Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 58 (quinta 12/03/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Jacaré rastejando no meio do capim perto do caminhão de Dulce Estrada. Ele estava querendo chegar até a May pra falar com ela sem que Dulce a visse.

Jacaré – May?

May sorrindo – Jacaré?

Jacaré – Vamos fugir de novo?

Eles olham pros lados e saem correndo. Corta cena para André treinando duro no touro mecânico sem camisa. Albinha estava junto vendo o treino na companhia.

Albinha – Será que a dona Dulce não vai ficar brava de me ver aqui?

André – Ela pode até ficar Albinha, mas vc é a minha namorada e tem o direito de me ver treinar.

Elomar – Agora vc ta vindo treinar todo dia né André?

André – Ah Elomar, nesse rodeio eu tenho que fazer bonito, vc vai ver o show que eu vou dar lá, não vou pegar só o quinto lugar não!

Elomar sorrindo – Agora vc tem motivo né!

Niltinho – É André, um motivo bem loirinho!

Albinha sorri envergonhada. André desce do touro mecânico.

André – Não fica envergonhada não, é por causa de vc mesmo que eu vou tentar ficar entre os 3 primeiros nesse rodeio!

Corta cena para May e Jacaré conversando.

May – Vc não precisa ficar preocupado não.

Jacaré – É, mas ela anda seguindo o nosso rastro, eu acho que ela deve de estar louca por uma pele de jacaré.

May – Mas eu to aqui pq eu quero, pq eu gosto de ficar com vc, vc é diferente.

Jacaré – Vc tb é diferente, olha, eu nunca encontrei ninguém assim como vc!

May sem graça – A que nada!

Jacaré – É, as vezes me dá vontade de te botar numa caixinha de vidro assim com esse sorriso, esse seu jeitinho de ser, pra vc nunca perder esse seu jeito de ser!

May – Engraçado!

Jacaré – O que?

May – Isso que vc falou!

Jacaré – É, é verdade!

May – Caixinha de vidro, vc falou esse nome e eu to lembrando! Ó, eu vou te contar um segredo!

Jacaré – Então conta.

May – Um dia minha mãe me deixou na beira do mar, aí uma moça foi e me pegou, aí ela disse exatamente isso pra Dulce, que ela tinha vontade de me colocar numa caixinha de vidro de tão bonitinha que eu era! Eu era pequenina, cabia direitinho naquele caixotinho de madeira e no final dessa história é que eu não sei quem são meus pais e nem a Dulce nunca mais soube mais nada dessa moça depois que ela me adotou!

Jacaré – Então vc teve sorte, ela te adotou!

May – É, mas a Dulce nunca cuidou de mim como se eu estivesse numa caixinha de vidro não! As vezes eu me sinto tão sozinha, fico me sentindo um pontinho lá no meio do mar, boiando, só sendo levada pela correnteza, vc já se sentiu assim?

Jacaré – É, mais ou menos May!

Os dois se beijam.

May – Ah, me leva embora?

Corta cena para casa de Canjerê. Maria Lua estava conversando com Luíza.

Maria Lua – Meu pai brigou com vc por minha causa? Eu não queria ter saído ontem daquele jeito correndo!

Luíza – Ah Maria Lua, as coisas não vão nada bem com vcs dois não é mesmo, e pra mim fica muito difícil ficar entre vcs dois, mas não se preocupe comigo ta bom? Eu quero que vc vá e se divirta muito!

Ubiratam chega.

Ubiratam – Cadê o Canjerê?

Luíza – Ele já foi pro escritório.

Ubiratam – Bom, eu vou indo lá!

Ubiratam se retira.

Maria Lua – Sabe Luiza, eu não entendo esse negócio que meu pai tem com o Ubiratam, ele nunca me conta nada, parece até que tem algum segredo!

Cam mostra Ubiratam entrando no escritório de Canjerê e ele disfarçando ao vê-lo.

Canjerê – Sei... então ta certo Iolanda... ta, outro dia ta bom, tchau!

Ubiratam – Pq que vc me chamou aqui?

Canjerê – Queria pedir uma coisa a vc.

Ubiratam – O que?

Canjerê – Queria pedir, pra vc renovar o contrato com aquela fábrica de jóias em São Paulo!

- Música de suspense.

Corta cena para Gorda entrando no caminhão de Dulce Estrada.

Dulce – Algum problema Gorda?

Gorda – Eu queria falar com vc.

Dulce – Então fala logo que eu to me arrumando pro rodeio.

Gorda – É sobre aquela mulher lá no restaurante.

Dulce – Tava até estranhando a sua demora em falar sobre isso!

Gorda – O Zé perguntou alguma coisa?

Dulce – Perguntou, perguntou se eu sabia de alguma coisa, ele ta muito desconfiado.

Gorda – E vc?

Dulce – Por enquanto eu não falei nada, mas vc sabe que na hora certa, eu vou contar a verdade!

- Música de suspense.

Corta cena para feira de rodeio. Victória e Max estão andando pela feira e procurando por algo.

Max – Será que a gente vai encontrar alguma menina aqui, pra se passar por filha de Ana Raio?

Victória – Vamos tentar né Max, no lugar assim que tem muita gente deve de ser mais fácil!

Cam mostra a barraquinha de doces de Clarice. Alonso chega.

Alonso – E aí, como vai?

Clarice – Ah hj está indo bem, ontem não deu movimento pq eu tava montando a barraca, mas agora está tudo ótimo.

Alonso – Hj me parece mesmo que está indo tudo muito bem!

Clarice – Está sim!

Ela atende um cliente vendendo doces a ele. Cam mostra Victória e Max chegando na barraquinha pra comprar doce. Cam mostra uma caixinha em cima da barraca onde Clarice guardava o dinheiro que ganhava com a venda dos doces. Cam mostra a menina de rua Vera e um menino junto com ela observando a caixinha de dinheiro, até que o menino se aproxima da barraquinha roubando o a caixinha de dinheiro e depois eles saem correndo dali.

Clarice – Pega ladrão!

Alonso – Espera, espera aí que eu vou atrás deles!

Alonso sai correndo atrás do menino que roubou a caixinha de dinheiro e Victória olha pra Max. Eles tb saem dali e vão atrás da menina Vera. Alonso consegue pegar a caixinha de dinheiro de volta e Victória pega Vera pelo braço.

Victória  - Olha só a Maria Lua que eu achei!

Victória arrasta a menina com ela.

Vera – Me solta, o que que a senhora quer de mim?

Victória – Calma menina, calma, olha que eu posso te entregar a policia, é isso que vc queres, acabar na cadeia, no reformatório?

Vera – Não!

Victória – Então, se me ajudares, eu tb posso te ajudar, é só me fazeres um favorzinho!

Vera – Favor?

Victória – É, tu tens que fazer de conta que és uma menininha chamada Maria Lua!

- Música de suspense.

Corta cena para rodeio. Os peões estão todos se preparando pra montar.

Zé – Ei Nilton, agora vc pegou um touro danado de bom viu!

Niltinho – É, o touro é danado de bom, agora tem que ver se eu tb vou ser danado de bom em cima do touro né!

A peãozada ri.

Zé – Claro que vai ser peão, pensa pra frente!

Cam mostra Mané Coxo chegando.

André – O Zé, quem é aquele homem ali hein? Vc não acha que ele ta muito velho pra montar em rodeio não?

Zé – Aquele lá foi um grande campeão! Ele ainda é um grande campeão, ele ta aqui pra tentar provar alguma coisa pra ele, mesmo sendo coxo ele quer montar!

André – Será que ele não tem medo de cair não Zé?

Zé – Acho que ele ta aqui pra tentar vencer esse medo dele, isso que é coragem!

Ucker – É Zé Trovão, medo é uma coisa muito ruim mesmo né! Lembra lá em Campina do Oeste? Vc ficou com medo e acabou perdendo pra mim (rindo), cuidado pra não ficar com medo de novo aqui (risos).

Zé Capeta – Para de provocar Ucker, peão bom não se mede na provocação não, se mede no talento e na coragem!

Ucker – Não enche o saco Zé Capeta, vamos ver quem é que tem mais coragem aqui nesse rodeio, vamos?

Zé – Olha peão, quem tem mais coragem eu não sei, mas quem tem menos a gente pode fazer uma aposta pra ver!

Ucker – Vamos fazer ué!

Niltinho – Ah, bom!

Zé – Eu to achando que de todos nós aqui, vc vai ser o pior peão na final do rodeio, é isso aí moçada, vc vai ficar em último no rodeio aqui da Chapada!

A peãozada faz a maior algazarra zoando com Ucker.

Ucker – É isso que eu quero ver Zé, eu não costumo perder pra peão berolo não rapaz!

Zé – Então vamos lá, eu tenho uma idéia, o peão que tirar o ultimo colocado na final, vai ter que se vestir de Dulce, com a peruca, com os brincos e sair desfilando pela feira!

Zé Capeta – Vcs vão se vestir de Dulce?

Zé – Eu não, o Ucker, ele que vai tirar o último lugar!

Os peões riem.

Zé – O que foi Ucker, ta com medo?

Ucker – Não to com me do não peão, por mim ta apostado!

Ana chega tirando a atenção de todos os peões. Nesse rodeio ela vai montar como mulher mesmo. O locutor anuncia.

Locutor – Nesse momento vem chegando, vem chegando Dulce Estrada, vem saudando todo o público, uma salva de palmas pra Dulce Estrada!

Dulce entra pelo meio da arena de rodeios cumprimentando a todos na platéia. Cam mostra Maria Lua na platéia, ansiosa pra ver o rodeio.

Maria Lua – Posso sentar aqui moço?

Elomar – Pode, pode, senta aí!

Locutor – Nesse instante vamos apresentar a gloriosa procissão dos cavaleiros até o centro dessa arena, essas são os cavaleiros do Brasil, uma salva de palmas, uma salva de palmas!

Começa a oração.

- Música Ave Maria < http://www.youtube.com/watch?v=qcWYCvXBShc >

Locutor – Nesse instante, quando os nossos chapéus são retirados da cabeça, quando o nosso pensamento é unido, nós vamos elevar os nossos pensamentos a Deus e a Nossa Senhora Aparecida! Senhora mãe do céu, senhora mãe de todos nós, senhora mãe do negro, mãe do branco, senhora que a todos os instantes confiamos para ser a nossa mãe querida, nossa madrinha, pedimos a vossa proteção, pedimos para que aqui, todos os cavaleiros voltem com a mesma saúde aos seus devidos lares e depois dessa benção de Nossa Senhora Aparecida, esses nossos heróis do Brasil vão se retirar da arena e se preparar pra montar, uma salva de palmas a eles!

Os peões se retiram pra se preparar pro inicio do rodeio. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://br.youtube.com/watch?v=_c39GWYkWNw >

FIM DO CAPÍTULO 58