Fanfic: A História de Ana Raio e Zé Trovão (AyA)

Capítulo 89 (sexta 17/04/2009)

- Abertura <http://br.youtube.com/watch?v=ERHcrJiEx4Y>

Cam mostra as beleza da Chapada e num lugar bem afastado da cidade uma cabana com uma espécie de arena feita de bambu e coberta com palha onde estavam May e Jacaré se beijando. Depois podemos ver Jacaré pintando um quadro de May e ela fazendo pose pra ele.

Jacaré – Não mexe, não mexe, aqui nesse lugar, quando eu to com raiva, eu viro jacaré, igual aquela novela sabe?

Jacaré brinca com ela e May estava meia impaciente.

May – Desculpa, desculpa mas eu não estou conseguindo ficar parada, eu to aflita Jacaré, eu to preocupada!

Jacaré – Espera aí, relaxa, fica olhando eu pintar então, eu quero te retratar com seu bom astral, linda como vc é!

May – Eu sei, mas é difícil, eu fico pensando que essa hora deve de estar todo mundo me procurando.

Jacaré – Mas nada disso interessa agora, vc ta linda aqui e agora parece até que vc já faz parte dessa paisagem! Ó, com uma musa dessa Van Góg arrancava até a outra orelha! Olha pra essa natureza, sente a música (ligando o rádio), a música do planalto central! Sinta a paz desse lugar May, nós dois aqui e essa noticias absurdas de ataques terroristas, terremotos, o mundo se acabando, a mais alta tecnologia sendo utilizada para a destruição, morte e a gente ta aqui no centro da América, é, eu acho que é um privilégio! (erguendo os braços) Obrigado Senhor! Olha May, 9 entre 10 profecias, falam que aqui vai surgir uma nova civilização, Chapada dos Guimarães, é, (pintando com o pincel e tinta o rosto dela como uma índia) surgirá uma nova tribo no Planeta Terra e a gente ta no coração desse triangulo exotérico, (se pintando agora) num lugar que protege a gente das agressões do mundo, com alguém que protege a gente e quer ser protegido das agressões das pessoas May.

Os dois se beijam mas são interrompidos pela noticia no rádio.

Radialista – E atenção, atenção! Interrompemos a nossa programação para informe de interesse público. Está perdida ou até seqüestrada, a filha da dona de companhia de rodeio Dulce Estrada. Seu nome é May Violeta Estrada de 18 anos e infelizmente não se sabe os traje que ela estava usando na noite do seu desaparecimento!

May fica assustada.

May – Vc ouviu? Vc ouviu isso?

Jacaré – Calma May, calma!

Corta cena para casa de seu Jesus. Eles estavam tomando café.

Jesus – A May sumiu!

Chris chegando bravo – E vc tb né Ana?

Ana – Oi Chris.

Chris – Poxa, onde é que vc se meteu?

Ana – Calma Chris.

Chris – Não, eu to calma, graças a Deus agora eu to calmo, custava vc avisar onde é que vc foi? Eu te procurei pela cidade toda!

Ubiratam chega.

Ubiratam – Da licença!

Jesus – Tabelião Ubiratam?

Ubiratam – Eu posso entrar?

Jesus – Claro, entra, a casa é sua!

Cam mostra Victória que tb chega de carro fazendo o maior espetáculo.

Victória fingindo choro e desespero – Anaaaa, Ana Raio, aíííí, pelo amor de Deus me ajuda filha, o minha Nossa Senhora, minha Virgem Santíssima, ajuda essa pobre alma! E agora?

Ana preocupada – O que que aconteceu dona Victória?

Victória – A terra se abriu debaixo dos meus pés, acabaram-se todas as minhas esperanças, uma catástrofe se abateu sobre mim!

Chris – Catástrofe??? Do que que a senhora ta falando dona Victória?

Victória – Minha companhia inteira caiu num desfiladeiro! Não me sobrou ninguém!!! Ana, minha Ana, tu és a minha única esperança!

Ana – Me conta essa história direito dona Victória?

Cam mostra Ubiratam e a menina Vera olhando e sacando a armação de Victória Imperial. Victória já estava sentada e deram lhe um copo de água com açúcar. Victória entrega uma carta pra Ana ler.

Ana lendo a carta – “Prezada Victória Imperial, PT”.

Ubiratam explica – Pt é ponto, continua!

Ana lendo – “Sinto informar acidente, caravana, Rondônia...”

Victória retira a carta da mão dela.

Victória – Não, não leia, é demais, por favor, não leias mais! Me comuniquei imediatamente com todos os Hospitais e Santas Casas da região, me informarão que ninguém foi internado em Santa Casa alguma! Sabem onde estão todos?... No necrotério, mortos, todos mortos! Os caminhões, os cavalos, as boiadas, não sobrou um só pra contar história! A ponte de mais de 300 metros de extensão despencou quando iam atravessar um rio! A caravana inteira estava sobre a ponte quando de repente aquela merda veio pra baixo, não sobrou ninguém, morreram todos, mais de 40 artistas, mais de 10 milhões de dólares, mais de 30 anos de trabalho, aí Anaaa! Ana, de tudo que eu tinha, tu és tudo que me sobrou!!!

Victória dá um show de teatro, fazendo com que Ana acredite e fique morrendo de dó dela. Corta cena para acampamento de Dulce. Ucker chega das buscas de carro.

Dulce – E aí Ucker?

Ucker – Nada.

Dulce – Não está na casa dele?

Ucker – Não, eles devem de ter ido pra outro lugar, isso se ela fugiu mesmo com ele né Dulce.

Dulce – Claro que fugiu né Ucker, não me irrita ta! Que lugar pode ser esse, ninguém sabe onde esse Jacaré costuma ir?

Ucker – Não, ninguém sabe, só me disseram que ele pinta e que de vez em quando ele some uns dias aí da cidade, mas ninguém sabe pra onde ele vai! Outra coisa Dulce, a Marilda me disse que não vai ter mais show hj, é verdade?

Dulce – Eu quero que o show, que a Victória, que a Marilda explodam! Eu quero que vc continue fazendo as buscas nos arredores da cidade, a May hj vai vir direto pro meu caminhão e o Jacaré na cadeia, vc ouviu bem?

Dulce sai irritada e Malvina chega pra falar com Ucker.

Malvina – Oi Ucker, eu estava te procurando.

Ucker – Pq Malvina, o seu pai te botou pra fora de casa foi?

Malvina – E, não fala assim não Ucker! Eu quero te dar um presente.

Ucker – Presente? Pra que presente Malvina?

Malvina pega sua foto, beija e entrega pra Ucker.

Malvina – Lê atrás.

Ucker lendo – “Pro meu querido Ucker, da sua Malvina!”

Malvina – Gostou?

Ucker – Obrigado Malvina, mas vai com calma ta bom, vai com calma.

Dulce grita lá do caminhão dela.

Dulce – Vai Ucker, vai!

Malvina – Nossa, o que que ela tem?

Ucker – A May desapareceu, eu vou ter que continuar a procurar.

Ucker olha pra Dulce e tenta provocar ciúmes nela beijando Malvina, só que Dulce nem liga.

Ucker bravo – Diacho!

Malvina – O que que foi?

Ucker disfarçando – Nada não Malvina, esse carro aqui que não quer ligar, vai, vai, me deixa aqui que eu preciso ir embora.

Ucker liga o carro e sai, Malvina fica desconfiada. Volta cena para casa de Ana.

Chris – Bom dona Victória, já que o pior aconteceu, agora a gente tem que ser prático, o que que a gente pode fazer pra ajudar a senhora?

Victória – Obrigadinha Chris, obrigadinha, de fato eu vou precisar de ajuda, já não digo a financeira, já que os meus prejuízos são incalculáveis, mas da ajuda humana! A solidariedade humana sempre me comoveu muito, haja visto o empenho que tive em reencontrar pra Ana sua filhinha perdida!

Ubiratam faz uma cara de deboche dela, pois ele sabia que ela era uma farsante e que a menina não era a Maria Lua verdadeira.

Ana – Então como o Chris disse dona Victória, o que que a gente pode fazer pra ajudara a senhora?

Victória – Tu podes minha querida, tu podes e muito, desculpa, mas dadas as circunstancias terei que ser curta e direta, tu tens que fazer um show pra mim amanhã!

Ana surpresa – Eu dona Victória? Mas aonde?

Victória – Ao ar livre, não importa, onde quer que sejas, eu estou arruinada minha filha, qualquer centavo que entre agora é milhão! A minha companhia agora, somos nós, o Riso, essa pobre criaturinha (apontando pra menina Vera), aquele nosso senhor Jesus Cristo, o teu protetor, pai daquelas meninas! Se nós não nos unirmos agora nesse momento calamitoso, quando nos uniremos?

Jesus – Quem sabe o Zé Trovão tb não dá uma ajuda pra montar esse show Ana!

Chris – Não seu Jesus, o senhor pode deixar, a gente mesmo monta o show, né Ana? Eu me comprometo com a Ana!

Ana assustada – Mas como Chris?

Chris – Ué, a gente se vira, a gente já se virou em situação tão pior! A gente vai trabalhar dia e noite Ana, eu vou arranjar um lugar grande pra vc treinar, a gente faz... faz um show diferente, a Malvina e a Albinha pode ajudar a fazer uma roupa nova pra vc! Dona Victória, a senhora não se preocupa não, a gente vai reerguer a sua companhia!

Victória – Dizem com razão que Deus quando fecha uma porta, abre uma janela! Do fundo do meu coração, obrigadinha! Farei a maior propaganda que essa Chapada dos Guimarães e Mato Grosso jamais viram, lotaremos aquela arena, juntos venceremos, unidos como uma só família e um só coração! E que Deus, lhes pague!

Victória beija o rosto de Ana e sai.

Ana com dó – Coitada! A desculpa seu Ubiratam, eu acabei esquecendo o senhor!

Ubiratam disfarçando – Ah não, foi bom, foi muito bom conhecer uma alma tão boa qto a desta senhora!

Chris – E, mas o senhor veio...?

Ubiratam – Ah, eu vim dizer está sendo muito difícil eu conseguir as informações sobre a menina, mas eu to tentando e eu não gostaria que vcs pensassem que eu desisti! Bom Ana, seu Jesus, meu bom rapaz (Chris), eu volto e com certeza, certeza absoluta eu trarei novidades.

Jesus – O senhor não vem ver o show da Ana amanhã?

Ubiratam – A claro, eu não perderia esse show por nada desse mundo!

Chris – Se o senhor quiser trazer um amigo!

Ubiratam – Um amigo? É, eu acho que ele gostaria, vcs não fazem idéia de como ele gostaria, mas eu acho que não vai ser possível, fica para uma próxima vez, não faltará oportunidades! (se referindo a Canjerê) Passar bem!

Ana – Obrigada!

Ubiratam sai dali e enquanto caminha indo embora ele fala sozinho:

Ubiratam – Victória Imperial, companhia falsa, filha falsa, secretaria do menor... é, eu preciso ver isso! E com esse negócio desse show agora, com a propaganda da Ana, ela vai começar a ficar muito exposta, eu tenho que agir rápido!

Corta cena para frente da casa de dona Antônia, Zé e Ana se encontram lá.

Zé – Eu queria saber o que aconteceu lá naquela arena, o pq vc saiu daquele jeito de lá, a gente estava se dando tão bem!

Ana – Não peão, vc ta confundindo as coisas, eu tb to muito confusa mas eu não quero mais falar sobre isso, eu preciso de um tempo pra pensar, pra resolver a minha vida, pra resolver o que está dentro de mim!

Zé – Pq que vc fugiu da arena?

Ana – Eu não quero mais falar sobre isso.

Zé – Mas pq?

Ana – Pq é problema meu.

Zé – E eu estou disposto a lhe ajudar.

Ana triste – Vc não pode me ajudar.

Zé – Ta certo, mas eu quero que vc saiba de uma coisa, eu nunca senti por nenhuma mulher o que eu estou sentindo por vc, nunca!

Dona Antônia aparece na porta.

Antônia – Bom dia Ana, bom dia Zé!

Zé – Bom dia dona Antônia!

Antônia – Pode entrar, a casa é de vcs.

Eles entram na casa dela.

Antônia – Eu queria me despedir Zé, eu estou voltando pra casa dos meus pais, eu acho que já me acostumei a cuidar dos outros, eles estão velhos e estão precisando da minha ajuda, e depois isso tudo aqui lembra muito o meu Mané, eu não sei mais viver aqui sem ele não.

Zé – Eu vim pra perguntar se a senhora ta precisando de ajuda?

Antônia – Eu to saindo pra ajudar quem precisa, eu acho que esse é o melhor jeito de eu me ajudar tb.

Ana – Eu não tenho muita coisa pra dizer não viu dona Antônia, mas a única coisa que eu posso dizer pra senhora é pra senhora lutar, luta com todas as suas forças, que é só lutando que a gente consegue aquilo que a gente quer!

Antônia – Mas eu já perdi tudo nessa vida Ana!

Ana – Eu sei, mas essa vida dona Antônia, é feita de adeus mesmo! Se eu contar pra senhora o tanto que eu já tive que dar de adeus, se eu tivesse me importado com todos eles eu não estava aqui agora!

Antônia – Ta certo Ana!

Dona Antônia pega a mão de Ana e depois pega a mão de Zé e coloca sobre a mão dela, eles olham um para o outro.

Antônia – Zé, cuida de vc Zé, cuida dele Ana e se cuida tb, essa vida de peão é paixão, mas tb de muito sofrimento! Vcs formam um par tão lindo, parece eu e meu Mané quando começamos a nossa vida, com os olhos cheios de esperança! Não percam esse brilho que vcs tem na vista! Zé, eu queria lhe dar um presente.

Dona Antônia pega um viola e entrega pra Zé Trovão.

Antônia – A primeira viola do meu Mané.

Zé pega a viola e toca uma nota nela.

Antônia – Eu quero que ela lhe dê inspiração pra vc cantar os tombos da vida, eu quero que ela lhe traga as alegrias que um dia o meu Mané viveu, eu quero que das cordas dela, vc faça a canção mais linda, com notas brotadas do seu coração, eu quero que lhe seja um instrumento de paz e se um dia vc estiver triste, toque e cante, cante o quanto vc puder, o quanto vc sentir, pq não importa o quanto é triste sentir ou alegre a tua canção, importa que ela é tua!

Zé – Obrigado dona Antônia, eu vou cuidar muito bem dela.

Ana – A gente não vai se esquecer da senhora nunca!

Antônia – Não se esqueçam de vcs, e se um dia vcs passarem pelo Mato Grosso, lembra que aqui viveu um homem e uma mulher, que como tantos nesse país, sobreviveram em esperança!

Cam mostra dona Antônia pegando na mão dos dois juntos.

Antônia – Se cuidem!

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- Créditos Finais < http://www.youtube.com/watch?v=r8yHFbH2hmI >

FIM DO CAPÍTULO 89