Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 198 (sábado 22/08/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Ana apresentando um adestrador de cavalos que veio de Portugal.

Ana – Esse é meu pai Jesus.

Manoel – Muito prazer.

Ana – Minha filha Maria Lua, seu Manoel.

Manoel – Prazer.

Ana – Ele acabou de chegar de Portugal pai, ele é um grande adestrador do cavalo Ana Luz, ta me dando umas aulinhas né seu Manoel?

Manoel – É isso mesmo.

Ana – Filha, que história é essa de venda da fazenda que vc estava me dizendo?

Maria Lua – Foi o que o seu Adelino me falou mãe, eu tinha acabado de dar as minhas aulas ele estava lá sentado num canto, aí eu perguntei ora ele o que, que tinha acontecido e ele me falou que a dona ia mesmo vender a fazenda.

Jesus – Eu não te falei, primeiro ele suspeitou, agora já é certo, coitado, se tivesse um jeito de ajudar esse homem, eu estou até angustiado, a gente tinha que fazer alguma coisa por ele.

Cam mostra Ana indo pra essa fazenda que estava pra ser vendida.

Ana – Olá, meu nome é Ana, Ana Raio, eu sou peoa de rodeio, eu quero dar uma palavrinha com a senhora.

Cam mostra Ana andando pela fazenda com Marina e conhecendo a fazenda.

Vanessa Giácomo – Marina

Marina – Sabe Ana, não é nem a qtde de terra, é a qtde de divida.

Ana – Eu confesso que eu to até meio sem jeito, eu esperava encontrar outro tipo de mulher, mas pelo que eu estou vendo vc está preocupada com o destino dessa gente.

Marina – É claro que eu estou.

Ana – Eu não sei nem se eu devia ter vindo viu Marina, eu não tenho nada a ver com a sua vida, eu não tenho nada a ver com seus negócios, eu só vim por causa do meu pai.

Marina – Imagina, pra mim é muito importante, eu não conheço nada do campo, então é muito importante conversar com pessoas que sejam do ramo. Eu tenho uma amiga a Alice, ela trabalha na Holanda, ela está tentando me ajudar, eu estou muito sozinha, é muito importante conversar, trocar idéias. Sabe Ana, se eu não precisasse vender eu não venderia mesmo.

Ana estava olhando tudo em volta.

Marina – O que foi?

Ana – Eu to dando uma olhada nas suas baias, será que a gente poderia dar uma entradinha lá?

Cam mostra elas andando pelas baias.

Ana – Qtos cavalos vc disse que tem Marina?

Marina – Tenho uns 10, 12 no máximo.

Ana – E qtas baias?

Marina – Umas 50, 60, pq?

Ana – Eu estava me lembrando que meu pai me contava que qdo faltava dinheiro lá na casa dele, a mãe dele anunciava vaga para os peões que vinham de outro lugar pra festa de peão lá da cidade dele e a vaga era só um colchão jogado num canto do quarto com direito a banho, ele me contava que as vezes ficava 3, 4 num quarto só, mas esse dinheiro ajudava a pagar a mercearia, vc tem 10 cavalos só, tem 50 baias, como aqui tem muito aras de cavalos de raça, deve ter gente que vem comprar pra começar uma criação e não tem onde botar né, pq vc não faz pelo menos dessa parte aqui da fazenda, um tipo de hotel ou dormitório pra cavalo de raça? Se faz muito isso! Bom, é só uma idéia, eu já vou indo agora, muito prazer Marina.

Marina – Tchau.

Ana – Tchau.

Ana vai embora e Marina fica pensando no Ana tinha dito a ela. Cam mostra a trupe de circo de Dom Pupo se apresentando na praça da cidade, num palco improvisado. Ao final da apresentação Ana sobe ao palco de diz:

Ana – Pode arrumar as coisas de vcs, a partir de hj vcs vão acampar lá na minha companhia.

Todos aplaudem e comemoram. Corta cena para imagens da cidade de São Paulo. Cam mostra alguém tocando a campainha do apartamento de Sofia. Zé vai atender e pra sua surpresa é Alonso.

Zé – Alonso Rosa!

Os dois se abraçam.

Alonso – Tudo bem?

Zé – Aconteceu alguma coisa?

Alonso – Não, não aconteceu nada, eu vim pq eu recebi um comunicado da editora pra fazer as provas do meu livro, por isso que eu estou aqui.

Zé – E como é que está a Gorda, o Zé Capeta, a peãozada toda, como é que ta...?

Alonso – Calma, calma, calma Zé, eu vou te contar tudo, se vc me chamar pra entra, pra sentar um pouco, tomar um café! (risos)

Zé rindo – Mil desculpas, entra, senta aí, vc ta em casa viu, me dá essa mala aqui.

Alonso – Obrigado.

Zé – Ta preocupado?

Alonso – É, acho que um pouco sim. Bonito apartamento hein!

Zé – Bonito? Vc não viu nada desse apartamento aqui, esse apartamento não é aquela zona que é aquele meu caminhão, esse apartamento aqui é um apartamento de moça, tudo arrumadinho, lindo mesmo. Agora tem essa história de elevador, que espera pra subir, espera pra descer, isso eu não tenho paciência não. Esse negocio de olhar no olho mágico tb pra saber se está chegando alguém, isso não é comigo não. Imagina eu colocar no meu caminhão um olho mágico pra ver a Gorda chegando? Não, essas coisas eu ainda não acostumei não.

Alonso ri.

Alonso – Cadê a Sofia?

Zé – A Sofia foi num ateliê ver umas coisas aí, mas deve estar chegando já.

Zé percebe que Alonso está triste.

Zé – Vc ta triste né?

Alonso – É, não to conseguindo fingir né? São coisas de Fernando Pessoa mesmo, o poeta finge dor, finge tão completamente que a dor, a dor que deveras ser! É, é por causa da Clarice, Zé.

Sofia chega.

Sofia – Cheguei. Não? Alonso!

Alonso – Oi Sofia, tudo bem?

Os dois se abraçam.

Sofia – Que surpresa!

Zé – É, o Alonso veio ver umas provas do livro dele aqui.

Sofia – Ah mas que noticia ótima, merece um brinde! Bom, noticia como essa é só a que eu trouxe, um amigo meu produtor de CD convidou a gente pra assistir hj a noite um show do Caetano Veloso, vamos todos, eu, vc, o Zé, o Leão vai com a gente tb, vc está convidado.

Alonso – Vou, acho que eu vou, vai ser bom pra mim.

Corta cena para acampamento de Zé Trovão em Barretos.

Zé Capeta – Gorda, o Gorda!

Gorda – Fala homem, o que, que foi?

Zé Capeta – A Trovoada sumiu!

Gorda – A Trovoada? Como?

Corta cena pra acampamento de Ana Raio.

Tião – Mas sumiu como Maria Lua?

Maria Lua – Não sei, não está no cercado, eu sei que o Raio não é de sair sozinho por aí!

Tião – Se eu não encontrar esse cavalo vai sobrar pra mim!

Cam mostra os cavalos Raio e Trovoada juntos, namorando. Mais tarde Tião encontra os dois e vai falar com Ana.

Tião – O Raio e a Trovoada estavam os dois... bom se a senhora me permite dizer, os estavam... tavam namorando dona Ana.

Ana sorrindo – Ta bom, obrigada por ter ido atrás Tião.

Tião – O Raio já está preso lá no cercado hein, com licença.

Tião se retira dali.

Ana – Vê se é possível filha, namorando!

Maria Lua – É, eles devem estar sentindo falta um do outro né! Mãe, será que o Zé ta feliz lá em São Paulo, longe dessa vida, de rodeio, da gente, longe de vc?

Ana desconversa – Eu vou lá ver se o Raio está bem ta.

Ana sai dali triste e ao chegar no cercado ela presencia o cavalo dela rolando no chão todo feliz. Ana acaricia ele.

Ana – Saudade da Trovoada né Raio? Eu vou contar uma coisa só pra vc, eu tb to com saudade do Zé.

Corta cena para show de Caetano Veloso em São Paulo. Cam mostra Sofia conversando com Leão, produtor de CD de uma gravadora de São Paulo.

Leão – Fique tranqüila, já mandei providenciar tudo. (ele fala para Zé) Zé, assim que acabar o show vc é meu convidado para um jantar viu, nós temos muito o que conversar.

Cam mostra Caetano Veloso cantando no palco.

- Música Sozinho < http://www.youtube.com/watch?v=wb4RauhteFA >

Ao final da música todos aplaudem.

Caetano – Obrigado! Agora, eu vou fazer uma surpresa pra vcs, pq eu sei que tem alguém muito especial aqui hj, eu queria chamar pra tocar alguma coisa pra gente, ele sabe o que, com vcs o grande Zé Trovão!

Todos aplaudem e Zé fica sem graça.

Zé – É brincadeira isso aí! Eu não vou subir lá, além do mais eu não trouxe nem o meu violão!

Sofia – Ele tem um violão lá Zé.

Sofia dá um selinho nele e mesmo a contra gosto Zé se levanta em meio aos aplausos e se dirige até o palco.

Caetano – Desculpa te pegar desprevenido.

Zé pega o violão toca e canta a Música “A Hora do Clarão”.

- Música A Hora do Clarão < http://www.youtube.com/watch?v=3f3M1R7jb84 >

Ao final da música todos aplaudem muito e o produtor de CDs ficam encantado com o talento de Zé para a música. Corta cena para restaurante. Leão faz uma proposta pra Zé gravar um CD pela gravadora dele. Zé fica pensando e Sofia o pressionando.

Zé – Espera aí, eu não dei resposta nenhuma ainda.

Sofia – Nem precisa Zé, esse convite é irrecusável! Gravar um CD Alonso!

Um amido gay de Sofia que tb estava junto no jantar comenta.

Amigo – Aí meu paizinho! Zé, vc está em excelentes mãos, não é Sofia?

Sofia – Vai Zé, aceita vai, vamos brindar?

Amigo – Vamos?

Leão – É só um teste Zé, um teste, vc entra no estúdio, vê como se sente, toca a música que vc quiser, sem compromisso, um teste, aí se vc gostar... bem, se vc gostar a gente pensa no CD né.

Sofia – Vc acha que ele tem que pensar duas vezes Alonso?

Alonso – A Sofia tem sido uma espécie de fada madrinha pra nós aqui em São Paulo, foi justamente por isso que eu vim, pra ver as provas do meu livro que aliás estão ótimas, a editora é de primeira qualidade!

Leão – Bem, como é que é gente? Não podemos deixa o brinde pela metade né?

Amigo – Claro.

Leão levantando a taça – Viva!

Zé fica imóvel, sem reação, deixando Leão sem graça, depois ele diz:

Zé – Um teste? Ta certo, mas um teste!

Leão sorrindo – Viva!

Eles brindam.

Amigo – Ao sucesso!

Corta cena para Ana num aras comprando um cavalo para Maria Lua.

Ana – O que, que o senhor achou dela?

Jesus – Olha, a vontade mesmo era de ficar com todos, agora, essa, pro show e para aquilo que a gente precisa ta muito bom! Se a dona Marina fizer um preço em conta eu ficava com essa mesmo.

Ana – É pai, mas eu to pensando em comprar ela não é só pro show não, eu to querendo comprar pra Maria Lua, fazer uma surpresa pra ela, o que, que o senhor acha disso?

Jesus – Eu acho muito bom!

Os dois sorriem. Corta cena para São Paulo. Alonso já estava voltando pro acampamento em Barretos.

Alonso – Zé, to indo, tem muita coisa pra fazer ainda, eu preciso passar em algumas livrarias pra ver se eu aumento o meu acervo bibliográfico, eu preciso pegar a Nadir, a professora nova e levar pro acampamento, eu tenho muita coisa pra fazer, dá um beijo na Sofia por mim qdo ela voltar.

Zé pega a viola – Eu vou com vc.

Alonso – Vai sair de viola?

Zé – Tem um parque aqui perto, eu vou lá pra ver se eu consigo achar um pouco de ar puro dentro dessa cidade pra limpar o peito.

Alonso – O Zé, vc quer me dizer uma coisa? Como é que vc está vendo essa história de empresário, de virar cantor? O que, que é isso? Que história é essa? Gravação, CD, o que, que há?

Zé – Sabe que eu dormi e acordei e não consegui tirar isso da minha cabeça, fiquei apavorado assim! Não sei Alonso, eu to aqui pq eu quero, não sei, deixa essa coisa rolar aí, pq?

Alonso – Não, pq eu te conheço, eu tava te observando ontem no restaurante, eu percebi que vc está confuso.

Zé – Não se preocupa não viu Alonso, eu tenho uma coisa boa que acontece comigo que é um alarmezinho assim e qdo o trem não vai bem esse alarme soa e eu ó, pulo fora! Deixa, deixa que eu cuido disso viu, agora, eu não sei se eu posso te dar um conselho, se eu estou em condições de te dar um conselho, mas eu queria te falar umas coisas aqui. Começa tudo de novo sua vida, começa a pensar pra frente e esquece a Clarice, ela não te merece não!

Os dois se abraçam. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=t--0qRazl8A >

FIM DO CAPÍTULO 198