Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 152 (terça 30/06/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Zé Trovão a beira de um lado jogando as 13 flores em homenagem a Ana Raio. Ele faz isso desde que chegou em Treze Tílias, assim como a Moça da Cacimba havia dito pra ele fazer.

- Música Tema da Vida < http://www.youtube.com/watch?v=DhkoOkPVSrc >

Cam mostra Ana chegando em seu cavalo Raio ali no lago. Ela estava linda, de cabelos soltos e com um belo vestido. Zé estava com seu violão e após jogar as 13 flores no lago ele abraça o violão e fica olhando pra água do lago, para as flores ali boiando na água. Ana deixa o cavalo um pouco longe e se aproxima de Zé por trás, sem que ele perceba, e é pelo reflexo no lago que Zé vê Ana atrás dele. Sem acreditar Zé olha pra trás e sorri. Ana tb estava sorrindo pra ele.

Zé – Ana???

Ana – Sou eu Zé, a sua Ana!

Zé deixa a viola no chão e se aproxima de Ana.

Zé – Ana?... Ana?... É vc de verdade?

Ela sorri dizendo que sim. Zé abraça e beija Ana, a beija como se fosse engoli-la, abraça ela como se quisesse entrar dentro dela.

Zé – Ana respira, respira fundo, (rindo) deixa eu sentir o seu coração batendo, respira, fala, fala pra mim, deixa eu escutar a sua voz, fala!

Ana – Eu te amo Zé, eu te amo!

Os dois se beijam intensamente.

Zé – Ana, vc ta viva! A Moça da Cacimba me falou de 7 sóis, 7 luas, 13 flores, ela disse que eu ia ter um aviso!

Ana – Não eram 13 flores Zé, era Treze Tílias!

Eles se abraçam rindo.

Zé – Mas o que aconteceu? O que que aconteceu?

Os dois se abraçam como crianças e riem, riem muito. Cam mostra os cavalos Raio e Trovoada, correndo no pasto e se amando tb.

Zé – Como vc escapou desse incêndio, onde vc se queimou?

Ana – Eu não me queimei Zé.

Zé – Como não se queimou, vc estava dentro de uma casa pegando fogo!

Ana – Mas eu fui tirada de lá antes do fogo se alastrar.

Zé – Tirada? Mas tirada por quem?

Ana – Pelo seu Ubiratam.

Zé começa a ficar sério – Ubiratam?

Ana – A gente inventou a minha morte Zé, eu recebi um bilhete da amiga da Maria Lua pra eu me encontrar com ela, só que não era ela, era o Canjerê e ele me pegou, me levou para aquela casa e tentou me violentar de novo, foi qdo chegou o seu Ubiratam e tentou matar ele, deu um tiro e eu desmaiei, então o seu Ubiratam teve a idéia de inventar a minha morte! O Canjerê fugiu, mas eu fui tirada da casa antes dela pegar fogo inteira!

Zé sério – Pra onde que ele te levou?... To perguntando pra onde ele te levou? Esse enterro que a gente acompanhou... onde é que vc ficou essa semana toda Ana?

Ana – Escondida, com o Canjerê na cidade era preciso que ele visse me enterrarem, por isso eu fiquei escondida até sair de Piratini.

- Música de suspense.

Ana – O que foi Zé?

Zé – Eu não estou acreditando!

Ana – Mas era o único jeito!

Zé – Único jeito? Vc tem coragem de olhar pra mim e dizer que era o único jeito? Eu te acompanhando o tempo todo, o tempo todo perto de vc, depois que vc recebeu essas ameaças eu não te larguei mais, vc vem falar pra mim que era o único jeito? Vc tem coragem? Essa é a confiança que vc tem em mim?

Ana – Mas Zé, não era só vc que não sabia, a minha família tb não sabia, o meu pai as minhas irmãs, eu só falei pro Chris, pq...

Zé cortando ela – Pro Chris? Pro Chris?

Ana – Alguém de casa precisava saber Zé, ele precisava amparar o pai Jesus, não deixar a companhia acabar, não deixar ninguém esmorecer!

Zé – Eu estava junto com vc o tempo todo, eu te levava pra casa todos os dias, pra na hora que vc mais precisou de mim vc sair por aí feito louca, sair daquele rodeio atrás de um bilhete da amiga da sua filha! Essa é a confiança que vc tem em mim?

Ana – Não fala assim Zé!

Zé – Como não fala assim? Como não fala assim? Vc quer que eu fale o que? No momento que a gente se declarou, que a gente descobriu o nosso amor, vc me fez de idiota achando que vc estava morta! Eu fiquei 7 noites e sete dias sem saber que vc estava viva e o Chris sabendo de tudo!

Ana – Alguém de casa precisava saber!

Zé – E pq não eu? E pq não pra mim?

Ana – Pq vc poderia tentar se vingar do Canjerê e botar tudo a perder, pq ele é vingativo Zé, ele podia tentar te matar! Pq eu te amo!

Zé – Não fala mais isso.

Ana – O que?

Zé – Não fala nunca mais isso.

Ana – Eu não estou te entendendo!

Zé – Eu tb não to me entendendo, eu não to me entendendo e não to te entendendo tb! Quem ama confia peoa! Ana, eu acho melhor vc pensar no que está se passando aí no seu coração.

Ana – Pra que? Eu não tenho dúvida!

Zé – Pois eu to muito confuso!

Ana – Que isso Zé!

Zé – A chance de te salvar vc deu pro Ubiratam, chance deu provar que eu te amo vc deu pro Chris!

Ana – Não foi assim.

Zé – Como não foi isso peoa? Eu podia guardar segredo melhor do que ninguém!

Ana – Qtas vezes eu preciso te falar Zé, que eu só fiz isso pra te proteger?

Zé – Eu não vou disputar a sua confiança com ninguém peoa, se põe no meu lugar e vê se eu não tenho razão, procura experimentar o que eu passei pra ver se eu não tenho razão de sentir que eu fui passado pra trás! Eu quero um tempo peoa, aproveita que vc renasceu pra vida e repensa um pouco nisso tudo, revê o que está se passando dentro do seu coração, eu quero um tempo!

Zé ia se retirando e Ana o chama.

Ana – Zé?

Zé – Me deixa peoa, eu não quero fazer vc passar pelo que eu passei, eu te amo demais pra te enganar no meu sentimento, eu realmente preciso de um tempo!

Zé vai embora triste e Ana fica chorando pensando em tudo que aconteceu. Ana vai até a beira do lago e retira da água uma das 13 flores que Zé jogou no lago, ela pega a flor e a cheira pensando em Zé e no qto ela o ama, depois Ana vai embora, vai para um clube da cidade onde seu Jesus estava. Ao vê-la chegar Chris vai falar com ela.

Chris – O seu Jesus acabou de ganhar uma partida de bocha Ana, vamos lá, vamos tomar um copo de vinho com a gente, vamos?

Ana – Não, eu não estou pra comemoração não Chris!

Chris – Vc falou com ele?

Ana – Falei e agora eu vim aqui pra falar com o pai Jesus.

Chris – Esquece o pai Jesus, vem, vamos conversar vem.

Os dois saem conversar.

Ana – Eu sei o sentimento que vc tem por mim! O Zé falou em confiança, confiança que eu não depositei nele e depositei em vc, ele ficou muito magoado por isso, eu acho que eu to perdendo o Zé.

Chris – Vc quer que eu te fale o que? Que ele ta errado? Que a mágoa dele não é justa e que vc ta certa em ter confiado em mim o segredo que vc devia ter confiado pro homem que vc ama?

Ana – É, eu acho que é isso que eu queria ouvir sim.

Chris – Agora se vc tivesse confiado nele e não tivesse confiado em mim, vc não acha que eu iria ter o direito de tb cobrar pela amizade que vc diz que sente por mim?

Ana – Acho.

Chris – Então?

Ana – Vc ta defendendo o Zé, Chris?

Chris – Não, eu to defendendo um sentimento Ana! Vc desconfia pq que ele te cobrou ou não? Pq ele te ama e se eu tivesse tido a sorte de estar no lugar dele eu tb ia te cobrar do mesmo jeito que ele te cobrou!

Ana – Vc não pode estar falando sério?

Chris – Eu queria não estar falando sério, é bem diferente, pq eu podia chegar pra vc e dizer: Ana, esquece o Zé, ele ta errado! Mas aí o que eu ia estar fazendo? Eu ia estar te ganhando ou eu ia estar te perdendo? Eu ia estar te enganando, pq uma hora ou outra vc ia acabar descobrindo que o Zé está certo, aí vc ia perceber que eu te enganei e eu não mereço que vc pense isso de mim não Ana, simplesmente pq eu não sou assim, só isso! Se eu não posso ter o seu amor, pelo menos eu quero ter a tua amizade pelo resto da minha vida, essa vida aqui que vc salvou.

Ana sorrindo – Vc é grande Chris, vc é muito maior do que vc pode imaginar!

Ana beija o rosto dele. Cam mostra Niltinho conversando com Zé.

Niltinho – Quem que foi que mentiu pra vc Zé?

Zé sorrindo – Ana Raio!

Niltinho fazendo o sinal da cruz – Mas credo em cruz homem, não fala besteira, bate nessa boca três vez peão, vc não sabe que não presta maldizer os mortos? Enquanto ta vivo pode maldizer quem vc quiser, mas depois que ta morto não presta Zé e a Ana está morta e enterrada!

Zé – Ela ta viva Niltinho! Ela ta viva!

- Música de suspense.

Zé – Ela ta viva! E fecha essa boca, ela não merece esse espanto seu não. Ela ta viva, vivinha! Eu passei a minha vida inteira sendo enganado pela Gorda, falando da minha mãe aquela mentira toda, a Dulce me mentindo o tempo todo, sobre a sociedade que o meu pai tinha com o pai dela, me omitindo isso e agora a Ana pra se proteger inventou essa mentira, pra se proteger do Canjerê! Eu não quero mais saber disso, eu não agüento mais isso! Ela que vá viver a vida dela e me deixe viver a minha vida em paz! Ela no canto dela e eu no meu!

Corta cena pra Dulce preocupada com as noticias, as noticias de que Ana Raio não morreu e que além disso estava pra chegar na cidade um tal de Bonifácio Furacão que fará parte do show da caravana de Ana Raio.

Dulce – Aí que ódio, essa Ana Raio só me dá dor de cabeça!!!

Ucker – Não vai ter Bonifácio Furacão nenhum que vai ser melhor do que Betinho Carreiro, Dulce, como tb não vai ter Zé Trovão nenhum que seja páreo pra mim nesse rodeio! Dulce, eu vou lá no Bradesco pegar meu pagamento e pegar meu cartão instantâneo, vou aproveitar e passar na gráfica, ver se os cartazes do Kid Ucker ficarão prontos.

Dulce – É, eu quero muito cartazes, muitas faixas entupindo essa cidade, é isso que eu quero e qdo vc passar no Bradesco, eu quero que vc tire 5 mil da conta da companhia pra eu entregar pro Bob fazer uns servicinhos pra mim, ele agora vai ser o Public Relations da minha companhia.

Ucker – Da nossa! Não vai ter páreo pra mim nesse rodeio Dulce, e o nosso show, vai ser o melhor aqui em Treze Tílias!

- Músicas As Voltas que o Mundo dá < http://www.youtube.com/watch?v=GisK0m4VMQo >

Corta cena para Maria Lua conversando com Werner, seu novo amigo em Treze Tílias.

Miguel Rômulo – Werner

Werner apontando – É daquela árvore que eu tiro a madeira pra fazer o meu trabalho, chama Pimenteira.

Maria Lua – Pimenteira, pq?

Werner – Dá uma mordida na casca pra vc ver, arde que vc não agüenta.

Maria Lua – Vc ta brincando?

Werner rindo – É verdade.

Maria Lua – Engraçado, eu fazia marionete.

Werner – Marionete?

Maria Lua – É, só que eu não faço mais desde que eu...

Werner – Desde o que?

Maria Lua – Não, não é nada não, é que eu não brinco mais com elas.

Werner – Desde que vc era criança não é verdade?

Maria Lua – É, eu acho que sim, ser criança pra mim agora eu acho que é coisa do passado!

Werner – Sabe que eu percebi isso, desde a primeira vez que eu te vi lá na janela do meu ateliê.

Werner olha sorrindo pra Maria Lua deixando ela sem graça.

Maria Lua – Vamos indo?

Werner – Precisa?

Maria Lua – Eu preciso, a dona Elisa deve estar preocupada, amanhã a gente sai de novo.

Werner sorrindo – Ta bom, então amanhã a gente sai de novo.

Eles saem dali. Corta cena para Dulce e Ucker conversando.

Dulce – Eu estava aqui pensando e eu não vou poder te lançar como Kid Ucker, o peão que veio de Dallas, vc não fala nenhuma palavra em inglês! Eu acho que vou precisar te dar umas aulas. I have to teach you to speak in English!

Ucker ri. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=-FQMDzH2v_Q >

FIM DO CAPÍTULO 152