Fanfic: Just Pure Happiness & Romance - Story 01 | Cap: [13/??] | Tema: Amizade, Comédia, Drama, Romance, Yaoi
Não acreditava no que os meus olhos amostravam-me. Teria a sonhar?
– Taru-kun, á quanto tempo.
Não, não estava.
– Meu filho deves lembrar-te de Yuzo-kun, certo?
Como poderia esquecer-me, foi ele quem roubou-me a minha inocência descaradamente.
– Yuzo-kun é quem vem ver-me regularmente.
Notei que Seiji olhou-o com alguma desconfiança. Em questões de segundo todas as imagem que tivera com ele até mesmo quando fizemos sexo, passaram pela minha mente com uma rapidez incrível. O olhar semicerrado que lançava-me fez-me tremer o corpo todo.
– Taro, meu filho estás bem? Parece que viste um fantasma? – Preocupada com a minha reacção.
Naquele momento não conseguia emitir nenhum som pelas minhas cordas vocais. Por isso Yuzo-senpai começou aproximar-se com a mão direita até ao meu rosto, comecei a sentir náuseas, mas surpreendentemente Seiji põe-se á minha frente.
– Não é suposto analisares senhora Yamato. – Num tom serio.
– Eu apenas pensei que Taro estivesse a sentir-se mal, nada mais. – Olhando-o um pouco serio.
Seiji não sei como agradecer-te.
– É melhor deixar-mos a tua mãe á vontade, vamos. – Agarrando-me no pulso.
– Sim.
Pode repara claramente que Yuzo-senpai, não gostou muito da acção de Seiji, fomos até ao terraço, lá o sol ainda aquecia um pouco o ambiente, apesar de sentir uma leve brisa fria no rosto. Olhava para o horizonte sem destino.
– Afinal quem era aquele, Taro? – Num tom serio.
Mais uma vez hesitei em prosseguir a conversa.
– Ninguém em especial. – Olhando para o chão.
– Ninguém em especial, dizes tu. – Aproximando-se de mim. – Então porque que ficas-te apavorado com a presença dele? – Olhando para mim.
Eu simplesmente viro-lhe costas encaminhado-me para a saída do terraço. Nesse instante Seiji agarra-me pelos ombros encostado-me á parede olhando para mim um pouco irritado.
– Porque és sempre assim?
Nada disse, apenas olhei para o lado direito com o sobrolho franzindo.
– Ele foi alguém que marcou-me, não foi?
Espantei-me um pouco pela pergunta dele.
– Não sei do que estás a falar. – Não encarando-o.
– Eu sei bem que estás a mentir.
– Não, não estou. – Olhando para ele irritado.
Seiji apenas solta-me, um pouco desapontado comigo com as mãos nos bolsos.
– Como queiras. – Zangado. – Eu vou para casa. – Indo-se embora.
Olhei-o com algum arrependimento pois sabia que o tinha magoado. Eu sei que ele preocupa-se comigo e agora estraguei todo....com o punho fechado.
– Seiji espera. – Num tom suplicante.
Este volta-se para mim com o olhar normal.
– Sim é verdade foi alguém que marcou-me muito, mas negativamente. – Com certo ódio.
– Queres ir para algum sitio em especial falar? – Sugerindo.
– Não pode ser aqui mesmo.
Sentamo-nos nas escadas do ultimo piso.
– Eu conheci-o, no meu primeiro ano da secundaria, - Iniciando apertando as minhas mãos. – Naquela altura foi ele quem ajudou a orientar-me na escola, já que não a conhecia. Toyo também nesse ano ficou na minha turma. Admito que naquela altura era um pouco ingénuo de mais. Penso que deixei-me iludir um pouco pelas palavras dele. – Olhando fixamente para as minhas mãos. – Eu juntei-me ao clube kyujutsu por alguma influencia dele talvez. – Pausando. – No dia em que se declarou a mim, sempre pensei que as palavras dele fossem verdadeiras, mas enganei-me ainda namoramos uns dias até ele levar-me para cama. – Franzindo o sobrolho. - Apartir desse dia ele mudou radicalmente de atitude comigo, eu ainda tolerei um pouco, porque ainda gostava dele, mas o que marcou profundamente foi o facto de ele ter-me traído com outro rapaz e ter-me dito que tudo não passava de uma simples aposta. Eu tinha me entregado a ele de corpo e alma. – Olhando para Seiji.
Nesse momento as lágrimas começaram-me a cair do meu rosto abaixo, levantei ficando de costa para Seiji, não queria que ele visse-me assim.
– Taro, não fiques assim, ele não merece ás tuas lágrimas. – Aproximando-se de mim abraçando-me pelas costas. - Devias guarda-las para quem as merece. – Prolongando o abraço.
– Seiji... – Limpado os meus olhos, voltando-me para ele.
Seiji voltou abraçar-me como é caloroso o seu abraço.
– Eu estarei ao teu lado. – Sussurrando-me ao ouvido. - Vamos ter com a tua mãe? – Olhando-me agora.
– Sim.
A caminho do a quarto da minha mãe reconheci a voz Toyo, porque ria-se bem alto.
– Ei Taro!!! Ei Seiji!!! – Cumprimentando-nos.
– Então sempre vieste. – Sorrindo-me disfarçadamente.
Notei logo a expressão de preocupado de Toyo.
– Taro, aconteceu alguma coisa?
– Não apenas...
– Tivemos de sair por uns momentos por causa do médico. – Diz Seiji a Toyo.
– Sim é verdade Yuzo-kun, teve de analisar-me. – Diz a minha mãe inocentemente.
– Yuzo?! Ele é o seu médico? – Espantado a olhar para minha mãe.
– Sim, porque perguntas? – Não compreendendo.
– Não te preocupes Toyo. – Disse.
Entretanto uma enfermeira aviso-nos que a hora das visitas acabara. Todos nos despedimo-nos da minha mãe, Seiji e Toyo deram-lhe as melhoras.
Cá fora eu vinha a frente de Seiji e Toyo apesar de virem calados, ao chegamos a um parque infantil vazio Toyo despede-se de nós com uma certa preocupação. Em casa cada um de nós foi para o quarto. Desde de que saimos do hospital ainda continuava a pensar na presença Yuzo-senpai. O olhar dele, de certo modo mudou, mas tenho as minhas dúvidas que tenha em mudado em relação á sua personalidade. Sentei-me encolhido á beira da cama. Momentos depois Seiji bate á porta do meu quarto.
– Entra.
– Então como estás?
– Estou be.... mais ou menos. – Com os olhos semicerrados.
– Não pense mais nisso. – Sentando-se ao meu lado.
– Seiji, eu apenas estou com receio de que ele faça alguma coisa á minha mãe.
– De certeza que ele não era capaz disso. – Confiante.
– Tu não o conheces Seiji ele é bem capaz de todo para atingir os seus fins. – Levantando-me com o punho fechado.
– Tem calma Taro. Talvez ele tenha mudado.
– Eu não acredito muito nisso Seiji. – Olhando para ele.
– Vá anda vamos comer e depois vamos dar uma volta pela cidade para descontrair. – Levantando-se.
– Combinado. – Dando um pequeno sorriso.
Jantamos sem conversar muito, pensava no que Seiji tinha-me dito, de que Yuzo-senpai poderia ter mudado, mas eu continuava a não acreditar muito nessa hipótese. Após terminar-mos de comer e de lavar a louça, andamos por vários sítios, por parques aonde jovens casais namoravam, visitamos alguns templos locais e até assistimos a um numero de rua.
Eu tentava abstrair-me do meu pensamento de Yuzo-senpai, mas era quase impossível, por vezes olhava para Seiji pergunto-me se ele não estive-se aqui comigo, o que teria acontecido naquele momento em que vi Yuzo-senpai. Continuava a caminhar pela rua iluminada sem tomar muita atenção ás coisas ao meu redor, a única coisa que oiço e que me faz acordar do meu longo pensamento foi o buzinar de um carro e Seiji a chamar-me. Nesse instante sinto algo a puxar-me para traz impedido-me de ser atropelado.
– Tem mais cuidado rapaz. – Diz o condutor do veiculo irritado.
Vi os braços de Seiji á minha volta.
– Queres matar-me de susto, Taro? – Soltando-me. – O que te deu para atravessares assim sem olhar para o sinal?
– Desculpa-me, é que eu estava a pensar e não me dei conta por onde ia. – Olhando para chão com os olhos semicerrados.
– Não me digas que ainda estás a pensar naquele tipo?
– Sim mais ou menos. – Num tom baixo.
Seiji num movimento gentil pega-me pela mão, levando-me por entre as varias casas até chegamos a um velho parque a onde as cores dos objectos já á muito tempo tinham perdido a cor.
– Que sitio é este? – Olhando á volta intrigado.
– Descobri, quando vim ao teu encontro do outro dia. – Sorrindo-se.
– Oh!!!
– Senta-te no baloiço.
Foi o que fiz, Seiji começa a baloiçar-me repetidamente. A sensação que começou-me a envolver-me era incrível fez-me sair daquele estado pensativo e entristecido para um de felicidade. Retribui um leve sorriso a Seiji.
– Assim é melhor, gosto ver-te com um sorriso. – Parando o baloiço ficando á minha frente com os olhos semicerrados.
– Isso porque tens o dom de pôr-me um sorriso nos lábios. – Olhando para ele. – Obrigada Seiji. – Levantando-me do baloiço.
Reparei que o olhar de Seiji ficou profundo como daquela vez em que a prateleira cedeu deixando cair os livros e gato de porcelana.
– Seiji...
A mão dele passou pelo meu rosto suavemente e como da outra vez o meu coração começou acelerar. Afastei de sua mão rapidamente.
– Talvez é melhor irmos para casa. – De costas para ele.
Seiji agarra-me o braço impedindo-me de avançar.
– O que se passa, Seiji? – Olhando-o.
A expressão facial dele ficou um pouco tensa.
– Taro. – Iniciou. – Não penses mais naquele tipo, ele não merece nada teu. Odeio ver-te a sofre por causa de um tipo daqueles.
– Seiji. – Espantado.
– Taro eu... – Hesitante em terminar a frase. - ....gosto de ti.
A única coisa que fiz foi mostra-lhe o meu espanto a ele. Como é que é? Ele gosta de mim? Não pode ser...
– Isto é alguma brincadeira Seiji? – Não levando-o muito serio.
– Não, não é, Taro. – Num tom serio.
E agora o que iria responder-lhe... Não esperava por esta situação....
– Seiji talvez seja melhor não continuar-mos, esta conversa. – Um pouco desconfortável.
– Eu sei que tens receio, mas eu sou diferente dele, dá-me uma oportunidade.
Nunca pensou-me pela cabeça que isto fosse acontecer, comecei a ficar confuso e inseguro ao mesmo tempo. Eu não queria envolver-me com ninguém. A única coisa que queria era sair dali o mais rápido. Nesse instante soltei-me dele com uma certa violência, reparei que a chave de casa da minha mãe tinham caído do meu bolso para o chão, não me preocupei-me em apanha-las, apenas queria correr para o mais longe possível.
– Taro!!!! Espera!!!! – Chamando-me.- Taro... – Esfregando a cabeça olhando para o chão. – Maldição...
Não olhei para trás apenas queria sair dali. Corri o mais depressa, até esbarrar-me com alguém.
– Desculpa. – Um pouco ofegante.
– Taro? – Uma voz masculina.
Olhei era Toyo que olhava-me com algum espanto.
– Passou-se alguma coisa?
– Mais ou menos, achas que posso passar a noite em tua casa? – Num tom baixo.
– Claro que podes, anda.
A casa de Toyo não mudou nem um bocadinho, da ultima vez que estive aqui e já lá vão uns bons anos, este disse-me que os seus pais tinham ido a casa de uns amigos seus e que voltariam só amanhã sentei-me no sofá da sala enquanto preparava um pouco de chá quente.
– Afinal, o que aconteceu? – Retirando o gorro da sua cabeça, deixando o cabelo um pouco em pé, sentando-se no sofá já com os copos de chá poisando á minha frente.
– Diz-me Toyo achas que devia arriscar numa relação? – Olhando para as minhas mãos.
– Porque perguntas isso?
– Por nada é que....
– Seiji disse-te alguma coisa? – Puxando o assunto dando um golo.
– Ele... – Um pouco hesitante. – confessou que gosta de mim.
Toyo ficou um pouco pensativo.
– E tu Taro gostas dele? – Olhando para mim.
A pergunta dele intrigou-me um pouco, pois nunca tinha posto essa possibilidade.
– Não sei bem, é verdade que gosto da sua companhia. Mas quando ele olha-me com aquele olhar profundo o meu coração por algum motivo começa acelerar. – Dando um golo.
– Para mim isso quer dizer que sentes algo por ele. – Com o rosto poisado na mão esquerda a olhar para mim, bebendo um pouco de chá.
Será mesmo verdade? Será que sinto algo por Seiji?
– Não sei bem, não estou cem porcento seguro disso, e de todo não quero magoa-lo.
– Taro, tu sabes que nem todas as pessoas, são iguais a Yuzo. Pelo o que vi Seiji é totalmente o oposto dele.
– Eu sei disso, mas não quero que ele sofra por causa das minhas incertezas. Ele talvez ficaria melhor com outra pessoa. – Num tom derrotista.
– Taro!!! – Dando um murro em cima da mesa entornando o copo do chá. – Como tem a certeza disso? Não podes prender-te para sempre ao passado. – Levantando até há cozinha para buscar um pano.
– Mas...
– Porque é que achas que ele veio contigo a Sapporo? – Limpando a mesa.
– Por que preocupa-se comigo?
– Principalmente, mas também porque gosta de ti, se ele fosse outro achavas mesmo que viria contigo de propósito a Sapporo para vir visitar a tua mãe? Claro que não. Ele mandava-te mas é bugiar sem preocupar-se se estarias bem ou não.
– Percebo a onde queres chegar. – Olhando-o com os olhos semicerrados dando outro golo no chá.
– Dá uma oportunidade ele e a ti também, para seres feliz. Tu mereces. – Sorrindo-se. – Nós o humanos não fomos feitos para ficar sozinhos.
Comecei aperceber que Toyo apenas queria ver outra vez o meu antigo eu feliz sem estar preocupado com tudo.
– Bem já está ficar tarde, e manhã tenho que levantar-me cedo para ir trabalhar. – Levantando-se com os copos de chá na mão levando-os para cozinha. Toyo arranjou-me uma cama improvisada bem como emprestou-me roupa para dormir, no seu quarto ainda tinha os mesmos posteres de animes, as mangas que custavam-mos ler juntos.
– Ainda tens os posteres.
– Sim é verdade uma vez fã, fã para sempre. – Rindo-se.
– Boa noite Toyo.
– Boa noite Taro. – Voltado costa para mim, aconchegando-se as roupas da cama.
O sono custava-me a vir, de certeza que Seiji estava preocupado comigo. Amanhã falarei com ele com mais calma. De repente lembrei-me que com tudo isto ainda não tinha comprado os presentes de Seiji e Toyo suspirei um pouco desapontado comigo próprio por não ter lembrando-me. Há medida que o tempo passava o sono começou a vir lentamente até acabar por adormecer profundamente.
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O barulho da porta abrir do quarto de Toyo fez-me acordar, lentamente. Ainda tive uns bons minutos dentro da cama todo encolhido, até que por fim levantei-me de vez, passei o rosto por água para acordar. Na cozinha Toyo vestia o avental “bleach” dele e cantarolava a mediada que cozinhava. – Bom dia Toyo. – Oh!!! Bom dia Tar ...
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