Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 195 (quarta 19/08/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra o desfile das caravanas na chegada a Barretos. Corta cena para acampamento de Ana Raio. Cam mostra Maria Lua triste na beira de um lago pensando em Werner. Ana se aproxima dela.

Ana – Ta triste né filha, ta pensando no Werner?

Maria Lua – É mãe, eu queria ter essa força que vc tem, o Zé ta longe e vc ta aí trabalhando com a mesma vontade, com a mesma força de sempre, mas tudo que eu penso é que eu queria estar do lado dele.

Ana – Eu não estou com a mesma força e a mesma vontade de sempre não filha, a melhor motivação que a gente tem pra trabalhar é ter um parceiro pra dividir o entusiasmo, eu ainda não tenho esse parceiro, mas tenho vc e o pai, agora vc tem o Werner como inspiração pra vc fazer tudo o que vc quiser fazer filha, aproveita isso.

Maria Lua – É que chegando aqui e montando o acampamento é que eu to vendo que ele não está aqui e nem vai chegar mãe e eu to vendo que a gente ta realmente separado um do outro. Eu tenho medo, eu tenho medo de perder o Werner que nem vc perdeu o Zé... Aí desculpa, eu não devia ter falado isso!

Ana – Não tem problema não filha, o importante é vc falar o que vc ta sentindo, vc não devia pensar assim, a minha história e a do Zé não tem nada a ver com a sua e a do Werner, eu não vou deixar vc pensar besteira filha e nem vc ter medo, vcs se gostam muito Maria Lua, cada um tem que seguir o seu caminho separado por enquanto, mas com a certeza de aproveitar essa distancia pra fortalecer ainda mais o amor de vcs! Eu vou te dizer mais uma coisa, é as vezes na saudade, na dor, na preocupação que a gente aprende muita coisa nessa vida, principalmente a ser forte e a resistir, eu lembro que o meu pai Chico já me falava que quem nunca ouviu um não, nunca ia saber toda a alegria de ouvir um sim! Eu sei que é difícil filha, mas tenta aprender com tudo isso que vc está passando e qualquer ganho de crescimento agora, vai ser importante pra vida de vcs depois.

Cam mostra em Joinville, Rudy recebendo uma passagem de uma de suas Rudinetes, qdo chega uma carta.

Rudy – Mas o que, que é isto? Para Ana Raio de Lamberto Bergamo.

Rudy fica pensando em quem seria essa pessoa e o que queria com Ana Raio. Corta cena para acampamento do Zé Trovão, os peões treinando. Corta cena para Ana conversando com o pai.

Ana – Pai, eu visitei uns aras agora e fiquei impressionada com o que eu vi, eu fiquei animada mesmo, o senhor não imagina como é que tem cada cavalo trabalhado, selecionado! Qdo eles me contaram a história de cada raça, como eles chegaram no Brasil de onde eles vieram, como é que eles são adestrados de acordo com a tendência de cada uma, pai eu duvido, eu duvido que as pessoas conheçam esse mundo, eu duvido até que elas possam imaginar que no Brasil eles criem cavalos até pra exportação, e foi aí que tive uma grande idéia.

Jesus – Que idéia?

Ana – Fazer um grande show com todas as raças de cavalos que tem no Brasil, com um árabe, manga larga, quarto de milha, puro sangue, pantaneiro, todos, fazer uma grande encontro das raças e mostrar o que cada uma delas faz de melhor! Olha lá, já estão chegando os primeiros, vc não vai acreditar pai no que esses cavalos fazem!

Corta cena para – Santa Rosa, Rio Grande do Sul. Cam mostra algumas imagens da cidade. Corta cena para Fronteira Brasil e Argentina, lado Argentina.

- Música de suspense.

Corta cena para acampamento de para acampamento de Ana Raio. Tião estava conversando com Ana.

Tião – E como é que vc vai conseguir esses criadores hein? Esse pessoal compete muito, tem muitos shows, muitas apresentações!

Ana – Ué Tião, eu vou falar com as associações de criadores, eu vou explicar pra eles o meu plano, nesse show eu não quero que nenhuma raça seja superior a outro, eu quero que todas sejam iguais, o que eu quero mostrar é o que cada uma delas faz de melhor, não só por formação, mas a capacidade de trabalho de cada raça.

Jesus – Será que eles vão aceitar filha?

Ana – Eu espero que sim pai, pq eles vão estar divulgando um trabalho que as pessoas não conhecem e tb vão estar ajudando os outros.

Jesus – Ajudando como?

Ana – Eu vou propor que a renda desse show seja dada a associações que apóiem crianças e mães solteiras. O senhor já imaginou pai qtas mulheres solteiras existem na situação da Malvina no Brasil? E pior, sem apoio, sem aparo, sem dinheiro, sem nada!

Jesus – É só qdo os problemas tocam na vida da gente que nós percebemos o que nós podemos fazer na vida dos outros pra melhorar o mundo! Olha, pode ver tudo o que vc precisar aí pra gente poder botar essa idéia no concreto.

Tião – E pode contar comigo tb dona Ana.

Anoitece e Ana pensa em Zé, e Zé pensa em Ana, e os dois sofrem separados um do outro.

Ana – Aí! Onde será que vc está agora hein Zé?

Corta para dia seguinte, Ana e Maria Lua nadando no lago e se divertindo.

Ana – Agora eu to indo nos aras pra falar do show das raças e depois qdo eu voltar eu ainda vou treinar pro rodeio de amanhã, quer ir comigo?

Maria Lua – Quero.

Ana – Então vamos.

No caminho para os aras Ana e Maria Lua encontram com uma trupe de circo. Eles se apresentam e depois um menino vai pedir uma ajuda pra Ana.

Ary Fontoura – Pupo

Pupo – Não, nada disso Rafinha, aonde já se viu, cobrando uma artista! Me desculpe, nós é que nos sentimos honrados de receber aqui no nosso humilde picadeiro a Ana Raio! Nós tb vimos o seu magnífico desfile!

Ana sorrindo – Verdade?

Deborah Evelyn – Nina

Nina – É a coisa mais linda que eu já vi!

Pupo – É.

Ana sorrindo – Imagina, obrigada, mas vcs tb tem muita coisa linda pra mostrar aqui.

Pupo – Que isso, a gente está apenas tentando reconstruir a nossa companhia, isso foi o que sobrou do incêndio que destruiu quase tudo, mas a gente ta trabalhando e com o trabalho a gente vai conseguir se Deus quiser!

Ana – Vai conseguir sim, a minha filha ta apaixonada pelas marionetes de vcs.

Maria Lua sorrindo – É que eu já fiz algumas apresentações, eu mesma fazia os meus bonecos, o senhor não sabe como eu adoro isso.

Pupo – Ah que bom eu tb gostaria muito de conhecer os seus bonecos, pq que vc não aparece algum dia aqui, quem sabe a gente não faça um numero juntos?

Maria Lua – Eu iria adorar!

Ana – Como é mesmo o nome do senhor?

Pupo – É Dom Pupo, Dom Pupo Valdez, o seu criado.

Ana – Obrigada, mas seu Dom Pupo, como é que vcs vão fazer pra se apresentar depois do material perdido no incêndio?

Pupo – Bem, como a gente está se apresentando, a gente vai se apresentando nas praças e aos poucos vai reconstruindo a companhia e no momento né filha, nós temos um grande sonho, a gente queria se apresentar para o publico das feiras do rodeio e quem sabe não roubar um pouquinho do seu publico! (risos)

Ana sorrindo – Faz bem, vai ter muita gente lá mesmo.

Pupo – Dona Ana Raio, eu queria lhe fazer uma pergunta, eu não queria incomodar, mas é que quem sabe a senhora não poderia nos informar quem poderia autorizar a nossa companhia, a nossa trupe de se apresentar no show da feira?

Ana – Eu estava pensando exatamente nisso e eu acho que eu posso ajudar vcs sim, eu vou falar pessoalmente com os organizadores da feira.

Pupo – Pelo amor de Deus, não precisa tanto amolação.

Ana – Imagina amolação, é uma prazer ajudar vcs, eu acho até que eu tenho um amido que pode ajudar com o material que vcs perderam.

Nina – Pai!

Pupo – Filha, eu acho que Deus está começando a nos ajudar de novo e dessa vez pelas mãos de Ana Raio! Música pra Ana Raio!

O pessoal da trupe fica muito feliz, toca e canta pra Ana. Cam mostra Biga observando tudo de longe e sorrindo feliz. Corta cena para São Paulo. Zé estava andando pela Avenida Paulista. Corta cena para Zé tocando seu violão sentado no sofá do apartamento de Sofia. Sofia que estava dormindo acorda com o som do violão.

Sofia – Vc toca tão bonito Zé, é lindo!

Zé sorrindo – Te acordei?

Sofia – Não, foi eu que dormi demais, eu estava tão cansada, tb depois de toda as Estação de ontem, eu estava super nervosa.

Zé – Mas foi linda a exposição, foi um sucesso.

Sofia – Foi, foi sim.

Zé – E vc ta feliz?

Sofia – Muito, principalmente pq vc estava lá, do meu lado, me dando a tua força.

Sofia beija carinhosamente ele.

Zé – O que, que foi hein?

Sofia – Eu não sei se é hora, talvez eu esteja me precipitando, mas eu to tão feliz Zé, eu to sentindo que tudo pode dar certo no meu trabalho, na minha vida, entre nós dois e aí eu queria muito saber uma coisa...

Zé – O que, que vc quer saber?

Sofia – É que tem muita gente achando que eu deveria morar um tempo em São Paulo, pra divulgar melhor o meu trabalho, as minhas esculturas, eu to tendo uma grande chance aqui, uma chance que eu nunca tive e aí eu queria saber se vc já pensou na possibilidade de morar aqui em São Paulo, morar comigo, vc quer?

Zé fica um pouco em silêncio e depois responde:

Zé – Eu nunca pensei em morar em um lugar fixo na minha vida.

Sofia – Pq não?

Zé – Pq eu sou peão de rodeio, peão de rodeio vive viajando, minha vida é em acampamento, nas estradas, como é que eu posso pensar em ficar...

Sofia – Eu sei, não é isso que eu quero dizer, imagina, eu não quero que vc abandone a sua profissão, vc pode continuar montando nos finais de semana, mesmo continuando aqui em São Paulo comigo, vc pode de segunda a quinta treinar na Hípica por exemplo, eu tenho amigos lá. Eu sei que os nossos mundos são diferentes Zé, mas eu não quero te perder, será que eu to te pedindo demais?

Zé – Eu acho que vc está sonhando demais!

Sofia sorrindo – Acho que é pq tem alguém que me inspira!

Os dois se beijam. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=t--0qRazl8A >

FIM DO CAPÍTULO 195