Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 47 (sexta 27/02/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra May e Dulce dormindo. Dulce acorda, se levanta, pega um retrato do pai de Zé Trovão.

Dulce – Eu te perdi Avelino... mas eu não vou perder o seu filho! Eu consegui, por enquanto ele ta comigo, agora eu vou fazer de tudo pra ter ele tb no meu coração!

Dulce olha agora para o retrato de Zé Trovão e sorri da semelhança dos dois. O dia amanhece. Cam mostra imagens da Chapada dos Guimarães, das montanhas, dos rochedos, das cachoeiras, das cavernas, da beleza desse lugar esculpido por Deus. Cam foca agora os caminhões da companhia de Dulce Estrada chegando nesse lugar tão lindo. Na cidade, todos esperavam ansiosos a chegada da caravana de rodeios. Um carro com alto falante ia na frente anunciando a chegada da companhia e das suas atrações, depois numa majestosa fila, estavam os grandes caminhões da companhia. Cam mostra uma senhora pulando, dançando, rindo feito uma louca. Era a velha Biga, uma mendiga conhecida de todos ali na Chapada, mulher estranha que podia ler coisas sobre a vida das pessoas, coisas do passado, do presente e do futuro.

Iris Brüzzi – Biga

Zé Trovão, Marilda, e Any desfilavam com seus cavalos no meio da rua, fazendo a alegria da criançada que olhavam a tudo esfuziantes. Dulce ia um pouco atrás com seu Cadilac vermelho sendo dirigido pelo Ucker. Ela estava sentada atrás no carro e acenava pra todos. Corta cena para Maria Lua brincando com suas marionetes. Ela havia se esquecido que a caravana de rodeios iria chegar. Quando ela ouve o barulho, imediatamente ela sai correndo pra ver.

Canjerê – Que isso Maria Lua, onde é que vc vai?

Maria Lua – Eu to indo ver a companhia de rodeio pai, eles acabaram de chegar na cidade!

Canjerê – E precisa correr assim derrubando as pessoas? O que que vc quer ver nesse rodeio?

Maria Lua – Vai ser um divertimento né pai, faz tempo que eu não me divirto,  ultimamente eu não tenho feito outra coisa a não ser ficar trancada aqui dentro dessa casa.

Canjerê – E quem é que vc quer ver?

Maria Lua – Gente! Pq vc não vem comigo? A gente nunca sai junto! Vc não gosta de sair comigo?

Canjerê – Não, não é isso, é que, agora eu tenho que trabalhar, o Ubiratam ta me esperando.

Maria Lua – Ta bom, eu vou indo então, tchau!

Canjerê – Tchau!

Maria Lua sai correndo.

- Música de suspense.

Ubiratam – Maria Lua passou correndo, onde é que ela foi?

Canjerê – Ver uma companhia de rodeio que chegou aqui na cidade!

Ubiratam – E pq essa cara, algum problema nisso?

Canjerê – A Maria Lua, ta crescendo, ficando moça, primeiro quis sair do colégio, morar aqui, depois quis saber da mãe dela, quis foto, agora eu to começando a achar que, ela ta...

Ubiratam – Ta?

Canjerê – Ta ficando insatisfeita, ta querendo sair, ir pra cidade!

Ubiratam – Vc tem que tomar cuidado Canjerê, seria bom que a Maria Lua ficasse sempre um pouco isolada, quanto menos gente em volta, menos pergunta!

Canjerê – Vc não precisa me dizer isso, eu sei! Eu só to começando a pensar, que a Maria Lua pode criar problema! Eu não sei ainda o que que eu vou fazer, mas eu sei que eu não vou deixar ela estragar tudo! Ela não vai saber, nem descobrir nada! Nada!

Corta cena para companhia. Cam mostra o rosto sorridente de Any em cima do cavalo. Cam foca uma menina passando. Era Vera, uma menina pobre que vivia de comter pequenos furtos.

Carolina Oliveira – Vera

Cam mostra Any com o cavalo próximo da Velha Biga.

- Música de suspense.

Cam foca em um homem com olhar triste. É o Mané Coxo, ele fica encarando Zé Trovão.

Ângelo Antônio – Mané Coxo

Cam mostra uma perna dele. Ele foi um grande campeão de rodeios que perdeu a perna num acidente dentro da arena em um rodeio pelo país. Desde então ele vive com o remorso de nunca mais poder montar. Cam mostra a menina Vera furtando carteiras das pessoas que estavam ali vendo a caravana passar. Cam foca Maria Lua chegando pra ver a companhia de rodeio e tb mostra um moço de bicicleta, um moço chamado Jacaré.

Rodrigo Lombardi – Jacaré

Ele olha pra May e fica encantado com ela e ela parece admirar a simpatia do rapaz. Cam mostra tb os golpistas Victória Imperial e Max. Eles observam de longe a chegada da caravana de rodeio de Dulce Estrada.

Max – Eu não sei pq, mas quando eu viajo muito eu fico com uma fome!

Victória – Eu to com fome sim, mas é de outra coisa, eu quero o sucesso e a companhia de Dulce Estrada.

Max – A gente ainda vai ter uma companhia muito melhor do que a dela!

Victória – Eu não vou sair daqui de mãos abanando não, eu vou fazer tudo diretinho, vou jogar a última cartada, mas a Any e o Zé Trovão vem  pra minha companhia.

- Música de Suspense.

Dulce vê Victória Imperial e pra provocar faz tchauzinho pra ela, Victória retribui o tchau.

Victória pensando – Aproveita Dulce Estrada, aproveita enquanto pode!

Cam mostra Canjerê e Ubiratam chegando com o carro.

Canjerê – Droga, eu nunca vi tanta gente nessa cidade!

Ubiratam – É a companhia que a Maria Lua falou, deve de ser uma companhia famosa.

Canjerê – Eu não quero saber de companhia nenhuma, eu quero sair logo daqui!

Ubiratam – Calma, tem que esperar esse pessoal sair da frente.

Por um instante Any e Canjerê ficam muito próximos, ele dentro do carro com Ubiratam e ela em cima do seu cavalo Raio.

- Música de suspense.

Ubiratam – Faz o seguinte, vamos esperar um pouco.

Canjerê – Eu já esperei muito na minha vida, se não fosse esse dinheiro todo, eu não esperaria mais nada nessa vida, e isso eu devo a Any.

Ubiratam – Any???

Canjerê – É, Any de Nazaré, ela me fez rico, mas me deixou uma marca (colocando a mão no rosto).

- Música de suspense aumenta.

Cam mostra a Velha Biga pulando e sorrindo que nem uma louca. Cam mostra agora Maria Lua no meio do povo. Ela olha pra Any em cima do cavalo e fica admirada com a peoa sem se quer imaginar que estava diante de sua mãe.

Any pensando – Toda essa gente me olhando, queria tanto que minha filha pudesse estar aqui me vendo agora!

Mal sabia Any que sua filha estava mais perto do que ela podia imaginar. Cam mostra cenas da Chapada dos Guimarães. Corta para acampamento de Dulce Estrada na clareia de uma montanha na Chapada. Niltinho corre todo feliz e abraça André.

Niltinho – André! Vc viu a beleza desse lugar?

André rindo – É, parece que estamos no paraíso.

Niltinho – Por falar em paraíso, cadê a May?

André – Deve de ta andando por aí, conhecendo as maravilhas desse lugar.

Corta pra Dulce e Elomar dentro do seu caminhão. Ela estava assinando um cheque.

Dulce – Elomar?

Elomar – Oi?

Dulce – Isso aqui é o dinheiro pro aluguel do chão do acampamento e tb das despesas da companhia.

Elomar – Ta certo, eu queria lhe mostra o a matéria no jornal local que eu mandei publicar divulgando a companhia.

Dulce – Daqui, deixa eu ver.

Dulce pega o jornal na mão e ao olhar diz:

Dulce – O que que vc fez Elomar? Cadê o nome da Any? Só tem uma fotinha dela aqui pequenininha, cadê o nome dela?

Elomar – Me desculpe Dulce!

Dulce – Desculpa nada, eu quero que vc coloque em todos os jornais, grande e sensacional Any de Nazaré, pra todo mundo ler, em todos os jornais, vc entendeu agora?

Elomar – Entendido, óka.

Dulce – Vai.

Elomar sai. Corta cena pra ele conversando com Zé.

Elomar – Ela quer que coloque em todos os jornais Any de Nazaré.

Zé – Any de Nazaré não, brincadeira, chama ela lá pra mim!

Elomar – Mas a Dulce deu ordens Zé.

Zé – Mas ela ta errada, olha faz o seguinte, leva a Any lá pro caminhão da Dulce que eu to indo pra lá!

Corta cena para Zé, Dulce e Any no caminhão da Dulce.

Zé – Olha Dulce, eu acho que a gente deve de mudar o nome da Any!

Any – O que?

Dulce – Pq, qual o problema?

Zé – Ué, imagina chegar numa cidade como a Chapada e dizer: Dulce Estrada apresenta Any de Nazaré! No mínimo o povo vai achar que vai acontecer algum milagre pq pra mim Nazaré é no me de santo!

Dulce ri e Any faz cara de quem não gostou da piada.

Zé – Isso não é nome de peoa, vc não acha Any?

Any – Não!

Zé – Olha, desculpe, eu só acho isso!

Dulce – É Any, mas o Zé ta com a razão! Any de Nazaré é nome de santo mesmo (rindo), a gente vai ter que pensar num nome melhor pra vc (rindo).

Any seca – Pois eu to muito satisfeita com meu nome de santo e não quero mudar não.

Dulce – Mas pra trabalhar na minha companhia vai ter que mudar sim! Não to falando em mudar o seu nome no cartório, to falando de um nome artístico, ou vc acha que o Zé se chama mesmo Zé Trovão? Ou a Mary Hilda nasceu em Nova Yorque? (risos).

Zé – É verdade, meu nome de cartório é Alfonso Herrera, a Gorda me chamava de Poncho quando eu era pequeno, depois que recebi o nome artístico de Zé Trovão, o nome pegou e hj todo mundo me chama de Zé Trovão!

Any – E quem foi que te deu esse nome de Trovão?

Zé – Ah isso já faz muito tempo, eu tinha um cavalo que se chamava Trovão, e tinha uma senhora que não conseguia pronunciar meu nome então ela me chamava de Zé, aí ficou Zé do Trovão, Zé do Trovão e eu acabei virando o Zé Trovão!

Dulce – Vc não precisa se preocupar não, a gente vai inventar um nome bem bonito pra vc, um nome de estrela, minha intuição nunca falha!

Tela escurece.

- Créditos Finais < http://br.youtube.com/watch?v=_c39GWYkWNw >

FIM DO CAPÍTULO 47