Fanfic: Sorry, Not My Fault - ChaMel

Melanie se sentou na cama e desabou, começou a chorar como queria ter chorado no hospital, quando o Vitor e sua mãe descobriram que ela estava grávida. As amigas dela a fitavam com pena, queriam fazer algo, mas não podiam, estavam de mão atadas. A única coisa que elas podiam fazer era ficar fitando Melanie, esperando que parasse com sua crise de choro, o que demoraria. Mel colocou a mão sobre a barriga e seu choro pareceu se intensificar de um modo que as meninas ficaram preocupadas quanto a respiração dificultada da garota. 
Chay entrou dentro de casa, cansado e irritado, havia passado o dia inteiro na casa do Arthur, como fizera a alguns dias, tentando refazer os papeis que Mel havia rasgado, mas não saia nada. E isso o preocupava. Apesar de ter meses ainda pra fazer aquilo valer a pena, não se fazia 8 musicas de um dia pro outro. Não era assim, ele estava dando o melhor de si, deixando sua vida pessoal de lado por aquilo. Não culpava Melanie e nem sentia magoa ou raiva, apenas estava chateado consigo mesmo por não conseguir refazer as músicas. Colocou a chave sobre a mesinha e viu Vitor e Marina na sala, conversando. Se aproximou e seu pai lhe jogou um olhar raivoso e preocupado, enquanto Marina estava com os olhos vermelhos e uma feição cansada.

- O que aconteceu? - Chay indagou, colocando seu violão do lado do sofá e esperando a resposta.

- Como voc...

- Acho melhor você ir no quarto da Mel, querido. Depois você conversa com ele, Vitor. - Marina o interrompeu e fungou. Abanou com a mão pra Chay, o apressando a subir. E sem entender não questionou, apenas subiu as escadas.
A cada passo que dava podia se escutar mais facilmente um choro alto, agoniado e triste. Não demorou muito pra que simulasse o choro que escutava com o da Mel, logo apos esse pensamento, ele acelerou os passos e abriu a porta. As meninas desviaram a atenção pra ele, olhar de pena, ele deu uns passos em direção a Mel, que estava sentada na cama, chorando, mas foi interrompido pelo abraço repentino da mesma.

- Mel? Melanie! - o garoto chamava mais a menina simplesmente não parava de chorar, ele suspirou e decidiu não pressiona-la, apenas a abraçou, sentiu seu coração se apertar com uma força dolorosa e aguda, ao escutar o choro da garota.

- Chay... - a garota falou extremamente baixo e sem folego pelo choro contante, mas pela proximidade ele a podia escutar com mais facilidade. - Meu bebê, Chay, eu perdi meu bebê... Eu perdi o nosso bebê. - o menino ficou rígido e seus olhos se estreitaram. Várias perguntas invadiram sua mente, o deixando confuso, o deixando com os sentimentos confusos, não sabia o que sentir, o que falar e muito menos o que fazer. Nunca pensou que um dia isso aconteceria com ele. E agora, ele entenderá o porque dos olhos vermelhos da Marina e do olhar furioso do Vitor. - Chay, você me escutou?! - a garota falou com a voz arrastada, só que mais alto, o que o fez despertar de seus pensamentos, deixaria pra ter qualquer raiva de si mesmo por ser irresponsável depois, a única coisa que importava agora era o bem estar da garota que chorava em seus braços. 

- Quem fez isso? - Ele sussurrou rouco, Mel continuou a chorar e ele desviou a atenção pras garotas que o fitavam, quando percebeu que Melanie não iria conseguir respondeu, ou talvez, não quisesse.

- Adivinha? A loira oxigenada. - Fernanda sibilou furiosa. Melanie sentiu seus braços cair ao lado de seu corpo e ouviu a porta bater com uma força que todas no quarto questionou se a porta havia se quebrado e o chão tremido. Mel olhou pra Fernanda com um olhar furioso.

- OBRIGADA FERNANDA! - ela gritou se sentando de novo. Não queria que Chay soubesse disso, ainda mais nessas circunstâncias, mas ele havia. E não era culpa da Fernanda. Agora, por mais que ela merecesse o pior, temia pela Valentina

Chay desceu as escadas rapidamente, furioso, sua mão formigava, queria enforcar Valentina, ela não tinha o direito de encostar na Melanie, não tinha o direito de encostar no filho dele! Pegou a chave em cima da mesinha e foi em direção a porta da casa.

- Vai pra onde, Chay? - Mariana perguntou confusa. Mas Chay não respondeu, apenas acelerou mais os passos, não precisava pegar seu carro, era só dobrar a rua, já que infelizmente, ou felizmente nesse momento, ela morava em um apartamento da rua de trás. 7 minutos repensando tudo e sentindo puro ódio de Valentina,7 minutos e ele chegou na fachada do lugar onde, se dependesse dele, seria a lapide da loira. Ele subiu 3 andares e parou em frente a porta, nunca achou tão conveniente quanto agora ter a chave do apartamento da Valentina. Puxou a chave e abriu a porta rapidamente. Estava com tanta pressa porque não queria que a raiva passasse, pelo menos não enquanto não conversasse com a Valentina. Assim que abriu a porta fitou a garota que estava deitada no sofá com um sorriso de vitoria, sentiu seu estomago revirar de ódio e bufou, batendo com força a porta, a fazendo notar sua presença, ela se levantou rapidamente e sorriu terna , enquanto caminhava em direção ao Chay.

- Amorzinho, saudades? - ela sorriu e passou os braços sobre os ombros largos e rígidos do garoto. Ele puxou com força os braços dela pra baixo e ela o olhou assustada. - O que foi? Me solta, Chay! Está me machucando.

- ESSA É INTENÇÃO! - o garoto gritou e apertou o mais forte que pode os pulsos da garota.

- Ta louco?

- A ÚNICA LOUCA AQUI É VOCÊ! COMO VOCÊ PODE MATAR O MEU FILHO?! - ele gritou exaltado.

- Oque? Que filho? Eu não fiz nada! - ela tentou se soltar dele, aquilo o estava deixando mais nervoso, se possível. Estava se segurando pra não espanca-la.

- NÃO MENTE QUE É PIOR! - ele soltou seus pulsos, só que agora segurava ela pelos seus ombros.

- Ok, ok! Eu fiz isso, mas foi pro seu bem...

- PRO MEU BEM? EU NÃO TE PEDI NADA! - ele a interrompeu e lágrimas escorreram dos olhos da garota. - Pare de chorar, já to puto demais com você pra aguentar falsidade. - ele falou entre os dentes

- Não é falsidade! E eu fiz pro seu bem, eu te am...

- CALA A BOCA, VALENTINA! - ele gritou, a interrompendo. - Você matou uma pessoa, um bebê, isso dá prisão. - ele falou e garota começou a rir, escandalosamente o que o fez ter vontade de bater nela.

- Aqui é Brasil querido! E olha como você agradece a mim, eu tirei um peso do seu caminho. Você tem uma vida toda pela frente, aquele bebê só iria atrapalhar a sua vida e o seu sonho coisa que aquela va... - o menino ergueu o braço e ela fechou os olhos com força.
Chay respirou fundo e bufou, abaixando o braço e apontando pra ela.

- Você não me ajudou em porra nenhuma! A única coisa que eu quero de você é que você vá pro inferno! - ele bufou.

- Então vou continuar perseguindo ela... - Valentina debochou.

- Se você se aproximar dela, ou eu ficar sabendo que você encostou um dedo que seja na Melanie eu juro que não me importo em você ser mulher não. Considere-se uma pessoa de sorte por eu não fazer isso agora! - ele a soltou com força e saiu em direção a porta.

- VIROU O PROTETOR DELA? ELA TE ODEIA, SEU IDIOTA! EU SOU A ÚNICA QUE TE AMA E QUE VAI TE AMAR! ISSO NÃO ACABOU ESCUTOU, ROOBERTCHAY? NÃO ACABOU! - a garota gritou em pleno pulmões, mas o garoto ignorou, sua preocupação era chegar em casa e falar com Melanie. Pareceu que chegar em casa demorou mais que sair, não porque ele diminuiu os passou, ao contrario, ele corria pela rua. Suspirou aliviado e abriu a porta de casa, seu pai e Marina não estavam ali, mas dava pra escutar vozes que indicavam que eles estavam no escritório. Subiu as escadas e encontrou a Mel deitada com a cabeça sobre as pernas da Bárbara que desliza sua mão sobre os seus cabelos escuros. Assim que ele abriu a porta Baah olhou pra ele cúmplice e se levantou com cuidado, assim que Mel se sentou, e acenou pra ele enquanto saia com as meninas pra fora do quarto.