Fanfics Brasil - Capítulo 4 - Parte 1 Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada.

Fanfic: Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada. | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 4 - Parte 1

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A cerimônia de casamento foi rápida e impes­soal. E o almoço, elaborado e soberbo, foi pre­parado, surpreendentemente, por Claude.


Para quem os visse, eles pareciam um casal bem combinado, mas Mariana não estava certa de que seu pai, Cario, ou até Claude acreditassem que tudo era verdadeiro.


  Nós teremos que partir logo.


Mariana olhou para o homem alto ao seu lado e conseguiu sorrir.


  Quando você quiser.


— Carlo já colocou nossas bagagens no porta-malas do carro—  declarou Peter, dobrando o punho da camisa para certifi­car-se da hora.


Mariana respondeu no mesmo tom:


— Vou até a cozinha para me despedir de Claude.


O carrinho estava carregado e a cozinha novamente em or­dem, quando ela entrou. Claude sorriu largamente.


— Pronta para ir embora? Eu também. O criado do sr. An-dretti cuidará da sala, quando voltar. — Ele a olhou de perto, bastante observador. — Você parece pálida... nem um pouco parecida com uma noiva radiante.


Oh, céus, ela teria que se animar um pouco!


— Nervos, Claude — disse, levemente. — Creio que todas as moças sentem um pouco de medo no dia do casamento.


  Sinto muito perdê-la — disse o francês, sinceramente.


  Com o seu talento, duvido que precise dos meus serviços no futuro.


Ela engoliu o pequeno nó que estava na garganta, hesitando.


— Acho melhor eu ir andando. Os outros já estão prontos para partir.


— Boa sorte, Mariana.


Ela sorriu em agradecimento, em seguida saiu da cozinha. Já estava quase na sala de estar quando Peter apareceu no corredor, obviamente com a intenção de buscá-la. Suas sobran­celhas levemente arqueadas trouxeram um leve rubor às faces de Mariana, e ela teve que sofrer com o aperto no seu braço até chegarem no andar inferior, onde o carro estava estacionado.


A viagem até o aeroporto durou meia hora, e quase não houve tempo para mais que alguns trechos de conversa inter­rompida, enquanto Peter pesava as malas e em seguida preen­chia os formulários necessários para a alfândega.


— Até logo, querida — disse Joe , abraçando sua filha calorosamente. — Eu sei que você será feliz. Deus a aben­çoe. — Ele parecia completa mente relaxado, a maior parte da tensão que acrescentara vários anos à sua própria idade quase desaparecera completamente.


  Eu lhe telefonarei quando voltarmos — foi tudo o que Mariana conseguiu dizer quando o microfone anunciou a partida do seu vôo, instruindo os passageiros a se dirigirem para a alfândega, através da sala de embarque.


Em seguida, eles se perderam na multidão que estava para embarcar, e ela se sentiu estranhamente vulnerável — consciente demais de ter passado por uma porta que não tinha volta. O homem ao seu lado era seu marido, agora, e esse fato acrescentava uma nova dimensão à relação deles, curta e tempestuosa.


As três horas de vôo pareceram curtas com as atenções in­termináveis da aeromoça, de provê-los com comida e bebida. Consequentemente, quando o jantar foi servido, ela só conse­guiu experimentar um pouco de cada prato. Durante esse tempo todo, Peter dispôs-se a ser um companheiro civilizado, man­tendo uma conversa fácil que era uma antítese direta às res­postas monossilábicas de Mariana.


A única parte da conversa que a interessou foi que a Nova Zelândia observava horários diurnos diferentes, durante os me­ses de verão, fato que, juntamente com as duas horas de di­ferença de fusos horários entre os dois países, faria com que chegassem aproximadamente uma hora e meia antes da meia-noite. Depois de passarem peia alfândega e pegarem o carro alugado, sem dúvida iriam diretamente para o hotel.


Mariana  ouvia vagamente a voz de Peter informando que o hotel ficava localizado em Parnell, ou quanto tempo levariam para chegar até lá. Assim que o carro se pôs em movimento, ficou sentada olhando cegamente pela janela, muito consciente dos minutos passando e trazendo mais perto o momento em que Peter a tornaria sua esposa, verdadeiramente. Oh, Deus, era incrivelmente irônico que, nessa era de liberdade sexual e pílulas anticoncepcionais, ela mantivesse seus princípios mo­rais com tanta coragem. Agora, estava eternamente compro­metida com um homem cuja única finalidade, no casamento, era ter um filho. Não existia nem mesmo a menor afeição entre eles, para que pudesse esperar um pouco de carinho na consumação do seu casamento.


As luzes da rua, lá fora, jogavam um brilho branco, ilumi­nando a calçada em espaços sempre iguais, e havia pouco para ser visto além do perímetro escuro de sombras. Uma corrente crescente de tráfego e cruzamentos, controlados por computa­dores, indicava que estavam se aproximando da cidade, e, em alguns minutos, o carro desviou-se da estrada principal e parou dentro de um pátio grande e redondo. Imediatamente, Mariana sentiu seu estômago doer, de tão nervosa que estava, e só com esforço conseguiu sair do carro e andar com Peter até o chalé que lhes fora reservado.


Peter a examinava profunda e detidamente e o silêncio entre eles pareceu crescer até que se tornou um vazio enorme e ameaçador.


— Você gostaria que eu arrumasse nossas coisas? — A voz de Mariana soou estranha e rígida.


  Ansiosa por assumir seus deveres maritais? — zombou Peter e Mariana sentiu a raiva crescendo dentro de si.


— Acho que você não me permitirá negligenciar nenhum deles. Os olhos de Peter estreitaram-se, levemente, e seus lábios moveram-se numa pequena sugestão de sorriso.


  Especialmente na cama?


— Especialmente na cama — repetiu ela sem pensar, dando um passo para trás quando ele se aproximou. Mariana  precisou de toda a sua coragem para ficar onde estava. — Eu não sou uma parceira ardorosa, é bom que você saiba disso — aven­turou-se, desafiante, entrelaçando os braços em frente dos seios, como se isso fosse protegê-la.


  Ou você é incrivelmente inocente, ou está fingindo ser inocente. Qual dos dois? — perguntou ele, preguiçosamente.


  O último, é claro! — exclamou Mariana com um sarcasmo proposital, sem se importar por não ter dito a verdade.


Ele esticou uma mão e levantou seu queixo vagarosamente.


— Ah, sim. Virgens de olhos úmidos se tornaram uma ra­ridade desde o século XVIII na nossa sociedade esclarecida. Emancipação feminina, liberdade e igualdade, hein?


Subitamente, ela sentiu uma grande dificuldade de engolir, pois parecia haver um nó na sua garganta, que não queria ir embora.


— Eu vou arrumar as coisas — conseguiu dizer, e escapou dele. No quarto, demorou o máximo possível para pendurar as roupas no armário, colocando as outras peças nas gavetas. Em seguida, com um sentido de fatalismo, pegou uma camisola e um robe, juntamente com artigos de toalete, e foi para o banheiro.


Quando saiu, só a lâmpada ao lado da cama estava acesa, e ela quase ficou paralisada ao ver Peter se despindo. Com uma despreocupação total pela presença dela, ele tirou a última peça de roupa e colocou um robe de toalha antes de atravessar o aposento para ir até a cama.


Uma cor brilhante aqueceu as faces de Mariana e, num estado de embaraço agudo, ela se virou, com o pretexto de pendurar as roupas que estava segurando num braço.


— Acredito que você seja tímida — disse Peter preguiçosa­mente, e ela assustou-se com o som da voz dele tão perto, atrás de si. Os dedos dele soltaram a fita que prendia seus cabelos, fazendo com que caíssem, como uma cascata, até os ombros, e ela sentiu os dedos passarem levemente ao longo do seu compri­mento. — Não finja ser criança, Mariana — advertiu ele suavemente, puxando seu cabelo, e ela respondeu rapidamente:


— Eu não estou fingindo ser nada. — Um tremor de medo arrepiou sua espinha quando ele a virou para encará-lo, e ela levantou uma mão para alisar uma mexa do cabelo que havia escapado, num gesto puramente mecânico.


— Você escaparia se pudesse, e fugiria para dentro da noite. — A voz dele estava cheia de cinismo divertido enquanto, com movimentos deliberadamente vagarosos, tirava o robe dos om­bros dela, deixando-o cair no chão. Em seguida, suas mãos curvaram-se sobre os ossos delicados dos seus ombros, puxan­do-a para perto de si.



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Autor(a): latinamica

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O medo foi substituído por raiva no momento em que a mão dele começou a descer, e ela virou o rosto, lutando com toda sua força para escapar do abraço. Não que isso a ajudasse em alguma coisa, pois Peter impediu cada tentativa com uma fa­cilidade notável, e sua risada suave perto da orelha de Mariana foi a última ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1584



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  • hellendutra Postado em 25/11/2012 - 03:34:42

    AI QUE LINDOS NEM ACREDITO QUE SE RESOLVERAM foi maravilhosa a web parabens.

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

    Amei o capitulo final foi perfeito, finalmente eles se revolveram. A wn foi maravilhosa parabéns!!

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

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