Fanfics Brasil - Capítulo 1 e 2. The Allyson diarie

Fanfic: The Allyson diarie | Tema: Vampiros e hibridos


Capítulo: Capítulo 1 e 2.

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O diário de Allyson.


 


 


 



Epílogo


Eu não queria fazer aquilo, eu não podia fazer aquilo, mas também não podia perdê-lo, eu não podia transforma-lo no que eu era ainda mais quando eu sempre me odiei pelo fato de ser aquilo, eu nunca quis ser aquilo, ser uma assassina, eu não podia transforma-lo, mas o tempo estava acabando e eu era egoísta sim, eu não podia perdê-lo. E o mais importante, não podia tirar dele os direitos os quais foram tirados de mim, era injusto. Assim como foi injusto comigo, eu não tinha feito nada e mesmo assim aconteceu. Ele não fez nada, passou por muita coisa e ainda teria que aguentar mais esse enorme infortúnio? Eu simplesmente não sabia o que fazer.


 


Capitulo 1


Eu devo explicar tudo desde o começo não é? Então, prepare-se.


Meu nome é Allyson Skylar Parker, agora eu tenho vinte anos, sou filha de Kaleb Parker e Norah Parker, tenho dois irmãos, Melissa e Matthew. Porém, aos meus doze anos, a minha vida mudou de rumo totalmente. Uma pequena coisa antes, vampiros existem, lobisomens também, e híbridos que no caso, são meio-vampiros e meio-lobisomens, também existem. Vampiros? Queimam ao sol, morrem com uma estaca no coração ou este arrancado. Lobisomens? Só se transformam na lua cheia e ainda estão vivos. Híbridos? Podem sair ao sol pela parte lobisomem, só podem morrer com o coração ou a cabeça arrancada, é muito mais veloz, mais resistente, seus sentidos são mais apurados, pode se transformar em lobo quando quiser e é o mais forte dos três. Os híbridos e vampiros respiram por força do costume, mas não precisam porque estão mortos de qualquer jeito.


Agora vamos voltar a minha história. Aos meus doze anos, no dia dezesseis de maio, uma tarde, eu estava em minha sala com meu irmão Matthew, nós dois estávamos sentados, ele estava tocando violino e eu estava lendo um livro de mais ou menos quinhentas páginas que eu não lembro o nome, mas contava a história de um vampiro que se apaixonou por uma garota humana... Algo assim, ou nada a ver, não me lembro, mas era sobre vampiros. Porém neste momento uma mulher entrou. Uma mulher linda, branca e pálida, de cabelos loiros curtos, mas seu rosto, seu rosto era diferente, os olhos eram amarelos com as pupilas negras, tinha veias negras em baixo dos olhos que eram distribuídas pela face, e seus dentes... Os caninos eram enormes e afiados, até que eu liguei uma coisa com a outra, uma vampira, ela olhou para mim e para meu irmão que parou de tocar na hora, ela veio até mim, cortou seu próprio pulso com os dentes e olhou nos meus olhos e me mandou beber, naquele momento eu não sabia por que diabos eu bebi, mas eu bebi, logo depois, meu pescoço foi quebrado, a única coisa que eu ouvi em vida, foi meu irmão gritando um “NÃO”. Eu acordei no chão no meio da sala, passei a mão pelo meu pescoço que não estava mais quebrado, eu estava atordoada e aos poucos fui me recuperando, quando me recuperei, na sala, meu irmão estava no sofá segurando os joelhos, tinham dois homens que pareciam ter vinte e dois anos e outro que parecia ter trinta e pouco ou até quarenta, mas eram bonitos, também pálidos e brancos, musculosos e altos. Um deles que chamava Elijah Harris, alto, cabelos castanhos escuros que faziam um topete na frente, olhos verdes claros salpicados de vermelho. Ele veio até mim e me sentou no sofá, neste momento eu me dei conta que aquela mulher estava um pouco longe de mim, sem coração literalmente e se fazendo em pó, eu não pude conter um grito, o homem mais velho se ajoelhou na minha frente, loiro, os olhos cinza. Ele começou a me explicar, os três eram vampiros, mas também eram caçadores de vampiros, é eu sei, é uma coisa estranha. Depois ele me explicou que aquela mulher que me fez beber seu sangue e depois me matou, era uma híbrida. Ou seja, agora eu era uma híbrida. A primeira coisa que eu falei foi “Eu nunca mais vou crescer?”, mas eu gostei da resposta, os vampiros, se forem mordidos aos doze anos, eles ficam com doze anos para sempre, mas se forem híbridos que foram mordidos antes dos vinte, eles crescem até os vinte e depois param. Pelo menos eu tinha oito anos para aproveitar meu crescimento, bebendo sangue. Naquele momento depois de tudo explicado, um cheiro começou a me invadir, não era doce, mas era bom, até que eu compreendi que o cheiro vinha do meu irmão, e eu também compreendi que era seu sangue, eu senti nojo de mim mesma. O mais velho Hunter Thompson e o outro Charles Wilson perceberam e se entreolharam, Charles tinha o cabelo misturado de loiro e preto, com o loiro dominando, olhos de cor inexplicável, pareciam ser cor violeta. Hunter pegou uma mochila preta que carregava nas costas e retirou de dentro uma garrafa térmica, ele a direcionou para mim e me mandou beber, se eu não bebesse, eu morreria, meu irmão ainda continuava quieto e segurando os joelhos, eu peguei a garrafa e bebi, o gosto era bom, não doce, era metálico, eu dei mais dois goles e me dei conta de que era sangue, eu quis gritar mas minha voz não saía, depois que eu terminei de beber, eles falaram que eu teria que deixar a cidade de Brighton, na Inglaterra, onde eu morava e teria que ir com eles para os Estados Unidos para me ensinarem a me controlar, passou-se uma semana, eu despedi de todos e fui, os três homens explicaram tudo a minha família, não me contaram como eles reagiram, mas não deve ter sido muito bem, o que seria só dois anos, acabou sendo oito, eu passei por várias cidades como Phoenix, Washington, Nebraska, Colorado, Denver, Chandler e muitas outras, me levando até o presente, oito anos depois aqui em Los Angeles. Eu havia me transformado numa caçadora da minha própria espécie, nos chamávamos de caçadores, mas na verdade, só investigávamos os casos estranhos que podiam envolver vampiros, matávamos os vampiros desvirtuados e fazíamos outros ficarem bonzinhos. Alimentávamos-nos quase sempre de bolsas de sangues de hospitais , mas como não podíamos viver sempre daquilo, às vezes nos alimentávamos de humanos, mas nunca matávamos, eu já conseguia me controlar. Tivemos que vir a Los Angeles porque estava gravando uma série sobre vampiros, lobisomens e híbridos, o problema é que na série continha tudo que era real para nós, os três vampiros caçadores que andavam comigo tinham um anel que deixavam eles andar no sol, isso também continha na série, também várias ervas de bruxas que nos faziam mal. Hunter era como o líder, afinal, ele tinha mais de setecentos anos, os outros dois, Elijah tinha cento e cinquenta anos e Charles tinha cento e sessenta e dois e eu... Vinte, mas tinha oito anos de vampira. Hunter queria conversar com o autor da série e também com o diretor, tínhamos um inimigo mortal, Eric Adams, um hibrido que não tinha boas intenções e estava aos poucos construindo um exército, ele era um original, que tinha mais de mil anos e estava em algum lugar do mundo, podia ser ali do nosso lado, quanto ao outro lado do mundo. O motivo de estarmos em Los Angeles e trabalhando ali. Era ele. Eu nunca o tinha visto, mas esperava poder identifica-lo com a descrição que Elijah e Hunter me deram.


 


Capítulo 2


Eu assistia a série, e também adorava um ator que chamava na vida real Tyler Lockwood e interpretava Collin Jackson, um hibrido na série. Tyler era alto, com a pele morena mexicana, os olhos castanhos, era muito musculoso e tinha um peitoral muito bem definido. Já eu? Uma garota magra que sempre me queixava de ter bunda, peito e músculo em excesso, mas também adorava, meus cabelos eram negros compridos e lisos e meus olhos eram totalmente prateados e salpicados de dourado. Hunter conseguiu alguns empregos para nós, hipnotizando alguns caras, sim, nós tínhamos poder da hipnose. Iríamos nos infiltrar nos set das filmagens, qualquer coisa teríamos que ficar atentos, eu sinceramente não entendia o porquê tínhamos que fazer isso, mas palavras do Hunter e ponto final. Eu queria muito me divertir, se eu deixasse Tyler saber que eu era uma híbrida... Como ele reagiria? Eu estava curiosa. Eu era como uma assistente do diretor, nem eu sabia como se chamava meu emprego, Elijah trabalhava nos efeitos especiais, Charles trabalhava junto a Elijah e Hunter conseguiu ser como um segundo diretor, não faço a mínima ideia de como ele conseguiu isso. Para você ver como o poder da hipnose é forte.


Depois de uma semana trabalhando eu conseguia observar Tyler, terminando as filmagens, ele ia embora para a casa dele e descansava, algumas vezes ia para uma festa, e eu estava muito a fim de me divertir, como não fazia a um bom tempo. O jeito de um hibrido se divertir é bem estranho, acredite.


No dia que eu decidi me divertir, saí mais cedo do trabalho, fui até a casa de Tyler, consegui a localização com uma das atrizes. Arrombei a porta e desliguei o alarme, entrei e fiquei fuçando em tudo até que ouvi alguém chegando, fui andando normalmente até o quarto dele e me deitei em sua cama, alguns minutos depois eu ouvi alguém abrindo a porta e chingando, depois ele apareceu na porta do quarto e me viu deitada, calma, eu ainda estava vestida. Ele deu uma risada e entrou no quarto.


- Olha, tudo bem que você é uma fã muito louca, mas não é motivo para você chegar na minha casa e arrombar a porta. – Deu vontade de rir, e foi isso que eu fiz.


- Quem disse que eu sou uma fã louca?


- Quem faz isso geralmente são minhas fãs. A não ser que você seja uma ladra.


- Bom, não sou nenhum dos dois. – Eu levantei e fui até ele em um terço de um segundo por causa da minha velocidade, ele ficou assustado.


- O que diabos foi isso?


- Achei que você gostaria de conhecer o que você interpreta.


- O que?


- Eu sou uma hibrida, Tyler.


- Ok... Você está louca, você pode sair daqui ou eu chamo a policia. – Ele pegou o celular e eu arranquei da mão dele, jogando-o na cama.


- Não, eu não estou louca. – E depois eu deixei minha face de hibrida se revelar, os olhos no momento amarelos com as pupilas grandes, que mudavam de cor de dois em dois minutos, ficando violetas, cinzas, brancos... Veias negras e fortes embaixo dos olhos que se distribuíam por todo o meu rosto e caninos afiadíssimos.


- O que diabos... Fique longe de mim! – Eu o joguei em cima da cama com uma velocidade incrível. – O que você... – Em alguns segundos eu estava em cima dele.


- A diversão nem sequer começou ainda...


- O que você vai fazer comigo? Por favor me solta! – Ele gritava e se debatia furioso e assustado embaixo de mim.


- Eu não gosto de camisetas. – Eu puxei a camiseta dele dos dois lados e a fiz rasgar em dois, revelando aquele lindo peitoral.


- Ei! Saia de cima de mim! Você é louca! Tudo bem ser fanática por híbridos, mas você é exagerada! – Eu já estava irritada.


- Ok, escuta aqui Tyler. Eu não sou nenhuma fã da série, eu assisto, mas não sou uma fã louca – E não era mesmo. – Vampiros existem, lobisomens também, e híbridos também, que no caso, eu sou uma hibrida, e quero me divertir, ou você fica quieto ou vai ter alguns efeitos colaterais porque eu vou ter que te hipnotizar. – Não teria nenhum efeito, mas eu não queria hipnotiza-lo agora, o plano era ter essa noite com ele e depois hipnotiza-lo para ele esquecer tudo.


- O que? – Ele ainda não acreditava, até que eu o fiz sentar na cama de costas para a cabeceira e fiquei em cima dele de novo de modo que cada perna minha ficava uma de cada lado dos seus quadris.


- Você tem namorada? – Eu me sentiria um pouco culpada se eu fosse fazer o que eu ia fazer e ele tivesse mesmo uma namorada.


- Não, mas o que isso vai mudar?


- Nada. – Eu comecei a beija-lo, ele ainda estava lutando contra mim, mas claro, minha força era um milhão de vezes maior que a dele.


Nós híbridos somos mais atraentes para os humanos, e isso ajudou um pouco. Ele ainda estava lutando para que eu o soltasse, depois de um tempo ele parou, e eu o soltei para que ele pudesse respirar, ele ainda estava vivo né. Ele fechou os olhos e encostou a cabeça na cabeceira.


- Não... Por favor... Não...


- Você não sabe o que está por vir. – Eu disse soltando uma risada.


Em seguida eu deixei minhas presas se alongarem e caminhei minha boca para o lado direito do pescoço quente dele, depois comecei a retribuir beijos e mordiscadas leves pelo pescoço dele, enquanto ele falava para eu parar, mas não lutava mais contra mim, ele falava que era errado, que eu não o conhecia e nem ele a mim, bom, era verdade, mas eu não estava nem ai. Depois eu finquei minhas presas em seu pescoço e ele começou a soltar gemidos, mas não estava mesmo doendo, sendo assim, gemidos de prazer. Há três tipos de mordidas para nós, 1ª: para matar, 2ª: para nos alimentar, 3ª: o beijo. Isso mesmo, o beijo, se nós não quiséssemos que não doesse, nós podíamos fazer isso, sendo assim, seria um beijo, o beijo mais quente e sensual de todos. Ele começou a soltar gemidos sem parar e começou a levantar as mãos para as minhas costas, eu dei quatro goles e depois comecei a lamber, saliva de híbridos ajudava a parar o sangramento. No momento em que eu parei eu voltei a beija-lo na boca, parei novamente e tirei minha camiseta, os olhos dele se arregalaram com aquilo, eu soltei uma risada.


- Sabia que nós não precisamos morder somente no pescoço?


- Ahn... – Ele fechou os olhos e encostou a cabeça de novo.


- Há outros lugares também... – Eu fui descendo minha cabeça até chegar a seu peito direito e finquei meus dentes, ele soltou um grande gemido, eu dei mais três goles e retirei minha boca, o sangue escorria por ele, e quando ele se deu conta que eu o estava mordendo e viu o sangue ele fez uma expressão de preocupado.


- Você me...


- Shh... – Eu disse, lambendo o sangue que estava escorrendo da sua barriga até o lugar que eu mordi e em seguida comecei a lamber o machucado.


Quando nós queríamos dominar, nós dominávamos e foi exatamente isso que eu fiz, não demorou muito para eu sentir o volume da calça dele, nos deitamos na cama e ainda continuávamos a nos beijar, depois, teve muito mais do que só beijos. Eu sabia que um humano não poderia me satisfazer sexualmente, para isso era preciso um de nós, ou vampiros, ou lobisomens... Enfim, mas Tyler, ele realmente me satisfez, depois de horas fazendo os movimentos mais íntimos nós deitamos e dormimos, eu dormi só umas três horas, afinal, nós fomos dormir de madrugada, eu só precisava dormir três horas por dia e ele precisava acordar cinco horas da manhã, o relógio despertou cinco e meia e eu já estava acordada. Ele olhou para o lado depois de desligar o relógio, sentou na cama e eu fiquei observando, a expressão dele dizia que ele estava começando a se lembrar de tudo que tinha acontecido ontem, ele levou as mãos até a cabeça, como se estivesse reprovando a si mesmo. Eu lembrei que teria de hipnotiza-lo para ele esquecer tudo, mas eu simplesmente não consegui fazer isso.


- Não, não, não, não... – Ele dizia.


- Para todos os casos, meu nome é Allyson, mas pode me chamar de Aly. – Só ai que me dei conta que ele nem sabia meu nome, ele nunca me via no set de filmagem.


- Nós... Dois... Fizemos... Você sabe... Alguma coisa? – Ele disse com medo da resposta.


- Sim, muito mais que “alguma coisa”.


- Merda...


- Porque tá se culpando? Fui eu que te forcei.


- Mas depois eu acabei cedendo. – Ele viu a marca da mordida em seu peito e depois passou a mão no pescoço descobrindo a outra marca. – Você... Me mordeu?


- Adivinha como é o beijo de híbridos...


- Beijos... Por isso que não doeu?


- Sim.


- Não, agora fala sério, você é mesmo uma hibrida? Não é possível! Híbridos não existem!


- Existem meu bem, acredite. – Eu saí da cama embrulhada na coberta e virei para trás, dando um sorriso com as minhas presas. Ele se assustou. – É melhor se arrumar, nós temos trabalho.


Em seguida eu deixei a coberta cair, revelando meu corpo, ele olhou de queixo caído, em seguida eu entrei no banheiro do quarto dele e comecei a tomar banho, sim, eu era bastante atrevida, quando saí ele havia tomado banho no outro banheiro, peguei minhas roupas e comecei a me vestir e ele também, claro, ele ficava me olhando.


- Allyson...


- Sim?


- Eu... – Ele deu um rápido riso. – Eu não entendo.


- Não entende o que? Que eu sou hibrida?


- Não, duas mordidas já comprovam isso. Mas... Eu gostei de ontem... Por quê?


- Por que... O que?


- Por que eu gostei?


- Nós somos mais atraentes para os humanos do que eles próprios com a sua espécie... – Eu cheguei perto dele de modo que coloquei minha mão sobre seu peito, na minha mordida. – Gostaria que isso se repetisse?


- Talvez... – Ele deu de ombros. - Não! Não! Você é uma hibrida! Eu não devia... – Ele soltou um suspiro e se sentou na cama.


- Tyler, eu ainda sou uma mulher, eu ainda posso sentir dor, posso sentir ódio, posso sentir amor. Eu continuo de certo modo... Uma humana – Não, eu não era uma humana, mas sentia como eles sentiam.


- Você é humana então?


- Sim. – Eu neguei.


- Talvez isso possa se repetir, se nos conhecermos melhor e você não me morder e chegar aqui na minha casa sem aviso e me tacar na cama com violência. – Eu havia acabado de me trocar, dei um beijo nele e sai pela porta.


- Verei o que posso fazer... – Em seguida eu dei um sorriso e saí da casa.


Hunter tinha conseguido uma casa em Los Angeles para nós quatro, eu ia passar lá só para pegar uma nova roupa, quando abri a porta, dei de cara com Charles, o mais idiota e palhaço de nós quatro.


- Hum... Chegou a essa hora em casa... Desse jeito... Com a mesma roupa? Deixa eu adivinhar quem... – Ele fez uma cara de pensativo. – Aquele cara de topete? O loiro? O magro? Aquele bem alto? Ah! Já sei! Tyler? – Eu olhei para ele com um olhar fulminante e o empurrei para entrar na casa e comecei a subir a escada de madeira até meu quarto. – Hum... Pode deixar! Não vou contar pra ninguém!


- Tyler? Nossa! Hum... – Eu ouvi Elijah que tinha se juntado ao Charles para me zoar. Os dois estavam soltando gargalhadas.


Eu entrei no meu quarto e comecei a procurar uma roupa, peguei uma regata preta justa da banda Pink Floyd e uma calça jeans escura também justa, depois peguei um coturno feminino preto que era bem delicado e coloquei uma jaqueta preta de couro, fui pegar uma bolsa de sangue como de costume para me sustentar pelo resto do dia e percebi que eu não estava com fome, estava totalmente saciada, sete goles do sangue de Tyler e eu não estava mais com fome. Saí para ir “trabalhar”. Cheguei ao set e alguns poucos minutos depois Tyler chegou e me viu, ele me puxou para um canto.


- Você trabalha aqui?


- Aaahan. – Eu falei com um sorrisinho provocante. Depois alguém que eu não vi, mas acho que era a maquiadora o chamou. Por ser uma mulher eu fiquei com um pouco de ciúmes.


 - Eu vou ir, depois a gente se vê.


- Ok.


Nós trabalhamos e eu quis repetir a mesma cena, saí antes e fui a casa dele de novo, deitei na cama dele, retirei os sapatos e a jaqueta e comecei a ler alguns trechos de um livro que ele devia estar lendo. Ele chegou até o quarto e me viu ali de novo.


- Eu falei que poderia se repetir se você não invadisse minha casa!


- Não gosto de obedecer ordens. – Eu cheguei perto dele e enlacei meus braços em seu pescoço. – A diversão ainda não acabou.


Ele mesmo não aguentou, me pegou no colo e me jogou na cama, retirando sua roupa e depois a minha, a noite acabou como a outra, mas dessa vez eu não mordi ele. Acordamos cinco e meia. Eu tomei banho e saí para trocar de roupa em minha casa, Charles quis me provocar de novo, mas eu subi a escada rápido não deixando ele não ver nem minha cara. Eu peguei uma camiseta da Nirvana (sim, maioria das minhas camisetas são de rock), um jorte branco até um pouco acima dos joelhos e uma bota de couro, estava calor para colocar jaqueta. Dessa vez eu não bebi nada, ainda me sentia saciada mesmo não mordendo Tyler dessa vez. O dia foi normal, Tyler mandava algumas olhadas safadas para mim.


Eu não estava com fome, mas estava entediada e sempre fui a mais rebelde dos quatro caçadores. Tinha um ator que também era uma gracinha, Mark Hill, eu não o achava tão bonito quanto Tyler, era até mais baixo, mas dava para o gosto. Eu peguei ele e empurrei até um canto que ninguém pudesse nos ver, eu o hipnotizei para não gritar, e quando ia fincar meus dentes em seu pescoço, Tyler chegou, eu só fiquei curiosa com o que diabos ele estava fazendo naquele canto. Ele me olhou com um olhar que implorava para que eu soltasse o garoto, mas eu queria brincar mais um pouco.


- O que você quer aqui? – Eu perguntei.


- Por favor, larga ele, me pega e me morde, pode fazer tudo comigo, mas não morde ele, por favor.


- Porque se importa?


- Porque sim. – Eu tinha certa habilidade de decifrar o que as pessoas sentiam, não, eu não lia mentes, mas eu decifrava o que a pessoa queria, muitos vampiros e híbridos, cada um tinha uma habilidade, Charles possuía mais velocidade, Elijah enxergava a longa distância, Hunter tinha visão das pessoas que ele queria saber informações e eu possuía essa habilidade de decifrar mentes. Eu cheguei à conclusão de que ele queria que eu fosse dele, não estava me impedindo porque se preocupava com o garoto, mas porque ele queria tudo de mim só para ele. Eu soltei o garoto e o hipnotizei para que ele nunca mais falasse disso com ninguém e agisse normalmente tanto com os outros tanto com nós.


- Calma Tyler, não seja egoísta. Tem muito para você ainda. – Eu falei e em seguida saí dali deixando ele sozinho.


Voltei a trabalhar, tive que ir pegar alguns papéis para o diretor e parei para ver o que eram os papéis, Tyler parou um pouco mais longe de mim mexendo no celular, outro ator chegou e começou a rir na frente dele, eu acionei minha habilidade apurada de audição e ouvi a conversa.


- Ei cara! O que é essa parada aí no seu pescoço? – Ele se referiu à marca da minha mordida.


- Ahn? O que? Ah sim... – Ele passou a mão pelo pescoço e pensou em uma resposta, ele tinha se esquecido totalmente que iria ficar uma marca. – Eu não... Ah... É, um bicho me picou...


- Nossa, quantas vezes? – O ator com certeza deve ter achado estranho, estava certinho a marca de minhas oito presas, sim, oito, nos caninos não se alongavam só uma presa, mas duas em cada canino, e então ficavam oito presas.


- É, sei lá, acho que... Eu devia estar dormindo. – É, ele deveria estar gemendo de tanto prazer quando o “bicho” “picou” ele.


- Ok... Eu vou indo cara, falou!


- Falou!


Eu pude ouvir ele falando alguns palavrões, depois eu saí e levei os papéis para o diretor e me surpreendi com o que saiu da boca dele quando eu cheguei lá, Hunter estava do lado dele, com certeza deve ter contado.


- Querida hibrida! – O diretor exclamou.


- O que? – Eu olhei para Hunter. – Hunter, ele sabe?


- Sim.


- Dãr, como você acha que ele conseguiu fazer todos os híbridos e vampiros da série? – Charles falou como se eu fosse retardada.


- Ah sim. – Eu falei ignorando o comentário de Charles.


Eu saí dali e fiquei caminhando pelo set, não tinha mais nenhum trabalho para eu fazer, até que Tyler me puxou pelo braço cuidadosamente.


- Ei. – Eu disse.


- Você pode... Ahn... Passar em casa depois do trabalho?


- Claro.


- Sem invadir por favor.Olha, melhor ainda, eu te dou uma carona até lá, saímos no mesmo horário não é?


- Sim, tudo bem, vou me contentar em não arrombar sua porta pela terceira vez, mas vou lembrar que você me pediu para passar lá.


- Ha ha. – Ele riu em tom sarcástico e irônico. – Só me espera, ok?


- Ok.


Eu dei uma risadinha e me segurei para não devorar aqueles lábios carnudos e deliciosos. Eu esperei mesmo até que ele terminasse de gravar. Peguei o que tinha que pegar e fiquei esperando ele sentada num banco de pedra, ele veio e me convidou para entrar no carro dele, eu ficaria surpresa com o carro, há cinco anos, eu já entrei em tantos carros chiques daquele jeito que perdi a conta. Ele dirigiu correndo até a casa dele, não me importei, mas eu decifrei a mente dele e ele nem sempre corria assim, ele só queria chegar em sua casa o quanto antes, por causa que ele me queria, e rápido. Ele abriu a porta para mim e eu entrei, já acostumado com o ambiente, eu conhecia a casa, eu agradeci por não ser uma vampira, vampiros precisavam de convite para entrar nas casas, mas como eu era uma hibrida, meu lado lobisomem encobria isso, assim como me permitia andar ao sol. Eu subi no quarto junto com Tyler, não aguentei, já me atirei contra ele e comecei a beija-lo, colocando-o contra a parede, ele inverteu nossas posições e me levantou em seu colo, depois me jogou contra a cama, já em cima de mim, eu retirei a sua e a minha camiseta, depois de um longo tempo de beijos, ele pediu.


- Allyson... Me morda, por favor.


Eu não hesitei, finquei meus dentes em seu peito, no mesmo lugar, depois de três goles eu achei que iria me contentar, mas depois inverti nossas posições e vi seu pescoço, o cheiro que vinha daquela parte de seu corpo me atraía, e então eu mordi de novo, não certinho no mesmo lugar, de forma que a marca dessa vez ficaria um pouco abaixo da outra, mostrando assim, dezesseis marcas. Logo depois passamos para os momentos mais íntimos e de novo dormimos, o alarme dele despertou cinco e meia, mas quando ele ia levantar eu me lembrei de que hoje era dia de folga para todo mundo, e sem falar que teria uma festa de aniversário de uma atriz, Taylor Smith, foi a primeira que eu fiz amizade, e já éramos super amigas no primeiro dia, sendo assim, eu e Tyler teríamos que ir, talvez juntos, eu teria que decifra-lo para descobrir.


- Ah é... Hoje tem festa. – Ele disse se sentando na cama e se espreguiçando.


- Ahan...


- Aly... – Ele se virou para mim. - Você... – Eu já sabia o que ele iria falar, se eu queria que ele me levasse.


- Sim, eu quero.


- Mas eu nem falei. – Eu cheguei mais perto dele.


- Se eu quero ir com você, quero.


- Mas como você...


- Eu tenho habilidades...


- Você lê mentes?


- Não, é quase isso, eu decifro o que as pessoas querem, ou o que elas estão pensando, mas não “leio mentes” – Eu gesticulei entre aspas.


- Hum... Nunca mais posso esconder segredos...


- Nunca? – Será que ele pretendia ficar comigo?


- Ahn... Não sei... – Ele levantou e foi tomar banho.


- Eu tenho que ir embora...


- Fica mais um pouco.


- Ah sim, eu fico, tomo banho aqui e vou para a festa com uma camiseta larga sua como vestido né? – Ele riu.


- Tudo bem, mas que horas posso te buscar? – Eu tinha vinte anos, ele tinha vinte e dois, e estávamos parecendo dois adolescentes de treze anos.


- Umas... Sete horas.


- Ok. – Nos beijamos, eu me troquei e depois saí. Eu pude ouvir ele dizendo “Espera! Eu tenho que te levar!”, mas eu já tinha sumido, ele desceu atrás de mim, mas eu já havia sumido literalmente.


Eu andei calmamente pensando em várias coisas, e a principal foi, eu só estou com Tyler há três dias, ele me convidou para ir a casa dele, ele me pediu para mordê-lo. Para atrair um vampiro era difícil, para me atrair, que era uma hibrida, e confesso, exigente, é mil vezes mais difícil, ainda me pergunto como ele conseguiu, eu já parecia estar um pouco fissurada nele, e percebi que os sete goles do sangue dele me manteve de pé por dois dias, eu preciso de no mínimo duas bolsas a cada dois dias. E também, falando em assuntos sexuais, ele me satisfazia... E como me satisfazia, mais do que qualquer outro vampiro que eu já fui para a cama, quer dizer... Perdi a conta de quantos vampiros, alguns híbridos, e acho que dois lobisomens. Maioria vampiro porque eram mais fáceis de achar, os híbridos mantinham sua identidade escondida, fato que não acontecia sempre comigo. Uma diversão acabou nisso, eu pensando sobre ele, e acho que estou apaixonada por ele, mesmo o conhecendo só três dias, quer dizer, eu o conheço já há uma semana e meia, mas só pude falar com ele nesses três dias. Tudo que nós híbridos sentimos é ampliado, amor, raiva, decepção, etc...Será que ele planejava ficar comigo, ou ele estava comigo só por prazer e depois me largaria? Eu queria me agarrar a essa oportunidade, ele era o único que me fazia sentir assim, e eu sabia que fui e era a única que o fazia sentir daquele jeito, que ele gritava de prazer. Eu senti uma pequena queimação entre as pernas, mas não me importei, só comecei a me lembrar de Mason, um vampiro que eu fui para a cama, e para esquentar as coisas ele me mordeu na virilha, o que foi comprovado que esquenta as coisas mesmo, eu gemi de prazer literalmente.


Eu cheguei até a minha casa e entrei, fui caminhando lentamente e subindo as escadas calmamente até meu quarto, Charles estava pensando em falar alguma coisa, mas eu já mandei na hora um “Cala a boca, Charles” e ele ficou quieto, entrei no meu quarto e me joguei na cama, eu poderia ter conhecido o amor da minha vida, ou estava só me iludindo, o mais engraçado, é que eu estava amando como um humano, sentindo como um humano e pensando como um humano, afinal, todos que sabiam da existência de vampiros e eram contra afirmavam: vampiros só estão em busca de violência, sangue e sexo. Na verdade, era verdade, mas eu não gostava muito de violência para tortura, eu preferia o segundo e o terceiro. Mas eu não posso negar que todo mês eu me envolvo em uma luta com algum vampiro, hibrido ou lobisomem, esse mês estava salvando um pouco, não havia matado ou lutado com ninguém ainda. Me levantei da cama e abri meu guarda-roupa, pensando em que roupa eu iria, não iria de vestido, porque eu não gostava de usar vestido e ficaria pouco a vontade, além de parecer uma vadia, não iria de saia, porque é o mesmo problema do vestido, e as que eu tinha, ou eram até o pé, ou eram muito curtas, ou eu não gostava de usar mesmo. Eu teria que ir de calça e camiseta, peguei uma regata do Red Hot Chili Peppers cinza com a logo deles e uma calça jeans meio preta e meio cinza com detalhes metálicos de cada lado da perna, uma bota de couro que tinha uma fivela, e uma jaqueta um pouco fina de couro, só iria colocar por causa do look, nós não sentimos frio e nem calor, mas quando nosso corpo está muito frio, o lado lobisomem age e deixa nosso corpo extremamente quente, mas também podemos controlar a temperatura de nosso corpo, não somos sempre gelados como fala nos filmes e no livros. Só deixei a roupa arrumada, ainda eram sete horas da manhã e a festa seria às sete horas da noite. Fui tomar um banho para me refrescar e peguei um livro, quando me dei conta de qual era, era o mesmo livro sobre vampiros que eu estava lendo quando fui transformada, o nome era Vampiro: A máscara. Eu fiquei impressionada por ainda ter esse livro, durante minha vida eu obtive tantos livros que eu nem via qual eu colocava na bolsa para minhas viagens, e alguns tinham ficado em minha casa em Brighton, que eu não visitava há oito anos. Eu tinha cinco prateleiras enormes só de livros que eu já tinha lido e duas que eu não havia lido, sem falar que as prateleiras iam aumentando muito a cada ano. Eu peguei o livro e senti a textura do livro, depois eu abri em uma página marcada com uma folhinha, era exatamente esta página aonde eu tinha parado. Eu comecei a ler novamente, dês de o começo, a história era bastante interessante.


 


-Ria se quiser. Não me importo. Pense que você é muito
mais esperto do que o pobre e maldito lunático. Não me importo. Mas
pense nisso: Você é uma coisa morta, assim como eu. Você morreu e
renasceu ... Desta forma. O que faz com que você e eu sejamos diferentes?
Simples — Eu me lembro de tudo o que eu vi quando estará completa
e verdadeiramente mono. Você também seria louco.


(Trecho do livro Vampiro: A máscara).


 


Eu li aquilo e fiquei pensando... Talvez eu fosse só mais uma coisa morta, também lunática.


Que respirava sem precisar. Incapaz de amar ou sentir, ou talvez eu ainda tivesse a capacidade de amar, mas estava cega demais para não perceber que Tyler não me amava, mas só me usava, talvez isso fosse só passageiro, aliás, eu tinha uma eternidade para viver não é? Mas pelo menos algo eu teria que levar em minha memória, e um sentimento eu tivesse que levar no meu coração para que um dia que eu me achasse desprezada, eu me lembrasse de que fui desejada e que amei alguém um dia.


Passei umas cinco horas lendo, depois eu só deitei na rede na varanda da casa ao ar livre e fiquei imaginando um filme na minha cabeça, as coisas que aconteceram e o que mais poderia acontecer pelo resto da minha vida. Fiquei umas duas horas ali, levantei e saí pela cidade, só subi em um telhado de uma loja onde ninguém poderia me ver e fiquei ali até seis horas, depois voltei para casa, tomei banho e me troquei, senti aquela queimação na perna de novo um pouco mais forte, mas não me importei de novo. Tyler chegou sete horas em ponto, eu entrei no carro e nos cumprimentamos com um beijo. Eu senti a queimação, dessa vez mais forte ainda.


- Ai! – Eu exclamei abrindo um pouco a perna para examinar mesmo sabendo que não daria para ver, o tecido da calça estava por cima.


- O que foi? – Tyler perguntou preocupado.


- Só uma queimação na perna, não é nada, tenho certeza.


- Tem certeza mesmo?


- Tenho. Tá tudo bem. – Eu dei um sorrisinho para confirmar que estava tudo bem, mas comecei a ficar um pouco preocupada, era exatamente no local da mordida que nem cicatriz tinha mais, quando nos machucamos, nos curamos instantaneamente, não tinha sequer a cicatriz da mordida que Mason me deu.


Fiquei aliviada por não sentir mais a queimação durante o caminho, quando chegamos lá, a imprensa estava tirando fotos e tinha alguns repórteres de um programa de humor idiota que pegava os atores e faziam perguntas toscas para eles, sorte que eles não nos viram. Tyler pegou minha mão e seguiu até a porta do salão ainda de mãos dadas comigo, deixando que a imprensa tirasse fotos, ele não estava nem ai com isso. Entramos e falamos parabéns para Taylor, ele comeu alguns salgados, bebemos um pouco e só eu fui dançar, eu dançava com algumas amigas e os homens em volta ficavam me fitando sem nem disfarçar, Tyler estava conversando com um amigo enquanto bebia, mas não tirava os olhos de mim, e então ele veio até mim por trás e começou a dançar comigo, ou seja, pelo que eu decifrei, ele estava morrendo de ciúmes. A queimação entre minhas pernas voltou. Dessa vez muito mais forte me fazendo recurvar de dor, Tyler percebeu. As pessoas em volta estavam tão bêbadas e o barulho era tão alto que nem viram nada.


- O que foi Allyson?


- Minha perna... – Eu ainda me recurvava de dor, eu saí mancando para fora pelas portas do fundo onde não estava ninguém e me encostei à parede, deslizando devagar até ficar sentada com as pernas abertas. Tyler veio correndo atrás de mim.


- Meu Deus! O que aconteceu querida? – A dor estava tão forte que eu nem percebi que ele tinha me chamado de querida.


- Liga pro Hunter! Liga agora! – Eu agradeci por Hunter ser o segundo diretor, sendo que todos os atores o conheciam e tinham o telefone dele. Ele pegou o telefone correndo enquanto eu gritava de dor.


Eu rasguei minha calça fazendo um furo em cima da onde estava doendo e quando eu vi aquilo eu soltei um grito maior ainda, estava uma marca de mordida que parecia ter um veneno ou sei lá, estava queimando minha pele, eu fui colocar a mão e queimou minha mão, me fazendo recuar o movimento e gritando mais ainda, eu já estava suando por causa da queimação, a mordida estava horrível e estava queimando muito, a certo ponto parecia que tinha fogo na minha perna inteira.


- Hunter? – Tyler estava falando com ele no telefone. – Vem rápido pra festa! Agora! – Ele falava desesperado andando de um lado para o outro. – É a Aly! Parece que morderam a virilha dela, sei lá o que diabos aconteceu! Mas está queimando! Ela está gritando de dor, quase desmaiando. – Eu estava quase desmaiando mesmo. – Por favor! Vem logo! – Em seguida ele desligou, guardou o telefone e se abaixou junto comigo. – Ele já está vindo, por favor, aguenta um pouquinho!


Não sei se eu iria aguentar mesmo, tinha momentos em que eu fechava meus olhos e minha cabeça escorregava, me fazendo desmaiar, mas Tyler me chacoalhava ou gritava me fazendo voltar, eu não sei quanto tempo fiquei gritando, estava doendo muito e eu perdi noção de segundos e minutos, parecia que eu estava a horas gritando de dor, Tyler tentava me pegar para me deitar em um banco, mas estava doendo muito e qualquer movimento que eu fizesse a não ser me contorcer de dor, fazia doer mais ainda. Hunter chegou e se ajoelhou junto comigo, examinou a ferida e me mandou ficar quieta, logo depois ele cortou o próprio pulso com os dentes e me mandou beber, sangue de híbridos ou vampiros curavam, mas só curavam a humanos, não sei porque ele me deu seu sangue. Eu não recusei, faria qualquer coisa para que aquela dor insuportável terminasse, estava se espalhando por todo o meu corpo, eu bebi e o machucado diminuiu um pouco, a dor também, mas mesmo assim estava insuportável.


- Precisamos de sangue humano. – Hunter pensou alto.


- Aqui! Pega o meu! – Tyler estendeu o braço. Hunter pegou seu pulso e colocou de frente para a minha boca.


- Beba. – Hunter disse sério.


- Tyler... Não... Vai doer... – Eu disse, era verdade, no estado em que eu estava eu não podia controlar isso e eu sabia que iria doer, eu não queria machuca-lo.


- Eu não me importo! – Ele se ajoelhou ao meu lado e estendeu o pescoço do lado esquerdo para que eu mordesse. – Morda Allyson! Por favor! – Tyler implorava.


- Não Ty...


- MORDA! – Os dois gritaram juntos.


Eu agarrei os ombros dele e finquei meus dentes em seu pescoço, eu não sei ao certo quantos goles eu tomei, só ouvi Tyler gritando de dor. Eu parei e recuei, encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos com a minha respiração imprecisa acelerada, senti a mordida se fechando aos poucos. Hunter se levantou e se direcionou para Tyler que estava todo ensanguentado e segurando seu pescoço no local da mordida.


- Espere até que ela volte para ela lamber e fechar o sangramento, eu não vou fazer isso.


- Ok...


Minha respiração foi diminuindo de velocidade, eu fui me acalmando e quando abri os olhos, eu tinha voltado ao normal.


Eu olhei Tyler ao meu lado sangrando, ao mesmo tempo eu subi em cima dele e comecei a lamber o sangue que escorria e depois a mordida para que parasse de sangrar.


- Tyler... Obrigada... – Eu agradeci saindo de cima dele. Ele só abriu os olhos e assentiu. Eu tinha certeza de que ele nunca iria querer me ver novamente depois disso.


- Aly, durante suas... “Aventuras amorosas” – Hunter gesticulou entre aspas. – Algum vampiro ter mordeu na virilha?


- Sim.


- Quem?


- Mason, por quê?


- Foi por isso...


- O que?


- Mason tem a habilidade de se ligar as pessoas por meio de mordidas, quanto mais intimas melhor, ele deve ter matado milhares de pessoas agora, nenhum humano aguentaria o que você aguentou.


- Mas porque isso me queimou?


- Isso eu não sei... Talvez ele tenha morrido queimado. – Eu fiz uma expressão de nojo. – Consegue andar? – Eu tentei levantar, mas minhas pernas ainda estavam se recuperando da queimação, eu não conseguia mexe-las, depois de várias tentativas de levantar eu cedi.


- Não, não consigo.


- Eu vou te pegar. – Hunter fez o movimento para me levantar.


- Não, pode deixar, eu pego ela. – Tyler falou o interropendo.


- Ok...


- Não Tyler, você está machucado. – Eu protestei.


- Você não consegue andar. – E me pegou em seu colo de modo que eu descansei a cabeça em seu peito, em cima da mordida da outra noite. Hunter pegou as chaves do carro.


- Eu vou trazer o carro para essa rua aqui, podemos sair despercebidos. – Nós tínhamos que sair despercebidos, Tyler estava com a camiseta toda ensanguentada e ainda estava me carregando, sem falar no furo da calça na minha virilha.


- Ok.


Um minuto depois o carro estava lá, Hunter foi na frente e Tyler foi comigo atrás. Fomos à minha casa primeiro, Tyler entrou me carregando e me levou até o banheiro, eu tomei banho e eu nem vi se ele tinha ido embora ou não. Eu já estava conseguindo andar, meio mole, mas andava. Ainda enrolada na toalha só com calcinha e sutiã eu fui até meu quarto, Tyler estava sentado em minha cama mexendo no livro de vampiro que eu estava lendo.


- Gostei dos livros. – Ele disse apontando para as prateleiras.


- Obrigada.


- Também gosto de ler.


- Percebi. – Eu disse sorrindo enquanto me trocava. Percebi mesmo, ele vivia publicando fotos no twitter de livros que ele tinha lido. E claro, as fãs iam à loucura. Ele riu e se levantou chegando perto de mim e beijando minha testa.


- Eu tenho quer ir.


- Ok. – Ele deu as costas, mas eu puxei de volta e o beijei na boca, esperando que esse fosse o último dia em que ele olharia na minha cara. Achando que esse fosse o último dia em que ele seria meu. 




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Autor(a): Mac

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

  Capítulo 3 O despertador apitou, eu taquei a mão em cima com força para desliga-lo, hoje eu não senti o peito quente de Tyler ao meu lado, e sabia que nunca mais sentiria, eu tinha estragado tudo! Porque eu tinha que dormir com o desgraçado do Mason! Por que! Eu me sentei na cama e segurei minha cabeça com as mãos ...



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