Fanfics Brasil - Capítulo 8 - Parte 4 Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada.

Fanfic: Para viver um grande amor (Laliter) - Adaptada. | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 8 - Parte 4

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Peter ganhou um quadro maravilhoso mostrando um navio em alto-mar, no auge de uma tempestade, que Angelina levara vários meses para pintar, durante o tempo livre que tinha.


— Algo para você se lembrar da nossa viagem da Itália, mio fratello — murmurou Angelina gentilmente, e Mariana  viu que ele ficou comovido com o gesto, pois sua expressão assumiu uma ternura incrível quando olhou para a irmã.


A escolha de Mariana, de um presente para Peter, fora difícil. O que podia comprar para um homem que parecia ter tudo? No fim, ela escolheu um isqueiro caro e uma caixa grande dos seus charutos preferidos.


A refeição principal do dia seria servida à uma hora, e Mariana deixou Peter e Frank se divertindo com os meninos e todos os seus presentes, indo ajudar Angelina na cozinha. A pequena Lisa estava nervosa com o seu primeiro dente, e foi passada do colo de sua mãe para o colo de Mariana, num esforço para ser aliviada, até que finalmente, ao meio-dia, foi alimentada, tro­cada, e colocada na cama, para a soneca da tarde,


Angelina se excedera na cozinha. Como entrada, havia ca­marões num ninho de alface. Depois, peru assado que derretia na boca, presunto e galinha em fatias, salada de arroz, além de salada de repolho beterrabas e tomates. A sobremesa foi sorvete de limão e, para terminar, um bolo delicioso. Todos eles colocaram chapéus de papel, soltaram fogos de artifício e tomaram champanhe.


À noite, depois de uma refeição leve de carne fria e uma salada, eles levaram as crianças para nadar na piscina e, depois de um chuveiro, as três foram colocadas na cama.


O dia seguinte foi igual a todos os outros que se seguiram. Mariana e Peter levantaram cedo para nadar na piscina, tomaram um chuveiro e se vestiram a tempo para o desjejum. Mais tarde, juntamente com Angelina, Frank e as crianças, saíram para pas­sar o dia fora, num piquenique, e só voltaram no fim da tarde.


As noites, depois que as crianças se retiravam para a cama, eram passadas na varanda coberta, onde, com um drinque frio na mão, eles conversavam até altas horas. Foi numa dessas noites que Mariana  aprendeu muito sobre a vida de Peter e Angelina como crianças, na Itália pós-guerra, as épocas duras que tinham sido forçados a enfrentar, e a luta para sobreviver sem pais ou qualquer família mais chegada, como apoio. Ela viu, com uma súbita cla­reza, o jovem que Peter  fora tantos anos atrás, sobrecarregado de responsabilidades e com um desejo irrepreensível de subir na vida. Ela viu um jovem sem as alegrias de uma existência des­preocupada, sem horas divertidas, sem riso... até recentemente. E, agora, essa riqueza adquirida com tanto suor falhara ao com­prar o que ele mais precisava: uma mulher para amá-lo.


Não houve festas nem recepções durante a estada deles lá, pois Angelina confessou para Mariana que Peter  preferia as coisas assim.


—  Nós não nos vemos a maior parte do ano — explicou, sacudindo os ombros levemente. — E, quando estamos juntos, queremos passar o tempo todo um na companhia do outro. Há tempo suficiente para os amigos.


As crianças eram uma alegria, e Mariana descobriu que estava vendo os dias passarem rapidamente com uma ponta de tristeza.


No dia da partida, quase uma hora antes de terem que estar em Brisbane, Angelina puxou Mariana para um lado e seu rosto traiu uma mistura de sérias preocupações.


—  Cuide bem do meu irmão. Ele precisa de alguém como você, gentil e carinhosa, com a habilidade de fazê-lo rir. — Ela sorriu e em seguida, abraçou Mariana  carinhosamente. — Ame-o como ele merece ser amado, eu lhe imploro.


Mariana deu uma resposta abafada, apesar de não lembrar exatamente o que disse, e foi até bom que Lisa acordasse cho­rando da sua soneca matinal exatamente naquele momento. As crianças também foram para o aeroporto e se compor­taram surpreendentemente bem durante o caminho de Surfers` Paradise até Brisbane. Suas despedidas foram um pouco cho­rosas quando Mariana  seguiu Peter, saindo da sala de embarque até o ônibus que os levaria para o avião.


Mariana  não disse uma palavra durante o vôo curto para Sídnei, com exceção de um "sim" ou "não" à aeromoça atenciosa, que oferecia bebidas. Foi um alívio quando o jato aterrissou no aeroporto de Kingsford-Smith e ela permaneceu em silêncio enquanto Peter  esperava para recolher a bagagem.


Quando ele desapareceu, ela ficou parada, olhando silencio­samente para o espaço, enquanto pensava na casa de Vaucluse — que agora era seu lar —, em Cario, e finalmente, em seu pai. Tudo podia ser tão diferente!


Peter  parou o Alfa-Romeo suavemente ao lado da calçada e, com um pequeno suspiro, Mariana aproximou-se para abrir a porta. Uma vez lá dentro, fechou a porta com um clique decisivo e ficou olhando, com os cílios levemente abaixados enquanto ele saía de  trás do volante. Ela ficou observando enquanto Peter  guardava a bagagem no porta-malas, e conseguiu sorrir quando ele voltou.— O que está ocupando seus pensamentos? — perguntou Peter , divertido, enquanto colocava o carro em movimento, jo­gando-o no meio do movimento intenso de tráfego que saía do   aeroporto. — Você está com um ar especialmente pensativo. Na verdade, durante o vôo todo você não disse quase nada.


— Nós conseguimos fingir muito bem, não?— retrucou Mariana , pensativa. Uma mão levantou-se para alisar o ca­belo, colocando-o para trás orelha.


—  Tenho certeza de que minha irmã pensa que temos um casamento idílico — disse ele preguiçosamente, e sua voz tinha uma ponta de zombaria que despertou um ressentimento bas­tante conhecido em Mariana.


—  Nós, é claro, sabemos que não é assim.


— Não planeje nenhum esquema malicioso agora que esta­mos em casa, piccina.


Depois dessa frase levemente rude ela começou a falar fu­riosamente, virando-se para encará-lo com olhos que estavam brilhando de raiva.


— Que esquemas você acha que eu poderia inventar? Estou irrevogavelmente ligada a você, pelo tempo que você quiser. Mesmo se eu quisesse deixá-lo, o fato de saber que você cortaria seu apoio financeiro aos negócios do meu pai já me impediria. O preço é um filho — disse, engasgada, e em seguida olhou para o outro lado, pois aquele perfil duro era demais para ela suportar. — Pobre criança! Seu nascimento provavelmente será tão infernal quanto sua concepção!


Dio potente!


Ignorando a imprecação selvagem dele, ela continuou, rapidamente:


— Que chances essa criança terá, com pais que se detestam mutuamente? Isso não é maneira de se criar uma criança. Elas precisam de amor, segurança...


— Já basta! Cristo, será que preciso me aborrecer no meio do tráfego da cidade?


Ela se calou, num silêncio zangado, olhando diretamente para a frente durante o resto da viagem até Vaucluse e, no instante em que o carro parou na garagem, fez menção de sair, mas foi impedida pelo marido, que segurou seu pulso.


— Oh, não... — declarou Peter, com uma suavidade perigosa.


—  Antes que você escape para dentro de casa, terá que me responder uma pergunta. — Seus olhos brilharam com uma fúria fria, e ela sentiu um tremor de medo correr pela espinha.


—  O que a faz pensar que nossos filhos serão privados de amor... do seu amor, do meu amor? — A pergunta não foi menos perigosa por ter sido feita numa voz sedosa, e ela passou a língua pelos lábios num gesto puramente nervoso.


— A vida delas certamente não será muito boa. Nós estamos sempre brigando... — explicou ela, trêmula, e ele deu um sorriso sarcástico.


— Você não pode conceber uma hora sem brigas? — ele disse.


Cegamente ela saiu do carro e correu para a entrada, como se inúmeros demônios a perseguissem. No topo das escadas que levavam ao primeiro andar, ela parou, abrupta mente.


— Mamãe! — Sua voz saiu um pouco mais alta do que um sussurro e ela disse, com uma incredulidade chocada: — O que está fazendo aqui?


— Minha querida filha, eu lhe disse que tinha intenções de vir, e aqui estou. Por que está tão surpresa? — Elegantemente vestida, com o cabelo penteado num estilo moderno, Emily não se parecia muito com a filha.


Mariana tentou recuperar sua compostura, completamente incons- ciente de que Peter subira as escadas e estava ao lado dela.       


— Quero dizer, como você conseguiu entrar? Nós estávamos fora... Carlo também! — explicou rapidamente, e Emily deu um sorriso expansivo.


— Queridíssima Mariana! — Emily abriu os braços num sinal de boas-vindas, e Mariana  deu um passo à frente para receber o abraço maternal. — Um telefonema para seu pai revelou a data da sua chegada; então arranjei minha chegada para o mesmo dia. Seu pai me pegou no aeroporto, onde muito graciosamente me con­vidou para almoçar e, em seguida, me deixou aqui, faz duas horas. Já arrumei minhas coisas num dos quartos de hóspedes que seu criado me indicou. Agora ela permitiu que seus traços se enrugassem num sorriso conciliatório, enquanto seu olhar ia para além do ombro de Mariana —, deixe-me conhecer o meu genro.


Mariana ficou parada, completamente em silêncio, enquanto Peter dava um passo à frente. E sentiu o braço dele rodear sua cintura enquanto apertava a mão de Emily firmemente. — Você pode me chamar de Emily. Sou "mamãe" só para minha filha e, mesmo assim, prefiro que Mariana  me chame pelo nome. — Ela se virou para ele com um olhar tão crítico que   teria perturbado qualquer outro homem. — Você parece incri­velmente italiano... e é tão alto, que me atrevo a concluir que vem de uma das províncias do norte. Rico, sem dúvida! — ela falou e indicou a casa e sua mobília. — Tudo isso dificilmente pode ser chamado de posses de um homem pobre.




 


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Autor(a): latinamica

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  • hellendutra Postado em 25/11/2012 - 03:34:42

    AI QUE LINDOS NEM ACREDITO QUE SE RESOLVERAM foi maravilhosa a web parabens.

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

    Amei o capitulo final foi perfeito, finalmente eles se revolveram. A wn foi maravilhosa parabéns!!

  • amolaliter Postado em 24/11/2012 - 19:16:49

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