Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 72 (sábado 28/03/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam foca Ubiratam saindo da casa onde seu Jesus estava morando.

Ubiratam pensando - Any de Nazaré, quem podia imaginar que eu iria encontrá-la depois de tanto tempo! É Canjerê, melhor vc não brincar comigo não, pq agora mais do que nunca vc está na minha mão! Agora eu só preciso pensar em um jeito de não perder a Ana de vista.

Corta cena para Ana saindo da arena com a menina Vera e Victória estava a esperando.

Victória – Estava a tua procura, como é que está aquele peão que caiu do boi? Espero que tenha sido levado pra um hospital!

Ana – Eu acho que foi sim, eu to indo lá saber com o Zé mais noticias dele.

Victória – É bom mesmo que fales com o Zé Trovão, olha Ana, se quiseres eu posso ficar com a Maria Lua, sabes como é essas coisas de hospital, isso não é bom pra criança né!

Ana – É, eu acho melhor ela ficar com a senhora me esperando né, já volto filha.

Ana sai e Victória vai falar com a menina Vera.

Victória – Agora nós menina, vamos ter uma conversinha! Tu devias ter mais cuidado com o dinheiro que eu te dei, a Ana não podia ter achado!

Vera – Foi ela que mexeu nas minhas coisas, ela é uma chata, só sei que eu quero todinho o meu dinheiro de volta!

Victória – Estás pensando que eu sou algum banco é?

Vera gritando – Eu não to pensando nada, eu só to querendo te dizer que se eu não receber o meu dinheiro eu não brinco mais, eu não vou mais ser a Maria Lua coisa nenhuma!!!

Victória – Aí meu Deus dai-me forças! Calma menina, calma que eu vou arrumar o dinheiro, fica calma!!!

Corta cena para Zé conversando com Zé Capeta.

Zé – Eu tentei convencer o Mané a não montar, mas ele é cabeça dura, ele vai até o fim nessa aí.

Zé Capeta – Mas Zé Trovão, vc não tem culpa nisso não, eu acho é que a muito que ele vem tentando voltar pra arena de rodeio, não é por ter conhecido vc não, pode ter certeza disso, ele quer provar pra ele mesmo que ele ainda é campeão.

Zé – Eu tb acho, mas eu fico vendo a cara de sofrimento da mulher dele me dá um aperto no coração viu.

Ana chega.

Zé Capeta – Eu vou ali no restaurante comer alguma coisa, até mais.

Zé – Até mais.

Zé Capeta sai deixando os dois a sós.

Ana – Eu queria saber do André, vc acha que o tombo dele foi muito feio?

Zé – Não sei não, mas eu acho que ele se machucou sim.

Ana – E esse hospital que ele foi, será que é bom?

Zé – A May foi tratada lá e foi bem tratada, eu acho que vão cuidar bem dele, mas de todo jeito eu vou passar lá daqui a pouco. Vc tb machucou né, eu vi vc saindo mancando.

Ana – Não foi nada não, eu dei só uma torcida.

Zé – Deixa eu ver.

Ana – Não precisa não.

Zé – O tornozelo é um negócio complicado, as vezes amanhece inchado e vc não consegue pisar, vira e mexe acontece isso aqui e a gente se ajuda pessoa, da aqui (pegando no pé dela e tirando a bota). Deixa que eu tiro.

Eles se olham e pinta um clima entre os dois.

Zé – Ta doendo?

Ana – Não.

Zé mexendo no tornozelo dela – Dói aqui?

Ana sorrindo – Não.

Zé sorrindo – Dói aqui?

Ana faz apenas sinal com a cabeça dizendo que não e Zé vai subindo a mão, já estava no joelho.

Zé – Dói aqui?

Ana rindo – O machucado foi aqui ó.

Zé sorrindo – Acho que não vai ter problema não.

Ana – Vc ficou triste com o que aconteceu com o André né?

Zé – Sim, mas eu to preocupado mesmo é com o Mané Coxo!

Ana – Eu posso te ajudar?

Zé – A ajuda que eu queria de vc, vc não vai querer me dar... deixa eu ir andando.

Zé sai e Ana sorri olhando ele ir embora. Corta cena para hospital. André estava sendo carregado de maca pra dentro do hospital, Albinha e Chris estavam junto.

Chris – Não se preocupa não Albinha, eu tenho certeza de que não aconteceu nada de grave com o André não viu!

Albinha – Será Chris? Eu e o André andamos brigando, será que não é por causa disso que ele levou aquele tombo Chris?

Chris – Olha Albinha, nem pense numa coisa dessas! Eu não entendo nada dessa vida de peão, mas peão cai Albinha, a culpa não foi sua não. Pq que que vcs brigaram?

Albinha – O André quis mais compromisso comigo e eu não sei Chris, eu ainda não sei, eu acho que eu tenho medo, não é que eu não goste dele Chris, eu gosto muito, muito, mas essa vida de peão é muito ingrata e eu tenho medo de me apaixonar por ele e acabar perdendo ele Chris!

Chris – Eu sei bem o que vc ta sentindo, eu sinto a mesma coisa em relação a Ana viu!

Albinha – Eu não sou mulher pra essa vida não Chris, eu sou mulher pra uma vida mais sossegada, eu não gosto de ficar viajando por essas estradas, eu fico tão aflita toda vez que o André monta num boi Chris, eu acho que eu não sou uma mulher muito corajosa não.

Chris – Albinha isso não é uma questão de coragem não, isso é uma questão de jeito.

Os dois se abraçam. Corta cena para Maria Lua com um chapéu na cabeça chegando na barraca de doces de Clarice.

Maria Lua – Oi.

Clarice – Olá menina.

Maria Lua – Qual é o doce mais gostoso que vc tem aí?

Clarice – Olha, todos os meus doces são muito gostosos, mas depende do gosto de cada um né, agora, olhando pro seu rostinho, eu acho que vc  é uma menina que gosta de... doce de morando.

Maria Lua – Aí eu gosto sim.

Clarice – Quer um docinho?

Maria Lua – Quero.

Clarice – Aqui está um doce de morango.

Maria Lua vai logo provando o doce.

Clarice – E aí, vc não tem amigos?

Maria Lua – Pq?

Clarice – Ué, pq é a segunda vez que eu te vejo aqui na feira e sempre sozinha.

Maria Lua – É, eu não tenho muitos amigos mesmo.

Clarice – É, eu tb, até trabalhar em feira, eu era muito sozinha.

Maria Lua sorrindo – Até que ia ser bom eu trabalhar numa feira dessas, mas o que eu queria saber mesmo fazer é montar que nem a Ana Raio.

Clarice – Olha, mas quem sabe isso não pode acontecer! O destino de cada pessoa é sempre um grande mistério e depois, vc ainda é jovem, pode conseguir o que quer.

Maria Lua – Será?

Clarice – Claro que sim.

As duas sorriem. Corta cena para Ana e a menina Vera chegando em casa.

Jesus – Vc demorou filha, o que aconteceu?

Ana – Eu tava me despedindo lá da dona Victória.

Jesus – E o Zé Trovão, contou alguma novidade?

Ana – Não, ainda não, ele tava indo agora lá no hospital ver o André.

Jesus – Queira Deus que esteja tudo bem, eu to preocupado é com a Albinha, eu devia é ter até ficado lá com ela.

Ana – Não se preocupa não seu Jesus, o Chris já ta lá com ela.

Jesus – Com essas preocupação toda na cabeça, eu tava te esquecendo de te contar uma coisa, vc não sabe quem é que eu vi hj na feira!

Ana – Quem?

Jesus – Seu Ubiratam, lembra do seu Ubiratm, do tabelião Ubiratam?

Ana pensando – Ubiratam? Ah, claro que eu lembro, não foi ele que deu a noticia da venda da fazenda quando a dona Amália morreu?

Jesus – Foi esse mesmo.

Ana – Pai, foi ele que registrou a Maria Lua, eu até fui lá no cartório que ele trabalhava quando eu comecei a procurar por ela, eu tenho certeza de que ele sabe onde é que está a certidão dela.

Jesus – É verdade filha, e se o Chico registrou Maria Lua antes de morrer, esse homem deve de saber onde está esse documento.

Ana – Claro que ele sabe, ele pode me ajudar a legalizar a Maria Lua. Aí eu preciso achar esse homem, Ubiratam, urgente, o senhor sabe onde ele ta?

Jesus – Não sei filha, ele me disse que ia comprar um chapéu e ia andar lá pela feira, ah mas espera aí, ele falou tb que ia voltar amanhã filha.

Ana – Ah não, mas eu não posso esperar ele até amanhã, só não consigo me lembrar como ele é.

Jesus – Mas eu posso te ajudar, eu vou procurar com vc, eu só quero que vc me faça uma coisa, vê se vc me acha a Malvina e pede pra ela tomar conta da barraca que eu deixei lá com uma pessoa vigiando.

Ana – Ta bom, (chamando) Maria Lua... filhinha vai com seu Jesus pra feira ta, que a mãe já volta.

Vera – Ta bom mãe.

Ana sai pensando.

Ana pensando – Aí meu Deus, minha Nossa Senhora de Aparecida, obrigada, era a única coisa que estava faltando, ah é bom demais.

Ana corre toda feliz jogando o seu chapéu pra cima. Corta cena para Malvina e Ucker se beijando.

Ucker – O que que ta dando em vc Malvina?

Malvina – Nada não, eu só queria te beijar e te beijei, ou vai dizer que vc gosta mais do beijo da Marilda do que do meu?

Ucker rindo – Ta competindo com ela por minha causa? Ta tão apaixonada por mim assim Malvina?

Malvina – To.

Ucker – Vc é capaz de fazer qualquer coisa pra me ter do seu lado não é?

Malvina não responde nada e Ucker a beija, Ana chega.

Ana – Malvina? O seu Jesus ta te chamando pra ajudar a tomar conta lá da barraca.

Malvina – Ta bom Ana.

Ucker – A gente se encontra depois né Malvina?

Malvina – Sim.

Ucker – Tchau Ana Raio.

Ana – Tchau Ucker.

Elas saem e Ucker fica pensando.

Ucker pensando – É... a Malvina pode me ser muito útil, só preciso é arrumar um jeito de arrumar ela melhor nos meus planos.

Ana conversa com Malvina.

Ana – Olha Malvina, eu não to querendo me meter na sua vida não viu, mas eu achava bom vc tomar cuidado com esse tal de Ucker, todo mundo sabe que ele gosta mesmo é da dona Dulce.

Malvina – Eu sei disso Ana, mas sei tb que ele gosta de mim e eu tenho certeza é que ele vai acabar é ficando comigo e além do mais, a Dulce gosta do Zé Trovão, é ele que ela quer.

Ana triste – Ela quer mesmo Zé Trovão.

Corta cena para Dulce May conversando no caminhão.

Dulce – Não chora desse jeito May, nenhum homem no mundo merece que vc chore desse jeito.

May – Merece sim, merece pq eu to apaixonada por ele e eu sei que o que ele sente por mim tb é amor.

Dulce – Vc nem sabe direito quem é esse cara.

May – Sei... eu sei que ele veio do Rio de Janeiro, eu sei que ele quer ser pintor, eu sei que ele trabalha como guia e principalmente eu sei que ele é uma boa pessoa e que gosta muito de mim tb.

Dulce rindo – Ta vendo vc não sabe nada, vc não sabe nada, vc não sabe nada, vc ta falando dele como se ele fosse o grande amor da sua vida, ele é só o primeiro May, o primeiro!

May – Ele não foi o primeiro, meu primeiro amor na vida, foi o Zé Trovão.

Dulce rindo – Vc ta brincando né?

May – Eu não to brincando não, eu me apaixonei pelo Zé, mas foi só uma ilusão, um amor que eu vivi em sonho, o Zé era meu príncipe, meu herói!

Dulce – E ele?

May – A senhora pode ficar sossegada viu que ele nunca quis nada comigo não, pro Zé eu sou só uma criança, uma amiga.

Dulce – É, eu nunca desconfiei de nada filha, eu jamais podia imaginar que vc tinha interesse nele, desde quando isso aconteceu?

May – Desde a primeira vez que eu vi o Zé entrando aqui nessa companhia, eu ainda era muito menina, devia ter uns 13 anos, mas mesmo assim, eu nunca quis me intrometer na vida de vcs, por isso que eu vou te pedir mãe, por favor, não se intromete na minha vida, me deixa ficar com o Jacaré!

Dulce – Eu não vou deixar nunca que vc se case com ele e jogue sua vida fora May, eu tenho que cuidar de vc, eu sou sua mãe, eu sei o que é melhor pra vc!

May gritando – Vc não sabe nada, vc não sabe de nada, eu quero casar com ele.

Dulce brava – Mas eu não vou deixar, nem que eu tenha que te amarrar nesse caminhão aqui e vc não vai figir!

May – Eu vou, eu vou e não vai adiantar vc me amarrar não, vc pode ser dona de toda essa companhia, mas de mim e do meu coração vc não é, vc não é!

Dulce – Isso a gente vai ver May.

Dulce sai e May fica chorando. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=r8yHFbH2hmI >

FIM DO CAPÍTULO 72