Fanfics Brasil - Capítulo 6 - Parte 2 Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada.

Fanfic: Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada. | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 6 - Parte 2

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Os dias seguintes se passaram sem nenhum acontecimento importante, e quase sem nenhum atrito. Talvez não tenham tido muitas oportunidades para discutir, concluiu Mariana, com uma certa seriedade, pois Peter saía para a cidade bem cedo e só voltava à noite. Depois de um jantar demorado, ele ine­vitavelmente se retirava para o estúdio, e ela ficava sozinha para ver televisão ou ler.


Carlo concordara com sua sugestão de preparar ela mesma o jantar, todas as noites. Tinham formado uma amizade agra­dável, trocando receitas e discutindo comidas como se se co­nhecessem há anos, em vez de algumas semanas.


A refeição de quinta-feira à noite foi especialmente planejada — não por alguma razão especial, mas porque Mariana ficou com vontade de levar seu talento culinário ao máximo. Massa feita em casa naquela manhã para o spaghetti alla bolognesa, seguido por frango surpresa e torta de framboesa para sobremesa. Os preparativos ocuparam a maior parte da tarde, e ela estava satisfeita com o resultado quando Carlo entrou na cozinha.


— Peter acabou de telefonar — começou, tristemente. — Pediu para eu explicar a você que surgiu um compromisso. Não jantará em casa, e pede desculpas.


Mariana não conseguiu entender a decepção inexplicável que sentiu. Ansiava por aquele jantar a sós, na esperança de que fosse seguido pelos acontecimentos das três últimas noites, quando Peter expressara seu prazer peia comida e mantivera uma conversa alegre e leve com ela.


— Creio que teremos uma festança só para nós dois — conseguiu dizer com um sorriso e Carlo sacudiu a cabeça.


— Você esqueceu, é claro. Mas hoje é minha noite de folga. Tenho uma reunião, lembra? Mas, se quiser, eu fico.


— De maneira alguma — recusou Mariana, imediatamente. — Eu simplesmente terminarei de cozinhar e, quando tudo estiver frio, colocarei a comida na geladeira. Podemos esquentá-la ou­tra vez amanhã a noite.


Cario franziu as sobrancelhas, seus traços agradáveis en­rugando-se com preocupação.


  Vocês não vão jantar fora?


Como podia ter esquecido? Era o jantar do seu pai, e ela ia preparar a comida.


— Não importa — disse e sacudiu os ombros levemente. — Congelarei tudo. Aproveitaremos a comida mais tarde.


Cario saiu um pouco depois das cinco e, às cinco e meia, o telefone tocou. Mariana atendeu, esperando que Petertivesse mudado seus planos, mas era Carmela Ortega na linha. Não tinha en­contrado Peter no escritório e estava ansiosa por contatá-lo. Edu­cadamente, Mariana informou-lhe quePeter só chegaria em casa mais tarde, mas que ela podia deixar recado. Carmela recusou, explicando, com imenso prazer, Mariana  teve certeza, que podia es­perar até que se encontrassem mais tarde, naquela noite.


Mariana colocou o telefone no gancho com uma fúria controlada. Então era aquele o compromisso que impedia Peter de jantar em casa! Sem pensar duas vezes, Mariana discou o número do seu pai. — Papai, você está em casa! Que bom! Tenho o jantar mais delicioso do mundo, pronto, e não há ninguém para jantar. Arrume a mesa e, antes que você possa contar até três, eu estarei aí. — Ela colocou o telefone no gancho e começou a transferir as panelas para caixas que podiam ser carregadas facilmente até o carro. Quinze minutos mais tarde, colocou as caixas de papelão na mesa da sala de jantar da casa do pai.


— A que devo essa honra?—provocou Joe, gentilmente.        — Não é meu aniversário e o Natal é só na semana que vem! Mariana lançou-lhe um sorriso tímido.


— Não me pergunte por quê. Só quero que se sente e aprecie a comida.


— Deixe-me adivinhar. Peter  telefonou no último momento e disse que não viria jantar em casa?


  Adivinhou na primeira — ela respondeu, — Portanto, aqui estou. Trouxe até o vinho. — Ela segurou uma garrafa bem alto e, em seguida, colocou-a na mesa. — Abra, papai. É uma safra especialmente boa, e combinará bem com o spaghetti.


  Maravilhoso, Mariana. Vamos comer.


As horas simplesmente voaram, e já eram quase dez horas quando os pratos estavam lavados, e ela, pronta para partir. É verdade, sentiu-se um pouco insegura por não ter deixado nenhum bilhete para Peter explicando onde estava. Mas mudou de idéia quando estacionou o carro na garagem.


O Alfa-Romeo não estava no seu lugar habitual, e ela entrou em casa vagamente ressentida por ele ainda não ter chegado.


Depois de colocar as panelas e as várias caixas nos seus devidos lugares, Mariana encheu a chaleira para fazer um pouco de café, e depois, quando ficou pronto, levou uma xícara para o salotto e ligou a televisão.


— Esperando por mim como uma boa esposa?


Mariana virou a cabeça na direção da voz zombeteira de Peter, e reprimiu o impulso de começar a falar com raiva e acusação.


  Céus, não! — conseguiu dizer, com uma indiferença con­trolada, e viu o sorriso dele.


  Um bom programa?


  Muito bom.


— Você está vendo televisão há muito tempo?


Alguma coisa naquele tom de voz preveniu-a de que não devia mentir. Ele não tinha como saber se ela ficara em casa a noite toda — a não ser que tivesse telefonado. Mariana  puxou um mecha de cabelo para trás, e encontrou o olhar firme do marido.


  Há mais ou menos vinte minutos. Foi bom seu jantar? — Ela tentou fazer com que a pergunta soasse casual, mas obviamente não teve sucesso, pois ele levantou uma sobran­celha e respondeu firmemente:


— Será que estou detectando uma nota de censura, piccina? Mariana olhou novamente para a televisão.


  Você está imaginando coisas. Não me interessa onde você passa suas noites, ou com quem — terminou calmamente, e não ouviu seus passos suaves no tapete, quando ele atravessou a sala.


  Minha noite foi puramente de negócios — disse Peter preguiçosamente, com uma calma imperturbável e ela soltou um suspiro de exasperação.


— É claro! Não foi o que Camela sugeriu quando telefonou depois de não conseguir achá-lo no escritório. Mas... — ela parou acrescentando com sarcasmo deliberado: — não quis dei­xar nenhum recado e preferiu dá-lo a você pessoalmente, já que ia encontrá-lo para jantar.


  Eu quase consegui imaginá-la com ciúme. Você está, piccina?


  Não! — negou ela, enfaticamente. — Mas da próxima vez que você decidir não jantar em casa, avise-me antes para que eu não desperdice tanto tempo preparando uma refeição.


  Que delícia gastronômica eu perdi? Oh, aquele humor sardônico a enfurecia.


  Nada especial, eu lhe asseguro! — Ela levantou-se com um movimento fluido. — Eu vou para a cama.


Peter deu um passo para o lado e bloqueou seu caminho.


  Não tão depressa — avisou, suavemente. — Carmela, por mais mulher que seja, é uma contadora altamente quali­ficada. Nós trabalhamos juntos ocasionalmente e, quando não podemos nos encontrar no horário comercial, geralmente re­solvemos discutir negócios durante um jantar. — Ele estendeu a mão para tocar seu cabelo e Mariana afastou-se rapidamente. — Você não tem razões para ficar com ciúme.


— Eu não estou com ciúme! Você pode jantar com cem mu­lheres diferentes, em cem noites diferentes, que não me im­porto. Mas prefiro não ser confrontada com elas, só isso — declarou, com voz insegura, e ele começou a rir, perguntando maliciosamente;


— Você quer que eu seja discreto, é isso? — Ele pegou a mão que ela dirigiu em direcão ao seu rosto. — Oh, não, minha pequena fúria — murmurou suavemente, puxando-a para a frente sem qualquer esforço. — Agora, conte-me: por que não estava aqui quando eu telefonei, duas vezes, esta noite?


Mariana tentou afastar-se, sem sucesso. Queria bater os punhos fechados contra seu peito largo, de tanta raiva frustrada.


— Achei uma vergonha desperdiçar a comida. Por isso, telefonei para papai e levei tudo para lá. Por quê? Você achou que eu tinha saído com outro homem?


Os olhos de Peter  estreitaram-se perigosamente.


— Você tem uma língua descuidada — comentou, secamente. — Fique avisada que se eu chegar a suspeitar... — Sua voz morreu e Mariana sentiu um tremor correr pela espinha. Por um longo momento, ele olhou para ela e, em seguida, soltou suas mãos. — Vá para a cama, Mariana. Subirei mais tarde.


Mariana escapou, subindo os degraus de dois em dois, com tanta pressa que o próprio diabo podia estar seguindo seus passos.


 




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Autor(a): latinamica

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Comentários da Fanfic 1584



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  • hellendutra Postado em 25/11/2012 - 03:34:42

    AI QUE LINDOS NEM ACREDITO QUE SE RESOLVERAM foi maravilhosa a web parabens.

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

    Amei o capitulo final foi perfeito, finalmente eles se revolveram. A wn foi maravilhosa parabéns!!

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

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