Fanfic: O Tal Amor (VONDY) | Tema: Rebelde

Já eram 22:00. Dulce encontrava-se calada, sem contestar, bater o pé, chorar ou reagir de alguma forma. Usava moleton cinza, cabelo solto sem pentear, um par de meias pretas, seu olhos estavam inchados devido a quantidade de lagrimas derramadas. E, acima de tudo, um silencio atormentador. Tanto pra ela, quanto para as meninas – ou somente Annie – que a faziam companhia.

Quando saiu do banho, ela andou com os olhos voltados para o chão. Não queria olhar para ninguém. Agora, então... Nem se fale! Tudo que queria naquele momento, era dormir. Dormir porque amenizava a dor, fazia esquecer, ela se sentia em outro mundo. E na verdade, quando dormimos, entramos em um mundo pelo qual quem manda é nosso subconsciente. E na real, ela estava torcendo para que não sonhasse com ele. Isso não. Á essa altura do campeonato, seria tortura. 

Enrolada em seu cobertor de algodão beje, e agarrada com seu urso panda de pelúcia anti-alérgico que tinha ganhado de sua mãe no seu último aniversário vindo de Paris, a ruiva estava inconsolável. O que não era nenhuma novidade diante da tamanha situação em que se encontrava no momento. Na janela, o tempo estava parado. Quieto. Silencioso. A lua era minguante, o clima um pouco abafado.

Maite não desgrudava os olhos do computador. Mal tinha começado a teclar e já tinha pegado várias habilidades que antes não continha por praticar apenas para fazer trabalhos e vez ou outra olhar seu e-mail. Ninguém havia perguntado a ela o que ela tanto fazia lá. Só era interessante de se observar. Annie estava fazendo isso, já que sua outra amiga não estava em condições de conversar besteira no momento.
Por impulso – e tão somente por isso. Anahí não se conteve:

Annie: O que tanto faz aí, moça? – analisava a moça com sua camisola cor de rosa com bonequinhas saltitante em um jardim, com uma frase "ser feliz é o que importa". Usava no cabelo um rabo de cavalo folgado, e seu rosto estava limpo de maquiagem. À sua esquerda sua bonequinha de pano estava ao seu lado, e à sua direita, seu celular, que tocava de cinco em cinco minutos com um SMS de Alfonso.

Maite: Acho que hm, coisas interessantes. – ignorou a amiga o máximo possível, não que seja porque quis, mas por distração mesmo. A loira decidiu ver com os próprios olhos.
Levantou-se, e jogou-se ao lado da amiga, que fez uma careta e fechou o notbook na mesma hora. Deixando Annie confusa e constrangida com a sitação.

Annie: Não sabia que guardava segredos agora. – rolou os olhos.

Maite: Não há segredos! – retrucou, com os olhos arregalados.

Annie: Então o que há? Me deixa ver? – suspirou, tentando negociar. Maite negou.

Maite: Não tem o que você ver aqui, Barbie. – sorriu delicadamente, tentando transmitir confiança em suas palavras.

Annie: Você tá se superando hoje, viu? – reclamou, voltando para sua respectiva cama, entrando debaixo do edredom. Pegou o controle do ar condicionado e colocou o grau no vinte, pegou o celular que havia avisado que tinha chegado uma mensagem, e passou algum tempo distraída.

Meia noite.

Annie: Você não vai dormir não? – insatisfeita.

Maite: Pode ir dormir, não to grudada contigo não. – seca, sem desviar o olhar.

Annie: Pelo amor de Deus! - falou, mais alto. – Só não vou brigar com você agora, porque nossa anjinha está dormindo. – desviou o olhar para Dulce. – e realmente reconheço que ela está precisando de uma boa noite de sono e de sonhos.

Vocês fazem falta!

Continua, comentem! Boa noite.