Fanfic: Sorry, Not My Fault - ChaMel

Chay - Eu já estava achando que você tava grávida. - ele gargalhou e eu soei frio.

Mel - Se for começar, sai daqui. - eu apontei pra porta.

Chay - Nem vou. - ele deu de ombros e eu o fitei. - Ok eu vou. - ele gargalhou.

Mel - Suede, eu não to com saco pra te aguentar, sai.

Chay - Eu sei que você gosta de mim e tal, mas ficar sem comer por minha causa é meio que suicídio.

Mel - Cala a boca. - eu falei entre os dentes.

Chay - Eu achava que você tinha mais amor próprio. - gargalhou.

Mel - SAI DAQUI! - eu gritei, e minha voz saiu falha. 

Chay - Vou deixar você um pouco sozinha. - ele piscou enquanto ia em direção a porta. - Ah, só pra constar que quem te carregou fui eu e eu t... - eu peguei a primeira coisa que tinha perto de mim, que pra sorte dele, era um travesseiro e joguei nele.

Mel - SAI! - eu bufei e ele gargalhou mais uma vez e saiu.
Eu me afundei nos travesseiros e afaguei. Olhando pro teto. Por mim, eu poderia ficar ali deitada por um bom tempo, talvez, pro resto da minha vida. Não queria descer lá. Eu fitei por mais longos minutos o teto do quarto, que pra falar a verdade não tinha nada de interessante ou extraordinário.

Chay - O que você ta fazendo aqui? - eu escutei a voz dele no corredor e logo em seguida passos e outra voz, mais fina e enjoativa. Eu me levantei da cama e caminhei até a minha porta, a abrindo com cuidado a tempo de ver a porta do Chay se fechar, eu caminhei até a mesma e me encostei nela, escutando a conversa.

Valentina - Ah, amor. Estava com saudades. - escutei uma voz fina... Eu conhecia aquela voz irritante de algum lugar.

Chay - Amor? - eu reprendi o riso, imaginando a careta dele. - Ér... Valentina.

Valentina - Não estava com saudades de mim, amor? - eu empurrei um pouco a porta aberta e fitei a menina loira, calma aí, ela era aquela menina que eu bati e que estava se agarrando a ele na minha cama no dia em que eu cheguei. Eu bufei e arregalei os olhos, tampando a boca e sorri ao ver que eles não tinham escutado. Afinal, o Suede estava ocupado demais beijando a loira oxigenada. Eu senti meus olhos arderem e passei o dedo sobre eles. A oxigenada já estava tirando a camisa dele quanto ele interrompeu o beijo e eu suspirei, baixo, aliviada. 

Valentina - O que foi, amor? - eu revirei os olhos, aquela voz era extremamente irritante, e parece que eu não era a única a pensar nisso, pela expressão do Suede.

Chay - Ér.. Hoje não é um bom dia pra isso. - ele sorriu.

Valentina - Porque não é? - ela beijava o pescoço dele e eu tive vontade de bate-la, mas reprimi minha vontade ao vê-lo tentar afasta-la dele.

Chay - Porque minha família ta toda aqui em baixo. - ele falou sério e ela riu. Ok, eu não sei qual é o pior, a risada dela ou a voz dela.

Valentina - A gente tranca a porta. - ela tentou beijar o pescoço dele de novo e ele bufou segurando os pulsos dela e o afastando dele.

Chay - Não. Agora não. Acho melhor você ir embora. - ele parecia nervoso. 

Valentina. - Ok amor, depois eu te ligo. - ela sorriu sem graça e deu um selinho nele enquanto vinha em direção a porta, eu me afastei da mesma e corri, tentando não fazer barulho, em direção ao meu quarto. Eu fechei a porta e escutei a menina xingar enquanto eu gargalhava.

                                                                 POV Chay

Mel - ROOBERTCHAY, ME LARGA! - Ela berrou enquanto eu a prendia entre minhas pernas na cama, e segurava seus braços - SAI DE CIMA DE MIM! 

Chay - Você vai ter que retirar o que disse. Você foi longe demais, porra! - Gritei, sentia meu rosto queimar. Acho que nunca tive tanta raiva de alguém como naquele momento. Eu estava segurando seus pulsos porque se ela não fosse uma garota, meus braços já teriam parado no seu rosto, num murro bem dado. Ela merecia. 

Mel - Eu não vou retirar po.rra nenhuma! - Ela parecia gritar mais alto do que eu - Eu estou pouco me lixando pro que vão achar de você! 

Chay - Mas é mentira, caralho! - Apertei mais seus pulsos, e vi morder o lábio para não gritar. Tentei afrouxar um pouco minhas mãos - Eu não broxei po.rra nenhuma! 
Então ela começou a rir descontroladamente. Senti meu coração acelerar em um nível que poderia ser escutado a quilômetros. Bom, eu estava ficando com uma loira, a Valentina. Ela era muito gostosa - Burra como uma porta, mas não é preciso muita inteligência para as intenções que eu tinha com ela - E a maldita da garota apareceu na minha casa no dia em que meu pai estava fazendo aniversário. Estava cheio de parentes lá, e sabe... Ela queria um pouco mais do que eu conseguiria oferecer com toda a minha família no andar de baixo. Eu simplesmente a dispensei, o que não significa que eu broxei. Mas não, é claro que a fofoqueira na primeira oportunidade, que foi em uma festa em que metade das pessoas eu conhecia e a outra metade eu pegaria, espalhou que eu era um broxa. Ótimo. Eu poderia matá-la ali mesmo.