Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 70 (quinta 26/03/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Está chovendo na Chapada dos Guimarães. Cam vai mostrando as paisagens de baixo daquela chuva. Corta cena para casa de Canjerê. Maria Lua e ele estão tomando café da manhã.

Maria Lua – Pai?

Canjerê – Hum?

Maria Lua – Sabe aquela fazenda, aquela da foto que eu achei logo quando eu cheguei aqui?

Canjerê – O que que tem ela?

Maria Lua – Nada... eu to gostando tanto de rodeio, que eu tava até querendo aprender a montar e já que vc tem uma fazenda né, vc bem que podia ter um cavalo lá. E então, o que que vc acha?

Canjerê – A gente pode ver isso, mas acho difícil, essa fazenda fica um pouco longe daqui, eu acho complicado de manter um cavalo lá.

Maria Lua – Mas eu queria muito ter um cavalo pai, montar deve dar uma sensação boa de liberdade, a gente não podia nem ir visitar um dia? Quem sabe vc não mude de idéia!

Ubiratam chega.

Ubiratam – Bom dia Maria Lua, bom dia Canjerê! Eu queria conversar com vc sobre a minha viagem.

Canjerê – Pq, algum problema?

Ubiratam – Não, não, combinar alguns detalhes, afinal de contas vc disse que eu sou um ótimo relações publicas, eu não quero te decepcionar.

Canjerê sorri.

Ubiratam – E vc Maria Lua, como vão os rodeios?

Maria Lua – Ah, to gostando muito, eu to pensando até em ir lá agora e comprar um chapéu e uma roupa de couro.

Ubiratam – Ah é, bom se vc esperar um pouco eu te dou carona até o centro da cidade.

Maria Lua – Ta ótimo, obrigada Ubiratam.

Corta cena para casa de Ana, onde todos estão tomando café da manhã.

Ana – Ué, cadê a Malvina?

Albinha – Não sei, acordou cedo, falou que tinha que fazer uma coisa e saiu.

Jesus – Ultimamente a Malvina anda muito estranha.

Albinha – Imagina pai. (fala para Ana) E vc Ana, o que vc vai fazer agora de manhã?

Ana – Vou lá na cidade com a Maria Lua  pra comprar uma roupa bem bonita pra ela ver o rodeio amanhã, né filha?

Vera sorrindo – É.

Jesus – Ainda mais que a mãe vai ganhar o rodeio.

Ana – Será? Eu quero muito ganhar esse rodeio. Se eu ganhar eu vou dedicar a minha vitória a Maria Lua.

Corta cena para acampamento de Dulce Estrada. Malvina vai até a barraca de Ucker e o acorda com beijos.

Malvina – Ucker?

Ucker sonolento – Hum? (acordando) Aí droga, o que que é Malvina, que idéia é essa de me acordar heim?

Malvina séria – Eu preciso lhe perguntar uma coisa, é que vc chegou muito rápido ontem e não deu pra falar.

Ucker com sono – Fala logo vai, fala logo e não enrola vai.

Malvina – Pq que vc tava beijando a Marilda ontem? Vc gosta dela?

Ucker – Não é da tua conta de quem eu gosto.

Ucker vira pro outro lado e Malvina o segura.

Malvina – Mas é que a gente ta junto Ucker e eu pensei que vc gostasse de mim! Eu to apaixonada por vc Ucker!

Ucker senta na barraca.

Ucker – Malvina, olha bem dentro dos meus olhos, eu não pedi pra vc se apaixonar por mim, eu não pedi, eu sou assim do jeito que eu sou e não vou mudar, se vc quiser ficar comigo, vai ter que ser assim, droga! Da licença já que vc me acordou que eu vou fazer uns negócio aí.

Ucker se troca e sai. Corta cena para restaurante de Gorda.

Zé – Oi Gorda.

Gorda – Oi filho.

Zé – Eu vou lá pra cidade pegar a May e a Dulce, quer aproveitar, quer alguma coisa?

Gorda – Ah, eu quero sim, espera um pouquinho.

Zé – Tem um cafezinho?

Gorda – Tem, ta ali ó, pela ali.

Gorda pega um cheque e volta dizendo pra Zé.

Gorda – Faz o seguinte, pega esse cheque, vai lá no Bradesco e deposita na conta da Dulce, entendeu?

Zé saindo – Pode deixar.

Gorda – Espera aí, pq que vc ta com essa pressa toda? Fala uma coisa pra mim, e a Ana e a filha dela?

Zé – Não sei Gorda, eu não vi ela hj não, mas eu to desconfiado viu, aquele sujeito o Arthur da secretaria do menor, ele ta até agora aqui na Chapada dos Guimarães, estranho isso!

Gorda – E pq que vc não conta pra Ana?

Zé – Mas falar o que? Eu não tenho prova de nada, deixar ela mais agoniada do que ela já ta, coitada da Ana!

Zé sai e vai pro seu carro. Ucker aparece.

Ucker – Vai passear?

Zé – Ah não enche o saco Ucker!

Ucker – Não pq, conforme for pra onde vc vai, eu ia te pedir uma carona, eu to querendo fazer uma visitinha lá no hospital.

Zé - Eu to indo pra lá vai, entra logo.

Ucker – Vai ver a Dulce, pq eu vou!

Zé – Eu vou ver a May e se ela tiver de alta eu já aproveito e trago ela, então eu acho melhor até vc não ir, pq vai que a May precise vir deitada no banco de trás, aí vc vai atrapalhar muito.

Ucker – Não, não, a gente aperta aí, eu vou do seu lado e a Dulce vai ali na janela.

Zé – Então entra logo por favor!

Antes que Zé desse partida no carro, dona Antônia chega.

Antônia – Zé Trovão!

Zé - Dona Antônia, qual é o motivo da visita?

Antônia – Eu quero falar com vc.

Zé – Aconteceu alguma coisa com o seu Mané?

Antônia – Ainda não, mas se ele continuar com essa idéia de montar no rodeio pode acontecer! Vc pode fazer ele desistir de montar, pq se acontecer alguma coisa de mal com meu Mané dentro daquela arena... Zé Trovão eu não vou te perdoar nunca! Vc despertou uma esperança no coração dele que já estava apagado a muito tempo. Ele é um homem coxo Zé Trovão, se ele morrer, a culpa vai ser tua!

Zé sai do carro.

Zé – Dona Antônia, a senhora veio até aqui pra me dizer isso? A senhora deveria conhecer melhor o seu marido, pq se ele resolveu voltar a montar, a decisão foi dele viu.

Antônia – Se vc não tivesse aparecido aqui, nada disso tinha acontecido, principalmente vc, desde que ele te viu, ele só sonha em voltar pra arena, maldita hora que vc apareceu na minha casa! Vc é o maior peão desse Brasil e ele sabe disso, pq ele tb foi e competindo com vc é um jeito dele provar que ainda  é! Faz o meu Mané desistir dessa idéia, tira ele dessa competição, se ele levar um tombo pior do que ele levou, ele não sai vivo da arena, faz alguma coisa, vc pode fazer ele desistir, eu conto com vc!

Antônia sai e Zé fica pensativo.

Ucker – Bobagem Zé, isso é manha de mulher.

Zé – Vamos embora pro hospital.

Ucker – Eu se fosse vc, deixava tudo como está, até pq, se ele se der bem, se ele ganhar esse rodeio, vc vai estar fazendo o maior bem que alguém pode fazer pra um peão coxo que nem ele!

Corta cena para Zé Capeta indo acordar Alonso que ainda dormia. Ele chega bem  perto dele e toca seu berrante. Alonso acorda assustado e joga um sapato nele.

Alonso – Some daqui inferno!!!

Alonso olha pra Bob e vê que ele já estava acordado, pensando no que a velha Biga tinha lhe dito.

Alonso – Bob? Bob?

Bob – Que?

Alonso – O que que houve?

Bob – O que que houve o que?

Alonso – Vc não ouviu o Zé Capeta tocar esse maldito berrante, não ouviu?

Bob – Ouvi.

Alonso – O que que ta acontecendo com vc? Que calma que é essa?

Bob – Ah, eu não dormi meu amigo, eu  não preguei o olho a noite inteira, eu to perplexo, absolutamente perplexo Alonso! O que eu ouvi ontem daquela mulher, vc não vai acreditar!

Alonso – Que mulher? A Clarice?

Bob – A Biga, ela chama Biga.

Alonso – Biga?

Bob – Aquela mulher maluca que anda pela cidade e que todo mundo acha que é louca.

Alonso – Eu sei quem é, e não é louca?

Bob – Não, ela leu a minha vida, ela leu a minha vida!

Alonso – Como é que é?

Bob – Alonso?

Alonso – O que que é Bob, o que que foi?

Bob – Eu to falando sério Alonso, eu preciso contar isso pra alguém e eu não tenho ninguém Alonso, eu só tenho um amigo, vc!

Alonso – Fala Bob, fala, fala.

Bob – Ela falou do meu passado, como? Eu nunca contei nada pra ninguém, ninguém sabe nada de mim, do meu segredo, Alonso...

Alonso – Fala Bob, fala tudo, fala!

Bob – Eu preciso te contar o meu segredo... outro dia vc me perguntou pq eu não entrava em igreja, vc se lembra?

Alonso – Sim, eu me lembro.

Bob – Pois eu vou te contar o pq eu nunca mais entrei em uma igreja, foi pq eu fui abandonado no altar de uma igreja pela mulher que eu mais amei nesse mundo!!!

Corta cena para Alonso conversando com Clarice. Ela estava querendo saber a respeito do que Bob tinha dito da carta que ela mandou secretamente pra ele. Depois de contar a ela que Bob tinha sofrido muito por amor nessa vida e que ele tinha o coração duro por causa disso, ele começa a desabafar e a falar dos seus sentimentos por ela, só que como ele estava de costas, ele não percebe que ela estava saindo e nem o escuta.

Alonso - ...e como seu cupido Clarice, a primeira coisa que eu tenho que fazer, é arrancar de mim, essa flecha que eu mesmo atirei dentro do meu coração, pq eu te amo, eu te amo, eu te amo...

Sem ele perceber, Clarice já estava longe e não ouviu nada do que ele disse. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=r8yHFbH2hmI >

FIM DO CAPÍTULO 70