Fanfic: Sorry, Not My Fault - ChaMel

Chay - Sai de perto dela! - ele falou pro garoto, entre os dentes.

Pedro- Solta ela, cara! - ele bufou, tentando me puxar, mas o Suede entrou um pouco na minha frente, sem largar o meu braço que já estava ficando vermelho. - Você é o que dela hein?!

Chay - Eu sou o...

Mel - Ele é o meu irmão! - eu o interrompi, sufocada, e percebi o quanto aquela simples palavra o havia afetado, assim como eu. - Não é o meu pai, meu dono e muito menos meu namorado. É apenas o meuirmão! - eu bufei e senti ele afrouxar a mão, aproveitei a brecha e puxei meu braço, sentindo meus olhos arderem. - Vamos? - eu falei pra Pedro.

Chay - Você não vai...

Mel - Isso não te interessa. - eu murmurei e puxei Pedro pra qualquer lugar distante do Chay, mas não o bastante pra me impedir de ver a loira aguada se aproximar dele e se pendurar em seu pescoço, o que não o impediu de me fitar.
Eu fiquei boa parte da noite com o Pedro, conversando e , as vezes, até ficando. Claro, que ainda sobre o olhar furioso do Suede. O que pra mim não importava, queria que ele fosse pro inferno e que de preferencia levasse as periguetes dele.

Pedro - Ih, vou indo, linda. - ele sorriu galeantador e eu fiz bico.

Mel - Já? Ta cedo!

Pedro - Eu marquei de ir em outra balada com uns amigos, não quer ir junto? - eu olhei pras meninas e procurei pelo Suede, mas foi uma tentativa falha, ele deve estar se pegando com alguma por aí.

Mel - Nem dá, eu vim com uns amigos também. - eu sorri.

Pedro - Ok, então a gente se vê por aí! - ele se despediu e saiu.

Chay - Achei que ele nunca mais largaria você! - ele bufou se sentando do meu lado.

Mel - Ciúmes? - eu sorri debochada.

Chay - Nunca. - ele riu e eu bufei. - Pena que eu não posso falar o mesmo de você.

Mel - Eu não tava com ciúmes, se é isso que você quer saber.

Chay - Eu não quero saber.- ele deu de ombros e eu fitei qualquer canto da balada. - Um beijo pelo seus pensamentos.

Mel - Recuso o seu beijo. - eu falei ríspida e ele riu.

Chay - Duvido!

Mel - Cala a boca. - eu sibilei - Eu ainda não entendo o porque de você ter feito aquilo. - ele revirou os olhos.

Chay - Eu só te usei pra irritar o Vitor, pronto, entendeu? - ele bufou.

Mel - Você tinha prometido. - eu murmurei e ele riu de novo.

Chay - Eu tinha mentido. - ele corrigiu. E eu senti meus olhos arderem, eu o fitei e ele ergueu as sombrancelhas.

Mel - Eu tenho nojo de você.

Chay - Não, você não tem - ele sorriu, cínico.

Mel - Deus, você é igual aos outros caras. - eu afaguei - O triste é que eu realmente pensei que você fosse diferente. 

Chay - Você se enganou. - ele me olhou sério.

Mel - Eu sei. - eu me levantei e passei os dedos trêmulos sobre o rosto pra tirar qualquer índice de que eu choraria ou qualquer coisa do tipo, ele se levantou e foi até a loira maldita, de novo. E eu caminhei até o bar. Sinceramente? Eu precisava esquecer um pouco disso, nem que fique com ressaca no próximo dia. Segui minha noite bebendo muito, vez ou outra uma das meninas apareciam e me reprendiam dizendo para eu não beber, o que não adiantava muito - elas também estavam bêbadas - pois sempre que eu via o Chay com uma menina - resumindo, o tempo todo - eu bebia mais e mais. Minha vontade era de arrancar a cabeça dele e aproveitar e arrancar a da loira oxigenada também. Aquilo já estava me dando nojo. Sem falar no meu ódio pelos meninos, que tentaram me levar a força pra fora daquele lugar, pra longe da bebida. Mas eu resisti, foi até fácil, só foi eu fazer um escândalo que apareceu vários marmanjos me defendendo achando que eles queriam me estuprar ou qualquer coisa do tipo. E o que eu fazia? Apena ria que nem uma retardada ou louca que havia acabado de sair do hospício. Ou apenas uma garota que se embebedou por um garoto idiota que a usou pra provocar o pai.

Alex - Está tudo bem com você, mesmo? - ele me perguntou e eu sorri fraco, bebendo mais um copo de uma bebida cuja o nome eu nem sabia. Alex era o bar men, sim, eu sabia o nome do bar men. Afinal, eu passei boa parte da noite conversando com ele e pedindo bebidas.

Mel - Está tudo ótimo! - minha voz saiu arrastada e ele ergueu as sobrancelhas - Não se preocupe! - ele sorriu e afirmou com a cabeça enquanto ia atender outra pessoa, eu apoiei minha cabeça sobre a minha mão e bebi mais um gole.
É minha vida estava completamente fodida e nem vou falar que não pode piorar, afinal, eu assistia filmes. Sempre piora. Amanhã eu precisaria de muito remédio...
                                                                           

                                                                        //

Eu abri meus olhos e senti minha cabeça latejar, parecia que tinha uma marreta batendo nela, me fazendo soltar um barulho de dor e me mexer desconfortável, é eu acho que eu exagerei mesmo na bebida. Sem tirar nos flash`s que embaralhava minha mente. Eu preferia nem lembrar da noite passada, não seria tão seguro. Eu me mexi pra me levantar e senti algo, meus olhos se arregalaram e eu me sentei com cuidado, não acreditando naquilo. Não

Mel - Não, de novo não! - eu passei meus dedos trêmulos sobre o meu rosto e esfreguei meus olhos, é, aquilo era real. 
Eu tampei minha boca e procurei não me mexer quando eu vi o Suede se mexer. Só que ele não abriu os olhos, continuou dormindo, sua mão continuava repousada sobre a minha perna. Minha respiração estava falha, é eu acho, definitivamente, que eu exagerei na bebida e fiz coisa que não devia. Eu me mexi com calma mas ele se mexeu junto, ele apertou um pouco com força a minha perna e eu fiquei imóvel de novo. Eu fitava o seu rosto, calmo. Não parecia o mesmo Suede debochado de ultimamente. Eu deslizei meus dedos, ainda trêmulos, sobre o seu rosto e seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso. Eu respirei fundo e tirei sua mão com cuidado de cima da minha perna e peguei a primeira roupa que encontrei e fui para o meu quarto, mas antes de fechar a porta pude ver ele se mexer e sussurrar algo. Eu entrei dentro do banheiro do meu quarto e fitei minha aparência. Estava com uma aparência cansada, puxei meus cabelos pro lado e vi algumas marcas no meu pescoço, deslizei os dedos sobre elas e sorri, automaticamente, mas assim que me dei conta desse ato fechei a cara e bufei. Fechei meus olhos com força e tentei me lembrar do que acontecerá, será que foi eu que me entreguei a ele, de novo? Se sim, definitivamente eu era muito estupida e ingênua, até bêbada!