Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 163 (segunda 13/07/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Zé comemorando com os amigos na arena de rodeios  o fato dele ter perdoado sua mãe Verônica.

Zé – Foi muito bom viu, foi muito bom saber que eu tenho uma mãe!

Niltinho – Mas sabe Zé, eu tb queria ter uma mãe, pq assim eu ia ter mais gente pra me fazer cafuné, pra me ninar, pra me mimar! (risos)

Lina – Isso é pra mim é? (risos) Eu nem acreditei qdo o Niltinho me contou que a dona Elisa era a tua mãe, qdo é que eu iria imaginar!

Zé – Foi uma surpresa, principalmente pra mim, bom, vamos falar de rodeio pq eu to muito feliz pq eu fiquei sabendo que os meus dois peões se classificaram hein!

Zé Capeta – Só falta vc montar Zé.

Zé – Só falta eu não me classificar agora e os dois se classificaram, eu vou ficar morrendo de vergonha. (risos)

Tavinho – Mas nem que te dessem uma paulada na cabeça vc deixava de se classificar! (risos)

Niltinho – Mas mudando de assunto de pato pra marreco, eu to preocupado com o André, a Dulce mandou ele embora!

Zé – Ela mandou ele embora?

Niltinho – Mandou, falou que ele não presta mais pra ela, pq lá na Chapada ele se machucou, aqui ele não se classificou, aqueles papos dela e o André ta arrasado viu, ele está lá no acampamento da Ana e dói o coração de ver como ele ta, primeiro pq ele é amigo da gente, segundo que se machucar e não ficar classificado pode acontecer com qualquer um de nós!

Zé – A Dulce ta ficando louca, ela mandou o André embora! Eu vou lá falar com ele, vc ta certo Niltinho, amigo é amigo, eu vou lá.

Corta cena pra Zé conversando com André no acampamento de Ana.

André – Pra que Zé, pra que, que vc vai querer um peão como eu na sua companhia?

Zé – André, vc só não está na minha companhia pq vc vai casar com a Albinha e eu não podia te pagar um salário pra sustentar uma família, eu estava começando, só por isso, vc é um homem de talento!

André – Será que eu tenho talento mesmo Zé? Vc mais do que ninguém sabe que eu nunca passei do 5º lugar e o meu braço nunca mais foi o mesmo depois daquele tombo que eu levei lá na Chapada Zé, eu to começando a achar que quem está certo aqui é a Dulce viu, eu sou um peso morto em qualquer companhia Zé, mas eu acho que quem tem razão nisso tudo é a Albinha, ela acha que eu devo abandonar essa vida de peão e trabalhar na terra quem nem o povo das fazendas aqui.

Zé – Bom, isso é um assunto pessoal seu e da Albinnha, eu não sei se eu posso ficar dando palpite tb, agora eu não sei se está na hora de vc pendurar suas esporas tb peão, a vida continua, vc que sabe, é a sua vida, vc que toma a decisão, vc machucou o seu braço, eu te falei que ia ser difícil a recuperação, depende da sua vontade entende, agora vc não vai ficar amargando essa derrota, pq vitória e derrota estão sempre juntas, ta uma olhando pra outra, uma que valoriza a outra, qtas vezes eu não perdi no chão, qtas vezes eu já não fui desclassificado!

André – Vc? Ara!

Zé – Ara? Eu to falando sério e vc acha que eu iria abandonar a minha carreira por causa disso, ia sair da arena? O que, que eu ia fazer se eu não sei fazer mais nada? Então eu acho que é muito pessoal isso.

André – É, mas eu não sei se comigo é assim não Zé, eu to muito confuso sabe.

Zé – André, o dia que vc quiser, a nossa companhia está aberta pra vc e pra Albinha, a gente dá um jeito e vcs vêm pra cá, aqui tem o Niltinho, tem o Zé Capeta, vc vai ficar muito feliz por aqui, a gente vai estar sempre de portas abertas e tem o seguinte, a decisão é sua e o que vc decidir a gente vai estar com vc peão, nós somos os seus amigos, eu quero que vc tenha certeza disso, de verdade!

Corta cena pra Ana dirigindo seu novo caminhão, um volvo todo personalizado, rosa, cheio de luzes e na lateral um cavalo empinando com uma peoa escrito Ana Raio. Por onde Ana passava ela chamava a atenção com o caminhão e os outros caminhoneiro acenavam pra ela. Ana para na beira da pista pra ajudar um caminhoneiro que estava parado, o caminhão dele havia quebrado e ela dá uma corona pra ele até o posto mais próximo buscar ajuda.

Caminhoneiro – Vc vai me desculpar falar hein moça, mas esse seu caminhão é bonito por demais! Cheio de desenhos, de luzes, a senhora é artista?

Ana – É, esse caminhão aqui faz parte da minha companhia de rodeio, meu nome é esse que está aí fora, Ana Raio.

Caminhoneiro – Ah, já ouvi falar muito, a senhora é famosa hein! Em todos esses meus anos de estrada eu nunca encontrei uma pessoa famosa, bonita e com um baita caminhão desses!

Ana sorri.

Caminhoneiro – A senhora tem um brilho bonito nos olhos, um brilho de quem sonha muito!

Ana – O senhor tem muitos anos de estrada?

Caminhoneiro – Quase 40, quase 40, conheço mais o Brasil do que a mim mesmo!

Ana – É, quase 40 é muito tempo mesmo!

Ana chega até o posto onde deixaria o caminhoneiro.

Caminhoneiro – Bem, obrigado pela carona, obrigado por tudo e aceite o conselho de quem tem quase 40 anos de estrada, cuidado com estrada ruim e tb com a irresponsabilidade dos outros.

Ana – Pode deixar que eu não sou de correr não e obrigada o senhor pelo papo tb.

Caminhoneiro – Boa sorte pra vc.

O caminhoneiro sai e Ana continua sua viagem de volta ao acampamento em Treze Tílias. Chegando em Treze Tílias todos os moradores saem de dentro de casa para verem o caminhão novo de Ana Raio. Corta cena para delegado que estava dando uma busca e descobre o esconderijo de Maria Lua.

Delegado – Tem mais alguém com vc por aqui?

Maria Lua – Não.

Delegado – Nós somos da polícia, nós estamos fazendo aqui uma busca, será que meu companheiro pode dar uma olhada por aí?

Maria Lua – Pode, claro.

Delegado – Vai, procure. Nós estamos procurando esse homem aqui ó (mostrando a fot do retrato falado de Canjerê), será que vc viu ele? O nome dele é Canjerê, nós estamos procurando ele por rapto e tentativa de assassinato.

Maria Lua – Assassinato?

Delegado – É, assassinato, ele tentou matar a Ana Raio, aquela artista de rodeio.

Maria Lua – Sei.

Delegado – Olha se vc ver ele por aí comunica a gente, lembre-se que ele é perigoso viu!

Policial – Já vasculhei a casa viu doutor, inclusive parece que a menina mora aqui.

Delegado – Vc está morando aqui sozinha? Parece que fugiu dos pais! Cadê seus pais?

Maria Lua gaguejando – É... é que os meus pais não moram aqui, eles não são daqui, eu vim aqui só passar uma temporada, eu sou parente do seu Kláus lá do hotel Edeovás.

Delegado – Ah do seu Kláus!

Maria Lua – Ele me emprestou essa casinha pra eu vir brincar.

Delegado – Sei, então acho melhor levar vc lá pro hotel, com o Canjerê andando por aí é perigoso vc ficar aqui.

Maria Lua – Não precisa, eu volto depois sozinha.

Delegado – Não, não, eu faço questão, eu faço questão, ou será que vc está mentindo? Vc conhece mesmo o seu Kláus lá do hotel?

Maria Lua – Claro que eu conheço!

Delegado – Então é bom vir com a gente, vamos, está perigoso aqui.

Maria Lua não tem escolha e tem que ir com o delegado pro hotel do seu Kláus. Corta para acampamento de Ana, todos trabalhando. Cam mostra o carro da policia com o delegado e Maria Lua passando ao lado do caminhão de Ana Raio. Mosca estava de tocaia perto do hotel do seu Kláus pra ver se via Maria Lua ali, até que ele vê o delegado chegando com ela. Ana chega com o novo caminhão no acampamento e todo mundo corre feliz pra ver o caminhão dela, a única que não parecia tão feliz era Marilda.

Ana – Vcs não podem imaginar a felicidade que eu estou agora, vcs não imaginam a alegria que está dentro de mim, pq eu vou confiar uma coisa pra vcs, eu vim agora dirigindo esse caminhão pela estrada e todo mundo gritando e aplaudindo, e eu não acreditava que esse caminhão era meu, eu suei no volante hora que eu peguei, pq desde que eu saí da fazenda do seu Batista que eu sonhava em ter um caminhão como este com o nome da minha companhia, aliás, com o nome da nossa companhia e vcs estarem aqui dividindo esse momento comigo me deixa muito feliz, vcs são a minha companhia, mas o mais importante é que vcs tb são a minha família!

Todo mundo aplaude e comemora com Ana. Corta cena para noite no restaurante do acampamento de Ana. As irmãs Luminosa e Luminada estavam cantando:

- Música Mato e Morro por você < http://www.youtube.com/watch?v=ZfCFw1l773M >

Ana estava muito contente cantando animadamente com as meninas. Ana sai um pouco dali e vai até o seu novo caminhão que estava com todas as luzes acesas, iluminado. Ela passava a mão na lateral do caminhão, seus sonhos estavam aos pouco se tornando realidade. Ana se lembra de quando ela saiu da fazenda de seu Batista para ir atrás de sua filha e na estrada ela encontrou com os caminhões da companhia de rodeios Dulce Estrada.

Fashback (pesamento de Ana)

Cam mostra Any nas estradas desse Brasil indo atrás do seu destino.

- Música Estradas do Interior < http://br.youtube.com/watch?v=I17GnX3Rcqk >

Cam mostra vários caminhões, era a caravana de rodeio de Dulce Estrada, famosa pelo seu peão Zé Trovão (Poncho). Any passa com sua caminhonete ao lado dos caminhões e pensa:

Any pensando – Um dia eu ainda vou ter um caminhão bonito como esses!

Corta Fashback

Zé aparece ali.

Zé – Bonito seu caminhão hein peoa!

Ana – Sim, ele é lindo! Que bom vc aparecer nesse meu momento de felicidade!

Zé – Então vc veio sozinha por essas estradas pilotando o seu caminhão! (sorrindo) muito bem.

Ana – E não teve problema nenhum.

Zé – Agora vc é uma peoa que tem tudo que quer nessa vida.

Ana – Tenho quase tudo peão, falta o principal, falta a minha filha, falta tb...

Zé – Falta tb?

Bonifácio chega com uma chanpagne interrompendo os dois.

Bonifácio – Vamos lá pessoal, vamos fazer um brinde aos campeões!

Zé – Qto mais eu rezo mais assombração aparece!

Bonifácio – Não foi por querer Zé, eu juro que não foi por querer, desculpa, o pessoal ta sentindo falta lá hein.

Cam mosntra Ubiratam conversando com seu Jesus.

Ubiratam – È bom ver a Ana contente desse jeito.

Jesus – A companhia ainda vai ter muito sucesso seu Ubiratam, o senhor pode estar certo que não está jogando o seu dinheiro fora não.

Ubiratam – Mas eu nunca tive medo disso, eu sempre confiei no talento da Ana e de todos vcs.

Chris – O que eu queria mesmo saber seu Ubiratam é como é que o senhor ficou assim tão rico?

Ubiratam desconversa e não responde nada. Corta cena para horas mais tarde. Ana estava deitada ao lado do seu caminhão, olhando pra ele, como quem acabou de ganhar um brinquedo novo. Seu Jesus chega e se senta ao lado dela.

Jesus – Pensando na vida filha?

Ana – É pai, estava aqui olhando a lua e lembrando das coisas que aconteceram. Sabe que outro dia eu conversei com o filho do seu Kláus, acho que o nome dele é Werner, aí ele estava me contando que ele estava namorando, que ele estava conhecendo o amor, como ele é da idade da Maria Lua eu fiquei pensando, será que a Maria Lua está namorando pai? Será que ela tem alguém?

Jesus – Ela ainda é muito nova, deve de estar ainda brincando de boneca.

Ana – Ah pai, hj em dia não é mais assim não, as meninas da idade dela já namoram, até já beijam, não é como eu, a Albinha, a Malvina, aí eu fiquei pensando, será que iria ter coragem de falar com ela dessas coisas, por exemplo, o que, que eu iria dizer pra ela sobre o amor? Sabe pai, esse tempo todo eu guardei muita coisa pra falar pra ela, mas muita coisa que nem se eu comprasse uma frota inteira de caminhão não ia caber dentro tudo que eu tenho pra falar, eu tenho muita coisa pra dizer pra ela pai!

Seu Jesus sorri e beija a testa de Ana. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=-FQMDzH2v_Q >

FIM DO CAPÍTULO 163