Fanfic: O Tal Amor (VONDY) | Tema: Rebelde

Christopher não sabia por que estava tão ansioso para ver Dulce novamente, por um lado agradecia por ela estar dormindo e não poder vê-lo e dizer todas aquelas coisas que ela sempre diz a ele. Sabia que era um imbecil por ter se envolvido com uma garota tão legal como ela. Mas aliás, o que podia fazer? A verdade dói, mas é necessária.

Andava lentamente escutando os próprios passos até a enfermaria, lembranças de alguns momentos com Dulce vieram a mente, mas logo trataram de ser apagados. Eles não eram feitos um para o outro. Christopher pertencia a outra garota — ou outras.  Dulce era apenas sua amiga, e tudo que aconteceu não passou de um grande mal entendido, que já tivera sido resolvido — não da melhor maneira possível — mas de alguma maneira.

Respirou fundo e deparou-se com a porta branca com a placa “ENFERMARIA” escrita em vermelho fosco, com a famosa cruz em vermelho, porém em um tom mais vivo. Bateu duas vezes na porta, e a abriu lentamente. Deparou-se com Alfonso levantando-se de uma poltrona branca, ele deu um sorriso leve pra ele e cochichou um “Espero que não faça besteiras”, bateu ligeiramente em seu ombro e saiu.

Agora era apenas ele e Dulce.

Chris aproximou-se, mas ainda visualizando-a de longe.. Ali, era parecia tão indefesa. Seu cabelo ruivo estava um pouco bagunçado, ela estava pálida, seus olhos cerrados lhe davam uma aparência mais abatida. Quem direcionasse o olhar apenas em seu rosto, veria um anjo dormindo tranquilamente. Chegou ainda mais perto da cama.

Christopher: Porque você está aqui, em pequena? — falou, baixinho. — O que aconteceu? — Sabia que suas perguntas não seriam respondidas, mas sentia necessidade de sentir-se em um dialogo com ela.

Tocou as mãos de Dulce, as sentiu frias, sentiu vontade de ir esquentá-la, sentiu vontade de cuidar dela, como sempre quis fazer com uma irmã mais nova.

Christopher: Sabe, Dulce... — suspirou, e começou a falar o que havia pensado em falar há um tempinho. — Eu sinto falta de nossas brigas, entende? Sinto falta de quando dizia que me odiava, de quando todo mundo parava pra rir da gente discutindo, de quando me xingava de besta, idiota, lesado. E mesmo assim, a gente sabia que não tinha ressentimento entre a gente! Eu arrumava um jeito de criticar você de tudo que falava, e você do mesmo jeito. Mas nós sempre sabíamos que era um pelo outro, que toda vez que um precisasse, o outro estaria ali. Voce era das únicas pessoas que eu sabia que eu podia irritar, sem medo de perder sua amizade, nossa união... — se sentia um bobo falando sozinho, mas queria falar... queria muito. — A gente estragou isso por tão pouco né? A gente tinha tudo pra continuar do jeito que era. Mas de repente simplesmente você se tornou estranha pra mim, eu não conseguia te enxergar como mais que minha amiga, mas me sentia atraído por você... Desculpa, não sei porque. Mas você é incrível, cara. Eu sinto muito falta da nossa amizade... E realmente, sinto muito por isso tudo. Eu quis terminar com isso da melhor forma possível, mas não deu certo. Acho que não existe forma melhor que isso. Mas você vai arrumar outra pessoa, se é que já não arrumou. Eu tenho quase certeza que você sentia a mesma coisa que isso também, só que meu medo de levar um tapa na cara foi maior porque eu confesso que te aborreci demais, e já to cansado de saber que você é toda por momento. Eu sei que eu te trai, eu trai você porque por dentro, no meu subconsciente você ainda era minha amiga sabe? É, acho que não sabe. — riu consigo mesmo fracamente. — Eu amo você, mas como minha amiga. Eu amo você como minha irmã mais nova. Do jeito que você me ama também, eu sei! O problema não é esse, o problema é que eu apenas sinto falta da nossa amizade... de verdade.

Christopher sorriu. Ele se sentia aliviado. Mas Dulce não tinha escutado nada! Ele agradecia por isso porque ao menos não iria ter que escutar milhões de coisas. Dulce sempre falou demais, sempre o fez rir por isso.

Como sentia falta de sua amiga...

Olhou novamente para ela. Nenhuma reação.  Checou suas mãos novamente, ainda estavam frias. Procurou com os olhos o controle do ar condicionado, não queria estar no lugar dela e sentir um frio, e não poder fazer nada. O controle estava em cima da mesa da doutora. Será que seria intrometido demais se pegasse o controle? Claro que não! A prioridade da sala era Dulce, e ela estava aparentemente com frio. O pegou, modificou a temperatura e pronto. Sua irmã já não sentiria mais frio.

QUE VONTADE DE MATAR O CHRISTOPHER! COMO ASSIM? ELE ILUDE A MENINA E FALA TUDO NA CARA DE PAU? E AINDA DIZ QUE É A IRMÃ DELE? AH, VSF #REVOLTS 

KKKKKKKK

continua, comentem!