Fanfic: Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada. | Tema: Laliter

Os últimos três dias que passaram na Nova Zelândia foram preenchidos com excursões para o norte, passando pela baía das Ilhas e Russell, a cidade de Whangarei, e depois por uma viagem vagarosa até Auckland, na segunda-feira à noite.  

Dos dias, Mariana gostou. As noites, porém, eram algo diferente. Não importava que conseguisse apresentar uma aparência ex­terna fria e rígida. Peter era capaz de amolecer qualquer re­sistência sua, e isso a irritava extremamente.

Na terca-feira de manhã Peter cumpriu com sua palavra, acompanhando Mariana numa excursão de compras. Depois de visitar duas das lojas do centro da cidade, para comprar lem­branças, eles entraram numa grande loja de departamentos.

—  Veja, que chique! — observou Peter, indicando um ma­nequim com um vestido vermelho de organza esvoaçante. — Você precisa experimentar este vestido.

Mariana virou-se para ele e sorriu.

— Você está falando sério? Pode não ser o meu número. Ele pegou o seu braço e girou-a na direção de uma vendedora,pedindo que o vestido fosse tirado do manequim. Não satisfeito, pediu também alguma coisa em azul. E, quando Mariana viu um vestido com a parte superior em estilo blusão, de chiffon es­tampado com flores, ele indicou essa roupa, também.

—  Peter — ela não pôde deixar de protestar —, tenho bas­tante roupa. Além disso, não há mais lugar na minha mala.

—  Então vamos comprar mais uma. Vá ao trocador, Mariana, e saia para que eu veja cada vestido que você experimentar.

A tentação de lhe fazer uma reverência foi grande demais e ela viu o divertimento naqueles olhos, quando se virou e desapareceu de vista.

Todos eles lhe serviram perfeitamente, mas se ela tivesse que escolher um, seria o vestido vermelho. A cor parecia sa­lientar o seu cabelo e acrescentar um brilho extra à sua pele.

— Vamos levar os três — disse Peter e Mariana  escondeu um sorriso ao ver a felicidade óbvia da vendedora. Colocou-se na ponta dos pés e roçou o rosto dele com um beijo.

—  Obrigada, querido.

Mais tarde, eles almoçaram no bar de um hotel que ficava perto dali. Em seguida, voltaram ao hotel de Parnell, onde deixaram as compras, antes de sair novamente para a rua.

Durante mais de uma hora, entraram e saíram de várias lojas, e Mariana acrescentou algumas compras próprias — recor­dações e um presente para seu pai. Em seguida, já era hora de voltarem para o hotel e terminarem de arrumar as malas, pois teriam que estar no aeroporto as quatro e meia.

O vôo os deixou em Sídnei um pouco antes das oito horas e depois de uma inspeção rápida na alfândega, eles saíram na sala de recepção para serem cumprimentados por Carlo, e — surpresa — Joe Esposito, ambos sorrindo expansiva mente.

— Papai! — Mariana voou para os braços esticados do seu pai, com um entusiasmo que o fez bater no seu ombro com um pouco de preocupação.

—  Céus, menina — disse, rindo —, qualquer um pensaria que você esteve fora durante meses, em vez de quatro dias!

Ela afastou-se um pouco e, em seguida, conseguiu sorrir largamente.

— Você é a única família que tenho.

—  Fui esquecido tão rapidamente? — zombou Peter gentil­mente, e ela sacudiu a cabeça.

—  Você não está na mesma categoria que meu pai.

—  Devo esperar que não, querida.

Ao som cia resposta preguiçosa de seu marido, ela virou-se, lançando-lhe um sorriso doce.

— Querido Peter, você é único.

Peter inclinou a cabeça levemente em agradecimento, apesar de seus olhos não parecerem bem-humorados.