Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 83 (sexta 10/04/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra dona Antônia indo conversar com o motorista do resgate.

Antônia – Posso lhe pedir um favor moço?

Moço – Pode.

Antônia – Não liga essa sirene não, ele não precisa de mais nada, ele já recebeu as homenagens que precisava.

O carro do resgate sai em silêncio levando o corpo de Mané Coxo dali. Dulce chega.

Dulce – A viúva ta precisando de alguma coisa?

Zé – O prêmio é dela, se eu ganhar eu dou o prêmio pra ela.

Dulce concorda. Seu Jesus fala com Ana.

Jesus – Ana, é vc.

Chris – O locutor já está te chamando, vc não ouviu não?

Ana triste – Não.

Jesus – O que que houve aqui?

Ana – Mané Coxo morreu.

Jesus espantado – Morreu?

Chris – Ah meu Deus do céu Ana, eu não acredito!

Ana – Cadê Maria Lua? O que foi gente?

Chris – Não foi nada não Ana, anda, tão te chamando lá, vai.

Jesus – Vai Ana, eu, o Chris e a Maria Lua vamos te assistir, boa sorte filha!

Chris – Boa sorte Ana!

Ana vai pro brete.

Jesus – Como será que foi isso com o Mané Coxo?

Chris – Não sei não seu Jesus, mas o mais importante agora é a gente achar a Maria Lua.

Jesus – Sim, mas onde? Onde é que essa menina se meteu Chris?

Os dois saem pra procurar pela menina. Cam mostra a menina vera pegando algodão doce e Ubiratam com ela.

Ubiratam – E agora, podemos conversar?

Vera – Quer deixar eu acabar de comer meu algodão doce!

Ubiratam – Mas vc já comeu 3 sanduíches, 2 milhos, mais o algodão doce, mas como é que pode! Vc deve ter tido uma vidinha bem difícil hein! Ta bom, pode comer, eu já esperei 13 anos, mais 3 sanduíches, 2 milhos, algodão doce , ah, não vai fazer diferença!

Volta cena para se Jesus e Chris.

Jesus – Se a Maria Lua estava aqui com vc, ela vai voltar pra cá.

Chris – Não sei não seu Jesus, a menina me pediu pra ir comprar pipoca, o pipoqueiro é logo ali, to aqui pensando, será que essa menina resolveu voltar lá pro hotel da dona Victória seu Jesus?

Jesus – Eu acho que não, a dona Victória ta lá no palanque.

Chris – É, então o negócio é esperar né.

O locutor anuncia.

Locutor – Vai sair Ana Raio.

Chris – Olha lá seu Jesus, agora é a Ana.

Cam mostra Ana, pronta pra subir no touro e Marilda se aproxima.

Marilda – Vai com calma hein peoa.

Ana – Que?

Marilda – Eu falei pra vc ir com calma, já tivemos muito acidente aqui nesse rodeio, ontem com o André, hj esse homem aí!

Ana ríspida – Quer ir no meu lugar?

Marilda – Ir no seu lugar? Não to lhe entendendo não.

Ana – To perguntando, vc não tava me falando que ta se preparando pra montar em rodeio e que é pra eu me cuidar? Eu te passo a montaria, ainda tem tempo, quer vir?... Demorou muito pra responder Marilda, se continuar demorando muito assim pra pensar, no primeiro pulo do touro vc beija a arena pior que o Ucker!

Ana sobe e monta no touro. Marilda sai com raiva dali e vai até Ucker.

Marilda – Não adiantou nada, ela ta muito segura, mesmo depois do acontecido.

Ucker – Não tem segurança que o Diabo Negro não derrube Marilda, esse aí é touro duro demais, ela não vai agüentar ficar nem 5 segundos em cima do lombo dele, eu tenho certeza disso.

Marilda – Vc conhece o touro?

Ucker – O Zé Trovão pegou ele lá no rodeio de Copélia, só que ele estava com sorte e era peão homem, essa peoa aí não vai agüentar ficar nada em cima dele.

Marilda sorrindo – É!

O locutor continua.

Locutor – Vai sair agora ela, essa moça que chegou com tudo no rodeio, uma moça arrojada por demais, vai sair Ana Raio, Ana Raio, no sorteio ela pegou um touro duro, duro, duro por demais, é touro Diabo Negro, e vai sair Ana Raio no touro Diabo Negro!

Ana sai.

- Música Raio e Trovão < http://br.youtube.com/watch?v=ZPNkS5Xbne0 >

Ana surpreende a todos.

Locutor – Meu Deus do céu, essa mulher é incrível! (Ana cai) Ta bom demais Ana Raio, merece palmas, uma salva de palmas pra Ana Raio!

Ana estava muito feliz com a montaria e a platéia vai ao delírio. Ucker fica furioso com a apresentação dela e da um soco num toco assustando Marilda.

Ucker – Droga!

Marilda – Aí calma Ucker!

Ucker – Não enche o saco Marilda!

Ucker sai dali furioso, seu Jesus e Chris abraçam ela.

Jesus – Parabéns Ana Raio!

Ana – O que que vc achou Chris?

Chris – Ih Ana, o Ucker já ta fora, eu tenho a impressão que esse rodeio vai ser decidido entre vc e o Zé Trovão.

Ana – E cadê Maria Lua?

Volta cena para a menina Vera que acaba de comer.

Ubiratam – Pronto, agora eu quero que vc me conte tudinho o que aconteceu na sua vida, ta bom?

A menina faz sinal com a cabeça indicando que sim.

Ubiratam – Ótimo! Como é que se chama seu pai?

Vera – Canjerê.

Ubiratam – Canjerê??? Quem foi que te disse isso?

Vera – Ele.

Ubiratam – Ele? Ah, ele... e... como foi que vc se encontrou com... quer dizer, como é que vcs... desculpe, quer dizer, como é que vcs conviveram, não, convivem, enfim, vc mora com ele?

Vera – Não, ele morreu.

Ubiratam – Morreu?

Vera – Ele morreu a muito tempo.

Ubiratam – Morreu de que?

Vera – Ele tinha a cara queimada, não agüentou, foi o óleo quente que a minha mãe jogou na cara dele, quando ela ainda era criança... é, ele tinha feito mal pra ela.

Ubiratam – Mal?

Vera – Aí eu vivi muito tempo pelas ruas, depois que ele morreu, eu tinha uma correntinha no peito, com um brochinho e dentro tinha a foto da minha mãe.

Ubiratam estava segurando o relicário que ele trazia escondido no peito dele desde o dia em que ele levou Maria Lua pro convento. Vera vê o relicário no pescoço dele.

Vera – Como esse aí.

Ubiratam esconde rapidamente o relicário dentro da camisa e Ana chega.

Ana – Maria Lua?

Ubiratam – Ana!

Chris – Maria Lua, onde é que vc se meteu? Vc me pede pra ir comprar pipoca e desaparece assim, onde é que vc foi?

Ubiratam – Desculpem, a culpa foi minha, eu encontrei ela e me oferece pra comprar um sanduíche, ela aceitou, me perdoa.

Ana – Tava todo mundo preocupado com ela.

Ubiratam – E aí, já se apresentou?

Ana sorrindo – Já.

Chris – Mas é por isso que a gente tava procurando a Maria Lua, pq se tudo der certo minha filha, sua mãe ta perto de ganhar o primeiro prêmio de rodeio.

Ubiratam – É? Não me diga!

Ana – É, o primeiro eu não sei ainda não né, mas entre os 5 eu sei que eu to.

Ubiratam – Ah parabéns!

Ana – E aquilo que eu pedi pro senhor, o senhor já conseguiu?

Ubiratam – Ah não, eu ia ligar pro cartório onde eu trabalhava, mas me lembrei que é domingo, mas amanhã mesmo eu vejo isso pra vc, vc ta sempre aqui pela feira né?

Chris – É, mas tb se a gente não tiver aqui pela feira a gente ta lá na casa do seu Jesus que o senhor já sabe onde é.

Ubiratam – Sim, sim.

Corta cena para Maria Lua saindo da arquibancada. Luminosa e Luminada vêem ela e a chamam.

Luminosa e Luminada chamando Maria Lua – Ei!

Maria Lua se aproxima delas.

Maria Lua – Oi.

Luminosa e Luminada – Oi.

Luminosa – Esses daqui são nossos amigos (apontando pra Adalberto e Adriano).

Luminosa e Luminada – O Adalberto e o Adriano.

Maria Lua – Oi.

Adalberto e Adriano – Oi.

Maria Lua – Vcs viram o que aconteceu com aquele peão?

Os quatro – Vimos!

Maria Lua – Ele morreu coitado, ele era amigo de vcs?

Os quatro – Não.

Maria Lua – E a Ana Raio, será que ela vai ganhar?

Os quatro – Tomara né.

Maria Lua – É, eu to torcendo pra ela, eu e meu pai sabe, a gente mora numa casa aqui perto, se eu convidar vcs pra ir almoçar lá um dia vcs vão?

Os quatro – Vamos.

Maria Lua – E vcs levam a Ana Raio?

Os quatro – Sim.

Maria Lua – Então ta bom, eu posso ficar aqui com vcs pra assistir a premiação?

Os quatro – Claro.

Maria Lua – Tomara que a Ana Raio ganhe né, e que ela vá lá em casa tb.

Os quatro – Tomara.

Maria Lua se senta ali com eles. Volta cena para Ubiratam que conversava com Ana.

Ubiratam – Bom, então ficamos combinados assim, qualquer coisa de positivo eu procuro lá.

Ana – Então vamos né Chris, a premiação já vai começar.

A menina Vera pega um cachorro quente.

Vera – Deixa eu pegar mais um!

Ana – Calma aí filhinha, sua mãe tem que pagar primeiro!

Ubiratam – Não, não, eu paga, eu pago.

Ana – Obrigada.

Ubiratam – Boa sorte!

Ana sai com a menina Vera e Chris.

Ubiratam – Agora vc vai começar a ficar famosa Ana de Nazaré, vai ser muito mais fácil do Canjerê te achar, eu tenho que dar um jeito nisso.

Corta cena para restaurante de Gorda. May estava lá.

May – Ah Gordinha, eu não estava agüentando mais ficar lá naquele caminhão, o tempo todo só deitada, sentada!

Gorda – Mas se a tua mãe te pega, vc já pensou menina! Como é que vc conseguiu descer aquelas escadas do caminhão?

May sorrindo – Ah, eu fui descendo de vagarzinho Gorda, eu tava precisando ver gente, tava com saudade desse restaurante aqui, daqui a pouco vai acabar o rodeio e vai vir todo mundo pra cá pra beber, pra dançar, vai começar a cantoria, deixa eu ficar Gordinha!

Gorda sorrindo – Minha menininha linda!

Arcanjo chega ali.

Arcanjo – Onde é que estava vc que não está no caminhão?

May – Aí Arcanjo, larga do meu pé!

Arcanjo – Ordens da dona Dulce, to lhe vigiando!

Cam mostra Jacaré passando por ali de bicicleta querendo falar com May, Gorda cochicha com May.

Gorda – Pelo jeito não é só o Arcanjo que está te vigiando não, olha lá.

May vê Jacaré e sorri. Jacaré faz sinal que precisa falar com ela e Gorda disfarça com o Arcanjo pra May conversar rapidamente com Jacaré.

Gorda – O meu querido, vem cá meu menino lindo!

Gorda pega Arcanjo no colo e Jacaré entra agachado no restaurante sem que Arcanjo veja.

Gorda – Aí eu gosto tanto de vc Arcanjinho!

Gorda fingindo começa a gritar.

Gorda – Ahhhh, ahhhhh, um rato Arcanjo, um rato!

Arcanjo – Onde?

Gorda – Lá, lá.

Jacaré aproveita pra falar com May, ele estava atrás do balcão e May estava lavando um copo.

Jacaré – Vamos fugir do caminhão da sua mãe.

May responde cantando pra disfarçar – Eu já falei pra Gorda, ela falou pra gente esperar, até chegar a noite pra eu poder te encontrar!

Jacaré – Qdo, hj?

May cantando – Hj, hj qdo a noite chegar!

Arcanjo acha estranho e vai perto de May.

Arcanjo – O que foi May?

May – Ué, não foi nada, não ta ouvindo, to cantando.

Gorda disfarçando – É, vai lá Arcanjo, tira aquelas cadeiras dali que daqui a pouco vai chegar um monte de gente, isso mesmo, bota pra lá vai.

Jacaré se levanta de baixo do balcão e beija May ao que Gorda se vira, vê e grita.

Gorda – Ahhh! (segurando a boca).

Jacaré se abaixa  pra que Arcanjo não o veja e Arcanjo volta correndo.

Arcanjo – O que foi Gorda?

Gorda – Agora são dois ratos, dois ratos!

Arcanjo – Onde, onde?

Gorda – Ali, ali, vai lá Arcanjo, eram dois enormes!

Arcanjo vai ver onde estão os ratos e May fala  pra Jacaré.

May sorrindo – Vc é maluco!

Jacaré – Sou maluco por vc May (beija ela).

May – Então vai, vai e volta a noite pra me buscar, eu vou te esperar.

Jacaré – Ta, tchau!

Jacaré sai e Mau fica rindo dele. Arcanjo volta ali.

Arcanjo – Ué, cadê a May?

Gorda – A May? Será que ela não foi pra lá ó, eu acho que ela foi pra lá, vai lá ver pra mim Arcanjo, pelo amor de Deus, até eu to preocupada!

Jacaré sai correndo de bicicleta e Gorda cutuca May com a vassoura que estava rindo atrás do balcão. Arcanjo volta.

Arcanjo – O que que vc ta cutucando com essa vassoura?

Gorda – Eu?...

May se levanta disfarçando.

May – A garrafa, quebrou tudo aqui, varre Gordinha, varre!

Gorda – É... eu tava varrendo que um gato passou por aqui e derrubou a garrafa no chão.

Arcanjo desconfiado – Ué, mas não era rato?

Gorda disfarçando – É, era rato, mas agora veio um gato, um gatão Arcanjo, que se vc visse, aí!

May não se agüentava com a situação e ria muito. Tela escurece.

- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=r8yHFbH2hmI >

FIM DO CAPÍTULO 83