Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 122 (terça 26/05/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Zé Trovão entrando no hospital municipal da Chapada dos Guimarães, onde a velha Biga ainda estava internada. Ele foi visitá-la.

Biga – Calma Trovão, calma, revolta meu filho, não trás nada pra vida!

Zé – Eu não to conseguindo me acalmar não dona, eu não estava preparado pra isso não, foi muito duro escutar o que eu escutei! Mas senhora sabia de tudo né, o tempo todo a senhora sabia de tudo!

Biga – É, eu sabia e não sabia!

Biga começa a ter outra de suas visões.

Zé – O que foi que a senhora ta arregalando esses olhos pra mim, o que a senhora ta vendo agora?

Biga – Teu sofrimento filho, é imenso, as nuvens escuras, ainda estão na tua vida!

Zé – Eu não estou te entendendo velha Biga.

Biga – O teu nascimento, ta incompleto, ta incompleto, teu nascimento ta incompleto, não é só isso não, ainda tem muito segredo, muito segredo ainda!

Zé – Que mais que pode existir que essa?

Biga estava sentindo as dores da mentira sobre o passado de Zé Trovão.

Zé – Calma, explica direito pra eu poder entender, fica calma, olha pra mim.

Biga – Vai buscar ela.

Zé – Ela quem?

Biga – Vai buscar ela, aquela, aquela Gorda, vai buscar ela!

Zé – A Gorda?

Biga – Trás ela pra mim filho, trás ela pra mim.

Zé ainda magoado – Eu não vou não, eu não quero falar com a Gorda agora não.

Biga – Trás ela pra mim, vai lá Trovão, trás ela pra mim, vai!

Corta cena para os peões procurando por Zé.

Niltinho – Aqui por perto do acampamento eu procurei por tudo e o Zé não ta não!

Zé Capeta – Lá pros lado da cachoeira tb não está não.

Niltinho – Eu acho melhor a gente procurar ele lá na cidade.

Zé Capeta – Mas na cidade? Ele não conhece ninguém lá!

Niltinho – Mas a gente tem que procurar lá tb, vamos se dividir e procurar em todo lugar, a gente tem que achar o Zé!

Corta cena pra Ana conversando com a menina Vera.

Ana – Vera desculpa, mas eu não posso te levar na casa da sua vó hj, tem algum problema se eu te levar só amanhã?

Vera – Não tem não Ana, eu fugi de lá já faz um tempo, um dia a mais, um dia a menos não vai ter problema nenhum!

Ana – Ta bom, mas eu prometo que amanhã eu te levo ta!

Clarice – Olha Ana, se vc e o seu Jesus quiserem ir atrás do Zé Trovão, pode deixar que eu tomo conta da menina.

Jesus – Vc quer ir filha?

Ana – Eu acho melhor deixar os amigos irem atrás dele né, ele me falou que queria ficar sozinho, sem mim!

Clarice – Eu vou fazer um cafezinho então, vamos comigo Vera?

Vera – Vamos.

Elas saem dali.

Jesus – Cadê o Chris filha, desde que vc voltou lá da Dulce que eu não vi mais ele.

Ana – É que a gente conversou seu Jesus, e a gente resolveu dar um tempo, eu acho que ta na hora de eu começar a cuidar da minha vida sozinha.

Jesus – É, eu acho que vc fez bem.

Ana – Tomara pai, mas o importante é que eu me decidi, eu acho que essas coisas todas que aconteceram fizeram que eu desse um rumo mais definido pra minha vida, agora eu vou cuidar mais da minha carreira, vou continuar procurando a Maria Lua, mas vou dar mais conforto pro senhor, pras meninas, vou tentar ter alguma de meu na minha vida!

Jesus – Vc ta certa, ta certa!

Corta cena para Zé que havia saído do hospital e parado num bar pra beber. Ele bebe muito, enche a cara pra esquecer dos problemas, depois sai de lá e começa a andar trançando as pernas, sem rumo, sem destino, até que ele caí na beira de uma estrada de terra. Ana tinha saído pra caminhar e encontra Zé caído no chão.

Ana – Zé??? Vc ta bem peão?

Zé bêbado – Vc me ama?

Ana dá um beijo em Zé.

Zé – Não vai mais embora, nunca mais vai embora, não me deixa mais peoa!

Ana – Primeira vc cura essa ressaca primeiro peão, depois a gente conversa.

Ana ajuda Zé chegar até o acampamento. Niltinho vê Ana chegando com ele.

Niltinho – Zé??? O meu Deus do céu o que que aconteceu com ele Ana?

Ana – Ele ta bem Niltinho, ele só bebeu demais, eu encontrei ele caído perto de casa, agora deixa eu levar ele até o caminhão dele, ele precisa dormir pra curar essa ressaca!

Ana coloca Zé na cama dentro do caminhão, tira as botas dele, volta dar um selinho nele que já estava dormindo e depois sai deixando ele se curar da ressaca.

André – Como é que ele ta hein Ana?

Ana – Ta bem sim, eu só acho que ele vai acordar mal por causa da ressaca! Tem uma coisa, no caminho todo pra cá, ele ficou falando que a Biga queria falar com a Gorda, eu vou lá avisar ela!

Ana sai.

André – Eu queria saber o que que deu no Zé Trovão pra beber desse jeito! O que será hein Bob?

Bob – Eu nem imagino André!

Corta cena pra Ana conversando com Gorda.

Gorda – A Biga quer falar comigo?

Ana – É, pelo menos foi o que o Zé Trovão falou o tempo todo até chegar aqui.

Gorda – E o que será que ela quer hein?

May – A não sei Gordinha, mas deve de ser importante né!

Gorda – Será que ela falou alguma coisa pro Zé? O que será que ele falou pra ele?

Corta cena pra Bob que vai pra sua barraca de fotos. Clarice estava cuidando de Alonso que tb tinha enchido a cara.

Clarice – Bob, que bom que vc chegou, o Alonso bebeu todas de novo!

Bob – O meu amigo, o que foi dessa vez?

Alonso – Eu não sou nada Bob, eu não sou nada! Sabe Bob, eu vou te contar uma coisa, um segredo que eu não tinha te contado, sabe aquelas cartas misteriosas que eu escrevo?

Bob – Aquelas que vc coloca as iniciais G.G.M.?

Alonso – Sim essas mesmo, é pra um escrito Colombiano chamado Gabriel Garcia Marquez, um escritor que eu admiro, hj aposentado, mas que escreveu grandes obras e que ganhou o prêmio Nobel de Literatura pelas obras que escreveu! Eu escrevo pra ela na esperança de que ele me responda, de que ele me diga (chorando), vc tem futuro, vc escreve bem, vc pode ser um grande escritor! Mas eu acho que nunca, eu acho que nunca eu vou ser capaz disso, se eu nem consigo dizer pra mulher que eu amo, que eu amo! (chorando e olhando pra Clarice) Mas eu amo, amo mais que Romeu amou Julieta, que Abelardo amou Eloísa, que Dirceu amou Marília! Mas isso daí não adianta não, tudo isso não tem a menor importância, não tem importância!

Alonso se levanta e vai pra cama dormir pra curar a ressaca. Corta cena pra Ana e Gorda que chegam no hospital.

Ana – O Gordinha, vc está tão nervosa, deixa eu ir com vc?

Gorda – Não, eu acho melhor não filha, eu vou sozinha ta!

Ana – Ta bom.

Gorda entra pra falar com a velha Biga.

Biga – Senta, senta aí.

Gorda – Que foi Biga, vc quer falar comigo?

Biga – Quero.

Gorda – O que Biga, fala?

Biga – Ela chora tanto... ta ouvindo, ta me ouvindo?

Gorda sem entender – Mas quem é que está chorando Biga?

Biga – Para de chorar... é, ela ta morrendo!!!

Gorda – Morrendo? Pelo amor de Deus Biga, quem é que está morrendo?

Biga – A mãe do Zé Trovão ta morrendo.

- Música instrumental de suspense.

Gorda – A mãe do Zé???

Biga – Ela ta viva!

- Música instrumental de suspense aumenta.

Biga – Ela ta viva!

Gorda – O que que vc ta falando??? A mãe do Zé Trovão ta viva???

Biga – Ta viva... morrendo, doente, sofrendo tanto, coitada!

Gorda – Não pode ser Biga, não pode ser, a mãe do Zé morreu, morreu, eu não vi ela morta, mas ela morreu qdo o Zé nasceu! O pai da Dulce e a Dulce viram e disseram que ela tinha morrido, que a Verônica tinha morrido!

Biga – Morreu não, não morreu!

Gorda – Vc deve de estar enganada Biga, vc deve de estar enganada, ela morreu, ela morreu e eu fiquei com o Zé pq ela morreu!

Biga – Morreu não, ela ta viva! Eu to ouvindo, vc ta ouvindo o choro dela?

Gorda – Eu não acredito, eu não acredito!

Biga – Ela ta viva, ela ta viva!

Gorda – Ela morreu, morreu Biga, ela ta morta, morta Biga!

Biga – Aíííí, ta sofrendo tanto! Ta chorando tanto! Saudade do filho dela!

Biga chora e depois adormece. Gorda sai do quarto e fala sozinha.

Gorda – Verônica? Verônica viva? Viva?

Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=r8yHFbH2hmI >

FIM DO CAPÍTULO 122