Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 68 (terça 24/03/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra Dulce e Zé no hospital esperando por noticias sobre o estado de saúde de May. Dulce estava impaciente, andando de um lado para o outro.

Dulce – Aí, pq ta demorando tanto?

Zé - Calma Dulce, ela deve de estar fazendo os exames, vendo se não fraturou nada, calma!

De repente uma porta se abrem e eles estão levando May pra outro lugar.

Dulce – É ela!

Dulce e Zé vão perto da maca.

Dulce – May, fala comigo, (chorando) fala May!

Dulce pergunta pro médico.

Dulce – Onde é que vcs estão levando ela?

Médico – Estamos levando ela pra um quarto, a senhora não precisa se preocupar, nós tiramos o Raio X e felizmente não houve nenhuma fratura.

Dulce – Aí, graças a Deus!

Médico – Ela só está um pouco sonolenta, pois nós lhe demos um sedativo, ela estava com muitas dores no corpo por causa do tombo.

Zé – A gente pode levar ela pra casa então?

Médico – Eu acho melhor que ela pernoite hj aqui no hospital, nós ainda gostaríamos de ter certeza de que realmente não houve nenhuma lesão em nenhum órgão interno.

Zé – Ta certo, muito obrigado!

Dulce – Obrigada!

Médico se retirando – De nada!

Dulce abraça Zé chorando.

Zé – Calma, ta tudo bem, ela vai ficar bem!

Cam mostra Ucker que chega no hospital e vê Zé e Dulce abraçados. Corta cena para seu Jesus e Ana conversando.

Jesus - Mas vc tem certeza, tem certeza mesmo de que vc quer trabalhar pra Victória Imperial?

Ana – Tenho, eu devo tudo isso a ela, foi ela que trouxe a minha filha de volta.

Jesus – Eu to querendo te fazer uma pergunta filha, vc me desculpa mas eu não sei nem como te fazer!

Ana – Eu sei, o senhor quer saber como é que eu tenho certeza depois de tanto tempo que ela é mesmo minha filha, a minha Maria Lua... eu não sei não, mas eu acho que certeza absoluta, nada nem ninguém vai poder me dar não. Ela me disse coisas que só a minha filha Maria Lua poderia me dizer! Eu só sei de uma coisa agora, eu quero ganhar esse rodeio, entrar na companhia da dona Victória e poder dar uma casa pra minha filha, um lar! Eu fico pensando nas noites que eu sonhei em poder ter ela de volta, nas coisas que eu desejei dar pra ela, eu só quero fazer da minha filha a pessoa mais feliz desse mundo seu Jesus!

Cam mostra a menina Vera pulando corda. Corta cena para Victória Imperial brindando com Max.

Victória – Nessas horas é que eu sinto falta de um champagne, de um salmon, de um caviarzinho ou até mesmo uma vodka bem gelada.

Max – Vc é completamente louca né Victória! Vc não fica com a consciência pesada não? Olha que inventar uma filha pra Ana Raio foi quase que um pacto com o diabo!

Victória – Ah, deixa de falso moralismo vá Max! Vc bem que gostou do meu plano, principalmente pq deu certo! A Ana já está conosco, o próximo passo, trazer Zé Trovão.

Max – Só me diga uma coisa dona Victória Imperial, o que que vc vai falar pra Ana sobre a nossa companhia? Eu e vc sabemos que ela não existe.

Victória rindo – Isso se inventa Max, a Ana é uma pessoa tão inocente, tão ingênua, ela é uma gracinha né! Como toda pessoa honesta, ela acredita nos outros, ela crê o próximo Max!!!

Max – É, e vc já pensou em alguma coisa?

Victória – Claro, eu vou dizer pra Ana... aos prantos naturalmente... (fazendo drama) Anaaa, aconteceu um desastre terrível com meus caminhões lá em Rondônia, acabou com tudo!!!

Max – E daí?

Victória – E daí??? E daí que com o bom coração que ela tem, como boa samaritana ela vai me ajudar a reconstruir a minha companhia!!!

Max – O que? Vc vai meter o nome da Ana no nosso golpe Victória? Vc não me disse que queria montar uma companhia de verdade com ela?

Victória brava – E vou montar Max, e vou montar, mas eu preciso de dinheiro, muito dinheiro e com a Ana do nosso lado, com o talento dela, vai ser muito mais fácil a gente marcar os nossos shows, principalmente se ela ganhar o rodeio aí!

Max – Vc pensa em tudo mesmo né Victória?

Victória – Mas é claro Max, é só vc pensar que a melhor coisa que se pode fazer com um inocente, é transformá-lo em um inocente útil!

Max – Eu to até começando a sentir pena da Ana.

Victória gargalhando – Hahahahahaha, vai Max!!!

Corta cena para Mané Coxo chegando em sua casa.

Mané – Eu voltei! Tonha, eu voltei, eu te disse que voltava e voltei! Ta me ouvindo mulher? Ta me ouvindo Tonha?

Antônia estava no fogão fazendo o almoço e nem se virava pra falar com o marido.

Mané – Eu voltei, Mané Duro voltou!

Antônia triste – Mané!!!

Mané – Toinha, vc precisava ver, vc precisava eu em cima daquele boi, ele pulava, pulava, pulava mesmo, mas eu venci e fiquei me sentindo um rei! Eu fui maior que ele, eu fui mais forte que ele!

Antônia – É, mas agora vc vai ficar aqui, vc vai ficar aqui comigo, vc não vai mais montar de novo, vc já provou que vc podia montar, a gente agora pode ficar em paz de novo, vc pode continuar a fazer as suas viola de coxo.

Mané – Imagina Antônia, ainda tem dois dias de rodeio, dois dias, eu tenho que ir até o fim. Toinha... eu tenho certeza de que eu posso ganhar.

Antônia – Que ganhar o que Mané? Ta se esquecendo do Zé Trovão? É ele que vai ganhar esse rodeio.

Mané – Ah vai nada Toinha! Ele é um garoto, é bom, mas é um garoto, ele não tem a experiência que eu tenho... eu só precisava ficar 8 segundos em cima daquele boi, pra ter certeza de que eu posso ser de novo um campeão e agora eu sei, eu posso.

Antônia – Para com isso Mané, pensa em mim, eu só quero vc, eu não preciso de campeão nenhum, eu só preciso de vc Mané.

Mané – Mas eu preciso ser um campeão de novo, vc pode estar certa de uma coisa, eu prefiro morrer, do que voltar a ser o Mané Coxo.

Antônia chorando – Mané! Para com isso Mané, para com isso!

Mané – Tonha, eu gosto de vc, gosto demais, mas não me peça isso.

Corta cena para quarto de hospital onde May estava. Dulce, Ucker e Zé estavam no quarto dela esperando ela acordar.

Dulce – Pq será que ela não acorda?

Zé – Calma Dulce, ela está assim por causa do sedativo.

Cam mostra May na cama. Ela começa a chamar por Jacaré.

May – Jacaré... Jacaré...

Dulce – Eu não entendo, eu não entendo como que a minha filha foi se apaixonar por um homem que se chama Jacaré!

Zé – O que que tem? Ela ta gostando dele, ele parece ser boa pessoa Dulce.

Dulce – Parece mas não é, e quer saber o que mais, eu não devia ter te escutado, foi vc quem disse pra eu dar mais liberdade pra May e olha o que que aconteceu!

Zé – Eu falei e não nego isso, eu falei pra ela que eu aprovava o namoro dos dois.

Dulce – Vc falou isso?

Zé – Falei e não me arrependo disso.

Dulce – Eu não acredito, eu não acredito que vc disse isso Zé!

Ucker – É Zé Trovão, tb acho que foi muito irresponsável da sua parte, afinal de contas, poderia ter acontecido uma coisa muito pior com a May.

Zé – Fala baixo que ela ta dormindo, eu acho que vcs estão exagerando um pouco sobre esse moço, eu acho que a culpa é muito mais da solidão que é a vida dela, da carência, (olhando  pra Dulce) culpa sua que não dá muita atenção, tem que escutar mais sua filha Dulce.

Ucker – Não acho que é isso não, não acho não, a Dulce sempre foi uma ótima mãe e a May teve é foi muita sorte de ter sido adotada por ela.

May se mexe e acorda.

May – Zé?

Zé – Oi May.

May – Vc ta aí Zé?

Zé – To.

Dulce – Eu tb to aqui May.

May – Eu quero falar com o Jacaré mãe, eu quero ver ele... Jacaré.

Dulce fica inconformada. Corta para Dulce saindo do quarto de May.

Dulce – Não quero esse Jacaré aqui, não quero e já falei.

Zé – Bom, eu vou pra companhia, vc quer alguma coisa?

Dulce – Já vai?

Zé – Já... o Ucker, quer uma carona?

Ucker – Não, eu vou ficar pra fazer companhia pra Dulce.

Dulce – Obrigada Ucker.

Zé saindo – Então tchau.

Corta para noite. A menina Vera e Ana estavam conversando.

Vera – Essa blusa é tão bonita, posso dormir com ela?

Ana – Claro filhinha, a mãe ainda vai poder te dar muito presente bonito, é só vc ter um pouquinho de paciência. Ta com sono filha? Posso te contar uma história?

Vera – Acho que eu já to bem crescidinha pra ouvir história pra dormir!

Ana – É que a mãe as vezes olha pra vc como se vc fosse um neném! E cafuné, será que essa meninona ainda gosta de cafuné?

Vera sorrindo – Gosto.

A menina deita no  colo de Ana e Ana faz cafuné nela. Corta cena para casa de Canjerê. Maria Lua estava conversando com Generosa, a cozinheira da casa.

Maria Lua – Eu estava  pensando numa coisa que eu vi Generosa.

Generosa – Que coisa?

Maria Lua – Numa mãe encontrando uma filha.

Generosa – Não entendi?

Maria Lua – Sabe aquela moça do rodeio, a Ana Raio?

Generosa – Sei.

Maria Lua – Então, ela encontrou a filha dela que estava perdida.

Generosa – Ea aí?

Maria Lua – E aí que eu fiquei pensando: bem que a minha mãe podia não ter morrido, ela podia estar só perdida, aí eu podia encontrar ela que nem a Ana Raio encontrou a filha.

- Música Maria Lua < http://www.youtube.com/watch?v=pbnQXCsRVU8 >

Generosa – O Maria Lua!

Enquanto música toca cam mostra Ana passando a mão nos cabelos da menina Vera enquanto ela dorme. Ana beija o rosto da menina e sai caminhar, pensando na vida. Cam foca no rosto dela olhando a lua.

Ana – Brilha lua, brilha muito hj pra avisar a minha mãe, meu pai, mãe Candinha, a dona Amália que eu achei a minha filha, a minha Maria Lua!

De repente Zé aparece.

Zé – Oi peoa.

Ana – Oi.

Zé – Tava te procurando.

Ana – Me procurando?

Zé – Eu queria saber da sua filha.

Ana – Maria Lua vai bem, ta dormindo agora, e a May, soube que ela caiu de um cavalo?

Zé – Ela caiu feio, mas ela ta bem tb. Eu queria te fazer uma pergunta, como é que vc achou a sua filha?

Ana – A dona Victória Imperial que achou ela pra mim.

Zé – Victória Imperial?

Ana – Ela disse que ia ajudar a encontrar a minha filha, aí eu falei pra ela que se ela achasse mesmo que eu ia lá pra companhia dela.

Zé – E vc vai pra lá?

Ana – Vou.

Zé – Mesmo se vc conseguir provar que não roubou as coisas da Dulce e ela te pedir perdão?

Ana – Mesmo assim.

Zé pega na mão de Ana.

Zé – Vc acha que eu vou deixar vc sair da minha vida assim?

Ana – Eu nunca entrei na sua vida peão, não tem pq sair dela agora.

Zé – Eu não to falando como peoa, eu to falando como mulher, como Ana, Ana que eu quero que seja minha.

Zé beija Ana e ela a principio se rende ao beijo dele e depois corta.

Ana – Mas eu não sou sua não peão e nem quero ser.

Zé fica triste, se levanta e vai saindo.

Ana – Zé Trovão?

Zé volta.

Ana – Alguma vez vc já pensou em ter filhos?

Zé – Não sei... pra dizer a verdade eu nunca pensei em ter filho não, pq?

Ana – Por nada não.

Ana estava segurando uma flor na mão, então ela pega a flor e entrega pra Zé. Zé pega a flor, cheira, sorri e sai feliz dali. Estava dado o primeiro passo, ele sentia que tinha dobrado o coração daquela peoa forte e que a ter como sua mulher, era questão de tempo. Ana pensa no que Chris lhe falou mais cedo.

Pensamento de Ana:

Chris - ... eu queria pedir pra vc pensar um pouco em nós dois, eu queria casar com vc Ana, eu queria ser o pai da Maria Lua!

Corta pensamento de Ana.

Ana fica olhando Zé indo embora e Chris aparece e observa de longe. Zé pensa no que Ana lhe disse.

Pensamento de Zé:

Ana – Mas eu não sou sua não peão e nem quero ser.

Fim do pensamento de Zé.

Chris se aproxima de Ana.

Chris – O que ele queria Ana?

Ana – Queria saber da Maria Lua só... é que eu tava aqui pensando Chris, que não tem no mundo homem melhor do que vc não, vc é muito bom Chris!

Ana dá um selinho nele.

Ana – Agora eu vou dar um pulinho lá em casa que eu deixei a Maria Lua sozinha.

Ana sai e tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=r8yHFbH2hmI >

FIM DO CAPÍTULO 68