Fanfic: Sorry, Not My Fault - ChaMel

Lari - Eu aposto que ela tem diabetes! - ela exclamou, como se a Fernanda não estivesse ali.

Baah - Já ganhou! - ela debochou e a Fê lhe deu o dedo do meio.

Mel - Hoje todo mundo ta estressado, credo. - eu peguei um pirulito também.

Fê - Olha quem fala, né?! - ela debochou.

Mel - Melanie, prazer. - sorri irônica.

Lari - Chega, vou ir embora, ta tarde. - ela se levantou da minha cama e foi em direção a porta, as meninas a seguiram.

Mel - Vocês sempre somem nessas horas, né?

Fê - Em que horas, filha? - ela perguntou confusa, parando próximo a porta.

Mel - Sei lá. - eu dei de ombros e elas riram.

Baah - Fui! Amanhã a gente vem te encher o saco!

Mel - Pessoas que não tem nada pra fazer da vida fazem isso! 

Fê - Ãn?

Lari - Olha quem fala! Nem trabalha.

Mel - E você trabalha?

Baah - Chega, eu falei que encheríamos o saco dela amanhã, não hoje. - ela puxou as meninas e eu ri da situação.
Eu me deitei na cama e fitei o teto, sentindo um cansaço. Cansaço de fazer nada, é. Eu suspirei e continuei no tédio ali, cantarolando uma música cujo o nome eu não me lembro. Eu escutei um barulho e parei de cantar, ficando em silencio pra ficar mais fácil de escutar. Eu me levantei e segui o barulho, que agora eu identificava como um violão tocando, e esse som me levou a porta do quarto do Chay. É, eu nunca tinha pensado que ele tocasse. Me encostei um pouco na porta e escutei um pouco do som, que devo assumir ser bom. 

Marina - Vem filha, o jantar já está na mesa. - eu pulei pela voz repentina e me afastei da porta. - tava fazendo o que aí?

Mel - Ér, eu t-tav... - a porta se abriu e eu cambaleei pra dentro do quarto.

Chay - O que ta fazendo aí, louca?

Mel - Não te interessa, palhaço. - eu debochei e ele me olhou sério, só que logo começou a gargalhar.

Marina - Nem comecem, vamos. - ela foi andando até a escada e parou pra olhar pra atrás quando a gente não a seguiu. - VEM!

Mel - Já to indo, credo. - eu andei a passos largos e escutei a risada do Chay atrás de mim. - pare de rir, retardado.

Chay - Pare de ser chata, idiota. - ele retrucou.

Vitor - Começou? - ele já comia, minha mãe se sentou ao lado dele e começou a comer também. Eu e o Suede nos sentamos também, distantes.

Mel - Terminou. - eu murmurei.

Vitor - Oi? - ele me olhou.

Chay - Ela disse que terminou, surdes - ele bufou.

Vitor - Respeito. - ele advertiu.

Chay - Se conquista.

Marina - Hey, briga no jantar não! - ela chamou a atenção.
Depois disso não ocorreu mas nenhum dialogo ali. Silêncio total. Eu comi o mais depressa que pude e coloquei o prato sobre a pia subindo escada a cima. Fechei a porta e coloquei um pijama, me deitei e fitei meu colar até pegar no sono.


Mas uma semana se passou, nenhum sinal da vingança tão dita pelo Suede. Só troca de palavras, ou xingamentos e pronto. E eu consegui um emprego, consegui uma vaga para ser modelo. Mas um dia minha opinião sobre a vingança do Suede mudou, e esse dia foi hoje. Me levantei e me estiquei, me rastejando até o banheiro, passei diante do espelho dando uma pequena olhada e me virei de frente pra ele, assustada. Não, isso não podia ser verdade! "FILHO DA PUTA." Foi o que eu pensei enquanto pisava firme em direção a porta do quarto do Chay.

Mel - PELO AMOR QUE VOCÊ TEM A SUA VIDA, SUEDE, ACHO BOM VOCÊ TER TRANCADO A PORTA! - eu berrei, furiosa.
Eu comecei a gritar e grunhir coisas sem sentindo, ou melhor, ameaças. E o que me deixava mas nervosa era a risada abafada dele do outro lado da porta, que por sua sorte, estava trancada.

Mel - NÃO É HOMEM O SUFICIENTE PRA ABRIR A PORRA DESSA PORTA, SUEDE?! CARALHO, SEU VIADO! - eu berrava, furiosa, e escutei sua risada se intensificar. Ele falou algo, mas eu não escutei , por sua sorte.

Lari - o que ta acontecendo aq... - ela se interrompeu, me olhando inpantada, as meninas pararam do seu lado e as três pareciam reprendir o riso.

Mel - Pode rir. - eu bufei, derrotada e elas desataram a rir. - se quiser que eu arranque a língua de vocês. - eu continuei e todas, menos a Fernanda, parou de rir. - To falando sério. - agora ela parou.

Fê - O que aconteceu com o seu cabelo? - ela indagou, reprendendo o riso.

Mel - Eu resolvi mudar, e decidi pinta-lo de azul. - eu debochei.

Fê - Sério? - elas se aproximaram de mim e eu lhe dei um tapa na cabeça. - O que eu fiz?!

Baah - Sua lesada, obvio que foi o Chay que fez isso.

Mel - Como você sabe?

Lari - Ele ta rindo que nem uma hiena. E esse gay se trancou aí. Obvio que foi ele.

Fê - Olha lá, Larissa pensando! - ela falou e recebeu mais um tapa. - Mas que merda!

Mel - PUTA MERDA, SUEDE! - eu voltei a ficar nervosa - VOCÊ NÃO É MACHO DE SAIR DAÍ?

Chay - To saindo, linda. - ele debochou, abrindo a porta e quando me viu começou a rir de novo. Eu tive vontade de espanca-lo mas a Bárbara já fez questão de segurar o meu braço antes de eu pular em seu pescoço e sufoca-lo até a morte, e que o diabo o carregue!

Mel - Suede! Brincadeira mas... - eu grunhi - como vou fazer as fotos agora?!

Chay - Você ta linda. - ele debochou rindo.

Mel - É SÉRIO, IMPRESTAVEL!

Chay - Larga de drama, garota. Essa tinta sai no máximo em 5 dias. - ele deu de ombros.

Mel - PUTA QUI PARIU, EU IA FAZER AS FOTOS AMANHÃ!