Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 140 (terça 16/06/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Na cidade de Piratini os moradores estavam organizando uma movimentação para salvarem o antigo cinema da cidade que estava pra ser fechado. Bob era quem estava a frente disso.

Bob – Olha lá quem eu estou vendo, a Ana Raio e o Zé Trovão a cavalo! Agora que isso aqui vai bombar mesmo, eu tenho que chamar o Ranufo!

Alonso pega um mega fone e começa a chamar toda população.

Alonso – Atenção população de toda Piratini, Ana Raio e Zé Trovão estão na reinauguração do Cine Piratini!

Corta pra Bob chamando Ranufo.

Bob – Ranufo, Ranufo, uma ótima notícia, o Zé Trovão e a Ana Raio acabaram de chegar, a cavalo, trazendo uma multidão atrás dele, estão lá dando autógrafos, o Alonso está no mega fone anunciando uma sessão de cinema para as 20 horas!

Ranufo – Que bom hein Bob.

Bob – O que foi Ranufo?

Ranufo – Eu estou aqui pensando...

Bob – Ranufo, Ranufo, vamos lá pra frente do cinema, se anima, o que foi que te deu?
Ranufo triste – Eu vou a instancia do Gaudêncio, eu vou oferecer pra ele as únicas coisas de bem que restam na vida, como garantia do empréstimo que eu tenho que pedir pra ele, eu vou oferecer o meu piano e esta jóia (mostrando uma linda jóia).

Bob – Que beleza!

Jandira – É lindíssimo, é uma esmeralda?

Ranufo – É, esta jóia tem uma história sabe Jandira, quem me deu foi a Olga Prado!

Jandira – A Olga Prado, Ranufo?

Ranufo – É, Olga Prado, uma grande, grande, grande, amiga! Uma cantora como eu vi poucas na vida, uma voz fantástica e um coração enorme! Ela me deu essa jóia qdo ela tentou a vida artística no Rio de Janeiro, foi pra lá, e ela me deu essa jóia pra que eu pagasse na época a hipoteca do jornal, pq ela não se conformava que uma cidade como essa, que já tinha perdido a arte, já tinha perdido o teatro, ia perder tb o jornal! Eu vou levar pro Gaudêncio.

Bob – E qto é que o senhor acha que custa isso aí?

Ranufo – Ah não sei Bob, deve valer um terço do que vale o prédio, mas eu acho que pro Gaudêncio vale mais, vale 3 vezes o valor do meu prédio sabe.

Bob – Espera aí Ranufo, eu não estou entendendo?

Ranufo – É que o Gaudêncio, Bob, foi apaixonado pela Olga, e é capaz de ficar com essa jóia, o que eu não acho justo é oferecer essa jóia pra alguém que não seja ele. Ele tem tanto carinho por isso vai pagar muito mais.

Bob – O senhor quer que eu lhe acompanhe?

Ranufo – Não Bob, não precisa, eu vou sozinho.

Bob – Certo.

Ranufo sai triste dali. Corta cena pra Maria Lua caminhando no campo com Lina indo falar com Sebastião.

- Música Maria Lua < http://www.youtube.com/watch?v=pbnQXCsRVU8 >

Maria Lua – Moço?

Sebastião – É vc outra vez?

Maria Lua – Desculpa Sebastião, mas é que eu precisava saber de umas coisas, é sobre a minha mãe o senhor estava falando dela outro dia, o meu nome é... é Maria Lua.

Sebastião – Maria Lua? Letícia Ferreira! (risos)

Maria Lua – O senhor conheceu ela?

Sebastião – Eu te levei pra batizar guria, Maria Lua, como vc cresceu!

Maria Lua – O senhor sabe onde ela está?

Sebastião – A prostituta!

Maria Lua – Prostituta?

Sebastião – Arrumou um dinheiro e saiu de Santa Rosa, foi lá pra Bahia abrir um bordel!

Maria Lua assustada – A minha mãe é uma prostituta?

Sebastião – Era, se eu disse!

Maria Lua – E o senhor disse que ela foi pra Bahia pra abrir um bordel?

Sebastião – Foi pra Bahia.

Maria Lua – Mas pra que lugar da Bahia?

Sebastião – Foi pra Bahia... Bahia de todos os santos (risos).

Maria Lua – Eu sei que foi pra Bahia, mas pra que lugar?

Sebastião – Foi com muita grana, muita grana pra abrir um bordel (risos).

Maria Lua – E aonde fica esse bordel?

Sebastião – Ué, fica na Bahia!

Lina – Vamos embora Maria Lua, ele não vai se lembrar.

Sebastião – E, como eu não vou me lembrar! Eu já fui a Bahia, lá é bonito (risos), lá é muito bonito (risos). Vc já foi a Bahia?

Maria Lua – Não, eu nunca fui a Bahia, mas eu gostaria de ir e encontrar com a Letícia Ferreira, o senhor não sabe onde ela está na Bahia?

Alguns capangas do coronel Gaudêncio aparece atrás de Sebastião. Lina e Maria Lua se escondem.

Sebastião – Ei, ei, o que que há, o que que vcs querem?

Capanga – O doutor Gaudêncio mandou te levar pra instancia.

Sebastião – Instancia? Fazer o que lá na instancia do Gaudêncio?

Capanga – Ele quer falar contigo.

Sebastião – Tu estais ficando importante demais Bastião, é muita gente que te quer! (risos)

Os capangas colocam Sebastião em um cavalo.

Sebastião – Como é a vida, tanto tempo nessa tapera, me respeitem! (risos)

Os capangas de Gaudêncio levam Sebastião dali.

Lina – O que será que eles querem com o Sebastião Maria Lua?

Maria Lua – Não sei, só sei que eu preciso descobrir a cidade da Bahia que a minha mãe está e ir atrás dela Lina!

Corta cena para pensão de dona Jandira.

Verônica – Mas ele não disse?

Lina – Não disse, chegaram uns peões a cavalo e levaram o homem pra uma instancia.

Maria Lua – Eu preciso saber em que cidade da Bahia ela está, eu tenho que achar a minha mãe.

Helena – Mas então ele conheceu mesmo ela?

Maria Lua – Conheceu sim dona Helena, a minha mãe era uma prostituta, e ela foi pra Bahia pra abrir um bordel!

Verônica – Ah Mariana, quem sabe ele se enganou!

Maria Lua – Não ta enganado não e eu tb não quero mais me enganar, eu preciso saber dessa história toda, eu quero saber da verdade doa o que doer.

Helena – E o que nós podemos fazer pra te ajudar?

Maria Lua – Obrigada, eu nem sei como agradecer as senhoras, mas eu vou atrás dessa mulher, eu vou saber em que cidade ela está, e eu vou atrás da minha mãe.

Helena – Lina, já está ficando um pouco tarde, vamos indo né.

Lina – Fica tranqüila Mariana, amanhã de manhã a gente volta.

Helena – Não precisa ficar com medo viu Mariana, nós vamos dar um jeito!

Maria Lua e Lina saem dali.

Helena – Fica com Deus Elisa!

Verônica – E vc vai com Ele! Ah Helena, uma menina a procura de uma mãe e eu em busca do meu filho, o que o destino faz com a vida das pessoas!

Corta cena para seu Jesus escutando rádio, até que chega May, Albinha e Malvina.

May – E então seu Jesus, o senhor não vai?

Jesus – Não sei não filha, cinema me trás recordação, eu e a Candinha, a gente viu um filme muito bonito, junto, de mãos dadas!

Malvina – O pai, vamos sim, vai ser bom, vai ser ao ar livre, se o senhor não gostar do filme a gente volta.

Marilda e Chris tb chegam ali.

Marilda – Que não vai gostar o que Malvina, o seu Jesus vai adorar!

Albinha – Ah pai vamos vai, a gente vai se divertir juntos, vamos?

Chris – E a Ana hein, a Ana que não chega!

Jesus – Ela e o Zé deve de ter ido direto.

Malvina – Pai vamos logo senão a gente vai chegar atrasado.

Chris – Vamos, vamos sim seu Jesus, sabe pq que nós vamos? Pq hora que aquela luzinha do cinema apagar eu tenho certeza de que o senhor vai arrumar uma manorada seu Jesus!

Todos riem. Corta para frente do cinema. Ana Raio e Zé Trovão já estavam lá.

Clarice – Foi ótimo vcs terem vindo, ta vendo, a cidade inteira saiu de dentro de casa.

Alonso – Vcs estão mais famosos do que artista de cinema, é capaz das pessoas ficarem olhando mais pra vcs do que pro filme!

Ana rindo – Acha Alonso!

Bob – Não, é verdade, é verdade, vcs atraíram gente de toda a vizinhança, esse pessoal aqui por exemplo é de Cambuçu não é pessoal? Pois é, isso aqui vai ser um sucesso, olha lá a Marlene como que está vendendo engresso!

Clarice – Ah eu vou ajudar, da licença.

Zé – E o seu Ranufo, já veio lá do seu Gaudêncio?

Ana – Olha ele lá.

Ranufo – Que beleza que está isso! Eu vou precisar virar a parede do cinema pra praça pra todo mundo poder ver o filme!

Bob – Ranufo, como é que foi lá?

Ranufo meio triste – Eu vendi a jóia.

Zé – Então vamos comemorar Ranufo, sessão de cinema até amanhã cedo e a cerveja é por minha conta hein!

Todos aplaudem. Ana vê a Moça da Cacimba no fundo da praça e vai atrás dela.

Zé – Ué, cadê a Ana?

Cam mostra Ana se aproximando da Moça da Cacimba.

Moça – Eu sabia que tu virias guria! Eu to vendo dor, dor e perigo, perigo e morte!

Ana – Morte?

Misteriosamente ela desaparece de novo e Zé chega ali.

Zé – Ana?

Ana – Zé, ela apareceu de novo lá no cinema, aí eu segui ela, falei com ela e ela sumiu! Ela só falou em dor, desespero, escuridão, três mortes!

Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=-FQMDzH2v_Q >

FIM DO CAPÍTULO 140