Fanfic: Sorry, Not My Fault - ChaMel

Chay - OK, vamos. - ele me deu mais um beijo rápido e me puxou escada a baixo.
Mas assim que chegamos perto da porta da sala de jantar ele soltou a minha mão e eu senti um frio na barriga. Eu entrei na sala, com a mão formigando, e fitei minha mãe e o Vitor, sorrindo um pro outro. Talvez fosse realmente egoísta da minha parte burlar a lei de "somente irmãos", se é que ela existia, mas eu já tinha feito.

Chay - Mel? - escutei ele sussurrar, sentado em uma cadeira. Eu balancei a cabeça saindo dos meus devaneios e me sentei ao lado dele.
A sala de jantar se estabeleceu em no silencio de sempre, o pai de Chay ainda nos olhava desconfiado, aquilo era torturante. Parecia até que ele sabia e queria nos tortura até que contássemos. Mas eu estava disposta em ficar em silencio, pelo menos, por enquanto. Eu senti o olhar do Chay sobre mim e me mexi na cadeira, desconfortável. O pai dele desconfiaria mais. Depois de alguns minutos de mais silencio o Chay limpou a garganta e interrompeu aquela tortura, ou começou com ela.

Chay - Preciso contar algo a vocês. - eu me engasguei e olhei desesperada para Chay, minha voz não saia. Eu implorava com um olhar que ele não falasse o que eu pensava que ele queria falar.

Vitor - Eu sabia! - ele arfou e logo olhou zangado para Chay. - Vocês estão mesmo aprontando.

Chay - Então, quando vocês saíram... - ele se interrompeu e me olhou sorrindo, cínico. Minha mãe fitava aquela cena , confusa e preocupada enquanto Vitor continuava com a eterna mascara de nervoso e desconfiado. - Nós estamos juntos. - ele conclui e o pai dele se levantou, batendo na mesa. Minha mãe tossiu e segurou o braço do marido enquanto Chay tentava não rir. Eu o fitei, sentindo meus olhos arderem. Eu me levantei e bufei, sim, eu sabia o que ele queria com aquilo.

Vitor - NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO! - o pai dele estava totalmente vermelho e eu escutei um riso de Chay, ele se levantou e eu continuei imóvel.Chay - Aconteceu. - ele continuava com o sorriso cínico, deixando o pai dele mais irritado e me deixando com mais ódio, de mim e dele. Eu queria soca-lo, faze-lo calar a boca. Mas eu não conseguia mexer nenhum musculo.

Vitor - ACONTECEU? EU MANDEI VOCÊ NÃO SE APROXIMAR DELA! - ele apontou pra mim e eu senti meus olhos arderem mais.

Chay - A gente não manda n... - o pai dele o interrompeu e ele riu.

Vitor - Nem termina! - ele falou entre os dentes. - esquece tudo o que aconteceu, independente do que tenha acontecido, só esquece! 

Chay - Mas a gente se gosta. - ele disse para o seu pai, com um sorriso provocador, ele agarrou a minha cintura e me beijou, eu o empurrei e senti meu sangue ferver.

Mel - VOCÊ ME USOU! - eu gritei histérica tentando segurar as lágrimas. Mas estava difícil, estava realmente difícil.

Vitor - Era disso que eu estava falando. - ele falou, irritado, enquanto apontava em minha direção.

Chay - Disso o que? - Chay ria, e agora eu chorava. Não aguentei mas as lágrimas de raiva e magoa. Não tinha como medir a minha decepção e ódio dele. Ele passou os braços sobre a minha cintura e eu empurrei suas mãos, enquanto subia escada a cima. Sem olhar pra atrás pra corresponder aos chamados de minha mãe. Eu adentrei o meu quarto e bati a porta com força, empurrando quaisquer coisa que aparecesse na minha frente, enquanto soltava barulhos, aleatórios, de ódio em meio as lágrimas.

Chay - Mel?