada. Mas, voltando ao assunto, isso é muito relativo... Você não pode julgar todas as mulheres dessa forma.
Ucker: Não, longe de mim julgar todas. Só digo por aquelas que eu já namorei. Nenhuma aceitava 100% a Manu sabe? E ela é muito importante pra mim Dul.
Dul: Dul?
Ucker (se tocou e ficou envergonhado): Desculpa, foi sem querer... – se encabulou – É... É que... A Manu sempre te chama assim e sem querer eu acabei falando. Desculpa mesmo.
Dul(sorrindo): Não precisa ficar envergonhado. Não tem problema...
Ucker: Nossa que vergonha! Essa situação é muito constrangedora...
Dul: Vamos fazer um trato: você me chama de Dul e eu te chamo de Ucker, fechado? Christopher é muito comprido.
Ucker: Claro! Fechou então.
Dul: Então Ucker... Onde fica o toalete?
Ucker: No final do corredor.

- Enquanto ela usava o banheiro, Ucker foi na cozinha pegar bebidas e refrigerantes e depois foi até o quarto de Manuella deixar o laptop sob a cama.
- Poucos minutos se passaram e Dul finalmente destrava a porta. Notou que o apartamento estava silêncio e chamou por Ucker:

Dul: Ucker?
Ucker: Aqui no quarto.

- Ela, receosa, se encaminha até um dos dormitórios tentando seguir a voz dele. Foi até a primeira porta e viu que era o quarto de Manu. Admirou a organização e a decoração cor-de-rosa que era composto. Em seguida fechou a porta e abriu à segunda. Sim, era a suíte de Ucker. O quarto era simples, mas muito aconchegante.

 
Ucker: Estava trocando de tênis, esse aqui tava machucando meu pé...
Dul: Humm, entendo.

-Dul avista um porta-retrato encima da cômoda. Era o retrato de uma mulher muito bonita abraçada a ele. Pareciam muito jovens quando a foto foi tirada. Ucker notou que a atenção dela estava voltada para a foto e disse:

 
Ucker: Era a Ana Luíza, mãe da Manu.
Dul (sem-graça): Perdão, eu quis focar reparando...
Ucker: Não, não tem problema. Nessa foto nós tínhamos acabado de noivar. –sorriu triste.
Dul (sentou ao lado dele na cama): Você ainda ama muito ela né? – mirava-o.
Ucker (encarando o chão): Ela sempre será uma lembrança boa na minha vida... Ela me deu o maior presente que eu poderia ganhar que é a Manu.
Dul (decepcionada): Entendo...
Ucker: Mas, eu andei pensando e eu acho que nós éramos muito jovens. Estávamos com os hormônios á flor da pele e achávamos que tudo era eterno. Até que hoje, um pouco mais velho eu vejo que amar, amar mesmo, eu nunca amei ninguém. Eu sentia um carinho enorme pela Ana, mas não posso dizer que era amor. A chegada da Manu nos pegou de surpresa, não foi nada planejado. Eu era um muleque terminando a faculdade, só tinha 19 anos... -encarou-a nos olhos.
Dul: Deve ter sido muito difícil pra você.
Ucker: Foi, mas minha mãe me ajudou muito. Ajuda até hoje.
Dul: E o que fez pra seguir adiante?
Ucker: A responsabilidade de dar tudo pra Manuella me motivava pra tudo.
Dul: É lindo o amor que vocês sentem um pelo outro. - ainda se olhavam e ele pode ver o brilho nos olhos dela ao falar aquelas palavras.

-Toda vez que conversava com Dulce, percebia que a admiração que sentia por ela crescia. Ela era tão... linda! Ficaram se olhando admirando um aos olhos do outro. Ucker mergulhava naqueles olhos castanhos tão sinceros e profundos. Através deles podia ver a alma pura e simples de Dulce. Já ela, tentava descobrir através dos olhos amendoamente verdes dele o que realmente se passava naquele coração, que pouco a pouco a conquistava mais. Sabia que não era politicamente correto flertar com o pai de uma de suas alunas, mas algo mais forte os atraiam fazendo com que todo o resto se exploda
Ambos sabiam que as mais belas palavras de amor, são ditas num silêncio de um olhar...