Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 123 (quarta 27/05/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Gorda indo na casa da Ana.

Gorda – Ana! O Ana, será que vc pode falar comigo um instante?

Ana – Claro Gorda.

Gorda – Aí que bom!

Corta para fora da casa, onde elas vão pra conversar.

Ana – A Biga disse que a mãe do Zé Trovão ta viva???

Gorda – Disse.

Ana – E isso é possível Gorda?

Gorda – Eu não sei Ana, depois que eu sai do hospital eu fiquei tentando me lembrar do que aconteceu, do que aconteceu lá em São Miguel das Missões, qdo a Verônica matou o pai do Zé.

Pensamento de Gorda, que se intercalam com sua narração do acontecido:

Cam mostra Verônica desesperada em cima do corpo de Azelino ali no chão e algumas pessoas do circo entrando atrás do picadeiro para verem o que tinha acontecido, entre elas estava Dulce.

Gorda – Ela ficou desesperada, completamente fora de si qdo viu o Azelino morto na sua frente!

Cam mostra Verônica chorando e com a arma na mão.

Gorda – É, ela tinha matado ele.

Cam mostra seu Walter Estrada chegando no local do crime e vendo a cena daquela tragédia.

Gorda – Mas o pai da Dulce, exigiu que ela apresentasse o número, pq ele não queria que o show fosse interrompido e que houvesse ainda mais confusão.

Cam mostra Walter Estrada arrastando Verônica grávida e chorando muito pra entrar no palco e se apresentar.

Gorda – Aí a Verônica mesmo grávida de quase nove meses, completamente transtornada, montou em seu cavalo e começou a fazer os seus números de equilibrismo.

Cam mostra Verônica em cima do cavalo se apresentando e de repente ela se desequilibra e cai do cavalo.

Gorda – Ela acabou levando um tombo horrível.

- Música de suspense.

Cam mostra Verônica no chão do picadeiro sentindo muita dor.

Gorda – E o Zé Trovão, nasceu no meio do picadeiro.

Fim do pensamento de Gorda.

Gorda – Eu não vi a Verônica morrer, eu só vi qdo a Dulce e o pai dela levaram a Verônica pro hospital, depois os dois voltaram e contaram pro circo todo que a Verônica tinha morrido, e depois disso, eu só sei que eles me deram o Zé e eu cuidei dele todos esses anos!

Ana – Mas Gorda, ninguém morre assim, não teve um enterro, vc não viu o túmulo da mãe do Zé Trovão?

Gorda – Não, eu cheguei a ver o túmulo com a lápide de Azelino, o pai do Zé, de Verônica nunca.

Ana – É muito estranho isso, a senhora acha que a Dulce está escondendo alguma coisa sobre a morte da Verônica?

Gorda – Eu não sei Ana, eu não to conseguindo acreditar no que a Biga me disse, mas ao mesmo tempo isso não me sai da cabeça e eu fico pensando, será que a Dulce foi capaz de fazer isso mesmo? Será que ela foi capaz Ana?

Ana – Eu não conheço a dona Dulce muito bem não Gorda, mas tanto eu qto a senhora sabemos que ela não mede nem esforço e nem conseqüência qdo ela quer conseguir uma coisa, agora, a senhora acha que ela teve algum motivo pra ter feito isso?

Gorda – Mas aí é que está o negócio, ela não tinha razão nenhuma pra mentir sobre a morte da mãe do Zé! Será que ela fez isso só por maldade?

Ana – Não sei Gorda, isso eu não posso lhe responder, agora, tudo que a Biga me falou aconteceu mesmo, se ela está dizendo que a mãe do Zé Trovão ta viva, é pq tem algum segredo muito grave aí e com certeza a Dulce deve de saber alguma coisa!

Corta cena pra Dulce deita nua no colo de Ucker em uma rede no estábulo. Corta cena pra Malvina chorando e contando que tinha visto os dois se beijando.

Albinha – Mas todo mundo te avisou Malvina que o Ucker não prestava e vc não quis ouvir! Vc ta cansada de saber que o Ucker morre de amor pela dona Dulce!

Malvina chorando – Eu sei disso Albinha, mas o que que meu coração pode fazer se ele não consegue acreditar nisso? Eu amo ele demais, vc sabe que eu sempre quis ter um namorado e nunca tive, ele foi o primeiro e eu não consigo tirar da minha cabeça a idéia de viver com ele a minha vida toda!

Albinha – Mas vc tem que tirar Malvina, vc tem que tirar, o Ucker não é o único homem no mundo, vai chegar um dia em que vc vai se apaixonar por outro.

Malvina – Eu não quero me apaixonar por outro homem, eu quero o Ucker, eu fui longe demais com ele Albinha, eu não posso mais voltar atrás.

Albinha – Vc acha que só por causa do que vc fez com o Ucker vc não vai poder se apaixonar por mais nenhum homem?

Malvina – Não sei, não foi essa a educação que o pai e mãe deu pra gente não, o pai até que foi muito tolerante qdo me viu lá naquela barraca com o Ucker, mas é que a gente Albinha, a gente foi criada pra ser mulher de um homem só, pra casar no religioso, no civil, ter filhos! Mas o que eu tenho visto por aí na televisão, é que as mulheres da cidade grande, elas são muito diferentes, fazem tudo diferente, é tão distante Albinha, é tão distante do mundo que a gente viveu lá na fazenda que eu fico até com medo viu, medo de querer ser de um jeito que eu nunca vou conseguir ser na minha vida!

Albinha – Mas pq que vc ta me falando tudo isso Malvina?

Malvina – Pq eu senti uma coisa muito ruim qdo eu vi o Ucker com a Dulce, pq eu senti que ele não me respeitava, pq eu senti que o amor que a gente fez, não significou nada pra ele, e pra mim Albinha, pra mim não podia ter sido diferente não, só podia ter sido ele, só ele, mais ninguém!

Albinha abraça a irmã. Cam mostra Marilda conversando com Chris. Chris tinha saído com ela depois da Ana ter terminado com ele.

Marilda – Chris, qdo é que a gente vai se ver de novo?

Chris – Não sei, mas a gente se vê.

Marilda sorrindo – Vc... vc não gostou?

Chris – Gostei, gostei, pq Marilda?

Marilda – Ah Chris, pq... pq eu gostei muito viu, é, gostei muito, fazia tempo que um homem não me fazia sentir o que vc me fez sentir hj!

Marilda beija Chris mas ele parece não corresponder muito aos beijos dela.

Marilda – O Chris, me beija!

Chris – Marilda, desculpa ta, eu não quero te magoar não, eu ainda to muito envolvido com a Ana, outra hora a gente se vê ta!

Marilda – Ta, ta certo, eu vou esperar essa outra hora então.

Chris – Bom, então tchau.

Marilda – Tchau Chris.

Corta cena. Estava chovendo na Chapada. Cam mostra Dulce deitada na rede ainda no estábulo e Ucker sentado no estrado no coxo. Gorda chega pra falar com ela.

Gorda – Eu queria falar com vc Dulce.

Dulce – Ucker, deixa eu ficar um instante aqui sozinha com a Gorda.

Ucker sai dali.

Dulce – O que que vc quer hein Gorda? Se vc veio até aqui pra chorar as suas mágoas por causa do Zé Trovão, acho bom vc procurar outro ombro!

Gorda – Vc é sínica hein Dulce!

Dulce – Mas o que que é isso, vc veio até aqui pra me insultar? Pode ir dando o fora, ta ouvindo bem, pq eu não estou nem com tempo e nem com vontade de ficar ouvindo as suas besteiras!

Gorda – Vc pode falar o que vc quiser Dulce, o que vc quiser, vc agora não me amedronta mais, vc não te mais nenhuma chantagem pra fazer comigo e por incrível que pareça, eu to me sentindo muito aliviada, aliviada mesmo por tudo isso que aconteceu!

Dulce – A é, ta se sentindo aliviada, eu quero ver se vc vai continuar se sentindo aliviada, depois que o Zé Trovão acordar do porre que ele tomou, depois de vcs olharem um nos olhos do outro!

Gorda – Vc tem muita certeza de que ele não vai me perdoar né Dulce?

Dulce – Tenho, tenho sim.

Gorda – Mas se vc tem tanta certeza assim, pq que vc estava aí com o Ucker hein Dulce, pq? Vai ver que é pq vc descobriu, que mesmo vc tendo destruído o Zé como vc destruiu, mesmo tendo separado ele de mim, vc nunca mais vai conseguir fazer ele voltar pra vc! Vc pode ter separado o Zé de mim sim, vc pode ter até conseguido que ele nunca mais olhe na minha cara, mas eu duvido muito, duvido muito que vc consiga trazer ele de volta pra vc, pq eu tenho certeza, que ele e a Ana vão ficar juntos!

Dulce – Vc veio até aqui pra me dizer essas coisas Gorda? Pois eu vou te dizer uma coisa, não to com vontade de ficar ouvindo as suas lamentações não, vc entendeu bem?

Gorda – Eu não vim aqui pra me lamentar não Dulce, eu só vim aqui pra fazer uma pergunta muito simples pra vc.

Dulce – Então pergunta logo!

Gorda – Eu queria saber, onde é que a Verônica foi enterrada Dulce?

- Música de suspense.

Dulce – Eu acho que eu não entendi direito o que vc me perguntou, vc quer saber onde a Verônica foi enterrada???

Gorda – É isso mesmo, eu to querendo saber onde é que ta o túmulo dela?

Dulce – Mas meu Deus, fazem 25 anos que essa mulher morreu e vc nunca se interessou em saber onde ela estava!

Gorda – É, mas agora eu to querendo saber onde é que ela está!

Dulce – Mas eu não sei responder Gorda, não sei mesmo, foi a polícia que cuidou na época de tudo, uma vez que a Verônica era a responsável pela morte do Azelino! Pelo que eu sei a Verônica não tinha nenhum parente, ela surgiu no circo assim de repente do nada, eu acho que meu pai nem sabia qual era o verdadeiro nome dela!

Gorda – E vc acha que ela pode estar enterrada lá em São Miguel das Missões com o Azelino?

Dulce – Não sei, não tenho a mínima idéia, a mínima!

Gorda – É, e nós estamos mesmo indo pro Sul né Dulce, se o Zé tiver interessado, a gente pode dar uma passadinha lá e ficar sabendo de mais alguma coisa, né?

Dulce – Eu não sei Gorda, isso é com vc, se vc quer aproveitar a sua ida ao Sul pra visitar cemitério, isso é problema seu!

Gorda irônica – É, é problema meu!

Gorda vai embora e Dulce fica pensativa. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=r8yHFbH2hmI >

FIM DO CAPÍTULO 123