Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 55 (segunda 09/03/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Maria Lua muito próxima da mãe, Ana Raio. Quando ela estava quase tocando no ombro da mãe uma mão a segura. Maria Lua olha pro lado e vê que era seu pai Canjerê.

- Música de Suspense.

Ana estava de costas e não percebe e nem vê nada. Canjerê tb não percebe que era Ana de Nazaré quem estava ali e muito menos Maria Lua poderia sonhar que esteve muito próxima de sua mãe. Canjerê puxa Maria Lua.

Maria Lua – Pai?

Canjerê – Onde é que vc pensa que vai?

Maria Lua – Vou falar com a moça pai, é a Ana Raio, vem!

Maria Lua tenta puxar o pai, mas ele a puxa de novo.

Canjerê – Chega de brincadeira Maria Lua.

Canjerê leva Maria Lua embora. O rapaz que estava fazendo a inscrição do rodeio fala com Ana.

Rapaz – Moça, o seu nome foi riscado da lista de peões da companhia de Dulce Estrada.

Ana – Então eu vou querer fazer a minha inscrição viu.

Rapaz – Olha eu não sei se vai dar pra senhora fazer não moça!

Cam foca Maria Lua insistindo com o pai.

Maria Lua – Poxa pai não ia demorar nem um minuto! Vamos voltar lá vai?

Canjerê – Não vamos coisa nenhuma! Maria Lua, vc tem que entender que vc não pode sair correndo por aí do jeito que vc saiu e fazer o que quiser!!!

Maria Lua – Aí, era só um autógrafo pai, não custava nada!

Canjerê – Vamos embora.

Maria Lua – Por favor pai, deixa eu ir lá, é só um instantinho?

Canjerê – Se vc insistir, eu não deixo mais vc ir no rodeio!

Maria Lua fica triste.

Canjerê – Maria Lua, vc fugiu do colégio pq vc queria morar comigo, não foi?

Maria Lua faz sinal com a cabeça indicando que sim.

Canjerê – Então eu vou te dizer uma coisa, se vc quiser continuar morando comigo vc tem que me obedecer! Eu não posso ficar mandando a Luíza atrás de vc ou eu mesmo ficar te procurando pela cidade quem nem foi agora! Se acontecer de novo, vc vai acabar voltando pro colégio interno! Vc entendeu bem isso Maria Lua?

Maria Lua triste – Entendi pai!

Eles montam no carro e vão embora. Ana oferece dinheiro pra que o rapaz faça sua inscrição pro rodeio.

Ana – O que é que foi agora moço?

Rapaz – Bom moça, eu não sei se eu to fazendo direito de fazer a sua inscrição! A senhora é mulher né, da outra vez a gente aceitou pq a senhora era peoa da companhia de Dulce Estrada!

Ana – Pois o senhor pode ficar tranqüilo que está fazendo certo, eu sou peoa e das boas, até já me vesti de homem pra provar isso! Se o senhor não ta sabendo, eu tirei o terceiro lugar lá no rodeio de Bom Jardim!

Rapaz – Ta bom dona, então eu vou fazer a sua inscrição e espero que a senhora não se dê mal lá na arena e cai e depois vem colocar a culpa em mim!

Ana – Pode ficar tranqüilo que isso não vai acontecer viu!

Rapaz – Então assina aqui.

Corta cena para casa de Mané Coxo.

Zé – É seu Mané, se o senhor montar tão bem quanto construiu essa viola, eu to é fuzilado nesse rodeio viu!

Mané ri – Peão nenhum precisa mais ter medo de mim não Zé Trovão, Mané Duro já morreu, faz tempo!

Zé – Como morreu? O senhora estava lá se inscrevendo, o senhor não vai participar?

Mané – É, eu vou sim, e sabe pq? Por causa da inveja que eu senti de vc naquela festa! Aquela noite eu cheguei em casa e fiquei pensando no meus tempos de glórias em Goiás, aqui na Chapada, nos circos de rodeio, nas touradas, até em São Paulo! Todo mundo fazia uma festa quando me via! Mas já faz muito tempo que eu deixei de ser Mané Duro, muito tempo! Um touro, touro bravo daqueles que vc conhece, me pegou de jeito mesmo na arena e me fez ficar assim, Mané Coxo.

Zé – Não vamos lembrar disso não seu Mané.

Mané – Não fica preocupado não Zé Trovão, aquele dia me acompanha toda vez que eu preciso andar! Pq vc veio aqui hein? Pq se foi por pena, vc não precisa me procurar mais não!

Zé – Não foi por pena não, foi por interesse!

Corta cena pra Ana se encontrando com seu Jesus.

Jesus – Como é que foi, vc se inscreveu?

Ana – Me inscrevi, o homem lá da inscrição queria arrumar conversa pq eu era mulher, mas ele acabou aceitando, foi menos um problema na minha vida! Como é que ta lá a barraca, já ta tudo pronto?

Jesus – É, ta mais ou menos! Eu as vezes fico pensando eu nem acredito filha, como é que eu nessa altura da vida, to começando tudo de novo? Mas nunca que eu poderia imaginar, que um dia eu ia acabar sendo comerciante de feira!

Ana – Sabe seu Jesus, eu to rezando muito, to pedindo muito a Deus pra que dê tudo certo, que eu ganhe lá esse rodeio, que o senhor, mais a Albinha, mais a Malvina se dê bem lá na barraca! Eu sei que a gente pode se dar muito bem sem precisar de companhia nenhuma de Dulce!

Jesus – Tomara filha, tomara! Agora eu queria saber de vc uma coisa?

Ana – O que?

Jesus – Bom, eu sei que vc já é uma mulher crescida né, direita, mas eu queria que vc me contasse filha essa história do beijo com o Zé Trovão? Não é que eu quero te desaprovar em alguma coisa não, de jeito nenhum! É que eu to querendo saber o que é que está acontecendo com o seu coração! Vc ta se apaixonando pelo Zé Trovão?

Ana – Não! Eu ainda não sei direto o que eu senti naquele beijo, mas não era amor! Um dia eu falei pro senhor que uma parte de mim tinha morrido quando o Canjerê apareceu na minha vida! Essa história partiu meu coração e eu sei que enquanto eu não encontrar a minha filha isso não vai mudar seu Jesus, eu não consigo amar homem nenhum!

Jesus – Espera aí, e o Chris? Ele ta muito magoado filha.

Ana – Aí, eu não queria que isso tivesse acontecido seu Jesus! Eu não amo o Chris, mas eu gosto muito dele e se um dia eu tivesse que escolher um homem pra amar, esse homem seria o Chris e não o Zé Trovão.

Jesus – Então filha, vc precisa encontrar o Chris e falar isso pra ele, ele ta muito sem rumo, ele não sabe nem o que fazer da vida!

Ana – Eu vou conversar com ele.

Corta cena para Ana e Chris sentados numa montanha conversando.

Ana – O que que vc resolveu Chris? Eu não queria que vc fosse embora!!!

Chris – Eu sou homem Ana, eu prometi que ia te ajudar a encontrar sua filha e eu vou te ajudar a encontrar sua filha... e vou te conquistar, vou te conquistar de qualquer jeito!

Ana sorri e os dois saem correndo por aqueles morros brincando um com o outro. Corta cena para Jacaré levando May de volta pro acampamento. Dulce vê os dois.

May – Mãe?

Dulce – Vai pro caminhão May!

May – Mas mãe...

Dulce – Vai pro caminhão agora!

May sai chorando.

Jacaré – Calma dona Estrada, eu só fui dar um passeio com sua filha.

Dulce – Então que esse seja o último passeio.

Jacaré – Não to lhe entendendo, a senhora nem me conhece, não sabe nem quem eu sou e já vai me tratando como se eu fosse um mau caráter!

Dulce – Não me interessa saber quem vc é, me interessa saber o que que vc faz, e pelo que eu sei, vc não passa de um guiazinho turístico com pretensão de ser um grande pintor, ou seja, um eterno pobretão, não é isso que vc é? Eu me informei sobre vc lá na festa, as informações não estão certas?

Jacaré – Olha, tem um pouco de sim e um pouco de não nisso tudo dona Estrada, mas a senhora pode estar certa de uma coisa, de que eu to gostando da sua filha e se ela estiver gostando de mim tb, é pq está escrito nas estrelas e não vai ser a senhora e nem seus lindos olhos azuis que vai separar a gente não viu dona Dulce!

Dulce – Se eu fosse vc eu não teria tanta certeza! Fora!!!

Jacaré sai debochando dela. Cam mostra May chorando no caminhão e Dulce chega. Ela acaricia os cabelos da filha.

Dulce – Para de chorar May, para vai, não gosto de te ver chorar assim filha! Esse tal de Jacaré não serve pra vc, ele não tem futuro, vc merece alguém melhor!

May – Melhor como quem?

Dulce – Eu não sei filha, alguém melhor, filho de fazendeiro, um advogado, um médico!

May – Não sei como a senhora tem coragem de falar isso pra mim mãe, logo eu que sempre fiz o maior esforço pra não me meter na sua vida, nos seus casos, nos seus namoros e nem nas suas brigas com o Zé, pq eu achava que a senhora iria me deixar eu namorar quem eu gostasse, quem eu quisesse, quem me quisesse namorar!

May sai chorando.

Dulce – Volta aqui May!

Zé encontra May chorando e a segura.

May – Me deixa Zé.

Zé – Aconteceu alguma coisa?

May – Nada! É a minha mãe!

May sai. Corta cena para Alonso e Clarice andando e conversando animadamente pela feira, até que Clarice vê Bob. Ela chega por trás dele e tampa os olhos dele.

Bob – Para com isso Alonso, para com isso!

Clarice destampa o olho dele.

Clarice – Como é que vai esse lindo sorriso?

Bob – Clarice!

Clarice – Vc pensava que ia se ver livre de mim assim tão fácil?

Cam mostra Alonso que fica triste e com ciúmes. Cam mostra a barraca de seus Jesus na feira.

Malvina – Vem ver como ficou bonito!

Albinha pulando – Aí ficou lindo demais Malvina!

Jesus – Eita Malvina, ficou lindo mesmo filha, eu só queria que a Candinha estivesse viva pra ver tudo isso!

Malvina – É pai, isso é só o começo vcs vão ver só! Daqui a pouco a gente vai ter que comprar mais pano, mais roupas e mais catazes!

Albinha – Calma Malvina, a gente mal começou a vender e vc já ta sonhando?

Malvina – E que mal tem sonhar Albinha? Eu quero mais é sonhar mesmo, pois é sonhando que a gente consegue tudo, tudo de melhor nessa vida pai!

Jesus – Essa é a Malvina, sempre sonhando alto! Olha filha, tomara que vc consiga mesmo realizar todos os seus sonhos!

Malvina – Vamos trabalhar vamos!

Jesus – Vamos!

Corta cena para Ana e Chris indo até uma delegacia de polícia.

Chris – Ana, o seu Jesus está certo, é bom a gente tomar cuidado!

Ana – Eu não posso ver o Canjerê e ficar aqui nessa cidade sem fazer nada Chris! Eu tenho que pelo menos tentar encontra ele, eu tenho certeza que ele sabe onde está minha filha!

Chris – Ta certo Ana, vc ta certa sim, mas eu achava bom eu fazer as perguntas.

Ana – Não Chris, deixa que eu faço, vc estando do meu lado vc ta me dando a força que eu preciso.

Chris sorri e eles entram na delegacia.

Delegado – Pois não, posso lhe ajudar em alguma coisa?

Ana – Eu queria que o senhor me ajudasse a encontrar um homem, o nome dele é... Canjerê.

Delegado – Canjerê?

Ana – É, a cidade é pequena né, não deve de ser difícil saber se ele mora aqui, quem é ele. Ele tem o rosto queimado de óleo quente, o senhor já viu ele aqui na cidade?

Delegado – Eu moro a muito pouco tempo nessa cidade moça, mas... eu conheço um homem com o rosto queimado.

- Música de suspense.

Ana – Tem certeza disso?

Delegado – Certeza eu não posso ter, mas pq que a senhora está procurando esse homem?

Ana – Ele roubou a minha filha e matou o meu pai moço, ele é um criminoso e eu já to procurando ele já faz muito tempo!

Delegado – Mas a senhora tem alguma prova? Eu não posso trazer esse homem aqui na delegacia sem prova nenhuma!

Ana – Eu sei mas o senhor tem que me ajudar, ele deve de estar com a minha filha e isso é a maior prova do que ele me fez!

Chris – Calma Ana.

Ana – Por favor seu delegado, trás esse homem aqui, eu prometo que eu não vou mais abusar do senhor.

Delegado – Ta bom moça, mandar prender eu não posso, mas eu trago ele aqui pra reconhecimento.

Ana – Isso já vai me adiantar muita coisa, obrigada!

Delegado – Bom, eu vou lhe trazer esse homem, agora, eu vou lhe avisando, eu desconfio que não seja a mesma pessoa! Esse homem chamava doutor... aham... não consigo lembrar!

Ana – Não mas Canjerê era apelido dele só, o nome dele deve de ser outro mesmo!

Delegado – Então está certo dona...

Ana – Ana, Ana Raio.

Delegado – Ta certo dona Ana, a senhora espera um pouco e eu vou tentar localizar essa pessoa.

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- Créditos Finais < http://br.youtube.com/watch?v=_c39GWYkWNw >

FIM DO CAPÍTULO 55