Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 134 (terça 09/06/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Verônica, a mãe de Zé Trovão, viva, porém numa cadeira de rodas, conseqüências da queda que levou do cavalo no dia em que Azelindo morreu, dia tb em que Zé Trovão nasceu.

Elisabeth Savalla – Verônica (mãe de Zé Trovão)

Após a queda do cavalo e o nascimento de Zé Trovão, Verônica não havia morrido como Dulce e o pai disseram para o pessoal do circo, ela havia apenas ficado paraplégica. Dulce e o pai trataram de interná-la em uma casa de repouso em Piratini (RS) temendo que ela se lembrasse do acontecido na no momento em que a arma disparou e matou o pai de Zé Trovão. Nessa clínica Verônica era cuidada pela enfermeira Helena e pelo bondoso Ranufo.

Ana Lúcia Torre – Enfermeira Helena

Fúlvio Stefanini – Ranufo

Verônica fica sabendo que a caravana de rodeios de Dulce Estrada estava no Sul e que seu filho Zé Trovão tb estava. Não conseguindo se conter, escreve uma carta ao filho dizendo ser Elisa, uma amiga de sua mãe e que quer muito conversar com ele. Zé vai ao encontro dessa tal Elisa, mal sabendo se tratar de sua própria mãe.

Zé – Bom dia.

Helena – Bom dia, com licença.

Helena sai deixando Zé e Verônica a sós.

Verônica sorrindo – Que bom que vc veio!

Zé – Eu queria saber uma coisa da senhora, é pq eu to achando tudo isso um pouco estranho, quem é a senhora? Pq a senhora me chamou até em Piratini? Isso tudo é muito importante pra mim, eu acho que a senhora pode entender isso, eu preciso saber quem é a senhora, a senhora foi amiga da minha mãe? Como é o nome da senhora?

Verônica – Meu nome é Elisa, eu conheci sua mãe em Minas Gerais, nós éramos da mesma cidade, eu e sua mãe... qdo ela ficou grávida, ela me pediu que eu guardasse um documento, ela estava com medo de que acontecesse alguma coisa, os recursos naquela época não eram como os de hj e eu guardei esses documentos pra que se algum dia pudesse servir pra vc, (sorrindo) o filho da Verônica, mas aí aconteceu aquele acidente no circo, eu nunca mais soube de vc, do filho da Verônica, aí eu tive o acidente que me deixou nessa cadeira de rodas e fiquei todo esse tempo em São Miguel das Missões. Eu passei 25 anos, pensando no filho dela, como se ele fosse meu!

Zé – E como a senhora soube que esse filho era eu?

Verônica emocionada – Helena, por favor, trás o retrato do pai dele.

Helena vai buscar oi retrato do pai de Zé.

Zé – A senhora sabe que eu nunca vi uma foto do meu pai!

Verônica – Nunca?

Zé – Nunca, a única lembrança que eu tenho dele é esse relógio aqui (mostrando o relógio), e um chapéu velho que eu já aposentei. A Gorda sempre disse que ele era muito parecido comigo.

Verônica sorrindo – Muito, muito, e foi por isso, que qdo eu vi a sua fotografia no jornal, eu notei a semelhança e procurei saber o seu nome. Imagine a minha alegria em poder encontrar vc depois de tantos anos!

Helena volta trazendo a foto do pai de Zé.

Verônica – Obrigada Helena. (mostrando pra Zé) Seu pai, Azelino! Sua mãe o amava muito, e ele tb amava muito a sua mãe!

Zé – A senhora me dá essa foto?

Verônica – Claro, ela é sua. Vc... vc nunca viu uma foto da sua mãe?

Zé – Não.

Verônica – Eu não pude amparar vc qdo vc era uma criança como sua mãe queria, agora vc já é um homem feito! Zé, posso pelo menos me considerar sua amiga?

Zé sorrindo – A senhora já provou isso, me entregando esses documentos, me trazendo essa foto do meu pai...

Verônica – Vc ainda está na companhia da Dulce Estrada?

Zé – Essa é a minha última apresentação pela companhia da Dulce Estrada, agora eu vou montar a minha própria companhia!

Verônica emocionada – Eu só quero a sua felicidade e... eu gostaria muito de contar com a sua amizade! Me dê seu chapéu e a foto?

Zé entrega-lhe o chapéu e a foto do pai dele. Verônica guarda a foto de Azelino dentro do chapéu de Zé e depois diz:

Verônica – Leve o seu pai consigo, e por favor, não queira mal a sua mãe!

Zé beija a mão de Verônica.

Zé – Muito obrigado!

Depois Zé vai embora e Verônica comenta com Helena.

Verônica – Ah Helena, (chorando) ele odeia a mãe dele! O que foi que fizeram com ele, (chorando) o que foi que fizeram com o meu filho???

Corta cena pra um dia depois, noite. Verônica e Helena estavam dentro da casa onde moravam. Estava muito frio e alguém bate na porta.

Verônica – É meu Helena, é ele!

Helena – Calma Verônica, deixa eu ver quem é.

Ao abrir a porta Helena se assusta ao ver Dulce Estrada.

Dulce sínica – Que prazer em vê-las aqui em Piratini! Não vai me convidar pra entrar?

Helena não diz nada, então Dulce resolve entrar assim mesmo.

Dulce – Com licença.

Dulce vai até Verônica e diz:

Dulce – Vc está pensando que eu sou idiota? Hein Verônica? O teu bilhetinho nunca chegou nas mãos do teu filhinho e se depender de mim não vai chegar nunca! Será que eu não fui bem clara qdo eu te disse que eu não queria que vc se aproximasse do Zé Trovão? O que que vcs estão fazendo aqui em Pirati?

Verônica – Eu quero ver o meu filho!

Dulce – Eu te denuncio hein Verônica!

Verônica – Vc não vai me separar dele como me separou do pai!

Dulce rindo – O Azelino nunca te amou!

Verônica – Mentira!!!

Dulce gritando – Nunca!!!

Helena – Falem baixo por favor!

Dulce gritando ainda mais – Azelino nunca te amou Verônica!

Verônica – Não é verdade, vc sabe disso, ele me amava e iria embora comigo naquele dia!

Dulce – Vc engravidou pra poder segurar o homem.

Verônica – Meu Deus, mas isso não é verdade Dulce!

Dulce – Ele não queria ter esse filho, nem vc queria ter esse filho! O Azelino nunca te amou e o teu filho sabe disso.

Verônica – Como é que vc pode Dulce?

Helena – Vai embora Dulce, por favor!

Dulce rindo – Se vc amasse o Azelino, vc não teria puxado aquele gatilho, vc destruiu a vida dele, a tua e agora ta tentando destruir a minha! Foi por isso que vc queria que o Zé Trovão viesse aqui, entregando lhe aquele documento! Eu vou te falar uma coisa Verônica, vc vai ficar até satisfeita, eu e o Zé Trovão nos separamos sim, mas não por muito tempo, vc não vai conseguir outra vez, e se vc tem amor a vida, vc devria voltar correndo para aquela casa de repouso, entendeu? (jogando beijo) Tchau Verônica!

Dulce vai embora.

Verônica – Helena, nada do que ela disse é verdade.

Helena – Eu sei Verônica, eu sei!

Corta cena pra Bob que entra num velho cinema de Piratini, onde ele foi muitas vezes com Elisa, assistir filme. Bob tinha reencontrado Elisa, porém o que ele não sabia era que ela na verdade se chamava Verônica e era a mãe de Zé Trovão. Elisa esplicou pra Bob que ela se apaixonou por um outro homem (Azelino) e que eles eram muito jovens qdo se conhecerem, pediu perdão por ter feito ele sofrer tudo o que tinha sofrido. No cinema vazio, Bob estava com várias fotos dela na mão e espalha no chão relembrando os momentos bons que passou junto da mulher que amou. Ranufo era o zelador do cinema que aparece pra falar com Bob.

Ranufo – O senhor comprou o seu ingresso ou entrou de penetra?

Bob pega uma das fotos de Elisa e entrega a Ranufo.

Bob – Toma, pode ficar com ela.

Ranufo – Uma foto?

Bob – Vale como ingresso, aliás todas elas. Cada foto que eu tirei era como se eu tivesse comprando um ingresso pra minha felicidade, só que eu não consegui ver esse filme.

Ranufo – O filme que vc queria ver né!

Bob – Que idiota, que idiota!

Ranufo – O Alonso me disse que vcs se reencontraram!

Bob – Como é que eu pude meu Deus do céu, como é que eu pude! É como se o senhor visse o mesmo filme todos os dias e achasse que o Chaplin da tela, não envelheceria jamais, e se recusasse a ver o próximo, e o próximo, e o próximo, e achasse que ele seria o mesmo, o mesmo vagabundo de cabelos pretos e o senhor o mesmo garoto que comia pipoca diante da tela do primeiro cinema, dá pra entender?

Ranufo – Eu continuo sendo o mesmo garoto, e o Chaplin pra mim não morreu.

Bob – Mas ele morreu, ele morreu, a realidade é que ele morreu, o Chaplin, o Mazarope, os Oscarito, todos eles morreram, não tente se enganar, não tente me enganar!

Ranufo – Não, não, não morreram, o dia em que eles morrerem nós morreremos juntos, é diferente Bob, a fantasia não morre nunca!

Bob – E  pq a minha morreu, pq?

Ranufo – Pq não era fantasia, era real, vc fantasiou a sua realidade e ficou com a fantasia, não a realidade que se enfrente que não faça a gente sofrer!

Bob recolhe as fotos de Elisa do chão.

Bob – 27 anos Ranufo, 27 anos!

Ranufo – Olha eu posso ver o meu Chaplin hj como via a 27 anos atrás, mas vc não pode ver a sua Elisa e eu não posso ver a minha Luíse e meu filho que partiu com ela a mais de 27 anos! Devolva os seus ingressos Bob e peça de volta o seu dinheiro que vc pagou por eles um alto preço e faça o seu filme, onde vc deve ser o ator principal.

Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=-FQMDzH2v_Q >

FIM DO CAPÍTULO 134