Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 133 (segunda 08/06/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Zé, Marisa e Zézinho, embaixo de uma árvore. Zé estava lendo a carta que Marisa recebeu.

Zé – Tem meses que eu te mandei essa carta!

Marisa – Eu recebi ontem Zé, ta aí no envelope ó.

Zé – Quem é esse menino?

Marisa – Ele é... o meu filho.

Zé – Vc não me escreveu nunca mais!

Marisa – Como nunca mais? Eu te escrevia de dois em dois dias, te mandava uma carta atrás da outra Zé e nunca recebia a resposta!

Zé – Eu nunca recebi uma carta sua!

Marisa – Mas eu te mandei mais de 30 cartas!!!

Zé – Isso não interessa agora, interessa é saber como é que isso aqui chegou agora nas suas mãos?

Marisa – E eu sei lá! Deve de ter extraviado, alguém achou num monte de cartas perdidas e resolveu botar no correio, não sei! Mas como não interessa? Eu te mandei a minha vida nessas cartas, não saia do portão lá de casa esperando o carteiro chegar e entra pra dentro de casa com o coração partido cada vez que ele vinha e dizia: moça ainda não foi dessa vez, moça! Como é que vc nunca recebeu uma carta minha Zé?

Zé – Não recebi! Eu ainda te escrevi duas cartas antes dessa, até achei que vc tinha esquecido de mim!

Marisa – Esquecido Zé? Como é que eu podia me esquecer de vc? O que eu passei depois que a gente se separou! Eu nunca me conformei de vc ter me deixado pra ter entrado nessa companhia de rodeios! Zé, eu te amo, eu te amo! Eu sofri o que eu não pude tentando achar uma pessoa pra botar no seu lugar, no meu coração, fiquei grávida, mas eu nunca tive um homem como vc na minha vida! Vc se esqueceu de mim?

Zé – Eu te amei muito, te amei demais!

Marisa – Daí um dia eu fiquei sabendo que vc tinha virado o grande Zé Trovão, mas não tive coragem de te procurar, eu queria te esquecer, mas aí qdo eu vi eu já estava querendo saber se vc tinha ganhado ou perdido o rodeio, eu e ele, ele te adora Zé, disse que a primeira coisa que ele ia fazer era te pedir um autógrafo qdo chegasse aqui. Lembra que eu disse que qdo tu me escreve me chamando pra vir contigo nessa vida de rodeios que eu viria?

Zé – Eu lembro que vc me disse isso, mas acontece que mudou, agora eu encontrei o amor da minha vida nesse mundo de rodeio. Essa moça que estava aqui, a Ana, eu amo ela!

Marisa – Eu não esperava que vc estivesse sozinho depois de tanto tempo, mas depois que vc me escreveu uma carta dessas, dizendo: Marisa, eu to pensando muito em vc, to com saudade, do teu amor, Zé Trovão! Vc esperava o que Zé? Que eu chegasse aqui com a esperança de ser mandada embora de novo? (chorando) Que eu ia chegar aqui e te encontrar igual da outra vez depois de uma carta dessa Zé?

Zé – Essa carta tem meses que eu escrevi!

Marisa – Eu não to discutindo mais isso Zé, eu to falando do meu sentimento! Vc não pensou o que eu fiz pra chegar até aqui, pensou? O que eu fiz e o que eu não fiz pra chegar aqui em menos de dois dias, e sempre te vendo na minha frente falando, pensando assim, ele vai me dizer assim ó: Marisa, eu construí a minha vida pra poder te chamar, eu te esperando a 5 anos!

Zé – Não fala mais.

Marisa – Aí Zé, não me deixa Zé, por favor, não me deixa, não me deixa!

Dulce que estava espiando toda a cena escondida atrás de uma árvore, resolve se aproximar dos deles.

Dulce – Boa tarde! Desculpa eu estou atrapalhando?

Zé meio grosso – Não, vc nunca atrapalha!

Dulce – Quem é a moça, o menininho?

Zé – É Marisa, uma amiga minha.

Marisa – Prazer, ele é meu filho.

Dulce – Prazer, Dulce Estrada! Mas que menininho mais bonitinho gente, que gracinha!

Marisa – Obrigada.

Dulce – Vc estava chorando?

Marisa – É, teve um desencontro.

Dulce – Desencontro?

Zé – A Marisa é uma ex-namorada minha.

Marisa – Ele me deixou pra entrar na sua companhia.

Dulce – Verdade, deixou?

Marisa começa a chorar de novo.

Zé – Calma.

Dulce – Desculpe eu não estou entendendo nada, será que eu posso ajudar?

Marisa – Ele me escreveu, me chamando e dizendo que estava apaixonado, que era pra eu vir pra cá!

Zé – Calma.

Marisa – Calma Zé? E não foi isso? Aí meu Deus, pra que que eu fui sonhar tão alto, pra que Zé, pq?

Dulce – Calma, calma, me diz uma coisa, onde é que vc mora?

Marisa – Longe, no Rio Grande do Sul.

Dulce – Vc veio do Rio Grande do Sul só pra ver o Zé?

Marisa – Se a senhora recebesse uma carta, do homem que a senhora mais amou na vida inteira, depois de 5 anos, a senhora não teria feito o mesmo?

Dulce – Tinha, tinha sim, aliás tinha feito coisa muito pior! Agora vamos fazer uma coisa, fica calma, vamos resolver da seguinte forma, vcs vão ser os meus convidados essa noite, vcs dormem lá na barraca da Gorda e amanhã de manhã vcs decidem o que vcs querem fazer.

Zé – A Gorda é aquela moça que me criou, lembra dela?

Marisa faz sinal que se lembra.

Dulce – Então vamos, eu levo vcs até lá.

Marisa – Zé, eu não queria que tivesse sido assim.

Zé – Nem eu Marisa.

Marisa, Zézinho e Dulce saem dali. Corta cena pra casa de Ana. Ana estava no quarto com Malvina e seu Jesus vai chamá-la.

Jesus – O Zé está lá fora, ta querendo falar com vc.

Ana – Não quero falar com ele não pai.

Malvina – Fala com ele Ana.

Ana – Não tem explicação agora não Malvina, ele ficou muito atrapalhado na hora, deixa ele resolver lá o problema dele, ele demorou muito pra vir, manda ele voltar pra companhia que eu não quero ver ele não pai.

Seu Jesus vai falar pra Zé que a Ana não queria falar com ele e depois volta pra dentro.

Albinha – E então pai, o que que ele falou?

Jesus – Nada, pegou as rédeas da égua dele como se prendesse uma dor no peito e saiu de cavalo embora daqui!

Corta cena pra Zé ao lado de sua égua em um campo.

Zé – Trovoada, a gente precisa agir depressa, senão nós vamos acabar perdendo a Ana pra sempre!

Cam mostra a égua Trovoada piscando como se tivesse concordando com ele. Muitas coisa acontecem ali na Chapada antes deles partirem pro Sul. Ana magoada com Zé Trovão decide não mais montar uma companhia com ele e resolve aceitar a proposta de Ubiratam de abrir sua própria companhia, a companhia de rodeios Ana Raio. Zé estava disposto a provar pra Ana que foi vitima de uma armação e reconquistar o amor dela e tb já avisa a Dulce que o Rodeio no Sul será o último que ele se apresenta como contratado da companhia de rodeios Dulce Estrada, depois disso ele vai montar sua própria companhia, a companhia de rodeios Zé Trovão. May fica sabendo que sua mãe Dulce estava envolvida na transferência do Jacaré pra cadeia do Rio de Janeiro e revoltada decide deixar a companhia da mãe e vai pra companhia da Ana. Dulce despede Marilda de sua companhia, revoltada Marilda pede perdão a Ana por tudo que ela já fez pra ela e passa a fazer parte da companhia de Ana Raio. Clarice tb é uma nova integrante da companhia da Ana. Luminosa, Luminada e Chris decidem ficar na companhia da Ana tb. As caravanas partem pro Sul.

Santa Rosa – RS

As caravanas já estão instaladas cada uma no seu acampamento. Cam mostra Ana em uma baia onde estava seu cavalo o Raio.

Ana – Raio, o que que foi? Saudade da Trovoada? É raio, eu sei, é duro sentir saudade!

Cam mostra Zé que se aproxima de Ana sem que ela perceba.

Zé – Ana?

Ana sorrindo – Zé?

Zé – Será que a gente pode conversar um pouco, quem sabe até se entender?

Ana e Zé conversam muito e Zé finalmente consegue explicar todo o rolo da carta que Marisa recebeu. Ana perdoa Zé e eles voltam a ficar juntos. No Sul existiam figuras místicas, estranhas, figuras como a velha Biga lá da Chapada dos Guimarães, na verdade figuras representadas pela mesma personagem da velha Biga, uma dela é o Soldado da Revolução Farroupilha, que apareceu pro Zé como um fantasma.

Soldado – Protege a moça filho, protege ela, ele quer vingança, protege!

Misteriosamente o Soldado desaparece e Zé fica achando que viu um fantasma. Corta cena para Maria Lua que estava em uma igreja conversando com o padre Lizâneas tentando descobrir algo sobre sua mãe.

Carlos Vereza – Padre Lizâneas

Maria Lua – Bom dia padre.

Padre Lizâneas – Olá, bom dia.

Maria Lua - Será que eu poderia conversar com o senhor?

Padre – Claro, claro, vc quer se confessar?

Maria Lua – Não padre, na verdade eu gostaria de fazer algumas perguntas pro senhor, eu fiquei sabendo que o senhor é o padre aqui da paróquia já mais de 15 anos!

Padre – Sou sim filha, mas o que vc quer saber?

Maria Lua – Eu quero saber sobre uma moça chamada Any de Nazaré, o senhor a conheceu?

Padre – Any de Nazaré?

Padre Lizâneas se lembra da Any e conta o que ele sabe sobre o passado dela.

- Música de suspense.

Maria Lua – Quer dizer que a Any de Nazaré foi violentada???

Padre – Sim, e nasceu a menina que eu batizei.

Maria Lua – E como era o nome dessa menina?

Padre – Maria Lua.

- Música de suspense aumenta.

Padre – Vc está se sentindo bem?... O que foi?

Maria Lua – O senhor disse que a filha da Any de Nazaré se chama Maria Lua?

Padre – Disse, pq?

Maria Lua – E essa menina padre, o senhor disse que... o senhor disse que essa menina nasceu de uma violência?

Padre – Pq todo esse interesse?

Maria Lua – É que eu conheci essa menina, eu estudei com ela no colégio e me disseram que ela tinha vindo pra Santa Rosa, aí eu vim pra e me disseram que o senhor poderia saber alguma coisa dela.

Padre - Vc estudou com ela no colégio?

Maria Lua – É, ela foi muito minha amiga, depois eu nunca mais a vi, eu tenho vontade de reencontrar a Maria Lua.

Padre – É eu tb, eu tb gostaria de saber o que aconteceu com ela, o que aconteceu com a mãe dela!

Maria Lua – A mãe dela está viva padre, a Any de Nazaré está viva?

Padre – Eu não sei, qdo ela saiu de Santa Rosa ela era uma criança, tinha sido despejada da fazenda e tinha ido atrás da filha dela.

Maria Lua fica inconformada ao ficar sabendo da verdade sobre o seu nascimento.

Padre – Vc não está se sentindo bem?

Maria Lua – Eu tenho que ir padre, os meus pais estão me esperando, obrigada, com licença.

Padre – Ei, espera aí menina, qual é o seu nome?

Maria Lua sai sem dizer nada.

- Música Maria Lua < http://www.youtube.com/watch?v=pbnQXCsRVU8 >

Maria Lua se senta na escadaria da igreja e chora, chora muito por saber que é fruto de um estupro por parte do seu pai Canjerê e que ainda ele seqüestrou ela dos braços da mãe qdo ainda era recém nascida.

Maria Lua grita – Violentadaaaaaaaaaaaa!!! Canjerê... as marcas na cara do meu pai, então era isso, nunca teve incêndio nenhum, a Any de Nazaré foi violentada pelo Canjerê, (chorando) por Canjerê o meu pai! Ele matou o meu avô, violentou a minha mãe e me raptou! A minha mãe pode estar viva? Quem pode me responder isso? Viva! A minha mãe pode estar viva!

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- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=-FQMDzH2v_Q >

FIM DO CAPÍTULO 133