Fanfics Brasil - Capítulo 6 - Parte 1 Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada.

Fanfic: Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada. | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 6 - Parte 1

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A notícia de que jantariam fora aquela noite foi divulgada mais como um lembrete, por Peter, alguns segundos antes de sair para as quadras de tênis, naquela tarde de sábado. Mariana  ficou um pouco irritada por ele não ter perguntado se gostaria de acompanhá-lo, pois o tênis era um jogo de que ela gostava, e teria se divertido ao confrontar seus talentos com os dele — não que esperasse ganhar, mas o exercício seria agradável.


Ele entrou no quarto com a facilidade e a segurança de um gato do mato, extremamente atraente num terno formal, que contrastava com a camisa imaculada de seda branca.


  Você se divertiu hoje à tarde? — perguntou ela e ouviu sua risada suave.


— Ah, então é isso, hein? Eu não me dei conta de que você estava tão ansiosa pela minha companhia.


— Não estou — respondeu ela rapidamente, indo até a cama para apanhar o xale e a bolsa. — Eu teria gostado de jogar... não necessariamente contra você.


  Está com medo que eu possa vencê-la? Mariana lançou-lhe um olhar furioso.


— Você tem a vantagem de ser mais alto e ter mais força. Que chances eu teria?


Os olhos de Peter brilharam com humor.


— Então você também sabe jogar... — comentou. — Muito bem, querida, seremos adversários no jogo amanhã à tarde?


— Por que não? — Mariana aceitou, adorando pensar na surpresa que ele teria. A vitória seria dele, mas não seria conquistada facilmente; ela faria o máximo para que isso não acontecesse!


O restaurante era exclusivo e luxuoso e Mariana ainda não estivera lá nenhuma vez. Dez minutos depois, três outros casais se juntaram a eles, e ela achou a companhia agradável e a conversa fácil de manter. Quando acabaram de comer, Peter a surpreendeu:


— Dance comigo, querida.


Mariana olhou para cima, ao ver Peter parado ao lado dela, com um sorriso estranhamente gentil. Ficou de pé, sem ques­tionar os motivos que a fizeram colocar a mão na dele e segui-lo até a pista de dança.


Não trocaram uma palavra, mas foi como se, subitamente, seus espíritos se fundissem e fizessem qualquer conversa pa­recer fora de lugar. Sentiu os lábios de Peter roçarem sua têmpora, e não foi a imaginação que fez com que os braços dele a apertassem mais e mais.


Foi só mais tarde que a dura realidade a fez voltar à Terra bruscamente. E, depois, Mariana imaginou se o destino também era responsável por ela ter escolhido aquele exato momento para ir até a toalete. Se tivesse ido alguns minutos mais tarde, não teria encontrado Chantrelle, calmamente arrumando o ca­belo em frente ao espelho grande.


  Bem, veja só quem está aqui, com cara de quem está nas nuvens — disse Chantrelle, amargamente. — Eu a observei durante as últimas duas horas, mas duvido que tenha me visto. Philip está fervendo de ciúme e frustração!


Mariana  sentiu o coração se acelerar. Que azar! Com o número enorme de restaurantes que havia em Sídnei, eles tinham que escolher o mesmo!


— Está gostando da vida de casada, querida? Com um homem tão viril quanto Peter, como marido, você deve estar. — Ela deu uma risada seca e lançou um olhar cheio de inveja para Mariana.


Mariana sentiu a raiva crescer. Calma, ela devia manter a calma. O comentário certamente fora feito de propósito para enfurecê-la, e ela não daria essa satisfação a Chantrelle de forma alguma.


— Você parece preocupada demais com algo que só diz res­peito a Peter e a mim — conseguiu dizer.


  Ele é homem demais para uma criança como você! — declarou Chantrelle, furiosa. — Algumas semanas, um mês, talvez, e ele começará a sentir a monotonia. Depois, irá procurar consolo em outro lugar.


— E você espera que seja com você?


Chantrelle voltou sua atenção para o espelho e estudou seu reflexo cuidadosamente.


— Você não se incomoda dePeter  ter tido tantas mulheres em sua vida?


Mariana  sentiu que já ouvira o suficiente.


— Por que deveria? — perguntou com uma calma surpreen­dente, considerando o tumulto que tomara conta de sua alma. — Peter  se casou comigo. Isso explica tudo, não? — Ela ignorou Chantrelle, fechando os ouvidos à risada exagerada que a outra deu quando passou por ela.


Mariana  demorou bastante para retocar a maquilagem. Na ver­dade, suas mãos estavam tremendo de raiva, e o batom teve que ser retocado duas vezes. Seus olhos estavam tempestuosos, e o sorriso, quando sorriu em frente ao espelho, não transmitia nenhuma alegria.


O barulho de conversa abafada e a música no fundo serviram para alegrá-la um pouco, e ela estava quase chegando à mesa quando uma mão segurou seu braço, obrigando-a a parar.


—Mariana! — A voz baixa chegou aos seus ouvidos, e ela lançou um olhar surpreso ao seu dono, incapaz de acreditar que Philip tivesse coragem de procurá-la. O rosto dele era uma máscara eloquente, e ela teve que fazer força para parecer educada.


— Alô, Philip! Você quer alguma coisa?


— Por que você fez isso? Em nome de Deus, por quê? Você devia saber que eu a ajudaria, se tivesse me dado tempo.


Mariana  olhou para ele cuidadosamente, vendo tantos sinais de fraqueza no seu rosto atraente, que imaginou como não os notara antes. Comparado com Peter, Philip parecia um jovem indeciso e inseguro. Ela piscou levemente quando o aperto no seu braço tornou-se mais forte.


— Eu quase fico louco — murmurou Philip, com a voz rouca —, pensando em você nos braços dele, na cama dele. Você não sabe o que é capaz de fazer com um homem, Mariana. — Ele se abaixou, aproximando-se, e sua respiração mexeu com as mechas de cabelo que estavam  no pescoço dela. — Dei­xe-o, eu lhe imploro!


O que...


  Mais uma palavra, e eu... — advertiu uma voz perigo­samente suave, e os olhos de Mariana viraram-se para o lado, encontrando Peter parado a menos de um metro. Sua expressão era enigmática, mas os olhos tinham um brilho furioso que ela achou, positivamente, assustador.


  Mariana  e eu estávamos só conversando — disse Philip, e Peter levantou uma sobrancelha indagadora.


— O que eu ouvi não pode ser chamado de uma conversa educada.


Philip ficou extremamente vermelho e aventurou-se, brutalmente:


  Eu a amo, droga!


  E o que o faz pensar que eu não? — perguntou Peter, com a voz sedosa.


  Você tem uma certa reputação, Lanzani... — acusou o outro, num tom rude.


— É mesmo? — As sobrancelhas de Peter levantaram-se e, em seguida, ele pegou o braço de Mariana.


  Com licença, Mannering.


  Imagino que queira tomar um drinque — disse Peter calmamente, quando se aproximaram da mesa.


  Um bem grande — concordou Mariana, trêmula, enquanto O seguia entre a multidão.


Por mais que tentasse, Mariana  achou difícil participar da con­versa agradável dos ocupantes da mesa, durante o resto da noite. Ela dançou com os outros homens, e mais algumas vezes com Peter, mas não pôde deixar de sentir alívio quando fizeram menção de ir embora.


Era pouco mais de uma hora da manhã quando o carro parou na garagem e ela seguiu Peter para dentro da casa, em silêncio. Não conseguiu pensar em nada para dizer, nem mesmo em frases agradáveis com relação à noitada simpática.


— Você conhece Mannering bem?


Mariana quase pulou, surpresa, e por pouco não tropeçou nas escadas.


  Não sabia que você conhecia Philip.


— Conheço o pai dele — respondeu Peter, secamente. — E você não respondeu a minha pergunta.


  Nós fomos namorados durante quase dois anos.


  Ele achou que tinha algum direito sobre você.


— Oh, pelo amor de Deus! — gritou ela, com uma angústia súbita. — O que é isso, algum tipo de inquisição? O que você quer comigo? — Ela se virou para encará-lo, os olhos brilhando de raiva. — Ele queria se casar comigo. Isso basta?


Os olhos dele estavam cheios de uma indolência mal-humo-rada que a perturbou.


  E você queria se casar com ele...


— Não! — gritou Mariana. — Maldita seja essa sua arrogância! O que você faria se eu quisesse saber de todos os seus casos? Carmela, por exemplo? E Chantrelle? Ela deixou bem claro que espera que você procure seus favores quando se cansar de mim.


Entrou no quarto, foi até a cama e jogou o xale em cima dela, sentindo-se enojada e desiludida. Soltou um soluço nada elegante e tentou conter as lágrimas de autopiedade que es­tavam ameaçando sair de seus olhos e correr pelo rosto.


— Você parece ter dado muita importância aos comentários de Chantrelie — declarou Peter pensativamente, entrando no quarto e fechando a porta.


  Como você espera que eu me sinta? — perguntou ela, com a dignidade ferida. — Primeiro Chantrelle, depois Philip. E, como se isso não fosse suficiente, você... você... Oh! Eu odeio homens que lutam por uma mulher — soluçou —, como... como um par de galos lutando por uma galinha premiada!


A risada suave que ele deu foi a última gota para Mariana, e ela virou-se e gritou furiosamente:


  Que tipo de pessoa você é?


  Um simples homem, piccina — zombou ele, levemente. — Que outra etiqueta você penduraria no meu pescoço?


  A de bruto incorrigível!


— Com inúmeras mulheres prontas a me dar o que eu quiser?  .


— Você não é nenhum monge — disse Mariana, profundamente cansada.


  Você preferia que eu fosse?


— Não consigo imaginá-lo fazendo juramentos de celibato... — observou, cheia de sarcasmo.


  Essa observação deixa transparecer a suspeita de uma fila comprida de mulheres. Na verdade, não foram tantas assim.


— Acho difícil acreditar...


Subitamente, ele estava parado na frente dela, e Mariana pouco podia fazer para conter o ritmo alucinado do seu coração.


— Você usa o meu nome, Mariana — declarou ele gentilmente, enquanto suas mãos se curvavam sobre os ombros dela.


  Você diz isso como se fosse uma medalha que eu devia usar com honra.


— Pobre nina. — Ele a puxou para perto, e ela lutou para escapar daquele abraço.


— Por favor! — protestou. — Quero ir para a cama.


— E vai! — concordou ele, maliciosamente, e um rubor sur­giu nas faces de Mariana.


  Peter... por favor, não...


— Não... o que, querida? — ele a provocou, enquanto seus lábios roçavam pelas sobrancelhas dela, deslizando em seguida com uma demora estudada, para a base do seu pescoço.


— Pare com isso! — implorou, uma nota rouca aparecendo na sua voz. Mais um minuto, e ela não seria capaz de evitar que seus braços envolvessem o pescoço dele.


— Você também sente essa estranha e mágica química, esse imã que nos atrai... E, mesmo assim, você me pede para parar? — zombou ele, e seus lábios traçaram um caminho fogoso até o canto de sua boca, demorando-se nela, perturbadoramente, até Mariana ter vontade de pedir mais, mais, mais...





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Autor(a): latinamica

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Os dias seguintes se passaram sem nenhum acontecimento importante, e quase sem nenhum atrito. Talvez não tenham tido muitas oportunidades para discutir, concluiu Mariana, com uma certa seriedade, pois Peter saía para a cidade bem cedo e só voltava à noite. Depois de um jantar demorado, ele ine­vitavelmente se retirava para o estúdio ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1584



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  • hellendutra Postado em 25/11/2012 - 03:34:42

    AI QUE LINDOS NEM ACREDITO QUE SE RESOLVERAM foi maravilhosa a web parabens.

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

    Amei o capitulo final foi perfeito, finalmente eles se revolveram. A wn foi maravilhosa parabéns!!

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

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