Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 150 (sábado 27/06/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra seu Ubiratam chegando numa casa simples feita de tijolos de barro, sem rebocar. Ele entra na casa com um saco de compras na mão. Ubiratam anda pelos cômodos da casa como se estivesse procurando por alguém, até que ele para na porta de um quarto e podemos ver alguém deitado na cama, mas não sabemos que é, pois está totalmente coberto com cobertor. Ubiratam põe as compras em cima de uma mesa que fica no cômodo ao lado do quarto e diz:

Ubiratam – Eu trouxe algumas coisas do supermercado, tem comida, bebida e coisas de higiene pessoal. Desculpa ter te deixado aqui, mas é que eu precisei resolver uns problemas, vc quer comer?

Ubiratam pira de dentro das compras que havia levado para aquela casa um pedaço de rosca doce e leva até o local onde estava aquele pessoa deitada na cama.

Ubiratam – Acho bom vc comer alguma coisa.

Ele senta-se ao lado da pessoa na cama, mas ainda não podemos ver quem é.

Ubiratam entregando o pedaço de rosca doce – Tom isso... toma.

- Música de suspense.

A pessoa que estava coberta começa a se descobrir lentamente e podemos perceber se tratar de Ana Raio, que na verdade estava viva.

- Música de suspense aumenta.

Ana – O que que eu to fazendo aqui nessa casa? Pq que eu estou aqui?

Ubiratam – Pq eu te salvei.

Ana Me salvou? O que aconteceu com o Canjerê? (assustada) Ele estava querendo me matar, a casa estava pegando fogo!

Ubiratam – Eu te salvei Ana, eu entrei naquela cabana, vi vcs dois brigando ali no chão, a casa já estava quase que totalmente em chamas, eu tinha que fazer alguma coisa, eu precisava te salvar, foi aí que eu peguei a minha arma pra atirar nele, no Canjerê, mas vc estava por cima dele, tive medo de te acertar se eu atirasse. Então eu dei um tiro no chão, do lado de vcs, vc se assustou e desmaiou, o Canjerê pensou que vc estava morta e fugiu!

Ana – E pq eu estou aqui nessa casa?

Ubiratam – Depois que o Canjerê fugiu, eu te tirei daquela cabana em chamas e te trouxe pra cá, te escondi aqui, todos estão pensando que vc está morta Ana, fiz isso pra sua segurança e pra segurança dos que vc ama!

Ana chorando – Todo mundo ta pensando que eu estou morta??? Eles precisam de mim, eles dependem de mim! O senhor está certo, pra proteger a minha vida e a dos que eu amo, mas por favor, vamos arrumar um jeito de ver se o Canjerê sai mesmo da cidade, agora que ele pensa que eu morri! Eu não posso deixar a minha família sozinha seu Ubiratam!

Ubiratam - Qto a isso não tem problema, amanhã cedo eu vou começar a investigar, saber se o Canjerê já saiu da cidade, ah, e vou comprar tb uns medicamentos pros teus curativos, mas fica tranqüila e por favor Ana, confia em mim!

Ana – Eu não tenho outro jeito!

Em Treze Tílias o padre Lizâneas estava celebrando uma missa como ultima homenagem a Ana Raio. Estavam todos nessa missa, todos muito tristes e abatidos com o que aconteceu.

Padre – Meus amigos, estamos aqui reunidos em nome do Senhor, para prestarmos a nossa última homenagem a Any de Nazaré, Any de Nazaré que teve, tão bruscamente a vida interrompida na sua passagem pela terra!

Cam vai  ficando o rosto de todos tristes e chorando, eles traziam consigo flores para homenagear Ana. Corta cena para Verônica que estava contando pra Maria Lua da morte de Ana Raio.

Maria Lua espantada – Aí, morreu???

Helena – Tu a conhecias Mariana?

Maria Lua – Aí, não é possível! Coitada!

Verônica – Helena, quem foi esse homem que assassinou a moça?

Helena – Eu não sei bem, é um homem com um nome estranho, parece que foi qualquer coisa assim de vingança.

Verônica – Eu nunca pensei que o Zé Trovão fosse apaixonado por essa moça! Qdo eu o vi abraçado com aquele menino lá na arena em Piratini, eu pensei que ele gostasse daquela moça que estava junto com eles.

Maria Lua – Eu queria ser como ela.

Verônica – Como assim Mariana?

Maria Lua – Eu queria ser como a Ana Raio depois que eu vi ela montando, ela me d eu um autógrafo lá na Chapada dos Guimarães, mas depois que eu soube que ela estava do lado do homem que está me perseguindo eu me decepcionei muito! Mas eu não queria que ela morresse!

Verônica – Helena, eu queria ver o Zé Trovão, ele deve de estar precisando!

Corta cena para Zé Trovão que estava se preparando pra voltar a Piratini.

Gorda – Mas vc vai fazer o que lá em Piratini, Zé?

Zé – Deixa comigo que eu sei o que eu estou fazendo Gorda.

Marisa – O Zé, tu nem ta comendo, tu nem ta dormindo, vai fazer o que de novo em Piratini?

Zé – Marisa, minha vida não vai ter sossego enquanto eu não encontrar esse homem!

Gorda – Mas que homem Zé?

Zé – O Canjerê, Gorda, enquanto eu não ver esse homem apodrecer na cadeia eu não vou ter sossego, e eu vou encontrar ele viu!

Corta cena para acampamento de Zé Trovão. Lina chega correndo a afobada atrás de Marlene.

Niltinho – O que aconteceu que vc está com essa cara Lina?

Lina – Não é nada não Niltinho, eu preciso falar com a Marlene, vamos Marlene?

Niltinho – Mas então fala logo de uma vez, vc está aflita!!!

Lina – Por favor Niltinho, é uma coisa minha com a Marlene!

Lina puxa Marlene dali e as duas saem correndo.

Niltinho – O André, o que será que aconteceu?

André – Isso é coisa de mulher Niltinho, se fosse coisa séria ela falava pra vc.

Corta cena para Lina conversando com Marlene.

Marlene – Vc ouviu o que do Rodrigo?

Lina – O Rodrigo falou que eles iam pegar a Mariana!

Marlene – Então vamos correr até a casa da dona Elisa e aviar a Mariana que ele precisa fugir Lina!

Lina – Vamos logo então Marlene!

As duas saem correndo. Corta cena para Maria Lua que estava no quintal da casa de Verônica conversando com ela. Cam mostra Mosca e Rodrigo escondidos atrás de umas árvores espiando as duas.

- Música de suspense.

Marlene e Lina chegam correndo e avisam Maria Lua pra ela fugir. Maria Lua sai correndo e Rodrigo e Mosca saem de trás das árvores e correm atrás dela. Maria Lua mais uma vez consegue fugir dos bandidos. Corta cena para casa onde Ana estava escondida. Ubiratam tinha levado Chris até lá. Ele entra na frente e Chris vai se aproximando da casa desconfiado, sem saber o que estava acontecendo, de repente, Ana aparece na porta da casa pra surpresa de Chris. Chris fica completamente sem palavras, ele apenas se aproxima de Ana, toca em seus cabelos e a abraça.

Chris chorando – Vc ta viva, ta viva! Vc ta viva Ana? Meu Deus do céu, o seu Jesus está desesperado, todo mundo está desesperado Ana!

Ana – Eu não tive outro jeito Chris!

Ubiratam – Caso o contrário, ela poderia estar realmente morta Chris!

Chris – Aí meu Deus, eu não estou entendendo, a gente fez o seu enterro Ana, pra que isso? Eu não acredito no que eu to vendo!

Ana – Chris, o Canjerê me achou, aquelas ameaças que eu estava recebendo, era tudo dele mesmo e ele tentou me matar Chris, se não fosse o seu Ubiratam, eu agora estava morta de verdade!

Chris – Mas pra que se esconder aqui, pra que se esconder de todo mundo Ana?

Ana – Pro Canjerê achar que eu morri Chris, por isso o enterro!

Chris – Me abraça.

Ana abraça forte Chris.

Chris – Mas agora em explica uma coisa, como é que o Canjerê te pegou e ninguém viu, só o seu Ubiratam que viu, como é que foi isso?

Ubiratam – Na volta eu te explico Chris, o importante agora é ninguém saber que ela está viva.

Chris – Ninguém? Mas como?

Ana – Calma Chris.

Chris – Mas calma como? Até qdo Ana? Ta todo mundo desesperado!

Ubiratam – Até o Canjerê sair da cidade e a gente ter certeza de que ele não vai mais perseguir o seu Jesus e a qualquer pessoa ligado a Ana.

Ana – Eu to fazendo isso pra proteger vcs Chris, eu não posso permitir que o Canjerê tire da minha vida as pessoas que eu amo, ele já tirou a minha filha, o meu pai, eu não posso deixar ele tirar mais ninguém, vc ta me entendendo Chris? Isso não vai ser por muito tempo.

Chris – É difícil de entender, mas eu to entendendo.

Ana – Eu pedi pro seu Ubiratam te trazer aqui, pq a companhia não pode acabar Chris e vc é a única pessoa capaz de manter todo mundo junto, unido, vc e seu Ubiratam vão ter que convencer todo mundo a não desistir, ninguém pode desistir, nem a Albinha, nem a Malvina, ninguém!

Chris – Mas Ana, deixa eu contar pro seu Jesus, pelo amor de Deus, ele ta sofrendo tanto Ana!

Ana – Por favor Chris, eu to fazendo isso pra proteger ele, principalmente ele! O seu Ubiratam vai explicar melhor pra vc, só faz um favor pra mim, vai lá na instancia do seu Gaudêncio e vê se vc consegue descobrir com o Sebastião, pra onde foi a Letícia Ferreira, vc faz isso pra mim Chris?

Chris – Claro que eu faço Ana! Ah, meu Deus, eu to olhando pra vc aqui Ana, eu to me lembrando da sensação que eu tive qdo eu voltei pra vida depois daquele acidente que vc me salvou daquele caminhão vc se lembra? To sentindo agora a mesminha sensação, to sentindo como se eu tivesse começado a viver tudo de novo!

Os dois se abraçam. Corta cena para Zé Trovão na rodoviária de Piratini. Ele estava atrás de Canjerê. Cam mostra Canjerê e Mosca na rodoviária, prontos pra fugirem dali. Zé avista eles.

- Música de suspense.

Canjerê olha pra trás e vê Zé. Ele e Mosca saem correndo. Zé tenta ir atrás dele, mas uma multidão de fãs dele o cercam pedindo autógrafo. Mosca pega um carro e eles decidem tentar fugir de carro mesmo. Na saída da cidade estavam fazendo uma barreira policial. Eles estavam procurando por Canjerê. Mosca fica preso na fila de carros que estava pra sair da cidade. Sem saber o que estava acontecendo ele desce do carro e vai ver do que se tratava, depois retorna ao carro e fala:

Mosca – Uma barreira policial doutor, estão procurando um homem.

Canjerê – Eu vou me enfiar no meio dessas pessoas aí, entro no mato e vc me espera a uns 2 quilômetros daqui.

Mosca – E se verem o senhor doutor?

Canjerê – Não vão me ver não.

Canjerê se embrenha no meio do mato e foge da policia. Zé não consegue pegá-lo. Corta cena para Zé conversando com o filho que havia lhe dado um presente, uma correntinha de Nossa Senhora Aparecida.

Zé – Vc comprou isso com o seu dinheiro?

Zezinho – Comprei, foi 250 reais.

Zé sorrindo – 250 reais? Eu tb tenho um presentinho pra te dar, espera um pouco.

Zé sai e vai pegar o presente pro filho, depois retorna com uma cela infantil nas costas.

Zé – Fecha o olho.

Zezinho fecha o olho e Zé coloca a cela do lado do menino no chão, depois pega ele e o coloca sentado na cela.

Zezinho feliz – Olha mãe!

Marisa – Que lindo filho!

Zé – Bom, isso aqui é pra vc treinar, pq qdo eu mandar te chamar pra ir lá pra minha companhia, eu já quero um peão experiente, pq eu vou precisar de um peão experiente!

Zezinho – Pai?

Zé – Fala meu filho.

Zezinho – Vc se lembra daquele autógrafo?

Zé – O autógrafo que eu te dei? Claro.

Zezinho tirando do bolso – Ta aqui.

Zé – Vc guardou ele? (lendo o autógrafo) Para Zezinho, do Zé Trovão!

Zezinho – Pai?

Zé – Fala filho.

Zezinho – Da pra vc escrever do teu pai Zé Trovão?

Zé – Claro meu filho!

Zé pega a caneta e escreve de novo.

Zé – Para Zezinho, do teu pai que te ama muito, Zé Trovão! (entregando-lhe o autógrafo) Da um abraço no papai.

O menino abraça o pai.

Zé beijando o filho – Eh peão!

Corta cena para Betinho, filho de Beto Carrero e atual administrador do parque temático Beto Carrero Word, após a morte do seu pai em 2008. Ele estava chegando no acampamento de Dulce Estrada. Chegou em um carro conversível e com uma onça como animal de estimação.

Dulce – Betinho! Que bom que vc veio meu amigo, que bom!

Betinho – Eu vim assim que recebi o seu recado Dulce, do que se trata?

Dulce – Eu to precisando da sua ajuda!

Betinho – Da minha ajuda? Em que sentido Dulce?

Dulce – Em que sentido Betinho? Em todos os sentidos é claro!

Betinho sorrindo – Ah bom!

Dulce sorrindo – É verdade, eu estou precisando da sua ajuda, sem brincadeira agora, sem vc eu não vou conseguir realizar o show que eu quero realizar aqui em Treze Tílias, entendeu?

Betinho – Entendi Dulce, mas justamente agora Dulce, que eu estou cheio de compromissos por esse Brasil a fora? Sabe que a nossa missão é levar alegria por esse Brasil!

Dulce – Não fala isso, eu to precisando de vc agora, depois vc faz a alegria do Brasil, faz primeiro a minha alegria, vamos apresentar um show belíssimo!

Betinho – Eu prometo que eu vou pensar!

Corta cena para Ana, seu Ubiratam e Chris conversando na casa onde ela estava escondida.

Ana – Ta decidido, eu vou me apresentar no rodeio de Treze Tílias!

Ubiratam – Mas Ana!

Ana – O que que tem seu Ubiratam? Lá não vai ter mais perigo nenhum! Já está resolvido, eu volto a me apresentar em Treze Tílias! Lá é outra cidade, é outro Estado, que perigo pode ter? E além disso eu não posso viver a minha vida inteira fugindo!

Chris – É, a Ana está certa seu Ubiratam, ela vai ficar escondida até qdo, vai ficar escondida de que? Ta certo, aqui em Piratini ela está correndo perigo, mas o seu Jesus e nós da companhia já estamos em Treze Tílias!

Ana – Eu vou me apresentar sim seu Ubiratam, eu preciso continuar a minha vida, a companhia precisa continuar, o pior já passou, amanhã a gente sai de Piratini e vida nova pra todos nós! Lá em Treze Tílias eu quero encontrar com todos, eu não vejo a hora Chris, eu não vejo a hora de abraçar o pai Jesus, a Albinha, a Malvina, o Zé! Eu tive imaginando a dor que eles não devem estar sentindo por minha causa!

Chris – Seu Ubiratam, a Ana ta certa, daqui pra frente vida nova!

Ubiratam parece não ter gostado muito da idéia, mas convencer Ana do contrário seria impossível. Corta cena para Treze Tílias. O pessoal da companhia de Ana Raio estava querendo ir ao cinema e levar seu Jesus também, pois ele estava muito triste desde que todos achavam que Ana estava morta.

Albinha – Vamos ao cinema com a gente pai?

Jesus triste – Não insiste filha, eu já disse, vão vcs, me deixa, eu fico bem.

Marilda – O seu Jesus, não é isso não, é que a gente acha que seria bom pro senhor se o senhor saísse um pouco, foi tão bom da ultima vez que o senhor foi ao cinema, o senhor gostou tanto!

Albinha – O pai, não fica assim, eu não gosto de ver o senhor desse jeito pai.

Jesus – Vai vc filha vai, obrigado.

As meninas então resolvem não insistir mais e vão ao cinema. No dia seguinte chega uma caixa de presente pra Ana lá em Treze Tílias. É seu Jesus que pega a caixa, mas nem tem coragem de abrir de tão triste que estava. Chris pega a caixa e leva pra Ana no local onde ela estava escondida.

Chris – Olha Ana, chegou pelo correio lá em Treze Tílias, foi o seu Jesus que pegou, é pra vc?

Ana desconfiada – Pra mim? Será que não é perigoso abrir isso aí não?

Ubiratam – É melhor eu abrir a caixa.

Ubiratam abre a caixa com todo cuidado e dentro tinha uma espora de ouro.

Ana – Uma espora? Parece que isso aqui é ouro Chris! Uma espora de ouro? Mas quem será que me mandou isso?

Ubiratam – Aqui tem um bilhete dentro.

Ana pega e lê:

Ana – Ana Raio, não é de hj que eu te admiro, sou dono da maior companhia de show aéreo do país, adoraria ter vc ao meu lado nas minhas apresentações, estarei em Treze Tílias, um beijo carinhoso, Bonifácio Furacão!

Ana fica sem saber quem é Bonifácio Furação. Chris fica com ciúmes e Ubiratam parece não gostar do presente. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=-FQMDzH2v_Q >

FIM DO CAPÍTULO 150