Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 159 (quarta 08/07/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Zé chega na casa de sua mãe Verônica.

Zé – Posso entrar?

Verônica – Claro, sente-se aqui, por favor.

Zé – A senhora falou que precisava falar comigo e que era importante, aí eu fiquei curioso e senti vontade de vir agora.

Verônica sorrindo – Vc disse que teve vontade?

Zé – Eu percebi que era muito importante, eu percebi pelos seus olhos que era importante aí eu resolvi vir.

Verônica rindo – É, os meus olhos sempre me denunciaram! Helena, me trás aquela caixa de fotografias por favor!

Helena aparece com uma caixa de fotografias.

Verônica – Obrigada.

Helena – De nada.

Verônica retira uma foto de dentro da caixa e diz:

Verônica – Zé, assim como eu lhe dei uma foto do seu pai, eu quero que vc conheça a sua mãe.

Verônica entrega a Zé uma foto dela jovem.

Zé – Eu nunca tinha visto uma foto dela.

Verônica – Pois agora vc está vendo.

Zé – Estranho! Não ela, mas os traços dela, os olhos, eu não imaginava que ela tivesse os olhos assim.

Verônica – Não imaginava?

Zé – Não. Uma pureza..., parece até que ela te enxerga assim dentro da alma!

Verônica – Zé, eu conheci a Verônica como eu jamais conheci alguém na minha vida! Uma vez o seu pai disse a ela exatamente a mesma coisa que vc está me dizendo agora, que aquele olhar era tão limpo, que se podia enxergar através da alma!

Zé – Eu não acredito, a senhora acreditaria que essa mulher pode ter matado alguém?

Verônica – E se eu lhe disser que foi um acidente? E se eu lhe dizer que a Verônica em sã consciência jamais poderia atirar no maior amor da vida dela? Zé, se eu lhe disser olhando pra vc com o meu olhar limpo, o que há de mais sincero dentro de minha alma, vc é capaz de acreditar? Naquela noite Zé, a Verônica perdeu as 3 coisas mais  precisas que ela possuía na vida, o companheiro, o filho e o direito de viver!

Zé – Como é que a senhora tem certeza de que foi um acidente?

Verônica – Vc não acredita em mim?

Zé desconfiado – A senhora tem os olhos dessa foto aqui!

Verônica – Pois bem, a Dulce sempre foi apaixonada pelo seu pai, era uma paixão muito louca, ela queria o Azelino a qualquer preço! O seu pai e a sua mãe se amavam muito e isso ela nunca admitiu na companhia do pai dela! Sua mãe estava grávida de vc de 8 meses e na noite que eles resolveram fugir pra ter a vida deles com o filho que ia nascer, a Dulce descobriu tudo e ameaçou sua mãe com uma arma, os três discutiram e numa luta entre a Dulce e a Verônica, ouve o acidente, a arma disparou e seu pai morreu! O circo estava lotado, o espetáculo tinha que continuar, sua mãe foi obrigada a montar, foi aí Zé, que ela teve o parto prematuro, que ela deu a vida a vc e tirou a vida do homem que ela mais amava no mundo depois de vc!

Zé – Depois de mim? Ela não chegou a me conhecer!

Verônica continua sua revelação.

Verônica – Ela viveu numa cadeira de rodas, durante muitos anos, com medo... (Zé olhava pra foto e olhava pra ela), medo de ser julgada pelo justiça e pelo filho!

Zé olha pra foto, olha pra ela – Ela está viva?

Verônica deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto – Ela está viva! O nome dessa moça dessa foto que vc está nas mãos, não é Verônica. Verônica era o nome artístico que ela usava pra trabalhar no circo, o nome verdadeiro da sua mãe Zé, é Elisa! (chorando) Eu não sei se depois de todos esses anos, eu tenho o direito de pedir que vc me abrace, mas por favor, deixe eu abraçar vc meu filho! Por favor!

Verônica estende os braços e abraça o filho chorando muito. Zé fica sem reação. Corta cena para Maria Lua conversando com Werner.

Werner – A Ana Raio foi telefonar no hotel do meu pai e a gente conversou, ela me reconheceu daquele dia que a gente se cruzou lembra?

Maria Lua – Eu sabia que ela ia...

Werner interrompendo – Espera, vc não confia em mim? (sorrindo)

Maria Lua – Confio, claro que eu confio!

Werner – A Ana Raio me pareceu ser uma boa pessoa Mariana, a gente conversou, ela me falou um monte de coisas, (sorrindo) de como ela achava bonito de dois jovens estarem se gostando!

Maria Lua – Cuidado Werner!

Werner – Eu não senti falsidade nela, eu to te falando sério, ela estava tranqüila, ela nem sabia que eu era filho do meu pai.

Maria Lua – Ela pode estar te enganando, se aproximando pra vc confiar nela, ela é sócia do Ubiratam!

Werner – Eu não gosto de te ver assim, tenta não pensar mais nisso, tenta pensar que eu estou do teu lado e que eu vou te ajudar!

Maria Lua sorri e os dois se beijam apaixonados. Corta cena para Ana conversando com Bonifácio.

Ana – A gente já põe a faixa no avião pq a propaganda do nosso show vai ser feita no céu!

Bonifácio – Então vamos embora lá pra feira ver se está tudo certo pq amanhã cedo a gente já começa a divulgar.

Cam mostra Canjerê parado de carro perto de uma praça qdo ele vê Ana.

- Música de suspense.

Canjerê – Olha lá Mosca, mas será que eu estou vendo a... é a Any! A Any de Nazaré! Não é possível! A Any de Nazaré está viva!

Corta cena pra Zé conversando com seu Jesus. Ele após saber que sua mãe estava viva, fica sem reação e sai desesperado correndo.

Zé – Eu queria sair correndo desesperado feito um guri, eu precisava do colo da Gorda, dos braços da Ana, do som da minha viola, mas depois, depois eu percebi que na verdade eu precisava era de um pai, eu estava precisando de um pai seu Jesus!

Jesus – O pior sentimento que vc pode ter nessa vida filho é o sentimento de culpa, mas não se sinta culpado por não gostar de uma mulher que apenas te deu a vida, pq o tempo, somente o tempo vai fazer vcs dois se aproximar um do outro, só ele pode fazer isso, o que vc tem que fazer agora é olhar pra frente e pensar que se alguém ta precisando de colo, de compreensão e de ouvir o som de uma viola, não é vc, é ela, pensou nisso?

Zé – Não pensei não.

Jesus – Pois pense! E ó, eu tenho pensado muito na vida ultimamente e eu tenho percebido que por mais pai que eu tenha sido, por mais conselho que eu tenha dado pras minhas 3 filhas, eu to indo pra uma idade que eu vou precisar muito mais delas do que elas de mim! Não pense agora em ser filho da sua mãe pq isso só vai te trazer dor, o que vc tem que pensar agora, é que ela está precisando muito mais de vc, do que vc dela! Não espere carinho, mas dê proteção, não espere amor, amizade, mas segurança, não espere colo, mas dê apoio, pq vc vai receber tudo isso de volta e vc vai estar muito mais vivo, uma vez que vc agora ta podendo cuidar de alguém!

Zé e seu Jesus se abraçam.

- Música Raio e Trovão < http://br.youtube.com/watch?v=ZPNkS5Xbne0 >

Corta cena para noite em Treze Tílias. Zé estava triste tocando sua viola, na feira do lado e ao lado de uma fogueira pra aquecer do frio que fazia. Ana chega perto dele.

Ana – O pai Jesus me contou.

Zé – Ele me deu uns bons conselhos, bons conselhos.

Ana – Vc ta bem peão?

Zé – To bem, não importa o qto alegre ou triste é a tua canção, importa que ela é tua, lembra disso? Dona Antônia, mulher do Mané Coxo lá na Chapada dos Guimarães, lembra?

Ana – Lembro, e ta sendo mais pra triste ou mais pra alegre?

Zé – Eu não sei, acho que mais alegre, de repente eu tenho um filho, agora eu tenho uma mãe! É bom, é sobrevivência, é bom!

Ana – E aproveita isso Zé, aproveita todo esse ganho pra poder crescer!

Zé – Eu vou aproveitar sim, eu tenho um filho de 5 anos, fiquei conhecendo a pouco tempo, eu tenho uma mãe a 25 anos que eu to conhecendo agora, isso me assusta peoa, de repente ter as pessoas perto e ao mesmo tempo não ter! Eu não quero mais perder ninguém não.

Ana – Eu tb não quero mais perder não Zé, perder é muito triste!

Os dois se beijam.

Ana – Eu acho que a gente tem que se modificar muito pra gente se ganhar e depois eu não ter a dor de te perder Zé.

Ana dá um selinho nele.

Ana – Boa noite peão.

Ana sai deixado Zé sozinho, pensando na vida. Corta cena para dia seguinte. Ana estava no aeroporto pra junto com Bonifácio andar de avião pela cidade fazendo a propaganda do show dela, qdo menos Ana espera ela se depara com Canjerê.

- Música de suspense.

Ana – Canjerê?

Canjerê – Seu amiguinho teve um pequeno problema, quem vai pilotar sou eu Any de Nazaré!

Canjerê aponta a arma pro rosto de Ana.

Canjerê – Ficou surpresa Any de Nazaré?

Ana – Me larga!

Canjerê – Calma, calma, calma menina! (passando o revolver no rosto dela) Vc ficou bonita, cada vez mais bonita! Se vc ficar bem quietinha, bem quietinha, vc não vai sofrer tanto, eu prometo, eu prometo, eu só quero acabar aquilo que eu comecei lá em Piratini e que vc não deixou!

Ana – Me solta!

Canjerê – Fica quieta ou eu acabo com vc aqui mesmo.

Ana – Como vc me descobriu aqui?

Canjerê – Como eu te descobri? Sabe como eu te descobri? Pelo cheiro, eu segui o teu cheiro Ana de Nazaré, como naquele dia na beira do rio qdo vc tinha 13 anos, vc lembra?... Vc não lembra?

Ana – Me responde uma coisa, vc vai me matar? Vai se vingar? É o que vc sempre quis fazer! Me responde onde é que está a minha filha, a minha Maria Lua ta com vc?

Canjerê apenas ri.

Ana – Me responde, onde é que ela está?

Canjerê – Nossa filha Any de Nazaré, nossa Maria Lua!

Ana – Não, a minha Maria Lua, onde é que ela ta?

Canjerê – Vc acha que eu sou idiota? Vc acha que eu vou te dizer onde é que está a Maria Lua?

Ana – Vc vai me matar Canjerê, me responde?

Canjerê - Eu não tenho que te responder nada, nada!

Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=-FQMDzH2v_Q >

FIM DO CAPÍTULO 159